Filhos da Tormenta - Aquele V...

By ThallesCavalcanti

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Uma ilha paradisíaca. Uma maratona de festas. A nata da nata ao redor do globo se reúne, durante um mês intei... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Beach Party
Capítulo 10
Festival of Colors
Capítulo 12
Fairytale
Neon Party (Parte I)
Neon Party (Parte II)
Capítulo 17
Drink Party
Capítulo 19
O Segundo Ritual
Wonderland
Capítulo 22
White Party
Capítulo 24
Neverland
Pleasure Party
O Terceiro Ritual
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Firework Party
Capítulo 32
Glossário

O Primeiro Ritual

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By ThallesCavalcanti

10 de Janeiro de 2012, Terça-Feira.

A dor era constante. A tempestade estava dentro de mim, tão incontrolável quanto antes. Era quase ridículo lutar contra tamanha força, quando meus poderes claramente não eram o suficiente.

- Acorda! - Eu ouvi um grito ecoar em minha mente.

- Klaus? - Eu me perguntei.

- Você precisa restringir o feitiço a alguma parte do corpo dele! - Eu ouvi alguém instruir - Enquanto a mente dele estiver lidando com toda essa magia ele não vai acordar.

- Mãos? - O ouvi questionar.

- Faça! - Alice gritou ao fundo.

Aos poucos senti a dor diminuir. Se antes ela percorria todo o meu corpo, ela agora parecia caminhar em direção as minhas mãos, passando por cada parte do meu corpo e indo lentamente até o seu destino. Quando eu finalmente fui capaz de abrir os olhos, estava no meu quarto, cercado pela cara de preocupação de todos os meus amigos.

- Ele acordou! - Alice gritou me abraçando.

- Me solta. - Eu pedi em uma voz contida e ao mesmo tempo irritada.

- Você precisa ficar deitado. - Klaus disse em sua falsa calma quando tentei me sentar.

- Eu decido o que eu preciso ou não. - Eu respondi - Peter?

- Senhor? - Ele respondeu.

- A festa? - Eu perguntei ainda ofegante com a dor em minhas mãos que agora beirava ao insuportável.

- Saiu como exatamente como o planejado. - Ele respondeu - Os convidados nem se que notaram a ausência de vocês, ou a tempestade.

- Ótimo. - Eu respondi - Certifique-se de que as coisas permaneçam assim.

- Sim, senhor. - Ele respondeu com uma profunda reverencia. - Com sua licença.

- Polidoro. - Eu o chamei. - Você sabia como me acordar, o que significa que você sabe o que é isso.

- É exatamente o que você está pensando que é. - Ele respondeu com um sorriso cínico.

- Magia negra. - Eu disse em voz alta.

- Eu pensei que essa coisa de luz e trevas... - Mateus começou a dizer.

- Magia negra é diferente de magia das trevas. - Eu o cortei. - Ela é definida pela energia usada e não pelo que ela faz.

- Como bruxos, estamos constantemente ligados à natureza - Andrew explicou - Aos espíritos dela e a qualquer coisa mágica no mundo. Já ouviu a frase: "Magia atrai magia"? E daí que sai o nosso poder.

- E magia negra? - Ele ousou perguntar.

- Usa a energia da morte. - Polidoro respondeu - Que é uma energia que não pode ser manipulada por alguém pouco habilidoso. Nós demônios tiramos a nossa força daí.

- E o pior é que esse tipo de energia não deixa rastros - Andrew continuou - Não da para saber de quem partiu o feitiço.

- Mas quem quer que seja precisou sacrificar alguém e não houve sacrifícios na ilha, houve? - Emma perguntou. - Quer dizer, nós iríamos saber, não iríamos?

- Não precisaria necessariamente de sacrifício humano. - Cass lembrou - Pode ser sacrifico animal.

- Não para um feitiço de tamanho poder. - Eu respondi.

- E essa energia se afeiçoa ao sacrificante. Uma vez que você mate alguém, carrega essa marca com você para o resto da vida. - Polidoro lembrou - Temos um assassino entre nós e, sem dúvida alguma, um extremamente habilidoso.

O silêncio parou sobre a sala. Eu pude sentir todos os olhos pesarem sobre Mateus. Ele era o novato ali e isso o tornava o único de quem poderíamos desconfiar. Klaus permaneceu me olhando, muito intuitivo, mais até que eu, ele sabia que Mateus não tinha nada com aquilo e eu sabia disso, porque eu sabia que Mateus não tinha nada com aquilo.

- Polidoro. - Eu quebrei o silêncio - Você sabe como me livro dessa tempestade? E você está proibido de mentir.

- Sei. - Ele respondeu relutante - Embora não fosse necessário me proibir de mentir.

- Eu não confio em você. - Dei de ombros.

- Garoto esperto! - Ele sorriu sínico.

- Como eu acabo com isso? - Eu perguntei.

- Acabar? - Ele gargalhou - Você não pode desfazer a tempestade... Isso não é só magia negra, é magia antiga e muito poderosa... Quase fora de controle.

- Pare de enrolar. - Eu me irritei - O que eu tenho que fazer?

- Bom... - Ele respondeu com superioridade - Você parou a tempestade porque a absorveu, de outra forma teria sido impossível, há não ser talvez que você fosse o seu pai...

- Eu superei meu pai! - Eu respondi irritado.

- Em força, não em conhecimento. - Ele respondeu - Continuando... Absorver a tempestade com o seu corpo sobrecarregou a sua mente. O que o Klaus fez? Limitou a área aonde o feitiço deveria agir...

- Minhas mãos. - Eu assenti.

- Provavelmente a dor está muito pior. - Ele continuou - Porque a magia ficou mais concentrada. Você não pode pará-la, mas contê-la.

- Isso é fácil. - Dei de ombros.

- Não tão rápido, garoto. - Ele riu - Como eu disse, essa magia é muito poderosa e pode romper facilmente um receptáculo. Esse receptáculo precisa ser forjado com sangue...

- Você diz matar alguém? - Alice perguntou.

- Não. - Ele respondeu - Seria mais eficaz um receptáculo feito com o sangue de alguém que ame o Theodoro.

- Todos nós o amamos. - Klaus se apressou em dizer.

- Não, loirinho... - Ele respondeu - Eu digo um amor que vai além de amizade... O que por sorte podemos achar aqui mesmo...

- Porque? - Eu perguntei irritado - Se isso for mais um de seus jogui...

- Não é! - Ele me cortou - O receptáculo precisa ser criado ao redor da magia, enquanto ela estiver saindo de você... Seu sangue está "manchado" pela magia, não serve e se a pessoa escolhida não tiver uma ligação muito forte com você, não vai funcionar!

- Nós somos quase irmãos. - Javier falou.

- Amor. - Ele deu de ombros - Ou não vai dar certo.

- Que seja! - Eu respondi irritado.

- Então Klaus e Mateus... - Ele disse com um sorriso sínico, como quem se divertia com aquilo - Qual dos dois oferece o sangue?

- Eu vou... - Klaus respondeu - Conheço ele há mais tempo... Consegui trazer ele de volta agora a pouco.

Polidoro havia nos instruído sobre o que fazer, mas dependia de nós dois fazer dar certo, qualquer envolvimento dele poderia por tudo a perder. Ambos ficamos de pé, de frente um para o outro. Klaus que agora estava com um rasgo fundo em cada uma das mãos segurava com força as minhas.

- Pronto? - Eu perguntei.

- Pronto. - Ele respondeu me olhando nos olhos.

Conforme comecei a liberar toda a magia presa em minhas mãos o sangue de Klaus parou de escorrer e começou a se mover para cima, formando uma pequena esfera negra que ficava flutuando a nossa frente. O processo era lento e doloroso, para mim e pelo que pude perceber também para ele. Quando a esfera estava completa, uma espécie de fumaça cinza começou a preenchê-la e eu finalmente comecei a sentir alívio.

Quando o processo chegou ao final, qualquer falta de concentração poderia fazer tudo dar errado. Olhei mais uma vez para aqueles olhos e por um segundo eu me senti em paz, como se o universo ao nosso redor pudesse esperar. Ele pareceu notar e foi o suficiente para que eu quebrasse o transe.

Juntos pronunciamos as palavras finais, em uma língua estranha, há muito esquecida e, depois de um clarão, em nossa frente estava uma esfera cinza de energia. Ela flutuou por um segundo e caiu, atingindo as mãos de Polidoro, muito antes de tocar o chão.

- Eu fico com isso! - Eu disse estendendo-lhe a mão.

- Como queira! - Ele respondeu ranzinza me entregando a esfera e deixando o quarto irritado.

- Que alívio! - Mateus disse se jogando em uma poltrona.

- Por quê? - Eu perguntei agora liberando toda a minha ira - Vocês são FRACOS!

- Você que desmaiou! - Carlos respondeu levantando a voz.

- Porque eu fui o único capaz de frear a tempestade! - Eu gritei de volta - E se eu não tivesse lá? O que teria acontecido?

- Calma, Theo! - Klaus pediu.

- Calma!? Você vem me pedir calma? - Eu respondi - Eu não posso defender vocês o tempo todo, eu sou só um!

- E quem é que pediu por proteção? - Andrew perguntou.

- Quatro corpos desacordados na praia! - Eu respondi - Aquela tempestade podia ter matado vocês!

- Mas não matou! - Javier gritou - Estamos bem!

- Estão!? - Eu perguntei irônico - Que bom, não é!? Tomara que o assassino maluco que anda perambulando pela MINHA ILHA decida não mandar nada mais forte atrás de nós!

- O que você quer que a gente faça? - Klaus perguntou irritado.

- O que eu estava pensando em fazer a algum tempo... - Eu olhei para eles - Unir um círculo.

- Mágico? - Andrew debochou - Você sabe que isso é impossível em menos de um ano.

- Você esqueceu com quem está falando? - Eu perguntei.

- Um herdeiro mimado que acha que o mundo gira conforme ele quer... - Ele respondeu - Não, Theo. Eu não esqueci.

- Ótimo! - Eu respondi - Então você também deve saber que meu conhecimento, meu poder e meu sangue estão anos luz do seu!

- Então diz, senhor maravilha, como você pretende unir o círculo mágico sem nos matar no processo?

- Matar? - Mateus perguntou assustado.

- Um círculo nos iguala em poder, Mateus - Klaus explicou - O que significa que é um pré-requisito que todos os integrantes desse tenham os mesmos selos rompidos, ou eles se rompem no momento em que o círculo é unido...

- Quebrar vários selos, ou até mesmo um, e ainda aumentar seu poder significativamente é um ato extremamente agressivo ao bruxo... O corpo não aguenta... - Andrew terminou - Você morre!

- É um dos motivos pelo qual bruxos e semi-bruxos não fazem parte de um mesmo círculo, em hipótese alguma! - Eu Carlos explicou. - E é por isso que não podemos unir um círculo.

- Mas nós somos nove... - Mateus disse - Isso significaria ficar nove vezes mais forte, que o mais forte! Significaria nove vezes o atual poder do Théo.

- Se fosse possível... - Alice contrapôs.

- E você teria coragem de nos igualar com você em poder, Theodoro? - Carlos perguntou sínico.

- Magia não é só sobre poder... - Eu respondi com um sorriso ranzinza - Tenha a mesma quantidade que eu e eu ainda serei um bruxo superior!

- Vai se ferrar! - Ele respondeu se emburrando.

- Há quanto tempo um círculo não é unido? - Alice perguntou - Com níveis de poder tão diferentes é impossível conseguir unir um nos dias de hoje.

- E se não fosse? - Eu perguntei - E se eu dissesse que posso ajudar vocês a quebrarem os selos restantes... Sem causar qualquer dano.

- Isso é impossível! - Javier se manifestou.

- É? - Eu perguntei - E se eu soubesse como fazer isso? E se a minha família escondesse alguns segredos? A essa altura você já deveriam ter aprendido que, se tratando de magia, nada é impossível.

- Foda-se! - Alice se deu por vencida - O que precisamos fazer?

- O primeiro passo é romper os selos elementares de vocês. - Eu disse - E a questão é que a lua ideal para isso vai brilhar no céu essa noite. O preparo para esse ritual geralmente leva uma semana, mas sejamos mais eficazes... - Eu disse, enquanto lançava sobre todos eles um feitiço.

Em um segundo estavam todos vomitando. O processo não demorou muito e logo que tudo que eles tinham no estomago se foi, eles pararam.

- Vocês não devem comer ou beber nada a partir de agora. - Eu expliquei - Vocês deveriam jejuar por uma semana, expelindo o que vocês ingeriram e permanecendo de jejum até mais tarde vai ser o suficiente.

- Só isso? - Carlos perguntou irritado.

- Não. - Eu respondi - Vocês devem se livrar das roupas, mas é desnecessário que isso seja feito imediatamente... Voltem a seus aposentos e vistam seus roupões brancos. Dirijam-se para as cascatas que deságuam no lago e tomem banho. Um de cada vez! Depois disso vocês não devem entrar em contato com nada que tenha sido feito por homens. Procurem um lugar calmo na floresta e meditem... A mente e o corpo de vocês precisam estar preparados. A partir de agora vocês não devem dizer uma só palavra... Nos vemos no lago menor... Basta seguir rio acima. Vocês devem estar lá antes da meia-noite, ou começo o ritual sem vocês.

E você? - Mateus perguntou em minha mente.

- Eu disse: "Sem falar"! - Eu respondi - Isso incluí conversas telepáticas! Eu vou conseguir me preparar. Eu não preciso da mesma preparação que vocês, porque não tenho selo algum a romper. Vou ser como um guia... Agora vão!

E assim eles me deram as costas enquanto saíam sérios e calados do lugar. Me joguei na cama, sem nem me importar com o odor tenebroso que todo aquele vomito gerara. O que mais me irritava não era a fraqueza deles, por mais impotente que eles fossem eu deveria ter sido capaz de defendê-los e de parar sozinho e sem danos àquela tempestade. Eu era fraco e eu precisava de mais poder. Seria bom dar a eles a chance de autodefesa, porém o que realmente me interessava era me tornar forte o suficiente para chutar a bunda de quem quer que estivesse mexendo comigo, com os meus amigos e com a minha ilha. Por mais que o ódio me desse foco, precisava fazê-lo sumir antes do ritual e a melhor forma de fazer isso era me focar no mesmo.

- Peter. - Eu chamei.

- Senhor? - Ele disse alguns segundos depois.

- Peça que alguém limpe essa bagunça. - Eu disse - Estou saindo e não sei quando volto...

- Como queira, senhor. - Ele respondeu.

- E Peter? - Eu o chamei.

- Sim?

- Obrigado por ter feito com que tudo estivesse perfeito ontem. - Eu disse em um meio sorriso.

- É sempre um prazer. - Ele respondeu satisfeito.

Pouco antes da meia noite eu consegui alcançar o lago. O barulho da enorme queda d'água em uma das extremidades do lago conseguia ser ensurdecedora e ao mesmo tempo tranquilizante. Me despi e mergulhei no lago. A sensação era de renovo, como se eu e a natureza fossemos um.

Conforme a lua aproximava-se de sua posição, um a um meus amigos foram chegando. Embora a luz da lua fosse tenebrosa e eu não fosse capaz de enxergar muito devido a escuridão da noite, que parecia se dissolver na luz da lua e se tornar uma penumbra, seus corpos eram surreais, de uma beleza avassaladoramente sobrenatural. Eles se aproximaram em silêncio, das margens do lago, tão concentrados que pareciam hipnotizados. Fiz um sinal para que entrassem na água e eles se moveram tão silenciosos quanto uma brisa de verão, de modo que logo estávamos dispostos em um círculo.

- Deem as mãos. - Eu ordenei enquanto me movia para o centro.

Assim eles fizeram, poucos segundos antes da lua atingir sua posição ideal. Primeiro precisei focar toda a minha energia a ela, ordenando mentalmente que me emprestasse seu poder e majestade. Não foi necessário esforço e logo eu estava preso a ela... Redirecionei sua energia ao círculo e foi notório quando a força dela os invadiu.

- Por esta terra em que firmo os meus pés - Eu disse sentindo as rochas no fundo da lagoa - Pela água que me limpa e leva mais uma vez ao ventre do mundo, ao seio da mãe - Eu continuei sentindo-me ligado a dois dos quatro elementos - Pelo ar que me cerca e me preenche de vida - Agora eram três - E pelo fogo - Eu disse criando duas enormes bolas de fogo, uma em cada mão - Que alimenta o meu espírito e destrói meus inimigos. - Eu estava enfim ligado aos quatro elementos.

- Por esta terra em que firmo os meus pés. Pela água que me limpa e leva mais uma vez ao ventre do mundo, ao seio da mãe. Pelo ar que me cerca e me preenche de vida. E pelo fogo que alimenta o meu espírito e destrói meus inimigos. - Eles repetiram em um coro.

- Pelo poder da lua e pela magia que molda o meu ser eu ordeno espíritos etéreos que habitam essa terra ao qual fui feito dono e legitimo herdeiro. - Eu disse com toda a autoridade da minha alma - Que nos guie através dos caminhos inexplicáveis da magia e quebre de uma vez por todas os cadeados que outrora nos separavam da natureza.

- Mãe natureza, nos faça um! - Eles disseram juntos, mesmo que aquilo nunca antes houvesse sido ensaiado - Leve-nos de volta ao seu seio. Nos dê o seu poder!!

E então por um segundo o mundo pareceu parar. O lago começou a brilhar e ficar cada vez mais agitado, por de trás das árvores surgiram seres amorfos, que brilhavam minúsculos em grande esplendor, como pequenos pontos de luz flutuantes. O vento se agitou e por um segundo as árvores pareceram cantar. Era, no sentido mais simples e real da palavra, mágico. Então uma corrente descomunal de energia percorreu pelo meu corpo, e foi passando de um a um.

Quando ela finalmente cessou, eles soltaram as mãos, o lago voltou ao normal, o ar se acalmou e as árvores voltaram a cantar em sua língua tão secretamente única. Estava feito...

- WOW! - Andrew foi o primeiro a dizer - Então é isso que significa dominar a natureza?

- Quanto poder! - Alice disse ainda ofegante. - É maravilhoso.

- Esperem. - Eu disse com calma - Os espíritos ainda estão aqui. Olhem ao nosso redor.

- Os pontos de luz... - Mateus observou - Então eles são espíritos?

- Talvez mais antigos que toda essa ilha. - Eu respondi - E eles querem algo conosco.

- Mas não da para entender o que eles falam... - Emma observou.

- Porque não é preciso. - Eu disse sorrindo, movido pela nostalgia daquela situação.

Os pontos de luz voaram em alta velocidade para o que parecia algo atrás da cachoeira, mas em poucos segundos estavam de volta. Eram um total de nove e cada um deles parou diante de nossos pescoços. Houve um brilho intenso e onde estavam os pontos, surgiram pequenas pedras, presas há um suporte de prata e uma fina corrente que as mantinham presas em nossos pescoços.

- Eles estão nos dando um presente. - Andrew, que quase nunca fazia isso, sorriu. - Para sempre nos lembrar de que agora somos um com a natureza.

No meu pescoço surgiu um pequeno pedaço de Lava Vulcânica, de forma que nos pescoço do Carlos, Alice, Emma, Cassidy, Andrew, Javier, Klaus e Mateus, surgiram respectivamente pedaços de uma Esmeralda, uma Ametista, um Lápis Lazuli, uma Cornalina, uma Ágata Rosa, um Âmbar, um Diamante e uma Pedra Coral. Cada um carregando em si algo que nos faltava ou tonava mais forte naquilo que queríamos esconder.

- Está feito. - Eu disse por fim - Estamos um passo mais próximo do que precisamos.

- Como você controla todo esse poder? - Mateus perguntou.

- Pratica. - Eu respondi - Treinamento pesado, físico, mágico e mental. Isso é só o começo, Mateus. Mas nós conseguimos e tudo o que eu quero agora é profanar algum lugar e beber algumas tequilas...

- E como, no meio do nada, você pretende consegui-las? - Carlos perguntou.

- Na mansão... - Eu dei de ombros - Você consegue nos mover para lá, ou prefere que eu faça as honras?

- Idiota! - Ele disse antes de estalar os dedos e segundos depois estávamos no meu quarto.

Depois de nos vestirmos e nos aquecermos, bebemos muito, até o raiar do sol. Não havíamos ganhado a guerra ainda, contudo toda e qualquer batalha vencida era digna de comemoração.

Me deixam saber noscomentários o quê vocês tem achado da história até aqui! ♥

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