Filhos da Tormenta - Aquele V...

By ThallesCavalcanti

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Uma ilha paradisíaca. Uma maratona de festas. A nata da nata ao redor do globo se reúne, durante um mês intei... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Beach Party
Festival of Colors
Capítulo 12
Fairytale
O Primeiro Ritual
Neon Party (Parte I)
Neon Party (Parte II)
Capítulo 17
Drink Party
Capítulo 19
O Segundo Ritual
Wonderland
Capítulo 22
White Party
Capítulo 24
Neverland
Pleasure Party
O Terceiro Ritual
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Firework Party
Capítulo 32
Glossário

Capítulo 10

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By ThallesCavalcanti

06 de Janeiro de 2012, Sexta–Feira.

A estrada para a mansão era praticamente uma linha reta floresta adentro, que seguia até o norte da ilha. Estávamos divididos em três jipes, eu seguia na frente, sozinho, enquanto os outros me acompanhavam. Em tão alta velocidade o vento sobre meu rosto era cortante, embora o ar fosse úmido e quente. O sol já brilhava em todo o seu esplendor, enquanto a magia parecia saltar em cada simples toque de beleza ao nosso redor. As árvores com copas altas, em diversas formas e cores, a vegetação rasteira, tão viva e colorida, junto ao toque de vida que os pássaros, as borboletas e os outros seres que viviam na floresta traziam estava em perfeita harmonia, a não ser por um simples detalhe: O estranho que se materializou em frente ao meu carro em alta velocidade extrema.

Precisei pensar rápido, desmaterializei o carro completamente e ao mesmo tempo me teletransportei para frente, no exato local em que o carro resurgiu, em seu perfeito estado. Pisei do freio e simplesmente olhei pelo retrovisor, em busca do responsável por um quase acidente.

– Chefinho. – O estranho desdenhou – Sentiu minha falta?

– Tentando me matar? – Eu perguntei cheio de cinismo.

– Você sabe que eu nunca poderia te matar. – Ele respondeu sarcástico – Só vim dar as boas vindas, não queria te assustar.

– Claro. – Eu disse sarcástico.

17 de Outubro de 2007, Sexta–Feira.

Já era madrugada e a busca de um Pub era quase estúpida, visto que eles costumam fechar no mais tardar à meiaanoite. Chovia muito naquela noite e o frio era cortante.

Ouvindo os rumores de um novo lugar, em uma área bem afastada do centro, comecei a me esgueirar entre ruelas e becos atrás de um bom lugar para beber até cair.

Em um determinado ponto, comecei a ter a sensação de estar sendo seguido, embora a rua estivesse completamente deserta. Comecei a ficar mais vigilante, embora a chuva atrapalhasse minha capacidade auditiva e visual. Usei magia para tentar aguçar meus sentidos, porém não conseguia encontrar nada ao meu redor. Ouvi ao longe o barulho de gatos remexendo lixeiras, o que parecia um casal discutindo em algum prédio próximo onde eu estava, mas não ouvi nada ameaçador.

Sabendo que era idiotice adentrar ainda mais em ruas tão desertas, ainda mais quando minha intuição gritava para que eu saísse dali optei por voltar rapidamente a uma avenida, que no final das contas se mostrou deserta, como as outras. Eu estava prestes a me teletransportar daquele lugar quando ouvi uma risada sinistra atrás de mim.

Foquei todo o calor do meu corpo em uma das minhas mãos e produzi uma pequena bola de fogo, que lancei ao estranho em minhas costas sem nem me preocupar em quão humano ele poderia ser. Entretanto, quando virei para olhar o alvo, ele usava a bolas de fogo como um brinquedo, lançando de uma mão até a outra.

O estranho que me encarava era de uma beleza extremamente assustadora, o que quer que ele fosse – E aquela altura eu já não sabia dizer se ele era um humano – era perigoso. Ele era alto, magro, com cabelos em cachos e olhos azuis escondidos atrás de óculos de grau. Ele estava de jeans e usava apenas uma fina camisa xadrez, apesar do frio. Ele moveu a bola de fogo até o peito e a absorveu.

– O que você é!? – Eu perguntei.

– Acho que você quis dizer: "Quem é você?" – Ele disse sorrindo estendendo a mão.

– Eu quis dizer, exatamente, o que eu disse. – Eu respondi sério.

– Meu nome é Polidoro. – Ele disse – Eu venho aqui exatamente para te conhecer e sou tratado assim?

– Vou perguntar mais uma vez... – Eu comecei.

– Eu sou um bruxo. – Ele disse calmo – Aperte a minha mão e você vai saber.

Eu considerava a possibilidade de ele ser bruxo e um dos bons, já que conseguia esconder sua presença mágica e não me permitir sentir absolutamente nada, entretanto se ele não fosse, contato físico poderia ser perigoso. Sem escolha, eu apertei sua mão.

– Você não é bruxo! – Eu observei enquanto tentava soltar minha mão da dele – Mesmo podendo esconder sua arurá mágica, eu seria capaz de sentir seus selos a uma distancia tão pequena...

– Você está certo – Ele debochou – Eu não sou um bruxo e sabe... Para alguém tão esperto, você foi muito descuidado.

– Me solta. – Eu disse automaticamente tentando aumentar a força da minha mão.

– Não solto. – Ele sorriu – O herdeiro Salvattori, o garoto perdido, aquele que tem o selo da morte rompido... Eu vim por você, pelo seu poder e pelo seu corpo!

– O que você é!? – Eu perguntei me sentindo realmente assustado.

– Eu sou aquele que vai ter o seu corpo! – Ele gargalhou – Eu sou seu pior pesadelo, Theodoro, eu sou um...

– Demônio. – Eu completei, finalmente entendendo.

A grande questão sobre demônios é que onde quer que a magia esteja, eles também estarão. São seres milenares, mas sem um corpo. Extremamente poderosos, são incapazes de agir no plano terrestre, a não ser que tenham um corpo humano, especificamente um corpo bruxo que eles usam como um canal para o seu poder. Some isso a eximia habilidade psíquica, que é o único canal em que eles são capazes de atuar no mundo humano. Controle, possessão, confusão mental, rastreamento de magia, leitura de pensamentos e sentimentos estão entre suas melhores habilidades.

– Achei que você pensava mais rápido. – Ele debochou – Dada a sua fama...

– Você não sabe nada sobre mim! – Eu respondi.

– Eu sei, absolutamente, tudo sobre você! – Ele disse desfazendo o sorriso.

Minha cabeça começou a doer, era como estar sendo forçado a sair do meu próprio corpo. Caí de joelhos graças à dor e isso significava que ele era bom em possessões. Minha cabeça ficou completamente confusa e um furacão com lembranças de meu passado vieram à tona. Meu corpo começou a se mover contra a minha vontade e eu sabia que estava perdendo a luta.

– SAI DA MINHA CABEÇA! – Eu gritei ao vazio.

Eu sabia que era como um cabo de guerra. Se quisesse meu corpo, precisava forçá–lo a sair – Na maioria das vezes possessão significava fraqueza – Tentei limpar minha mente, deixar de lado as memórias ruins e isso pareceu surtir efeito. Meu corpo aos poucos voltou a minha vontade, mais ele ainda estava lá, tentando ter a minha mente. E então ele me mostrou de novo à noite em que rompi o selo da morte.

– Eu superei isso. – Eu disse em pensamento.

– Eu duvido! – Ele gargalhou dentro da minha cabeça.

– Saí daí. – Eu ordenei.

– Não! – Ele respondeu.

Então eu comecei a conjurar um feitiço antigo, um feitiço quase desconhecido, sobre o qual eu havia passado o olho, anos atrás, no livro de feitiços da minha família. Eu só sabia o começo, mas isso teria que bastar para tirá-lo de mim.

– O que você está fazendo? – Ele gritou – Como você pode ter acesso à magia tão antiga?

– Continue na minha cabeça e logo você vai saber. – Eu respondi.

Um dos problemas sobre lidar com demônios é a necessidade de contato "físico", para tomar meu corpo ele precisou que eu o tocasse e para escravizá-lo ele precisava estar me tocando. O melhor jeito para que ele parasse aquilo, era sair da minha cabeça e ele sabia disso.

– Você não se atreveria! – Ele gritou voltando ao corpo do garoto.

– Me SOLTA! – Eu gritei emitindo luz da mão.

– Você me queimou, seu desgraçado! – Ele gritou.

A primeira coisa que eu procurei fazer foi blindar meus pensamentos, nós estávamos brigando e ele saber sobre cada pensamento meu o ajudaria a prever cada um dos meus passos, o que seria muito problemático.

– Blindando os pensamentos? – Ele gargalhou – Ainda sinto o fedor do seu medo.

– O medo protege. – Eu respondi ofegante – E para um leitor de mentes, você é um dos bem fracos...

– Não haja como se me conhecesse, criança... – Ele disse.

– A criança aqui fez o titio de bobo. –Eu desdenhei – Você não percebeu que eu não sabia o feitiço todo? Ou ficou tão apavorado que se esqueceu de se certificar disso?

– Não importa... – Ele disse – Agora eu só preciso te tocar de novo!

– Você não vai conseguir! – Eu sorri. – Então porque não fazermos um acordo?

– Um acordo? – Ele riu – O que você teria a me oferecer?

– Meu corpo, minha alma, minha vida... – Eu respondi sério – Eu te proponho um contrato de sangue.

– Um contrato de sangue? – Ele desdenhou – Por algo que eu posso ter sem problemas?

– Porque você não ouve? – Eu perguntei – Só estou tornando as coisas mais interessantes.

– O quão interessantes? – Ele pareceu se interessar.

– Se você me vencer usando o seu poder... – Eu comecei – Através desse fracote que você possuiu eu te dou minha alma e meu corpo, sem forçar sua saída, sem nunca tentar ter o controle de volta... Sou todo seu. Se você perder...

– Não vou! – Ele respondeu.

– Então não tem com o que se preocupar! – Eu me obriguei a sorrir – Se você perder vai ser eternamente o meu escravo, enquanto eu viver você me deve total fidelidade e vai ser completamente incapaz de me ferir ou me desobedecer.

– E porque eu selaria esse acordo com sangue? – Ele perguntou.

– Não vai ser fácil me possuir. – Eu soltei – Você tentou e mesmo controlando outro corpo há algum tempo, foi incapaz de me possuir... E bom, se você perder, eu não vou viver muito, você terá sua liberdade em algum ponto da sua... Vida? Existência?

– Eu aceito o acordo. – Ele sorriu – Mas você está preparado para fazer um pacto com um demônio?

– Não foi o que eu acabei de sugerir? – Eu perguntei irônico.

Ele fez um círculo de fogo no chão, mas as chamas eram negras e pareciam querer devorar tudo ao seu redor.

– Se aproxime. – Ele ordenou.

Quando me aproximei do círculo ele se abriu para mim e uma vez dentro dele a atmosfera se mudou por completo. Ele tirou uma pequena adaga das botas e cortou o dedo. O sangue que escorreu não era vermelho, não era o do humano, era sangue de demônio. Ele deixou que caísse no chão e me deu adaga, como um sinal para que eu fizesse o mesmo. Cortei meu dedo e deixei que o liquido rubro que escorria por ele tocar o chão. Quando nossos sangues se tocaram eu me senti conectado a ele e sabia que era hora do juramento.

– Eu Polidoro – Ele disse – Um demônio deserto, juro que se eu perder essa batalha me tornarei eterno escravo de Theodoro Salvattori durante todos os anos de sua vida, devendo-lhe total fidelidade e me tornando completamente incapaz de feri-lo ou desobedecê-lo.

– Eu Theodoro – Eu disse – Herdeiro Salvattori e pertencente a uma das linhagens mais puras e poderosas de todos os bruxos, juro que caso eu perca essa batalha eu dou ao Polidoro toda a minha alma e meu corpo, sem forçar sua saída, sem nunca tentar ter o controle de volta... Sou todo dele.

O circulo de fogo se extinguiu e no estante seguinte uma enorme bola de fogo veio em minha direção.

Precisei agir rápido para não ser atingido, mas preferi apagar o fogo a absorvê-lo. Ele se moveu em alta velocidade em minha direção e aumentando drasticamente a força da mão, me deu um soco extremamente dolorido. Ele era poderoso e ficar apenas na defensiva seria completo suicídio.

Me levantei, ainda em choque, para me desviar de outro soco que atingiu o asfalto e fez uma cratera.

– Lembre-se que eu preciso estar vivo, para você me possuir. – Eu disse indignado.

– Quase morto, ainda é vivo. – Ele respondeu voltando a atacar.

Demônios não podem morrer, ou ao menos não há uma forma simples de mata-los. Apenas a quebra de um pacto, ou armas mágicas – Extremamente difíceis de serem achadas e mais difíceis ainda de serem forjadas – Poderia matar um deles. Entretanto, derrota não significa morte e eu tinha um plano para deixá-lo inconsciente.

Muito tempo depois, provavelmente horas depois devido a fatiga e o cansaço que percorriam meu corpo, ele ainda estava atacando sem mostrar qualquer sinal de esgotamento. Embora eu fosse forte, na época eu não tinha um terço do poder que tenho hoje, e se hoje o uso de mágica continuo e/ou de magia de alto nível me esgota, na época era muito pior.

Ataques elementares eram simplesmente absorvidos por ele. Nada parecia fazer efeito. De incêndios ao congelamento, nada funcionava. Era como um iniciante contra um bruxo milenar. Eu havia conseguido ser assertivo com alguns ataques diretos, despejando socos e pontapés com níveis absurdos de força. Ele ainda tinha o poder quase intacto, mas o corpo que ele habitava estava se deteriorando e isso definitivamente enfraquecia sua ligação com o hospedeiro.

Eu sabia que se continuasse apenas fugindo em algum ponto me tornaria previsível, era hora de concluir o meu plano. Como eu era muito fraco em qualquer feitiço de trevas e luz, eu precisava poupar meu pouco conhecimento.

– Pronto para ser destruído? – Eu perguntei na tentativa de distraí–lo.

– Pelas minhas contas eu estou ganhando. – Ele gargalhou – Há muito tempo dizem que o pior cego é o que não quer ver.

Foi tempo suficiente para conjurar mentalmente um pequeno feitiço de exorcismo. O feitiço era antigo, mas fraco, dependia muito da pouca força do espírito possessor ou de uma possessão fraca e instável. Dependia da distração dele e acima de tudo, dependia da estupidez dele. O feitio era basicamente uma bola de energia muito pura – Da qual eu era muito desprovido – Que atravessaria o peito do possuído e expulsaria Polidoro.

Eu fui rápido e conforme a bola surgia em minha mão eu a revesti com fogo negro, fazendo parecer uma simples bola de fogo.

– Vai tentar esse truque de novo? – Ele desdenhou.

Eu respondi lhe lançando a bola de fogo. Ele como nas vezes anteriores tentou absorve-la e essa foi a sua destruição. Em seguida tudo aconteceu muito rápido... Ele se desprendeu do corpo humano e voo para longe dele. Eu corri até o corpo e retirei a faca com a qual ele havia se cortando anteriormente.

– Não se atreva! – Ele gritou enquanto se recompunha.

– Queime! – Eu ordenei estendendo minhas mãos sobre o corpo do humano desacordado que instantaneamente entrou em combustão extrema. Podia não ser a decisão mais bondosa, porém impediria de Polidoro conseguir um corpo bruxo tão rápido e caso aquele pobre garoto sobrevivesse, o que poderia não ocorrer dependendo do tempo que ele esteve possuído e o desgaste que isso gera, ele provavelmente ficaria completamente louco.

– Você não ganhou! – Ele gritou em fúria indo com tudo em minha direção.

Eu me movimentei rápido e cravei a faca no local onde um humano deveria ter seu coração.

– O pior cego é aquele que não quer ver. – Eu disse enquanto o assistia cair de joelhos no chão.

Finalmente olhei para sua verdadeira forma, algo simplesmente horripilante demais para ser descrito em palavras e então me pus a observar o corpo daquele humano queimar por completo, enquanto pensava no que fazer. Ele não estava morto, apenas em estado de repouso, mas ainda assim eu havia ganhando.

Retirei a faca de seu peito e ele abriu os olhos. Ele agora era meu escravo.

– Bem vindo de volta, Popo. – Eu disse sorrindo.

– Eu vou te matar! – Ele esbravejou.

– Nós dois sabemos que você não pode, Popo. – Eu sorri.

– Como eu caí nessa? – Ele esbravejou.

– Pare de falar desse jeito, é irritante. – Eu ordenei – E você me subestimou, tolinho. Não faça mais isso.

– Escreve o que eu estou dizendo, Theodoro: Eu vou me vingar. – Ele disse contido, porém com a voz repleta de ódio.

– Não nessa vida. – Eu gargalhei. – Nós temos longos anos juntos, então tornemos isso mais agradável. Me leve para beber.

– Então posso possuir um corpo? – Ele sorriu.

– Não. – Eu respondi – Você está proibido de possuir corpos enquanto eu viver. Eu vou beber, você vai assistir...

– Eu te odeio. – Ele disse.

– Mude essa sua forma espiritual. – Eu disse – Está me dando calafrios. E embora você esteja proibido de possuir pessoas, vou te mandar há um lugar onde você consegue se materializar e até mesmo usar seu poder.

– Solo mágico? – Ele pareceu se interessar.

– Você vai descobrir assim que eu estiver com um copo cheio. – Eu respondi.

E em meio a uma tempestade, em Londres, comecei a minha relação com Polidoro, o demônio desertor fadado a me obedecer enquanto eu fosse vivo.

06 de Janeiro de 2012, Sexta–Feira.

– Está tudo bem? – Klaus perguntou enquanto corria em minha direção.

– Popo! – Carlos o cumprimento logo que se aproximou e a única coisa que Polidoro odiava mais do que eu, era o apelido que o fazia parecer um cachorrinho de estimação.

– Capacho. – Ele respondeu indiferente, embora o insulto tenha mostrado que aquilo o havia atingido.

– Quem é esse GATO? – Javier perguntou.

– Vejo carne nova no pedaço. – Polidoro disse. – Sou Polidoro – Ele se apresentou. – Demônio desertor e servo do Theodoro.

– Você acaba de se tornar ainda mais interessante. – Javier disse.

– Pena que você não é! – Ele desdenhou.

– Como... – Mateus, embasbacado tenta fala. – Como...

– Podemos vê–lo? – Alice perguntou – Bruxos têm essa capacidade e aqui o solo é mágico, geralmente eles podem se materializar em lugares assim e até mesmo usar seu poder sem precisar de um bruxo hospedeiro.

– Hospe... pe... pedeiro? – Ele gaguejou em pânico.

– Larga de ser menininha! – Eu o repreendi – Ele não vai te fazer mal algum, ele não pode. Está proibido de fazer possessões e machucar pessoas.

– E beijar pessoas? – Javier pergunta.

– Você pode beijá-lo. – Eu dei de ombros – Se não se importar em morrer quando sua alma for sugada.

Dei mais uma olhada em Polidoro. Eu nunca admitiria, mas ele estava realmente bonito. Alto, corpo atlético, porte de um militar. Parado ali, usando nada além de jeans escuro e botas negras de motoqueiro. Com ambos os braços preenchidos por tatuagem e os olhos azuis tão frios quanto uma geada. A pele bronzeada e o cabelo arrepiado com as laterais raspadas. Se humano, Polidoro seria sem dúvida alguma o tipo pitboy. Mas ele não era humano e mesmo sob meu controle ele era perigoso.

– Vamos, Popo. – Eu ordenei. – Preciso de um bom banho e uma cama quente.

– Sua queria mãezinha já chegou. – Ele anuncia. Eu cerrei os dentes, mas não respondi.

– Vocês não vêm? – Eu perguntei aos outros enquanto desejava mentalmente não vê-la antes de estar completamente descansado e preenchido de paciência.

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