Shattered Smile (concluída)

By Pandivanna

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Essa é a história de Sofie Carter, uma típica adolescente estudiosa que luta pelos seus sonhos, sendo um dele... More

prólogo
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epílogo
Agradecimentos...

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By Pandivanna


                                      Sofie

              Cá estou eu no hospital, depois de conversar com o médico, tive que tirar sangue, e agora estou a espera do resultado.

         Algumas horas se passaram e eu estou começando a perder a minha humilde paciência, parece que quanto mais eu quero ir embora para casa mais isso vai demorar.

Finalmente o exame ficou pronto, e novamente lá vou eu para o consultório

- Com licença- digo ao entrar na sala-.

- Sente-se- diz o médico- Deixa eu ver o que temos aqui.- pega o exame e o abre, fica alguns segundos encarando o mesmo, ele sorriu, e colocou o exame em cima da mesa- Meus parabéns!-.

- pelo que seria?!- pergunto já sentindo meu coração acelerar-.

- A senhorita está grávida de quase dois meses!- seu sorriso fica maior, meu Deus, estou grávida! Dou um gritinho e começo a pular animada, exagerada? Talvez, mas não me importo-.

- Obrigada doutor- digo depois da minha pequena crise- Depois eu ligo para agendar o pré-natal - digo saindo do consultório-.

Pego meu celular e mando uma mensagem para que Cristopher me encontre em uma lanchonete. Pego um táxi e vou direto para o lugar marcado. Ao entrar me sento em uma das mesas e espero. Alguns minutos se passaram e então vejo meu marido entrando e caminhando até mim com um sorriso lindo, ele se senta do meu lado e me dá um beijo terno

- Olá amor, estava com saudade!- diz me abraçando-.

- Oi meu amor, eu também estava com saudade!-.

- Qual é a novidade da vez?-.

- Está mesmo preparado?!- e a drama é algo predominante em mim-.

- Sim!- sorri-.

- Eu estou...-.

- Grávida!- dissemos Juntos- É mesmo verdade?!- Cristopher se levanta com um sorriso enorme no rosto-.

- Sim!- me levanto também-.

- Meu Deus, eu vou ser pai!?- Sabe aquele casal clichê? Então, nós somos esse exato casal, mas não ligo, eu amo isso- Eu te amo, muito! Eu amo vocês- ele disse sorrindo e me abraçou forte-.

- precisamos comemorar!- dou leves pulinhos correndo para fora da lanchonete-.

E então eu cometi o pior erro da minha vida, ao atravessar a rua não vi aquele carro em alta velocidade vindo na minha direção, eu deveria ter corrido, mas não o fiz, eu fiquei parada, olho para o lado, quase em câmera-lenta vejo meu marido correndo até mim. E então eu coloquei as mãos sobre minha barriga, fechei os olhos, e esperei pelo Baque, ele veio, mas não foi como eu pensei. Abri os olhos lentamente, a pior cena da minha vida, Cristopher estava estirado no chão a minha frente, ele foi atropelado no meu lugar, sinto as lágrimas se acumularem nos meus olhos, corro até ele e me abaixo do seu lado, coloco sua cabeça no meu colo

- Não, não, não, NÃO- grito- Amor, você não pode fazer isso comigo, por favor, acorda, Cristopher por favor, não me deixa aqui! Você tem que me ajudar a criar nosso bebê- digo chacoalhando ele- Por favor! Não me deixa, Cristopher!- grito, olho para os lados, um círculo de pessoas se forma em nossa volta, a alguns metros de distância aquele mesmo carro está pegando fogo, após bater contra um poste. Não muito longe vejo uma ambulância se aproximando, isso não pode estar acontecendo, não agora, não aqui, não depois de tudo que passamos- Cristopher, por favor- sussurro abraçando-o, ele está morto, meu marido morreu. Os paramédicos se aproximam e tiram meu marido de mim, alguns perguntam coisas mas não escutei nada, nada faz mais sentido, tento me aproximar dele mas sou impedida por alguém me segurando, olho para o ser que me impede de ver meu marido, Lucas, ele está aqui, e é ele quem me segura. O mesmo olha no fundo dos meus olhos, e então me abraça- Por que isso tem que acontecer comigo?!- sussurro chorando mais ainda. Parece que o chão foi arrancado debaixo dos meus pés, e então eu caio em uma escuridão sem fim, e ninguém pode me ajudar a levantar, e agora vou estar para sempre sozinha. Me solto do Lucas e vou até um enfermeiro,mesmo já sabendo a resposta eu precisava perguntar:- E-ele está morto?-.

- Sim, eu sinto muito- diz colocando a mão no meu braço em uma tentativa falha de me confortar, apenas concordei- Ele teve uma hemorragia intensa, se o carro estivesse mais devagar e ele não tivesse a hemorragia, talvez ele ainda poderia estar vivo, mesmo com a inúmera quantidade de ossos quebrados- novamente concordo, saído de perto dele-..

Lucas me levou para casa, minha mãe e todos os outros estavam lá, mas eu não quero conversar com ninguém agora, só quero me trancar no meu mundinho e de lá não sair nunca mais. Entro no meu quarto, bato a porta, tiro minha blusa e coloco uma do Cristopher, me jogo na cama sentindo seu cheiro por toda cama, e em todo lugar, lembro- me da última vez que ele disse que me amava, eu estava tão animada, eu, eu queria ter respondido  quando tive a chance

- Ah meu Cristopher, você fará falta- digo sentindo as lágrimas escorrerem pela minha face, abraço seu travesseiro e deixo a escuridão tomar conta de mim-...

Acordo com a minha mãe se sentando do meu lado, e me cutucando

- Filha?!- diz colocando uma mecha do meu cabelo para trás-.

- Oi mãe- esfrego os meus olhos-.

- Eu.. eu só queria avisar que o enterro do Cristopher vai ser amanhã de tarde e...- não precisou nem terminar, e novamente meus olhos estavam cheios de lágrimas- Ah filha, não fica assim- me abraça- Filha hoje você sofre, amanhã a dor já vai amenizar, depois de amanhã vai doer bem menos... E nessa vai indo até a dor passar e tudo só vai ser uma cicatriz que insiste em ficar lá. A vida ama nos pregar peças, hoje pela noite pode vir a tempestade e as lágrimas, mas de dia o sol aparece trazendo um sorriso com ele- ignorei as diversas frases de efeito da minha mãe e voltei a deitar-.

- Eu perdi a pessoa que eu mais amei em toda minha vida mãe!-.

- Eu sei meu amor, mas você tem que saber que tem muitas pessoas que se importam com você, e não é porque você perdeu o Cris que tenha que se afastar de todos nós. Filha, você tem que deixar-nos te ajudar- me abraça- Seja forte por nós!- beija o topo da minha cabeça e se levanta- Eu fiz comida, estão todos lá embaixo te esperando, se você quiser comer conosco venha, estaremos te esperando- diz saindo do meu quarto-.

Deito novamente, fico pensando por alguns minutos pensando no que minha mãe disse, e então volto a dormir, fome é a única coisa que eu não tenho...

E a hora que eu mais temia finalmente chegou, ver o caixão do meu marido se fechando e, junto com ele a esperança que eu tinha de que ele ainda podia acordar e voltar para mim. Foi sem dúvidas um dos piores dias da minha vida.

Voltamos para casa e eu novamente fui me trancar no meu quarto levando comigo um saco de salgadinho e chocolate, aliás eu tenho que manter meu bebê alimentado. Eu ainda não contei para ninguém além do Cristopher sobre o nosso filho, talvez mais tarde eu vá falar com eles, mas agora eu preciso ficar só.
Pela noite eu criei coragem, está na hora de todos ficarem sabendo. Sai da minha cama e fui até a porta, ao terminar girar a maçaneta senti a porta bater na minha cara com extrema força, isso doeu, não preciso nem ver para saber que é o Lucas e sua típica entrada triunfal que exige a porta batendo na minha cara

- Aí Sofie me perdoa, é que eu...- disse me ajudando a levantar-.

- Já me acostumei meu caro amigo- revirei os olhos-.

- desculpe- sorriu sem graça-.

- Já disse que não tem problema. Eu preciso te contar uma coisa, e já que você veio até mim, vou te contar primeiro- disse ficando desesperada, não sei se é um desespero de felicidade, ou por não saber qual vai ser a reação deles-.

- O que seria " uma coisa para me contar"?- fez aspas-.

-Eu...

-você?..

- estou grávida- falei e instantaneamente minha mão foi até a minha barriga, eu estou grávida!? Eu estou grávida! Lucas ficou sem reação por uns segundos e depois um sorriso sincero foi brotando em seus lábios, ele levantou, me abraçou e começou a pular-.

- você está grávida?-.

- Sim!-.

- Parabéns!- deu um beijo na minha bochecha e logo se afastou sem graça- desculpa, força do hábito, eu sou exagerado- abaixou o olhar-.

- ah- disse ficando sem graça- sem problemas- fui até a porta- Eu preciso contar para o resto da família-.

- ah ok-.

Sai do quarto e fui até a sala aonde todos estavam

- oi gente- acenei-.

- oi Sofie- disseram em unissimo-.

- Eu tenho algo para contar para vocês..-.

- Então conte- disse minha mãe, me fazendo sentar do seu lado-.

- Eu quero dizer que a senhora será vovó!- ela me olhou confusa, mas logo a compreensão tomou conta de seu rosto-.

- Eu vou ser vovó!- gritou e todos da sala a acompanharam dizendo qual seria seu nível de parentesco com o meu bebê.Um a um eles me abraçaram e parabenizaram-.

Depois de algumas horas de muita conversa eles foram embora, menos minha mãe e a Stephany, elas teimaram que não queriam que eu ficasse sozinha e que me fariam companhia.

E novamente, quando entrei no nosso quarto uma tristeza avassaladora me atingiu, como ele pôde me deixar?!


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