Projeto Haema Hippocampus [Tr...

By 29Lunas_Brasil

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Kyungsoo tem muitos planos, por exemplo, assassinar um homem ou dois, ou três... Kyungsoo tem um só sonho e e... More

Prólogo - G-6
Capítulo 1 - Jongin
Capítulo 2 - Luhan
Capítulo 3 - Sehun
Capítulo 4 - Kyungsoo
Capítulo 5 - Jongin
Capítulo 6 - Baekhyun
Capítulo 7 - Baekhyun
Capítulo 8 - Kyungsoo
Capítulo 9 - Baekhyun
Capítulo 10 - Luhan
Capítulo 11 - Yixing
Capítulo 12 - Yixing
Capítulo 13 - Sehun
Capítulo 14 - Jongin
Capítulo 15 - Kyungsoo
Capítulo 16 - Chanyeol
Capítulo 17 - Chanyeol
Capítulo 18 - Jongin
Capítulo 19 - Kyungsoo
Capítulo 20 - Sehun
Capítulo 21 - Jongin
Capítulo 22 - Xiumin
Capítulo 23 - Kyungsoo
Capítulo 24 - Baekhyun
Capítulo 25 - Kyungsoo
Capítulo 26 - Chanyeol
Capítulo 27 - Kyungsoo
Capítulo 29 - Jongin
Capítulo 30 - Baekhyun
Capítulo 31 - Jongin
Capítulo 32 - Kyungsoo
Capítulo 33 - Baekhyun
Capítulo 34 - Jongin
Capítulo 35 - Sehun
Capítulo 36 - Luhan
Capítulo 37 - Jongin
Capítulo 38 - Chanyeol
Capítulo 39 - Kyungsoo
Capítulo 40 - Baekhyun
Capítulo 41 - Luhan
Capítulo 42 - Chanyeol
Capítulo 43 - Jongin
Capítulo 44 - Baekhyun
Capítulo 45 - Kyungsoo
Capítulo 46 - Kyungsoo
Capítulo 47 - Chanyeol
Capítulo 48 - Luhan
Capítulo 49 - Sehun
Capítulo 50 - Kyungsoo
Capítulo 51 - Kyungsoo
Capítulo 52 - Kris
Capítulo 53 - Xiumin
Capítulo 54 - Yixing
Capítulo 55 - KaiSoo
Capítulo 56 - Chanyeol
Capítulo 57 - Baekhyun
Capítulo 58 - Kyungsoo
Capítulo 59 - Jongin
Capítulo 60 - Jongdae
Capítulo 61 - Chanyeol
Capítulo 62 - Sehun
Capítulo 63 - Joonmyeon
Capítulo 64 - Joonmyeon
Capítulo 65 - Xiumin
Capítulo 66 - Jongdae
Capítulo 67 - Joonmyeon
Capítulo 68 - Jongin
Capítulo 69 - Kyungsoo
Capítulo 70 - Luhan
Capítulo 71 - Xiumin
Capítulo 72 - Baekhyun
Capítulo 73 - Yixing
Capítulo 74 - Joy
Capítulo 75 - Joy
Capítulo 76 - Chanyeol
Capítulo 77 - Joonmyeon
Capítulo 78 - Joonmyeon
Capítulo 79 - Jongin
Capítulo 80 - Baekhyun
Capítulo 81 - ChanBaek
Capítulo 82 - Kyungsoo
Coisas de Hippocampus
Capítulo 83 - Baekhyun
Capítulo 84 - Kris
Capítulo 85 - Luhan
Capítulo 86 - Jongdae
Capítulo 87 - Luhan
Capítulo 88 - Chanyeol
Capítulo 89 - Chanyeol
Capítulo 90 - Chanyeol
Capítulo 91 - Kyungsoo
Capítulo 92 - Chanyeol
Capítulo 93 - Baekhyun
Capítulo 94 - Jongin
Capítulo 95 - Kyungsoo
Capítulo 96 - Kyungsoo
Capítulo 97 - Xiumin
Capítulo 98 - Kyungsoo
Capítulo 99 - Chanyeol
Especial: Curiosidades e dados de Projeto Haema
Capítulo 100 - Kyungsoo
Capítulo 101 - HunHan
Capítulo 102 - Baekhyun
Capítulo 103 - Chanyeol
Capítulo 104 - Kyungsoo
Capítulo 105 - Jongin
Capítulo 106 - Jongin
Capítulo 107 - Baekhyun
Capítulo 108 - Kyungsoo
Capítulo 109 - Jongin
Capítulo 110 - Kyungsoo
Capítulo 111 - Luhan
Capítulo 112 - Sehun
Capítulo 113 - Kyungsoo
Capítulo 114 - Baekhyun
Capítulo 115 - Sehun
Capítulo 116 - Tao
Capítulo 117 - Kyungsoo
Capítulo 118 - Taemin
Capítulo 119 - Kris
Capítulo 120 - Jongin
Capítulo 121 - Kyungsoo
Capítulo 122 - HunHan
Capítulo 123 - Chanyeol
Capítulo 124 - Kyungsoo
Capítulo 125 - Sehun
Capítulo 126 - Kyungsoo
Capítulo 127 - Jongdae
Capítulo 128 - Tao
Capítulo 129 - Kyungsoo
Capítulo Especial
Capítulo 130 - Kris
Capítulo 131 - Jongin
Capítulo 132 - Jongin
Capítulo 133 - Kyungsoo
Epílogo: Asher/Taeoh
1o Especial: BaekSoo
2o Especial: OT12
3o Especial: A Adolescência de um Hippocampus
4o Especial: Um Natal Especial

Capítulo 28 - Sehun

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By 29Lunas_Brasil

"Oh antes do amanhecer

Tudo vai ficar bem... Oh deite-se

Venha e deite-se esta noite

Me diga como se sente quando fazemos amor

Me diga se isto é real ou apenas me faça acreditar"

Lay It Down, Aerosmith.

Fonte: Desconhecida.




Depois de todos esses meses de exclusividade, passamos a ter algo bastante significativo depois daquela noite na praia; minhas rotinas com ele me agradavam. Aprendi a me levantar muito cedo quando Lu dormia na minha casa, a tempo de acordá-lo para que ele fosse para o trabalho. Não é como se eu fizesse café da manhã para ele ou algo assim. Bom, uma vez eu fiz, mas era o dia do seu aniversário.

Tínhamos uma espécie de calendário quando se referia a sexo. Sem precisar falar, sabíamos que depois de uma sessão coital muito intensa, eu não devia tocar no seu traseiro por uma semana e meia; então durante esses dias eu devia ser muito criativo nas artes orais. Luhan também acabou ficando bom demais nisso. Na verdade, eu não me importava, toda vez que eu pedia ele sempre ficava comigo; ele sempre corria para mim. E Luhan cedia a tudo quando eu queria.

Luhan tinha pintado o cabelo de uma cor mais escura e agora usava um penteado mais despojado. Sua atitude tímida era uma constante, que de vez em quando, falhava com as vulgaridades que ele me dizia na cama e seu despudor ao me agradar.

Nessa tarde, enquanto eu fumava recostado contra a porta do meu recém-adquirido Impala preto, do lado de fora do edifício da publicidade Gold, onde Lu trabalhava; eu o vi sair carregando uma pequena maleta e acompanhado de seus dois amigos, e quando me viu, despediu-se deles e andou até mim a passos rápidos enquanto afrouxava a sua gravata. Ele usava óculos, e vê-lo desordenar as suas roupas e o cabelo enquanto se aproximava, me fez lamber os lábios. Meu garoto a cada dia ficava um pouco mais sexy.

Depois de Lu me permitir jogar a sua maleta no banco traseiro, tirei os seus óculos para beijá-lo sem nenhum incômodo. Ele correspondeu com vontade e arqueou as costas quando passei as minhas mãos por ela e apertei o seu traseiro. Luhan havia fechado os olhos, mas eu não. Eu precisava me certificar de que os seus amigos vissem tudo. Nunca é demais marcar um pouco do território.

Os publicitários nos encaravam boquiabertos e eu sorri sem deixar de beijar o meu garoto. Eu gostava um pouco desses dois que trabalhavam com ele... apesar de eu não saber se eles eram namorados, irmãos ou que raios. Dava no mesmo.

Abri a porta do carro para Luhan, devolvi a ele os seus óculos e rodeei para subir no carro e partir.

— Esse jeito de vir pegar você no trabalho e abrir a porta... Acha que me fez parecer como um desses cafetões quando escolhem o seu garoto? — Luhan riu com força. — Vamos, me responde. — Ele continuava rindo e desviando o seu olhar, um pouco envergonhado. — Totalmente me vi como um desses caras...

— Não, querido, você não o fez — ele respondeu sendo amável, ainda que mentiroso.

"Hey, neném, quer subir no meu carro novo e ir dar uma volta?" — perguntei com voz brincalhona. Luhan gargalhou. — Claro que sim, me converti em um cafetão por você.

— Pare já, cafetão, é melhor você me dizer como o seu novo bebê se chama.

— Dean.

— Dean?

— Como Dean Winchester...

— Esse deve ser um roqueiro famoso... talvez...

— Não, bebê, você está errado... Não posso acreditar que você nunca tenha assistido "Supernatural". Esse cara, Dean, é louco de amor por seu Impala e ele é fodidamente sexy. Não mais do que você — esclareci desviando a atenção da pista para olhá-lo enquanto franzia as minhas sobrancelhas como enfatizando algo muito sério e importante.

— Betty ficaria com ciúmes...

— Ela está muito atarefada sentindo ciúmes de outro. Disse que agora eu só quero estar em cima de você... — Luhan gargalhou como uma criança, se revirando todo sobre o assento do passageiro. Era super divertido vê-lo assim, como quem perdia o encanto e isso era engraçado; é por isso que eu sempre gostava de dizer à ele coisas idiotas que o fizessem rir. — Hey, bebê, você gosta de piscina?

— Humm... Não tanto assim. Iremos a uma? — perguntou entusiasmado.

— Um dos clientes me deu um fim de semana na cabana dele... e há uma piscina enorme, do tamanho do "Hard Rock Beer", mas não está cheia de xixi e nem cerveja.

— Awww — Lu falsamente se lamentou fazendo beicinho.

— Sinto muito, querido, o seu cafetão vai melhorar da próxima vez. Vou encher essa piscina de cerveja e mijo só para você.

— E eu te amarei mais — disse antes de me beijar na bochecha.

Logo chegamos ao nosso destino. A enorme mansão permanecia erguida sobre as suas luxuosas bases, cheia de orgulho que vinha implícito em seu sobrenome familiar.

Tentei passar um pouco longe dela e ir diretamente pelo lado, nos aproximando da cabana. Entrar com Luhan olhando tudo com a boca aberta era muito melhor do que quando eu entrava olhando tudo com tédio e aborrecimento.

— Essa casa tem cães selvagens que te comerão se você se aproximar. Não vá lá, bebê — avisei Luhan ao estacionar.

— Cães selvagens?

— Nós vamos ficar aqui — apontei para a luxuosa cabana a nossa frente onde eu havia estacionado.

Luhan tentou abrir a porta do carro, mas eu rapidamente pedi que ele não o fizesse. Me apressei a sair do carro e rodeá-lo para abri-la eu mesmo.

— Sou o seu cafetão, eu sirvo você.

— Não pode ser! — riu envergonhado. Eu já estava segurando a porta aberta oferecendo a minha mão.

— Vamos, saia.

— Sehun! — reclamou. Revirei os meus olhos para que Lu se apressasse, e ele acabou saindo, morto de vergonha. O agarrei pela cintura e o beijei.

— A cabana não é tão bonita quanto a casa. Você quer ficar?

— Eu ficaria até em uma barraca de acampar se for com você.

— Lu, você é um romântico — declarei zombando um pouco dele, que se afastou de lado depois de me empurrar como se queixando, e caminhou até a porta enquanto eu tirava as bolsas do carro.

— Como você conhece os donos desse lugar?

— Reviso os seus carros — respondi abrindo a porta. Luhan encarou tudo boquiaberto. Eu já sabia que a beleza rústica desse lugar iria impressioná-lo.

— Esse lugar é lindo, Sehun. Céus! Quem vive aqui? O presidente? Dá pra notar que tem muito dinheiro.

— Ele é dono de uma multinacional e ela é corretora de bolsa. Os pais dele se dedicaram ao negócio bancário... Você sabe, trabalhos irritantes.

— Não, não sei. Acho que não existe trabalho mais irritante do que o meu — ele disse com tom de "idiota, você e eu mataríamos por esse trabalho irritante".

— Pois eu amo o meu trabalho: graxa, motores e tudo isso... Não o trocaria por nada.

— Nem por essa mansão?

— Nop.

— Você está louco, e a sua opinião não conta.

— Hey! — reclamei.

— Eles tem filhos? Talvez queiram me adotar...

— Eles tem um filho da minha idade. Você o quer como namorado? Posso apresentá-lo. Ele é bonito, mas não tanto quanto eu.

— Eu estou ouvindo você dizer que gosta desse cara? Devo sentir ciúmes?

— Eu estava tentando... sabe o quê? Esquece! — disse, abraçando-o. — Eu não trocaria o meu garoto do terno por esse cara.

— Pare de me chamar assim — Luhan reclamou enquanto eu começava a tirar as suas roupas.

Quando mostrei a piscina a Luhan os seus olhos brilharam tanto que me fizeram lembrar as joias com as quais mamãe adornava as suas orelhas.

Nos jogamos na piscina e brincamos pelo resto da tarde. Comemos tudo o que encontramos no pequeno frigobar: patês e queijos finos que Luhan nunca antes havia provado. Coloquei eles em sua boca com os meus próprios dedos.

Quando o vento começou a soprar, decidimos entrar, nos vestimos com roupas leves e fui pegar meu violão no carro. Nos sentamos nos bancos da ilha da cozinha e, enfim, pude cantar essa canção que eu havia composto para ele.

"Os seus lábios vermelhos são tão ardentes" — comecei depois de alguns acordes.

— Eu conheço essa! — ele pulou levantando o pequeno pedaço de salsicha alemã que estava entre os seus dedos. — "Lay it down" do Aerosmith, certo? — fiz uma careta de irritação ao parar de tocar.

— Claro que não, é original, eu a compus para você.

— Ooooh — ele exclamou voltando para o seu banco. — Desculpe. Continue. — Disse tomando um gole do seu copo com Coca-cola. Recomecei.

"Seus lábios vermelhos são tão ardentes...

Se deseja, me beije.

O que o seu doce coração deseja, me conte.

Me diga o que você quer

Porque se é amor,

Também te darei ternura".

— Tem certeza de que essa não é a letra de "Lay it down"? É a minha música preferida do disco que você me emprestou — me interrompeu.

— Eu já disse que não! — retruquei frustrado, terminando com os meus acordes. — Nem sequer se parecem!

— Como é a letra de "Lay it down"?

— Essa diz:

"Rubi vermelho, seus lábios estão em chamas.

Por favor, me dê um beijo seu.

Me conte o que o seu doce coração deseja.

Me conte como você quer que seja.

Porque se este é o amor que você quer, então não te importará

Um pouco de ternura".

Luhan abriu a boca e deixou a salsicha cair no prato.

— Eu te disse que eram diferentes, Luhan. Eu não vou cantar mais nada pra você. Você perdeu — me irritei, mas ele não se desculpava. Continuava me olhando estupefato. — Fala alguma coisa! — Gritei.

— Não sei que te dizer... — respondeu assustado.

— Sehun — chamou a velha que apareceu na porta da cozinha com se fosse um fantasma de coque grisalho. Luhan e eu pulamos de susto. — Por que você não me disse que vinha? E quem é esse garoto?

Merda! Ela nunca se aproximava da cabana. Teria ela sido atraída pelo meu canto de Pavarotti que tinha atravessado as paredes em suas notas mais altas?

Luhan me olhou assustado.

— Esse é o Luhan — o apresentei secamente. Luhan foi tão amável que fez uma enorme reverência para ela quando a cumprimentou.

— Muito prazer, eu sou...

— A CRIADA! — interrompi. Ela me encarou irritada. — Na verdade, ela é a governanta das chaves daqui, mas eu a chamo de "Criada". Criadinha, eu pedi permissão dos seus chefes para usar a cabana no fim de semana, então , — a enxotei.

— Ah é? Pois "os chefes" não me informaram nada — ela disse cruzando os braços.

— Chame eles se quiser confirmar — respondi, piscando-lhe um olho. É sério, se ela me desmentisse na frente de Luhan, eu nunca mais daria a ela chocolate às escondidas.

— Bem... já que você está aqui, porque não me ajuda consertando a maçaneta de uma porta que está travada?

— Claro. Me espere aqui, Lu. Eu volto logo — ele assentiu, e eu saí atrás da nova criada da família.

Quando chegamos na porta principal da mansão, ela me deu uma bofetada tão forte que eu pude sentir cada espaço de seus dedos marcando-me o rosto.

Vovóóóó!! — reclamei quando me recuperei do impacto.

— Não foi a vovó, meu menino, foi a criada — bem, eu mereci, eu entendo; mas logo ela me bateu outra vez, mais forte.

Aiii!!!! — esfreguei o meu rosto.

— Essa sim, foi a vovó — anciã do mal. — Quem é esse garoto lindo?

— É o meu namorado.

— Ele é um garoto bom, ou é como você, um malzinho?

— Ele é um garoto bom, bom de verdade — sorri sem afastar a minha mão da minha bochecha que ainda doía. Vovó assentiu.

— Você fez mais tatuagens — ela disse ao ver o novo desenho na minha mão direita.

— Rosas para recordá-la, vovozinha.

— Você diz como se eu já tivesse morrido... Você tatuou as nádegas?

— O quê? — ela costumava ser tão estranha. — Não, vovó, eu não tatuei as nádegas...

— Não acredito em você. Deixa eu ver — ela disse me virando para averiguar. Eu falo sério, ela afastou a minha calça para verificar o meu traseiro.

— Eu disse que estou limpo. Eu nunca rabisquei minha bunda, vó.

— Você só se tatua onde os seus pais podem ver — alegou chateada. — Você não o faz por amor à tinta, e sim para irritar à eles.

— Vó, amo qualquer coisa que me ajude a irritá-los; portanto, amo a tinta. Mas de nada me servirá uma tatuagem na bunda.

— Pois aos seus pais não agradou em nada quando eles descobriram esta — explicou ela me mostrando a sua tatuagem na bunda, logo depois de abaixar mais a sua saia.

Senti que os meus olhos queimavam. Sobre a gorda nádega da minha vovozinha, havia um coração atravessado por uma flecha e embaixo dele, uma fita amarela na qual se lia "Jang Dong Gun". Esse senhor, não era o meu avô.

— Quem é Jang Dong Gun?

Vovó riu enquanto entrava e batia a porta no meu nariz.

Voltei para a cabana em choque. Eu sempre soube que herdei a rebeldia da minha avó, mas agora ideias muito loucas me sobressaltavam, como: E se meu pai não fosse filho do meu avô? Aonde isso me deixava? Eu ainda seria um herdeiro?

— Sehun! — Luhan gritou me fazendo reagir. Eu não havia notado que ele estava esperando fora da cabana e eu passei ao seu lado quase sem vê-lo. — Você está bem? Por Deus! Deixa eu ver. Ela te bateu?

— A criada? Não. Quer dizer, ela foi matar uma mosca. A criada esquece que tem uma mão muito pesada... ela está um pouco gagá.

— Você se meteu em problemas por me trazer aqui?

— Claro que não! — respondi carregando-o em meus braços e o levando até a enorme cama. — Nada mais vai nos interromper. Ela não vai mais voltar. — Expliquei subindo sobre ele e beijando o seu queixo.

— Deveríamos voltar para casa agora mesmo.

— Eu já te disse que não tem problema nenhum... A criada acha que você é lindo — sorri.

— Mesmo assim... nós já fomos a piscina. Não tem nada mais para fazermos aqui.

— Podemos dormir nessa cama gigante.

— Prefiro a sua cama pequena, assim você não pode se afastar de mim durante a noite toda. Prefiro tomarmos banho no seu banheiro pequeno, porque assim teremos que estar perto um do outro. Na sua casa ou na minha, não importa em qual quarto estejamos, podemos nos encontrar apenas com um único olhar ao redor, mas aqui... — suspirou.

— Mas você é um garoto que saiu de um povoado pequeno para dormir nesse tipo de lugar. Não é isso o que você quer?

Luhan me olhou, e seus olhos pareceram tristes por um momento.

— Talvez eu tenha saído de um povoado, mas o povoado não saiu de mim — ele disse com voz suave.

— Lu...

— Nós ficaremos se você quiser — ele aceitou virando-se de bruços. Eu me apoiei sobre as suas costas e encostei a minha bochecha sobre a dele.

— Nós iremos agora. Tanto faz ficar aqui.

Uma hora depois, estávamos na minha casa, sentados sobre o balcão da cozinha, nos encarando. Eu bebia uma cerveja, e ele fumava um dos meus cigarros.

— Eu já te trouxe de volta, por que você continua tão sério?

— Sinto muito.

— Se você está arrependido, a culpa não é minha. Não penso em dirigir de volta, Luhan.

— Eu não lamento termos ido, lamento ter te impedido de passar a noite lá... talvez você quisesse...

— Nós só fomos lá porque eu queria te dar um fim de semana especial, não porque eu gosto desse tipo de lugar. Eu disse à você: eu não trocaria o meu trabalho e nem a minha vida por algo como aquilo.

— Uma vez acreditei que aquele tipo de lugar me faria feliz, mas ao que parece, a única coisa que eu preciso é de você... e desta casa pequena. Aparentemente, sou mais simples e sem graça do que achei e sonhei em ser — ele disse antes de inalar do cigarro.

Eu sabia que essas palavras doeram nele, e no entanto, para mim soaram como um cântico angelical.

Tirei o cigarro dele enquanto o encarava seriamente, e dei uma tragada antes de falar.

— Você se converteu na minha pessoa favorita — declarei.

Menti; a minha pessoa favorita era a minha avó, mas, como se se tratava de um parente, não contava.

Gesticulei com o meu dedo para que ele se aproximasse de mim. Luhan o fez devagar, e quando ele estava bem perto, eu pude me ver refletido em seus olhos.

Era assim que Luhan me via? Tão bonito? Comecei a beijá-lo, decidido a não parar durante toda a noite.




Fonte: YuriBlack.

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