Diário de Um Sobrevivente

By LucianoJnior

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No ano de 2018 um tipo de praga ou infecção atacou a humanidade e nós nem ao menos sabemos de onde isso surgi... More

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By LucianoJnior


Ontem após a briga as horas passaram mas nada aconteceu. Voltei pro meu isolamento no baú do caminhão e pros meus maus pensamentos de costume. Estava cético e cego sobre tudo fora daquele meu úmido e escuro mundinho e por lá fiquei sendo consumido mais uma vez pelos meus próprios demônios.

Naquele momento quis apenas não ser eu e ao relembrar de tudo que acontecera desde o inicio de toda essa droga não foi difícil notar que há muito tempo eu já não era mais eu. E o que me tornei ao final das contas? Estando deitado neste baú de caminhão sinto que talvez ao menos um zumbi conseguimos colocar aqui.

As feridas já haviam coagulado e o sangue antes quente já esfriara e escurecera quando decidi sair do baú e voltar ao encontro dos outros. Todos estavam reunidos dentro do galpão, repassando o plano e talvez também o modificando durante minha ausência.

Ao contrário de mim, Igor já havia se banhado e nem aparentava tanto que havia saído de uma briga algumas horas antes, enquanto eu era um amontoado de trapos rasgados e ensanguentados, fedendo a algo podre. Aproximei-me deles sem dizer nada.

- Que bom que se juntou a nós. – Frank disse assim que sentei.

- Repassando o plano? – Perguntei após fitar os olhos de todos.

- Eles precisarão de mais tempo lá dentro. – Igor se pronunciou.

- Isso nos dará problema com a entrada do caminhão e a morte deste último grupo de busca também. – Vitor completou.

- Se esperarmos muito eles irão desconfiar e talvez se preparem pra algo. – Questionei.

- E se atacarmos muito cedo Diego não vai conseguir organizar a fuga lá dentro. – Frank rebateu.

- Precisamos rever o plano. – Igor reforçou.

- Não. – Respondi enfaticamente. – Precisamos seguir o plano e atacar. Não haverá oportunidade perfeita e talvez não tenhamos momento melhor do que esse. Você espera há meses por esse ataque Frank, diz pra mim se já teve algum momento mais propício?

Eu vi que Frank queria discordar mas a realidade é que ele não podia. Não podia pois sabia que eu estava certo.

- O plano já é uma loucura mas executá-lo sem que tudo esteja no lugar deixa de ser loucura e vira suicídio coletivo. – Vitor se interpôs. – Concordo com seu plano Jotah e com os riscos estabelecidos antes, mas não esperem de mim apoio se for pras coisas serem feito sem o preparo correto.

Era uma situação difícil de contornar, estávamos num impasse. Realmente atacar sem que Diego tivesse tudo organizado lá dentro era decretar a morte de muitos inocentes, mas esperar de mais também era e ninguém quer assumir a responsabilidade por estas mortes.

A primeira conversa entre nós não foi de fato tão produtiva e acabou por se encerrar sem que nada fosse resolvido de fato. As opiniões se divergiam e ninguém até então conseguia pensar em algo que contornasse todos aqueles impasses.

Com a reunião desfeita cada um partiu para um lado e foi fazer o que bem lhe cabia fazer. Eu dei de costas e voltei pro lado de fora do galpão, me sentando sobre o capô de um dos carros enquanto observava o sol cair no horizonte.

Não muito depois Igor veio até mim e ao se escorar na parte de frente do carro deu inicio a conversa.

- Sempre quis saber se você era mesmo bom de briga ou se os outros caras que eram muito fracotes.

- E descobriu?

- É... Acho que é bom evitar outra troca de socos contigo.

- Mas eu que me dei mal dessa vez.

- Não dá pra ganhar todas.

Igor sabia como se aproximar de mim e apesar das desavenças e brigas jamais poderíamos nos considerar inimigos. Eu não o odiava e nem ele a mim, na verdade aquela nossa briga foi mais uma representação de ódio interna que cada um tinha consigo. A briga aconteceu por sermos iguais de mais e não diferentes.

- Como foi pra ela reagir a minha morte?

- Foi bastante difícil. Precisei mentir dizendo que vi você morrer para que ela largasse a ideia de ir a sua procura.

- Deu certo?

- É claro que não. – Igor respondeu com um leve sorriso. – Ela está muito durona Jotah. Vai chutar a sua bunda quando se reencontrarem.

- É com certeza ela deve brigar melhor que o irmão. – Dessa vez rimos juntos.

- Como você conheceu esse cara?

- O Frank?

- É. – Igor acenou levemente com a cabeça.

- Ele apareceu no dia que levaram a garota que estava comigo. – Dei uma leve pausa e continuei. – Faz um tempo, não estivemos sempre juntos desde então. Foi meio complicado mas acabamos que estamos aqui.

- Você sabe que ele...

- Fazia parte dos grupos de buscas? Sim. – Respondi antevendo a pergunta. – Foi um dos motivos de não estarmos sempre juntos.

- Você confia nele, não é? Sei que não estariam juntos se não confiassem, mas...

- Ele tem motivos pra odiar aquele lugar tanto quanto nós.

- Tudo bem. – Igor reconheceu a sinceridade na minha voz e não prosseguiu com o assunto. – Mas e essa garota que estava com você? Enfrentar a fúria do Comandante não será nada frente a fúria de Izabel quando souber do seu caso. – Igor falou maneirando o tom da conversa.

- Não tem caso. – Respondi em meio a um sorriso. – Ela é apenas uma amiga e bem durona. Vai ser legal quando todos estiverem juntos.

- E está perto de acontecer.

- Está... – Falei finalizando a conversa.

01/04/2019

O dia ontem passou rápido e terminou sem conclusões. Todos se mantinham pensativos sobre qual decisão tomar e céticos frente às possiblidades levantadas. De qualquer maneira, qualquer que fosse a decisão, já estava mais do que na hora de ser tomada.

Então logo após o café da manhã nos reunimos novamente para tomar posição sobre os passos dali em diante. Realmente a ideia de atacar às cegas foi definitivamente descartada mas pra isso alguma boa ideia deveria surgir para dar prosseguimento ao plano. E aos poucos ela se formou.

Pra saber a hora certa de atacar precisaríamos a confirmação de Diego e nenhum de nós poderia conseguir isto estando ali onde estávamos. Para a informação sair da cidade, alguém precisaria entrar. Até porque Diego já havia deixado claro anteriormente que ele não possuía homens o bastante lá dentro para enviar indiscriminadamente para fora.

Então se mais ninguém poderia sair, quem iria entrar?

Frank e eu definitivamente estávamos fora de cogitação. Igor poderia retornar mas agora que estava lá fora poderia assumir um papel muito mais importante para que as coisas dessem certas. Não tínhamos muitas opções.

- Vitor é você quem vai voltar e resolver isto pra nós. – Frank decretou.

- Concordo. – Falei.

- Tudo bem, eu não discordo de vocês, mas... – Vitor deu uma leve pausa na fala. – Ele vai voltar comigo. – Falou em referência a Igor.

- Por quê? – Perguntei.

- Porque ele não pode voltar sozinho. – Igor respondeu.

- É uma nova regra dos grupos de buscas depois do seu estrago, Frank. Ninguém que faça parte dos grupos pode retornar sozinho.

- É uma forma de manter os homens unidos talvez. – Igor completou. – Você precisa proteger seus companheiros e lutar até o fim, se sobreviver sozinho significa que provavelmente se acovardou na luta.

- Ou que foi o responsável pela morte dos outros. – Frank supôs.

- É. De qualquer maneira, não posso voltar só.

- E Igor não vai poder ir com você. – Rebati.

- Então arrumem outro plano porque esse não vai funcionar. – Vitor finalizou.

Mais uma vez um impasse estava à frente. Estávamos impossibilitados de atacar e naquela posição totalmente restritos das informações que precisávamos. Diego não cumpriu com sua parte no plano de preparar a todos na cidade e agora não tínhamos como saber em que momento conseguiria.

Mesmo que esperássemos um dia, um mês ou um ano, sem alguém para nos dar a informação o ataque continuaria sendo às cegas e os riscos maiores do que a maioria de nós estava disposto a enfrentar.

Quando a reunião estava prestes a se desfazer sem nenhum resultado como a do dia anterior eu tive uma ideia. Antes que todos começassem a se levantar e partir eu falei.

- Wallace.

- O quê? – Igor perguntou

- Podemos mandar Wallace junto com Igor. – Respondi. – O comandante confere pessoalmente o retorno de vocês?

- Não necessariamente. – Vitor falou. – Mas com dois grupos desaparecidos num curto espaço de tempo provavelmente ele vai querer saber o que aconteceu caso alguém volte.

- Acha que o garoto consegue passar disfarçado como alguém do grupo de busca? – Frank me perguntou. – É arriscado.

- Não acho que o Comandante memoriza o rosto de todos os seus homens. – Igor falou.

- Ele tem algum controle específico sobre quem são os de vocês que saem ou entram.

- Tipo nomes e rostos? Não. O controle da composição das equipes é função de cada capitão. – Frank falou.

- Verdade. – Vitor confirmou com um aceno. – Pode dar certo.

- Ele está inconsciente, então só perguntarão a você. Vai ser mais fácil pelo menos enganá-los.

- Espera. – Frank alertou. – Mas naquele dia da cabana, quando eu encontrei vocês. O Comandante estava lá, ele viu o rosto do garoto.

- Droga.

- Ele não vai lembrar daquilo. - Tentei ser convincente mas nem eu acreditei muito no que disse.

- Agora eu já não confio tanto. – Vitor começou a se demonstrar relutante.

- É a nossa única chance. – Reafirmei.

- É muito arriscado. – Igor disse.

- Vai dar certo. – Insisti.

- Não sei não. – Vitor parecia cada vez mais cético.

- Vai dar. – Frank falou em meu apoio. – Se levantou e foi na direção de Wallace.

- O que vai fazer? – Vitor perguntou quando viu que Frank havia pegado uma faca e uma tesoura antes de ir até o garoto.

- Mudar o visual dele.

Wallace possuía um cabelo comprido, na altura dos ombros e uma barba por fazer, o que lhe dava uma aparência um pouco mais velha do que a da sua verdadeira idade. Frank apostou num novo corte de cabelo e um rosto sem barba como disfarce, por precaução. As chances de o comandante lembrar-se do rosto de Wallace eram baixas, mas a chance de reconhecê-lo de cabelo curto e sem barba eram praticamente zero.

Quando Frank terminou em mal reconheci o menino, que agora estava bem mais com o aspecto de adolescente. Se existia alguma possibilidade do comandante reconhecê-lo ele acabara ali.

Com a situação contornada todos aparentavam mais confiança no plano. Que basicamente consistiria em mandar Vitor de volta para a cidade junto com Wallace para mandar uma mensagem a Diego. Não poderíamos esperar para ver quando ele poderia enviar outra pessoa para fora da cidade com informações para nós, então já que ele não pode ditar quando atacaremos, nós que faremos isso.

Ele teve a oportunidade de se preparar e nos dizer o tempo que precisava, nos adequamos a isso mas ele não foi feliz em cumprir sua parte. Agora era nossa vez de informar quando agiríamos e ele precisaria se mover para se adaptar ao nosso tempo.

Eu queria que o ataque ocorresse o mais breve possível, no entanto, como não teríamos chances de fazer um novo contato para confirmar nossas posições, teríamos que dar tempo o suficiente para que Diego conseguisse concluir os preparativos internos. E isto também nos ajudaria a reformular e melhorar o plano de saída e locomoção das pessoas do lado de fora.

Em meio a conversas e inúmeras sugestões chegamos a um consenso de uma data: 15 de abril. Há duas semanas dali era o dia que invadiríamos a cidade pondo em prática o plano já elaborado e repassado dias antes. A diferença seria que Igor estaria no lugar de Vitor na responsabilidade de guiar os sobreviventes até o abrigo na antiga fábrica.

E de fato em partes eu estava até mais seguro e confiante sendo Igor o responsável por isto do que Vitor. Confio mais na sua perícia com armas e em guiar pessoas, além de que terá mais tempo de estudar o local pra onde irá leva-los e poderá preparar melhor o caminho para a maior segurança de todos.

Com as funções de todos repassadas mais uma vez, eu e Frank colocamos Wallace no banco traseiro num dos carros e voltamos até o galpão onde havíamos enfrentado o último grupo de buscas, o lugar onde reencontrei Igor.

O carro dos desgraçados ainda estava lá e era nele que Vitor e Wallace deveriam voltar. Reafirmamos mais uma vez a data do ataque e nos despedimos. Vitor só precisaria chegar em segurança até a cidade e repassar a informação a Diego. Demos tempo o suficiente para que tudo fosse feito da forma correta lá dentro da mesma forma que garantiríamos isto do lado de fora.

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