Filhos da Tormenta - Aquele V...

By ThallesCavalcanti

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Uma ilha paradisíaca. Uma maratona de festas. A nata da nata ao redor do globo se reúne, durante um mês intei... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Beach Party
Capítulo 10
Festival of Colors
Capítulo 12
Fairytale
O Primeiro Ritual
Neon Party (Parte I)
Neon Party (Parte II)
Capítulo 17
Capítulo 19
O Segundo Ritual
Wonderland
Capítulo 22
White Party
Capítulo 24
Neverland
Pleasure Party
O Terceiro Ritual
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Firework Party
Capítulo 32
Glossário

Drink Party

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By ThallesCavalcanti

13 de Janeiro de 2012


Imagine a melhor balada da sua vida. Sério... Tente se lembrar das sensações, as pessoas, de toda a bebida... Conseguiu? Eu te digo com toda a certeza do mundo: Não chega aos pés da festa em que estávamos.

Estávamos no subsolo da mansão. O lugar era completamente fechado, uma caixa, mas era climatizado e amplo. Com um esplêndido jogo de luzes, três bares, go–go boys e go–go girls, era superior a qualquer boate que eu já houvesse ido. As paredes eram negras, o chão de mármore negro era quase um espelho e por falar em espelhos, havia muitos deles pelo lugar. As pessoas pareciam ainda mais jovens e bonitas por ali, dentro de suas roupas de marca, sempre as mais provocativas possíveis.

As bebidas estavam geladas, as mulheres eram quentes. No lugar de sangue, álcool percorria nossas veias, enquanto nossos corações batiam alucinados no ritmo da música. O ecstasy tornando cada luz mais brilhante que a anterior, preenchendo de desejo todo e qualquer toque.

O bar estava cheio, as pessoas muito bêbadas. Vazias de senso com copos cheios nas mãos. No ar pairava um cheiro de sexo, talvez fossem as roupas curtas e apertadas, talvez fosse a pele exposta, talvez a fricção entre dois ou mais corpos, ou até mesmo o suor que naquela altura brilhava sobre a pele da maioria dos convidados.

– De longe a MELHOR festa! – Alice disse ao se aproximar, se equilibrando em seus saltos altos e lutando para não mostrar demais com sua microssaia.

Eu não sabia ao certo o motivo, – Naquela altura seguir uma linha de raciocínio era complicado – mas era impossível não concordar com ela.

– A MELHOR!!! – Eu gritei eufórico.

– Alguém provou "balas" demais! – Ela observou entre risos.

– "Alguém" quer se divertir! – Eu disse um pouco antes de lhe roubar um beijo. Rápido, mas quente. – Tequila! Minha bebida favorita! – Eu brinquei ao sentir o gosto que preenchia a boca da minha melhor amiga.

– De onde veio isso? – Eu a ouvi perguntar segundos antes de deixá-la para trás.

Eu não tinha uma resposta para aquela pergunta. Eu estava bêbado e altamente drogado. Não queria pensar ou me importar e eu era muito bom nisso. Eu era divertido quando fazia isso.

– Você é tão mais divertido quando não pensa. – Klaus, que parecia sóbrio demais, observou ao se aproximar.

– Você é tão lindo! – Eu gritei em resposta, no meio da música muito alta – Parece um anjo!

– Você não deveria estar alerta? – Ele riu – Ou ao menos em condições de pensar rápido?

– Casa comigo? – Eu pedi em um momento de loucura.

– Não. – Ele respondeu com um sorriso doce.

– Casa comigo! – Eu balbuciei a exigência.

– E o que seria de nós dois amanhã de manhã se eu te disser um "sim"? – Ele parecia estar se divertindo com aquilo.

– Nós temos essa noite... – Eu dei de ombros – Quem precisa do amanhã?

A multidão estava alucinada. As pessoas pareciam fora de controle. Bêbados e drogados se espelhavam por todo o lugar. Alguns pareciam se preocupar com privacidade, mas uma meia dúzia de casais transavam ali mesmo. Era quase como um culto moderno e insano a Afrodite, cheio de beijos entre estranhos, alguns triplos ou quádruplos. Meu mundo estava rodando, mas os olhos de Klaus pareciam segurá-lo por mais alguns segundo. Eu queria dizer algo, mas não conseguia pensar em nada, eu nem se que conseguia entender o que se passava dentro da minha cabeça ou do meu coração – Embora naquela época eu não tivesse absoluta certeza sobre possuir um. Ele me olhou por mais um segundo e então um estrondo veio da multidão.

– ACORDA! – Ele disse me dando um soco no rosto.

– Você podia ter usado um meio menos doloroso para me trazer a realidade! – Eu disse ranzinza, voltando ao meu típico mau humor.

– Sim, eu podia... – Ele deu de ombros – Mas magia de cura é mais divertida quando aplicada de uma vez só!

– Ainda não justifica o maldito soco! – Eu disse olhando feito para ele.

– Você estava me pedindo em casamento... – Ele respondeu soando óbvio.

– Eu estava fora de mim. – Respondi dando de ombros.

– Exato! – Ele respondeu – Eu só queria ter certeza de que você voltaria ao normal.

– Babaca... – Eu respondi tocando meu rosto, onde ele havia acertado o soco.

– E você meio que mereceu! – Ele gargalhou – Agora vamos ver o que está acontecendo...

– Eu mereci? – Eu perguntei começando a ficar com raiva, mas ele apenas me ignorou e começou a andar.

Caminhamos pela multidão e eu precisei usar força bruta para acompanhá-lo. O barulho vinha de uma briga, entre dois semi–bruxos. Eles estavam trocando socos, pareciam fora de si. Um deles inflamou as mãos e eu soube que aquela era a minha deixa.

Corri até ele e aumentando minha força com uma pitada de magia, lhe acertei um soco em cheio.

– Você provavelmente quebrou o nariz dele. – Klaus observou.

– Ele não deveria ter brigado na min... – Eu comecei a dizer antes de ser interrompido por outro soco.

Dessa vez o soco veio do homem que brigava com o primeiro, que agora jazia desacordado no chão.

– Ele não fez isso! – Eu disse ao Klaus.

– Ele meio que fez... – Ele gargalhou.

Eu me virei para o homem e o acertei um pontapé com toda a força que eu tinha.

– E ele está castrado! – Klaus sorriu – Você é meio violento, sabia?

– Espera... – Eu disse sentindo algo estranho pela primeira vez.

– O que foi? – Ele perguntou com um sorriso curioso.

– Isso é magia. – Eu respondi – Só estava nesses dois, mas está se espalhando... Você consegue sentir?

– Isso vai sair de controle em segundos! – Ele disparou – O que nós vamos fazer?

– Junte os outros... – Eu respondi – Eu tenho um plano.

– Estou indo. – Ele disse.

– E Klaus... – Eu disse segurando seu pulso – Tome cuidado e não se segure... Homem, mulher ou qualquer coisa entre isso. Se te atacarem, faça a pessoa desmaiar!

– Volto já! – Ele respondeu com um sorriso aflito.

Eu olhei o meu redor. Eu estava cercado por convidados que pareciam ficar cada vez mais agressivos. Eu iria brigar e de uma forma estranha eu queria aquilo. Eu estava com raiva e queria socar qualquer um que estivesse no meu caminho. A ideia do nocauteado era divertida, mas desconsiderei inflamar as mãos sendo que depois teria que curar os feridos e apagar a sua memória.

– Bom... – Eu disse encarando a multidão – Let's have a Kiki...

Três minutos mais tarde minha mão já doía e Klaus finalmente apareceu com os outros.

– O que vamos fazer? – Carlos perguntou antes de socar uma garota que pulou em cima dele e tentou morde–lo.

– Garotas... – Eu gritei – Vocês conhecem o canto da sereia?

– O feitiço? – Alice perguntou.

– Exatamente. – Eu disse.

– Fácil! – Ela sorriu.

– Subam para mesa do DJ. – Eu expliquei – Façam o que for necessário, mas antes nos torne imune...

– Quando eles estiverem hipnotizados por vocês fica mais fácil nocauteá-los. – Klaus completou meu pensamento.

– Vamos perder toda a diversão! – Cassidy reclamou.

– Diversão? – Eu perguntei mostrando minha mão machucada.

– Tanto faz! – Ela deu de ombros e as três meninas desapareceram pela multidão.

– Klaus. – Eu disse – Fica fora dessa! Você precisa guardar energia para curar todos eles depois... Isso vai te esgotar.

– Entendido. – Ele disse se afastando.

Foi quando a música começou. As meninas estavam no palco e por um segundo achei que elas haviam se esquecido de nos tornar imunes a elas. Elas estavam rebolando dentro de suas roupas apertadas ao som de "3" da infame Britney Sperars.

– Me diz que elas não vão tirar a roupa... – Carlos disse sorrindo.

– Me diz que elas não estão se beijando! – Mateus respondeu.

– Eu estou oficialmente com tesão! – Eu tive que dizer.

– Vocês vão ficar aí babando ou vão vir ajudar? – Andrew perguntou irritado.

Aquilo parecia ter recarregado minha bateria. Era divertido, de um jeito sadista. Nós fomos rápidos, ao final da música estavam todos desacordados. Ninguém muito ferido, mas alguns ossos pareciam quebrados.

– Minha vez? – Klaus perguntou logo que voltou para perto de nós, junto as meninas.

– Emma e Casdidy... – Eu disse – Se importam de me ajudar a selar a magia?

– Vamos nessa! – Elas sorriram.

O procedimento foi o mesmo. Com sangue e o feitiço certo, logo uma fumaça roxa começou a sair de cada um dos meus convidados, em direção ao meio do circulo que formávamos de mãos dadas. No final, havia ali uma esfera, como as outras, com seu interior azul marinho.

– Agora é a sua vez, Klaus. – Eu disse.

Um por um, ele os curou. Isso levou o resto da noite e no final, Klaus parecia prestes a desmaiar.

– Vamos... – Eu disse fazendo-o se apoiar em meus ombros – Eu te levo para o seu quarto.

– E nós? – Mateus perguntou.

– Estão dispensados... – Eu disse – Descansem, afinal já é dia... E amanhã nós teremos uma noite... Longa.

– Outro ritual? – Alice perguntou.

– Espere e verá. – Eu respondi sorrindo.

Tradução: Vamos ter uma Kiki. Na Itália, Kiki significa pênis. Nas Filipinas, estaríamos falando de uma vagina. Mas na língua tradicional do Tibete significa céu, no sentido paradisíaco. Uma Kiki é uma festa ou uma reunião de amigos com bebida, música bem dançante, e resumidamente é um lugar para você acalmar seus nervos.

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