Projeto Haema Hippocampus [Tr...

By 29Lunas_Brasil

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Kyungsoo tem muitos planos, por exemplo, assassinar um homem ou dois, ou três... Kyungsoo tem um só sonho e e... More

Prólogo - G-6
Capítulo 1 - Jongin
Capítulo 2 - Luhan
Capítulo 3 - Sehun
Capítulo 4 - Kyungsoo
Capítulo 5 - Jongin
Capítulo 6 - Baekhyun
Capítulo 7 - Baekhyun
Capítulo 8 - Kyungsoo
Capítulo 9 - Baekhyun
Capítulo 10 - Luhan
Capítulo 11 - Yixing
Capítulo 12 - Yixing
Capítulo 13 - Sehun
Capítulo 14 - Jongin
Capítulo 15 - Kyungsoo
Capítulo 16 - Chanyeol
Capítulo 17 - Chanyeol
Capítulo 18 - Jongin
Capítulo 19 - Kyungsoo
Capítulo 20 - Sehun
Capítulo 21 - Jongin
Capítulo 22 - Xiumin
Capítulo 23 - Kyungsoo
Capítulo 24 - Baekhyun
Capítulo 25 - Kyungsoo
Capítulo 26 - Chanyeol
Capítulo 27 - Kyungsoo
Capítulo 28 - Sehun
Capítulo 29 - Jongin
Capítulo 30 - Baekhyun
Capítulo 31 - Jongin
Capítulo 32 - Kyungsoo
Capítulo 33 - Baekhyun
Capítulo 34 - Jongin
Capítulo 35 - Sehun
Capítulo 36 - Luhan
Capítulo 37 - Jongin
Capítulo 38 - Chanyeol
Capítulo 39 - Kyungsoo
Capítulo 40 - Baekhyun
Capítulo 41 - Luhan
Capítulo 42 - Chanyeol
Capítulo 43 - Jongin
Capítulo 44 - Baekhyun
Capítulo 46 - Kyungsoo
Capítulo 47 - Chanyeol
Capítulo 48 - Luhan
Capítulo 49 - Sehun
Capítulo 50 - Kyungsoo
Capítulo 51 - Kyungsoo
Capítulo 52 - Kris
Capítulo 53 - Xiumin
Capítulo 54 - Yixing
Capítulo 55 - KaiSoo
Capítulo 56 - Chanyeol
Capítulo 57 - Baekhyun
Capítulo 58 - Kyungsoo
Capítulo 59 - Jongin
Capítulo 60 - Jongdae
Capítulo 61 - Chanyeol
Capítulo 62 - Sehun
Capítulo 63 - Joonmyeon
Capítulo 64 - Joonmyeon
Capítulo 65 - Xiumin
Capítulo 66 - Jongdae
Capítulo 67 - Joonmyeon
Capítulo 68 - Jongin
Capítulo 69 - Kyungsoo
Capítulo 70 - Luhan
Capítulo 71 - Xiumin
Capítulo 72 - Baekhyun
Capítulo 73 - Yixing
Capítulo 74 - Joy
Capítulo 75 - Joy
Capítulo 76 - Chanyeol
Capítulo 77 - Joonmyeon
Capítulo 78 - Joonmyeon
Capítulo 79 - Jongin
Capítulo 80 - Baekhyun
Capítulo 81 - ChanBaek
Capítulo 82 - Kyungsoo
Coisas de Hippocampus
Capítulo 83 - Baekhyun
Capítulo 84 - Kris
Capítulo 85 - Luhan
Capítulo 86 - Jongdae
Capítulo 87 - Luhan
Capítulo 88 - Chanyeol
Capítulo 89 - Chanyeol
Capítulo 90 - Chanyeol
Capítulo 91 - Kyungsoo
Capítulo 92 - Chanyeol
Capítulo 93 - Baekhyun
Capítulo 94 - Jongin
Capítulo 95 - Kyungsoo
Capítulo 96 - Kyungsoo
Capítulo 97 - Xiumin
Capítulo 98 - Kyungsoo
Capítulo 99 - Chanyeol
Especial: Curiosidades e dados de Projeto Haema
Capítulo 100 - Kyungsoo
Capítulo 101 - HunHan
Capítulo 102 - Baekhyun
Capítulo 103 - Chanyeol
Capítulo 104 - Kyungsoo
Capítulo 105 - Jongin
Capítulo 106 - Jongin
Capítulo 107 - Baekhyun
Capítulo 108 - Kyungsoo
Capítulo 109 - Jongin
Capítulo 110 - Kyungsoo
Capítulo 111 - Luhan
Capítulo 112 - Sehun
Capítulo 113 - Kyungsoo
Capítulo 114 - Baekhyun
Capítulo 115 - Sehun
Capítulo 116 - Tao
Capítulo 117 - Kyungsoo
Capítulo 118 - Taemin
Capítulo 119 - Kris
Capítulo 120 - Jongin
Capítulo 121 - Kyungsoo
Capítulo 122 - HunHan
Capítulo 123 - Chanyeol
Capítulo 124 - Kyungsoo
Capítulo 125 - Sehun
Capítulo 126 - Kyungsoo
Capítulo 127 - Jongdae
Capítulo 128 - Tao
Capítulo 129 - Kyungsoo
Capítulo Especial
Capítulo 130 - Kris
Capítulo 131 - Jongin
Capítulo 132 - Jongin
Capítulo 133 - Kyungsoo
Epílogo: Asher/Taeoh
1o Especial: BaekSoo
2o Especial: OT12
3o Especial: A Adolescência de um Hippocampus
4o Especial: Um Natal Especial

Capítulo 45 - Kyungsoo

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By 29Lunas_Brasil

"É difícil para mim dizer as coisas que às vezes quero dizer

Não há ninguém aqui, a não ser você e eu e aquela velha lâmpada de poste quebrada.

Tranque as portas, deixe o mundo lá fora(...)

Obrigado por me amar, por ser os meus olhos quando eu não podia enxergar, por abrir os meus lábios quando eu não podia respirar(...)

Eu nunca soube que eu tinha um sonho até que esse sonho se realizou: você.

Quando olho dentro de seus olhos, o céu tem um tom diferente de azul

Atravesse o meu coração

Eu não uso disfarces".

Thank You For Loving Me, Bon Jovi.

Fonte: Google.




Reconheci onde eu estava quando tudo parou de girar: eu estava no quarto do Moreno; era de dia e a luz natural entrava pela janela. Eu sentia a minha garganta seca, e acho que vi Chanyeol andar pela sala, mas não sei se foi um sonho. Eu sentia algo pesado em meu peito que não me deixava respirar, e então, eu soube que estava vivo porque o inferno não devia parecer com esse quarto e o céu não doeria tanto.

Me virei, e encontrei Jongin dormindo ao meu lado; era o peso de seu braço que me tirava o ar, e, de algum modo, me senti mais tranquilo ao encontrá-lo aqui.

Passei uma mão pela minha barriga e a senti menor; o ferimento doeu... Ótimo! Isso significava que haviam tirado o parasita. Finalmente! E eu também sobrevivi. Definitivamente, eu pouparia a vida de Chanyeol depois de ele ter ferido o meu irmão dessa forma.

Afastei a mão de Jongin com cuidado, mas ainda assim, ele acordou e correu para chamar o Gigante que me examinou, mas, que não me deixou beber nada. Eu ia reclamar, mas acho que dormi de novo.

Definitivamente, voltei a dormir, porque acordei horas depois, acho. Jongin estava dormindo em uma cadeira ao lado da cama... parecia desconfortável. O sol, um pouco laranja que entrava pela janela, indicava que a pouco tinha passado do meio-dia.

Me levantei com muito cuidado e sem fazer o menor ruído, disposto a ir ao banheiro atrás de um pouco de água, mas antes de me presenteá-la perfeitamente e dar alguns passos, pensei: "por que não um pouco de leite?", então desviei para a cozinha.

Ao passar pelo pequeno quarto que Jongin usava como depósito, vi a incubadora e o meu irmão, dormindo no chão sobre um colchonete. Dei dois passos para trás e esqueci a minha sede.

O que tinham tirado de mim?

Inspirei. Eu precisava ver esse bicho e matá-lo eu mesmo.

Peguei uma faca do armário e me aproximei sigiloso. Meu coração batia tão forte que nublava a minha visão. E não é que os bichos, em geral, me deem medo, é que este esteve dentro de mim, parasitando. Levantei a faca e me aproximei reunindo toda a minha coragem e então...

Um bebê.

Um bebê, pequenininho, frágil, nu, com uma pequena máscara de oxigênio. Seu peito retangular subia e descia com cada respiração. Ele tinha a pele um pouco roxa e suas mãos minúsculas fechadas em punhos em cada lado de sua cabecinha com cabelinhos escuros.

Aproximei meu nariz do vidro para examiná-lo e contei cada um de seus dedos, inclusive os de seus pés: dezenove, no total. Voltei a contá-los: vinte e um, no total. Esfreguei os meus olhos e recomecei. Seus dedos não podiam aparecer e desaparecer... Ou sim? Vinte, no total. Voltei a contá-los mais duas vezes e voltaram a dar vinte. Depois, os contei em grupo: cinco em cada extremidade.

Ele tinha um pequeno pênis e dois testículos de pele escura. Prestei atenção em seu rosto que a máscara cobria, e como o material era transparente, pude ver: um nariz e uma boca pequenininha. Tinha duas orelhas, dois olhos fechados e... não tinha cílios.

Deus, ele não tinha cílios!

Me aterrorizei. Mas esperem... Todos os bebês não são assim? Ou seja, ele era um bebê de verdade?

Santa merda!

Então... Ele não era um parasita e sempre foi... Taeoh... Asher... O filho de Jongin... E eu bati nele, enfiei álcool, nicotina, e sim, também meti maconha nos primeiros meses... Eu quase o matei de fome. Ele tinha nascido com problemas mentais devido a isso? Ele não podia estar bem. De maneira nenhuma! Não depois do que eu o fiz.

Oh, meu Deus! Eu estava matando uma criança inocente.

Por que ninguém me disse?!! Ou disseram?

Esperem, não... Eu me sentia muito mal para pensar claramente.

Cobri a minha boca contendo os meus arquejos e a faca caiu ruidosamente no chão, fazendo com que o bebê começasse a chorar.

Ele também ouvia bem! Inclusive tinha voz! E podia se mover. Seus pezinhos começaram a dar chutes em meio ao seu choro.

Quando saí do choque, eu estava sentado na sala; Baekhyun estava passando álcool na minha nuca e Jongin tinha um copo com água na minha frente.

— Tiraram isso da minha barriga? — perguntei.

— O que você fazia com aquela faca, Kyungsoo? — interrogou o meu irmão com autoridade.

— Eu... Eu... — senti muita vergonha. — Nada.

— Não minta! Taeoh é uma criança normal. Eu não vou deixar que você o machuque. Vou levá-lo se você quiser, mas você não vai machucá-lo, entendeu?!

— O quê? Não. Não, não, não — tentei explicar à ele movendo as minhas mãos para dar ênfase na minha intenção, — eu não quero machucá-lo. Não.

— Não minta para mim, você estava a ponto de... com aquela faca.

— Não! Não, eu só... Eu queria leite e ele... E eu... Não vou matar ele, eu juro pela minha mãe! — quando eu disse isso, Baekhyun pareceu se acalmar. Ele sabia que eu não usaria a minha mãe para uma mentira.

— Tem certeza?

— Tenho certeza, Baekhyun... Eu não vou machucar uma criança normal... Ele é normal?

— Tanto quanto pode ser. Bom, não sei se há algum problema cognitivo depois de tudo o que ele tem passado, mas acho que vamos saber com o passar do tempo. Por agora, ele é uma criança como qualquer outra, exceto pelo seu baixo peso. Seus pulmões são fracos, mas a julgar pela maneira com que ele chora, estão se fortalecendo rápido.

— Por que ele continua chorando? — eu podia ouvi-lo.

— Você o assustou, idiota.

— Não, não é isso — eu disse. — Ele está com frio, ele estava todo roxo.

Baekhyun e Jongin se encararam.

— Bom, é por isso também. Está na hora de cobri-lo — meu irmão aceitou, ele sinalizou para Jongin, este se apressou em ir ao quarto e um momento depois, saiu carregando o bebê em um pequeno lençol branco. Eu só conseguia ver que ele tinha o vestido com o primeiro gorrinho que teci.

Com muito cuidado, Jongin se sentou ao meu lado. Ambos estavam completamente alertas como se eu fosse pular a qualquer momento para arrancar-lhes a criança e jogá-lo no caminhão de lixo ou para o cachorro do vizinho.

Dois idiotas!

Jongin afastou o pequeno lençol de seu rosto e, enfim, eu pude vê-lo melhor.

— Ele está um pouco enrugado. É normal?

— É sim. Irmão, você nunca viu um recém-nascido?

— Não, não tão pequeno... — a boca de Taeoh era um gordo ponto vermelho em seu rostinho e seu nariz... Nossa! Ele quase não tinha nariz; era igual ao de Jongin. — Santo Deus! — Exclamei em um sussurro.

— Quer carregá-lo? — perguntou Jongin cujo sorriso não podia ser mais amplo.

— O quê? Não! E se eu o deixar cair? Ou se eu machucá-lo? Não, obrigado.

— Você tem medo de machucá-lo? — perguntou Baekhyun.

— Olhe para ele! Ele é... Ele é... Absolutamente vulnerável... Eu não vou tocá-lo até que ele complete três anos.

— Isso significa que você vai ficar com ele? — brincou Jongin.

— Claro que sim, idiota. Ele saiu da minha barriga.

Jongin guinchou, Baekhyun se pôs a dar voltas pela sala toda com as mãos erguidas, cantarolando "sou tio, sou tio" com uma vozinha infantil, e eu me deixei cair de costas no sofá, de repente, me sentindo esgotado.

— Raios... Eu estou com tanta sede...

Nessa noite, eu dormi sozinho. Baek e Jongin se revezavam para dar de comer ao "não-parasita" a cada hora. No dia seguinte, o bebê já não precisava de soro e nem de oxigênio, e meu irmão assegurou de que ele ficaria bem, mas mesmo assim, não queria ir.

— Eu não vou matar o Taeoh — o assegurei pela quinta vez.

— Não sei, Soo. E se te der depressão pós-parto? Eu tenho estudado casos de psicologia em que...

— É sério, Baekhyun! Você já me viu machucar um inocente alguma vez?

— E o que houve com aquele garoto que uma vez você bateu e o deixou nu no meio da rua?

— Bom, isso é diferente, era a vida dele pela minha. E também, ele já era grande. E acho que isso foi logo cobrado — acariciei a cicatriz que o amiguinho estúpido dele havia feito em meu ombro. — Eu não vou matar o Taeoh agora que eu sei que ele não é um bicho.

— Bem... não dê problemas a Jongin enquanto você se recupera. Planejaremos o que dizer ao papai para levar vocês dois para casa, mas só quando você sarar para ele não suspeitar de nada. Se cuide e me ligue se acontecer alguma coisa, tudo bem?

— Eu prometo.

Baekhyun me deu um beijo nos lábios antes sair. Beijou Jongin, beijou o bebê... Beijou todo mundo antes de ir. Esse Baekhyun é um beijoqueiro.

À noite, Jongin vestiu o bebê e o deitou na cama, ao meu lado enquanto eu observava como ele lhe dava de comer.

— Ele é tão bonito! — nas últimas horas, isso era a única coisa que saia de sua boca. Jongin olhava para o bebê e se convertia em um completo retardado, sorrindo e repetindo os mesmos elogios. Ri um pouco e aproximei o meu nariz de sua cabeça.

— Você notou como ele cheira tão bem?

— Sim! Ele é muito cheiroso! O cheiro natural dos bebês é muito agradável.

— Não é "o cheiro natural dos bebês", idiota! Ele cheira bem porque saiu da minha barriga. Ou seja, é assim que eu cheiro por dentro.

Jongin me encarou seriamente. — Chanyeol tirou um útero de você e não o cérebro.

— Heeyyyy — o castiguei beliscando-o forte na bochecha, — quem você está chamando de idiota?

Aiiii! — reclamou. — Eu vi as suas vísceras expostas e elas não cheiram nada bem.

Bufei. — Invejoso.

Começamos a rir, e Taeoh abriu os olhos pela primeira vez.

— Oh! Veja isso! — avisei a Jongin.

Oh... Olá Taeoh, eu sou o Jongin.

— Se afaste! — o empurrei. — Ele tem que me ver primeiro. Você saiu de mim, bebê humano que não é um monstro. Olá! — Taeoh nos olhou desde os seus olhinhos escuros e rasgados enquanto continuava tomando o seu leite.

Jongin tinha razão: ele era tão bonito!

— Acho que ele tem os seus olhos, Soo.

— Você acha? — sorri.

— Também descobri que a verdadeira cor dos seus cabelos são pretos — riu. O telefone tocou e eu segurei a mamadeira para que Jongin o atendesse. — Diga... Irmã!

Merda. Lembrei da mãe de Jongin; ela iria me obrigar a contar tudo ao Moreno e eu ainda não sabia por onde começar.

"Hey... Adivinha o quê? O feto que eu tratei tão mal, é seu... Eu sei, que loucura, não é?! Hehe"

Engoli em seco enquanto ouvia-o falar.

— O quê?... Não pode ser! O que o médico disse? Porque ela foi levada para o hospital, certo?... Não pode ser... Irmã... Meu Deus! — Do que ele estava falando? Jongin tinha ficado muito, muito pálido. — Amanhã cedo estarei aí. Sim, estou bem. Tchau. — Desligou.

— Você tirou férias do trabalho para cuidar do Taeoh, mas você vai... — comecei — aonde você vai, Moreno?

— Kyungsoo... A minha mãe... Minha mãe está morta.

Jongin disse que ela tinha caído da escada enquanto tentava trocar uma lâmpada. Sua cabeça bateu contra a mesa, e por sorte, o pai de Jongin estava esses dias em casa e a encontrou logo... Mesmo que não tenha sido o suficiente. Tinha acontecido nessa manhã e o funeral seria no dia seguinte.

Lamentei muito por ele. Sei o quanto é horrível perder uma mãe.

Não houve mais sorrisos nessa noite, e nem palavras bonitas. Apesar do meu medo de machucar Taeoh, eu o carreguei e nós dormimos no outro quarto; deixei que Jongin ficasse sozinho. Eu o ouvi chorar e eu quis ir consolá-lo, e eu teria feito se eu não estive chorando também.

A cada vez que uma mãe morre, eu fico sensível; especialmente agora que, praticamente, me tornei uma delas.

No dia seguinte, obriguei Jongin a comer um pouco antes de ir. Me despedi dele na porta carregando Taeoh que chorava como se soubesse que um de seus papais sairia. Jongin se foi em seu carro.

Dois dias depois, comecei a me adaptar a pressão de uma faixa sobre a minha barriga: eu queria apagar os rastros da minha assustadora gravidez o mais rápido possível. Eu me sentia bem recuperado apesar do horrível processo pós-operatório, e estava tendo problemas com o parasita mais belo do mundo.

Taeoh não dormia nada bem e nem parava de chorar; sua respiração era agitada e acho que ele fazia cocô mais vezes do que o normal para qualquer bebê. Eu tampouco sabia muito sobre eles, mas isso me ajudou a me decidir a sair do meu esconderijo.

Encontrei uma faixa-porta-bebê que Chanyeol trouxe quando nos visitou na tarde anterior; e até agora, era o presente mais útil que haviam me dado.

Coloquei Taeoh ali e vesti a minha jaqueta de couro. Céus! Minha antiga roupa me vestia fenomenal. Eu tinha sentido muita saudade. Minhas botas pretas; minhas calças (as que não tinham se alargado)... Eu estava começando a me sentir eu mesmo de novo. Minha coragem começava a sair da caverna onde tinha se refugiado durante nove meses.

Guardei duas mamadeiras preparadas e fraldas em uma bolsa que coloquei em minhas costas e caminhei até o meu antigo apartamento onde estava a minha menina, esperando por mim. Agora estávamos juntos, depois de tanto tempo. Minha garota: Harley.

Eu quase tive um orgasmo quando subi nela e ela começou a ronronar para mim. Acelerei até a minha antiga casa.

Steve estava sentado na mesa, lendo o jornal com os seus óculos velhos enquanto comia biscoitos de um prato.

— Olá, papai. — Baekhyun saiu do sofá num pulo e Steve deixou o biscoito que estava levando para a boca cair.

— Achei que o barulho do motor estava vindo da televisão — apontou Steve.

— Eu... Tinha caído no sono — confessou Baekhyun. — Kyung, o que está fazendo aqui?

— Vim vê-los, senti saudades — expliquei beijando a testa do meu irmão e caminhei até Steve.

— Mas, onde você estava?!

— Me meti em problemas, não pude aparecer até solucioná-los. Lamento ter te preocupado.

— Você está bem? — perguntou pondo-se de pé.

— Estou perfeitamente bem, mas... Agora você é avô. — Baekhyun tossiu.

— Eu sou o quê? — abri a minha jaqueta para que ele visse Taeoh: ele estava com o punho todo em sua boca.

Meu irmão bateu na minha costa. — Como você pode carregar um bebê assim? Você veio de moto? É um imprudente! Me dê! — Exigiu quando quase já tinha me tomado o bebê.

— E quem é este bebê? Por que você o trouxe? Do Kyungsoo! Você roubou uma criança?

— O que você acha que eu sou, Steve?

— Por que você trouxe uma criança debaixo da sua roupa?

— Me envolvi com uma garota... — sua cara foi de completa incredulidade. — Ai! Eu estava bêbado! Não é pra tanto... o que acontece, é que a garota, bom, engravidou e me disse que eu tinha que me responsabilizar, mas então, ela adoeceu e faleceu há dois dias... Pouco depois de dar a luz a Taeoh. Eu estava trabalhando e morando com ela esse tempo todo, por isso eu estava sumido.

Por que você não ligou?! Poderíamos ter ajudado! — me recriminou.

— Eu não sabia como te contar, e achei que eu podia lidar sozinho com tudo, mas agora que ela morreu, os pais dela me expulsaram de casa; não querem saber nada sobre o bebê. Disseram que vão embora do país e não sei mais que merda...

— Vem morar com a gente — me ajudou Baekhyun. — Não é, papai? De todos os problemas que ele podia ter se metido, um filho é o mais bonito deles.

Você é um irresponsável, Kyungsoo! — me repreendeu.

— Eu sei. Me desculpe, Steve. Não é preciso que me deixem morar aqui, eu não vim por isso. Eu só queria vê-los e que vocês conhecessem o Tae. — o bebê começou a chorar muito e Steve o pegou nos braços para acalmá-lo.

— Eu não vou deixar que você viva por aí com um bebê. O melhor será que você more com a gente, mas você vai ter que conseguir um emprego estável para sustentá-lo, ouviu? — assenti e Baekhyun me piscou um olho.

— Baek... também vim para que você o examine. Ele não para de chorar.

Um tempo depois, estávamos todos no quarto de Steve; este vestia Taeoh depois de meu irmão tê-lo examinado.

— Febre, manchinhas em sua pele, espirros, suor, vômito... Kyungsoo, esta criança está com síndrome de abstinência. Com certeza, a mãe dele era uma puta alcóolatra — Baekhyun disse muito irritado.

Cocei a minha nuca. — É possível que ela tenha bebido um pouco de licor em sua última etapa de gravidez.

E o que mais é possível? — perguntou como um cachorro bravo.

— Talvez também tenha fumado escondida até o último momento...

Maldita filha de uma cadela!

Baekhyun! — repreendeu Steve. — Para de xingar uma morta, e melhor, nos diga como aliviar o bebê. Pobrezinho... — meu irmão me matou com o olhar antes de suspirar e começar a me aconselhar.

— Não parece muito grave como pode ser, então, faremos coisas simples para ver como ele melhora. Você tem que hidratá-lo muito; trocaremos a fórmula que ele está tomando por uma com mais calorias. Você dará um pouquinho, mas em mais vezes. Agasalhe-o bem o mantendo envolto em uma manta e evite expô-lo a luzes brilhantes e a ruídos altos. Estes bebês são propensos à morte súbita e ter problemas de crescimento, sendo assim você não pode descuidar dele por nada no mundo, entendeu, Soo? — Me senti mal de verdade. Tudo o que fiz comigo mesmo mêses atrás, o bebê estava pagando e eu não queria que ele morresse.

Não sei que cara eu fiz, porque Steve me rodeou com seu braço.

— Hey, tranquilo... Nós te ajudaremos a cuidar dele. Tudo ficará bem com o bebê.

Nessa noite ficamos ali, e uma vez que a irritação de Baekhyun passou, lhe contei sobre a morte da mãe de Jongin.

— Pobre Taeoh — disse com tristeza —, agora, ele nunca vai conhecer uma avó; nem a sua, nem a minha e nem a de Jongin... Todas as mães estão mortas. — me fez sentir calafrios.

— Bom... A mãe de Jongin podia não contar como sua avó. — então, Baekhyun caminhou até o escritório do qual tirou um papel que me esfregou na cara.

— Acha que Chanyeol e eu ficaríamos em paz sem fazer um exame de DNA? Quando ficamos sozinhos com Taeoh, a primeira coisa que fizemos foi tirar sangue... Ele e Jongin são compatíveis, nós temos comprovado cientificamente.




Fonte: Google.  

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