Teenage Kicks

userjiminie95

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Harry era o nerd, Louis era o punk. Os dois juntos eram bagunça. Sim, é a típica fanfic clichê que todo mund... Еще

Teenage Kicks
Capítulo I - Holmes Chapel, Cheshire
Capítulo II - Pânico
Capítulo III - Professor Nicholas Grimshaw
Capítulo IV - O começo do começo
Capítulo V - British Tea
Capítulo VI - Insegurança
Capítulo VII - Apreensão - Zoa - Fail
Capítulo VIII - Gota Dágua
Capítulo - IX Verdade ou Desafio
Capítulo X - Gemma
Capítulo XI - Preparativos
Capítulo - XII CAOS
Capítulo XIII - Fundo do poço
Capítulo - XIV Ímpeto
Capítulo XV - Merry xmas
Capítulo - XVI Confissão
Capítulo - XVII Na hora certa
Capítulo - XVIII Retorno
Capítulo - XX Preconceito
Capítulo - XXI Babycakes
Capítulo - XXII Artifício
Capítulo - XXIII
Capítulo - XXIV O irlandês
Capítulo - XXV Desabafo
Capítulo - XXVI sex xxx
Capítulo - XXVII Paixão
Capítulo - XXVIII Surprise!
Capítulo - XXIX
Capítulo - XXX Apreensão
Capítulo - XXXI O nerd e o punk

Capítulo - XIX 1000 words

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userjiminie95

Quando Harry despertou já era por volta do meio-dia.

Os remédios pareciam ter algum efeito colateral relacionado ao sono, e o garoto não via a hora de parar de tomá-los para poder por o horário biológico no lugar. Estava deixando de lado o RPG online, o que era imperdoável, ainda mais na semana de férias. Laglord devia estar uma pilha de nervos, e Harry sabia que ouviria um monte de bobagens assim que voltasse a ficar "on". Era engraçado pensar em Laglord como um amigo, já que nem ao menos o nome dele Harry sabia... e nem sua idade, a cor de seus olhos, cor de pele, nada... Se o nerd pudesse, queria conhecê-lo, nem que fosse por cinco minutos. Gostaria de poder abraça-lo e relembrar algumas fases que passaram juntos ao longo dos anos na realidade virtual.

Harry pensou em comentar com Louis sobre Laglord, mas voltou atrás, já que sabia do comportamento enciumado do punk. Pra ser sincero, Harry até gostava de pensar que Louis tinha toda aquela possessividade em cima de si. Aquilo o fazia se sentir mais seguro, de certa forma.

Após almoçar, o nerd agasalhou-se com uma jaqueta roxa de moletom e um gorro no mesmo tom. Tratou de enrolar um cachecol no pescoço – recomendação da mãe, caso quisesse por o pé pra fora de casa – e zarpou pra casa de Louis, sendo recebido por Mark.

Era estranho vê-lo ali, já que Harry estava acostumado com a casa cheia de mulheres, sendo somente Louis o homem do ambiente. Não que ele não gostasse de Mark, ao contrário, mas de certa forma, ainda era estranho.

- Filho, o seu amiguinho Harry veio brincar com você! – chamou Mark, usando aquelas palavras intencionalmente, claro.

Harry riu, acompanhado do padrasto de Louis.

- Entra logo, filho! Sobe lá no quarto do Louis! – aconselhou, ao que Harry assentiu, agradecendo-o antes de subir as escadas, indo até o quarto do punk. Bateu na porta, aguardando por resposta. De certa forma, estava ansioso por estar ali mais uma vez. Lembrou-se da última ocasião em que entrou naquele quarto, sentindo o rosto esquentar.

E pensar que aquele havia sido seu primeiro beijo? Claro que, descartando completamente aquela "babação" que havia trocado com uma garota no ano passado.

- Oi? Ahh Hazz, entra ae!

Harry arregalou os olhos ao deparar-se com Louis vestindo somente uma bermuda branca. Tentou desviar os olhos do corpo dele mas havia falhado miseravelmente, e quando tornou a erguer o rosto a fim de alcançar os olhos dele, o garoto rira.

- Acabei de sair do banho, tô secando meu cabelo e tal. – explicou, dando passagem para que o amigo entrasse.

Harry assentiu, adentrando ao quarto do punk. Dirigiu-se até a guitarra e o violão, em uma das extremidades do cômodo, observando-os.

- Você tá bem? Quando acordei você já tinha ido embora. – questionou o mais novo, voltando o rosto ao do amigo, que agora vestia um moletom negro.

- Hm, é... a minha mãe surtou porque eu dormi fora de casa. Achou que eu tivesse fugido, sabe? Já fiz isso algumas vezes quando era mais novo e ela quase pirava. Coisa de moleque. Não faria novamente. – respondeu o garoto, dando de ombros – Continuando, ela foi me procurar na sua casa. A sua mãe e a minha mãe me acordaram com os risos delas. Eu levantei, te peguei no colo e te coloquei na sua cama. Aliás, está dolorido? Você não devia ter dormido no chão!

Harry prestou atenção em cada palavra dita, sentindo o coração dar um salto ao saber que havia sido carregado pelo punk. Era uma pena estar inconsciente na ocasião.

- Não, nem estou dolorido. Tá tudo bem comigo, o único problema é que os remédios estão descontrolando meu sono. – respondeu, aproximando-se do amigo mais uma vez.

Louis jogou a toalha molhada sobre a cama, indo até o espelho pentear os cabelos. Olhava Harry pelo reflexo, antes de retomar o diálogo.

- Entendi. Hey Hazz, que tal irmos ao cinema hoje? Acha que sua mãe deixa? Quer dizer, você tá todo surrado e tal, acha que ela deixaria você ir comigo?

A pergunta repentina espantou o nerd, que quase derrubou os óculos do rosto num movimento de mãos.

- O quê?! Cinema?! Nós dois?! – questionava, como se Louis tivesse proposto alguma indecência.

- É, ué... queria ver o Iron Man 3 e você podia me fazer companhia, né? – justificou, antes de jogar o pente na cômoda. Girou o corpo, caminhando em direção ao amigo. – Mas, se você não quiser ir, eu vou sozinho, de boa.

- NÃO! Eu vou, eu quero ir sim! – Harry respondeu com uma pressa e uma afobação tão grande que o próprio Louis deu um salto para trás, antes de gargalhar.

- Digo, eu...eu sou fã da Marvel e tal e queria ver o filme também... – Harry tentou se justificar, mas Louis estava ocupado demais rindo da reação do próprio, para levá-lo a sério.

- E então, vamos? Acha que seus pais deixam?

- Acredito que sim, já que vou estar na sua companhia...

- Então beleza! Está combinado. – finalizou, levando a destra aos cabelos do amigo, bagunçando-os.

- Heey! – Harry resmungou, assim que a touca caiu de sua cabeça, já que Louis havia remexido em seus cabelos.

- Você parece uma garota com essa touca. Seus cachos ficam moldando seu rosto pálido com as bochechas e a ponta do nariz rosados. Sem falar nessa sua boca que tem esse batom natural. – comentou o punk, observando-o.

Harry franziu o cenho, batendo nele com a touca.

- Que é?! Eu só tô sendo honesto! – respondeu Louis, caindo no riso mais uma vez.

- Sua honestidade é ultrajante! – resmungou Harry, abaixando a cabeça.

- Você falou feito uma bichinha, Hazz! – Louis acusou, rindo ainda mais.

Harry ergueu o rosto rapidamente após a acusação do outro, pronto para respondê-lo.

Isso, se não tivesse sido silenciado por um beijo roubado.

O punk parecia aguardar o levantar de sua cabeça para que pudesse pressionar os lábios contra os dele, num gesto simples de carinho e pura traquinagem.

Louis rira ainda mais da cara de espanto do mais novo. Era engraçado ver o quão aquilo ainda era um tabu para o jovem nerd. Também pudera! Era compreensível, dada a criação dele, somada ao fato dele ser um excluído que sofria bullying. Pior combinação social impossível.

- Vou levar doritos no cinema. Não sou muito chegado em pipoca molhada de manteiga. – comentou Louis, randomicamente.

E Harry gostaria de entender como Louis conseguia ter a capacidade de desviar o assunto após beijar sua boca daquela forma repentina.

Por certo, fora um selinho apenas, mas... por que?! Louis não estava mais bêbado. Não estava alterado e nem nada do tipo. Harry não sabia, além de quê, admitir pra si mesmo que talvez Nick e Gemma estivessem certos com relação ao quê o punk sentia por si, ainda era complicado.

Pensar naquilo era difícil. E como o era!

- Vem cá Hazz... – chamou Louis, gesticulando com a mão. Foi até o violão, pegando-o com cuidado. Sentou-se na cama, batendo a mão para que Harry também se sentasse.

Harry o acompanhou, se acomodando com a cabeça escorada no travesseiro de Louis.
O punk dedilhou as cordas do instrumento, entonando um "sol" afinado.

- Sabe Hazz, tirei essa música semana passada. Completa, sem erro! Foi difícil, mas eu consegui. E o melhor é que eu posso apostar um braço que você não vai saber de onde é! – garantiu confiante, batendo a palheta nas cordas do violão.

Distraído com a pulseira do próprio braço, Harry assentiu. Louis então sorriu, antes de posicionar os dedos novamente contra as cordas, tocando agora uma nota diferente. Logo os acordes foram se tornando uma conhecida melodia.

E assim que Louis começou a entonar os primeiros versos da canção, Harry arregalou os olhos.

- "I know that you're hiding things 
Using gentle words to shelter me
Your words were like a dream
But dreams could never fool me
Not that easily

I acted so distant then
Didn't say goodbye before you left
But I was listening
You'll fight your battles far from me
Far too easily" – cantava o punk, atentando-se ao instrumento. Sua voz soava doce demais para alguém com sua "postura", mas se adequava perfeitamente à música.

Se Louis erguesse o rosto, notaria que Harry sorria amplamente, mirando-o com doçura.

- "Save your tears 'cause I'll come back"
I could hear that you whispered as you walked through that door
But still I swore to hide the pain when I turn back the pages
Shouting might have been the answer
What if I'd cried my eyes out and begged you not to depart?
But now I'm not afraid to say what's in my heart – continuou Louis, levando Harry a fechar seus olhos, relaxando os ombros.

E então veio o refrão, e para a surpresa de Louis, Harry o acompanhou, letra por letra, melodia por melodia.

- Though a thousand words
Have never been spoken
They'll fly to you
Crossing over the time and distance holding you
Suspended on silver wings

Louis ergueu o rosto imediatamente, encarando o amigo com um sorriso amplo nos lábios em movimento. Mal podia crer que Harry sabia a letra daquela música.

- And a thousand words
One thousand confessions
Will cradle you
Making all of the pain you feel seem far away 
They'll hold you forever

The dream isn't over yet
Though I often say I can forget
I still relive that day
You've been there with me all the way
I still hear you say

A dupla continuou entonando a canção, e Harry chegou até mesmo a fechar os olhos após o findar do refrão, sorrindo divertido enquanto deixava Louis voltar ao seu vocal solo. Voltou a acompanha-lo mais uma vez durante a repetição do refrão, mantendo aquele sorriso divertido nos lábios.

Aos poucos a canção foi chegando ao fim, até só restar apenas um último verso. Enquanto o cantarolava, Louis fixou seus olhos no amplo sorriso do amigo, atentado em se aproximar cada vez mais, fazendo uso de certa cautela em seus movimentos. Quando Harry voltou a abrir seus olhos, deparou-se com os de Louis, tão próximos aos seus que podia até mesmo ver uma ligeira coloração esverdeada se distinguindo na parte central das íris azuladas.

- " a Thousand words..."

A última sentença fora cantada, e a palhetada final encerrava a canção. Bem quando Harry sentiu os lábios de Louis cobrirem os seus dando início a um beijo.

Diferente da vez anterior, Harry se deixou embalar logo no primeiro encontro dos lábios, entregando-se ao beijo de forma suave, e até mesmo preguiçosa.
O coração batia acelerado, pouco a pouco, tornando a respiração ligeiramente alterada. Nada que pudesse ser notado durante o ato.


Louis esticou o braço direito, removendo o violão de seu caminho, sem interromper o beijo. De mãos agora livres, o punk afundou os dedos nos cachos que rodeavam o rosto de Harry, enroscando-os nos fios um tanto emaranhados.

Deslizou a língua pela do mais novo, numa carícia mutuamente correspondida,sem pressa de acabar. E logo vieram os enroscar de línguas, e junto delas as sugadas,acompanhadas de mordiscos. Harry fazia questão de puxar o lábio inferior de Louis entre seus dentes, para que então o soltasse e recebesse uma mordida no queixo de brinde.

Alguns selinhos suaves foram trocados, até que o silêncio tomou conta do ambiente. Os meninos permaneciam com as testas unidas, e Louis roçava seu nariz no de Harry, entreabrindo os olhos pouco-a-pouco, observando os olhos ainda fechados do amigo. O nerd mantinha os lábios entreabertos, deixando que alguns suspiros escapassem. Harry também mantinha o cenho franzido, perturbando ligeiramente o punk, que insistia em acaricia-lo com o chamado "beijo-de-esquimó".

Antes de partir a proximidade com o rosto dele, Louis o selou nos lábios mais uma vez, afagando os cachos que tanto gostava.

Harry sentiu medo de abrir os olhos. Medo de que talvez o debochasse, ou que talvez que parecesse patético diante da situação.

A verdade é que Harry sentia medo de encarar Louis.

 Agora era certo, o punk não estava bêbado, não estava fora de seu juízo perfeito e mesmo assim o havia beijado.

O que aquilo podia significar além do óbvio gritante que martelava incessantemente em sua mente. Algo do tipo: "Eu te avisei!".

- Hey... – a voz suave de Louis chamou Harry para a "realidade", levando-o a abrir os olhos. O punk o mirou com um sorriso amplo delineando os lábios ainda úmidos pelo beijo recente. – Como você conhece essa música? – questionou faceto, pousando a destra no rosto avermelhado do amigo.

Mas Harry não o havia respondido. Harry sequer havia aberto os próprios olhos.

O silêncio incômodo que havia se instalado entre ambos começara a perturbar o punk.

- Música...?- sussurrou Harry, entreabrindo os olhos. – Ahh, a música? Bem... é... porque eu jogo alguns jogos e já tinha ouvido ela... Aliás, gosto bastante dessa música... – sussurrou, voltando os olhos aos dele. Era difícil encará-lo sem sentir certo tremor. – Nós ainda vamos ao cinema né?!?!- sua questão fora lançada com tanta convicção que mais parecia uma afirmação.

- Hazz, como tu é mala! Por que não iríamos?! – questionou o punk, esboçando uma careta antes de cair no riso. – Relaxa cara!

Harry coçou os olhos, sorrindo tímido. Mantinha o lábio inferior preso entre os dentes, gesto típico que adotava cada vez que se encontrava ansioso.

Louis levou uma das mãos à destra dele, pegando-a.

- Sério mesmo que você tá suando frio com as mãos trêmulas? – perguntou incrédulo, franzindo o cenho ligeiramente. – Hazz, Hazz, se um beijo já te deixa assim, quem dirá quando eu fod[...]

A entrada repentina de Felicity, acompanhada por duas bonecas que trazia nos braços, interrompeu a sentença de Louis, e acabou por "trazer" Harry de volta à realidade.

- O que você quer?! – questionou Louis, um tanto perturbado com a presença dela. Sua expressão de incômodo era nítida.

- Queria falar oi pro Harry, só isso! E perguntar se eu também posso chamar ele de H, como a tia Anne e a Gemm o chamam. – questionou a garotinha, sorrindo para o vizinho.

- Claro que você pode me chamar de H! – afirmou Harry, correspondendo ao sorriso dela.

- Lottie disse que você é tão bonito quanto um príncipe encantado H! Quando eu crescer, podemos nos casar? – questionava a garotinha, mostrando que a falta de pudores não era exclusividade apenas de Louis. Estava no sangue da família.

- Hã? Casar?! – replicou, arqueando a sobrancelha direita antes de cair no riso. – Ainda somos muito novos! Não vamos marcar compromissos tão cedo, está bem? E eu estou longe de ser um príncipe encantado. – declarou, sorrindo pra ela.

A conversa entre a garotinha e os dois mais velhos se estendeu por pelo menos mais uma hora. Louis até havia desistido de interagir ao ver que Felicity agora brincava de boneca com Harry. O punk preferiu apanhar seu violão e ficar dedilhando alguma melodia qualquer.

E quando Fizzy finalmente decidiu ir embora dali, Harry consultou o relógio, que agora indicava 15h.

- Já são três horas. A sessão é em qual horário? – questionou o mais novo, usando um tom baixo de voz. Havia se arrepiado após a garotinha ter deixado o quarto, cheio de receios e dúvidas. Tudo o que Harry menos queria era demonstrar o que fervilhava em sua mente. Talvez se demonstrasse casualidade Louis não o achasse tão patético assim, certo?

- Vamos na sessão das 18h, que acha? Tá muito frio pra gente ir na última sessão. – propôs o punk, deixando o violão de lado. Retomou seu lugar na cama, ao lado do amigo.

- Então a gente podia ir até a minha casa, avisaríamos a minha mãe e eu tomaria um banho. Quer vir junto? – convidou, levantando-se da cama.

- Óbvio. Deixa só eu trocar de camiseta e colocar um moletom e uma jaqueta. Não tô a fim de congelar. – respondeu, indo em direção ao armário.

Harry assentiu, e enquanto Louis se vestia, passou a observar a estante do amigo. Foi quando seus olhos bateram em um objeto em particular, posicionado num lugar de destaque entre os trambolhos de Louis. Seu presente, o disco que havia dado de aniversário ao punk. A questão era: será que ele se lembrava de que aquele disco fora o presente que ele havia dado?

- Vamos Hazz? – chamou Louis, se aproximando do amigo enquanto ajeitava a touca na cabeça.

- Vamos... – respondeu o nerd, caminhando pra fora do quarto junto de Louis, virando o rosto em direção a ele ao sentir o agradável aroma perfumado que vinha do punk.

Ainda que, relevar não fosse lá algo no qual Harry tivesse aptidão, foi preferível "esquecer" o beijo que havia acontecido a algumas horas, do que cobrar de Louis uma conversa que ele parecia não querer ter. Ao menos era o que o nerd pensava, levando em consideração que Louis parecia ser "fogoso" por natureza.
E se a intenção dele fosse apenas se divertir? Não que fizesse mal, afinal, as pessoas normalmente se divertem umas com as outras sem que haja prejudicados. Sem corações partidos e ligações no dia seguinte. Diversões que duram uma noite ou uma semana são bastante comuns, e Harry sabia disso.

A questão era que o nerd já havia se declarado oficialmente apaixonado pelo amigo - ao menos para si próprio, Nick e Gemma - e que "uma noite de diversão" era tudo o que o garoto menos precisava ter com Louis.

- Você ficou quieto do nada. – comentou Louis, assim que chegaram ao quarto de Harry.

- Desculpa! Deve ser o efeito do remédio, me deixa meio aéreo, sabe? – mentiu, endereçando um sorriso ao amigo.

- Sério? Quer deixar pra ir no cinema outro dia? Por mim de boa! – apressou-se em dizer, dando de ombros.

- Não! Eu vou melhorar depois do banho, ok? – respondeu de imediato, enquanto retirava o casaco, o cachecol e a touca, deixando-os no pé da cama.

- Se você diz... – respondeu o punk, observando o mural do quarto do nerd. Se "achou" em uma foto, o que o fez sorrir discreto.

- Lou, pode jogar videogame, ler os mangás, ver anime, enfim, fazer o que quiser enquanto eu tô no banho, ok? Prometo que não vou demorar. – avisou Harry, enquanto dirigia-se com uma muda de roupa em direção ao banheiro. – Já volto!

Louis assentiu, jogando-se na cama. Ficou deitado por alguns poucos minutos, para que então erguesse o corpo entediado, lançando olhares para as paredes. Quando criou coragem para se levantar, jogou-se na cadeira da escrivaninha do amigo, deslizando-a até ficar de frente ao pc. Agitou o mouse para que a tela saísse do "stand by" e passou a vasculhar as páginas que Harry havia deixado abertas. Não encontrou nada muito relevante nas playlists do youtube que o garoto havia programado. Viu o Facebook dele, o que não era lá grande coisa. Alguns alunos no colégio o haviam citado em comentários sobre a apresentação dele e o marcado em fotos. Uma, em particular, que Louis levou cerca de vinte segundos para fechar. Como aquele garoto podia conseguir se transmutar de um "Nerd apagado" para um "Rockstar Deus da sensualidade"? Essa era a pergunta que Louis se fazia a cada dia. Distraído, rolou o cursor do mouse até a barra de itens, encontrando um, em especial, que havia chamado sua atenção. Ao abrir a tela, deparou-se com um mapa e algumas conversas distribuídas na extremidade superior esquerda da tela. Arqueou as sobrancelhas ao ler os "bate-papos" daquilo que viria a ser um game online de RPG. Louis respirou fundo, segurando o mouse com um pouco mais de força. O punk mordeu os lábios, dando um tabefe na mesa em seguida.

Louis levantou-se da cadeira, voltando a se jogar na cama, com os olhos focando o teto, parecendo um tanto perdido.

Poucos minutos depois, Harry surgira já pronto, sentindo ligeiros calafrios ao sair da atmosfera aquecida do banheiro. O garoto trajava uma calça jeans em tom escuro e uma camiseta da famosa banda "Ramones". Nos pés, seu inseparável par de all star "branco encardido". Um sobretudo negro cobria seu corpo, dando certo ar elegante/moderno ao garoto. Seus cabelos jaziam soltos, e seus cachos sumiram devido ao peso da água contida neles.

- Cadê seus cachos? – fora a primeira questão lançada por Louis ao ver o amigo.

- Como assim?! Estão na minha cabeça! Achou que depois de molhá-los eles continuariam aparecendo? Só se eles fossem impermeáveis, o que não é o caso. – justificou o mais novo em tom divertido, enquanto enrolava um cachecol vinho no pescoço.

- Que seja, vamos então? A gente pode dar um rolé pela avenida antes do filme. Que acha? – propôs o punk, erguendo-se da cama.

- Por mim tudo bem! Deixa só eu avisar a minha mãe do cinema, já volto! – avisou o garoto, zarpando do quarto em seguida.

E Louis ficou ali sozinho encarando o teto pensativo, muito pensativo.

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