CASAMENTO FORÇADO - FAMÍLIA...

By bigudinharainha

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Christian Winsor, homem controlador, possessivo, dominador, nada gentil, vai atrás do que quer sem se importa... More

CHRISTIAN CHARLES WINSOR
1 - CAPÍTULO
2 - CAPÍTULO
3 - CAPÍTULO
4 - CAPÍTULO
5 - CAPÍTULO
FOTOS DOS PERSONAGENS
SAGA FAMÍLIA WINSOR
6 - CAPÍTULO
AVISO
7 - CAPÍTULO
8 - CAPÍTULO
9 - CAPÍTULO
10 - CAPÍTULO
11 - CAPÍTULO
12 - CAPÍTULO
13 - CAPÍTULO
NOTA
14 - CAPÍTULO
15 - CAPÍTULO
16 - CAPÍTULO
17 - CAPÍTULO
18 - CAPÍTULO
19 - CAPÍTULO
20 - CAPÍTULO
21- CAPÍTULO
NOTA DA AUTORA
22 - CAPÍTULO
23 - CAPÍTULO
24 - CAPÍTULO
25 - CAPÍTULO
26 - CAPÍTULO
27 - CAPÍTULO
28 - CAPÍTULO
NOTA
PERGUNTE A AUTORA
29 - CAPÍTULO
30 - CAPÍTULO
FOTOS Das CRIANÇAS
31 - CAPÍTULO
32 - CAPÍTULO
33 - CAPÍTULO
34 - CAPÍTULO
35 - CAPÍTULO
36 - CAPÍTULO
37 - CAPÍTULO
NOTA
38 - CAPÍTULO
39 - CAPÍTULO
40 - CAPÍTULO
NOTA DA AUTORA
SAGA - FAMÍLIA WINSOR
42 - CAPÍTULO
NOTA
CAPÍTULO FINAL
NOTA
EPÍLOGO
SAGA DA FAMÍLIA WINSOR

41 - CAPÍTULO

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By bigudinharainha

💗🌼 KIMBERLY WINSOR 

    A volta pra casa foi tranquila e harmoniosa. Christian e eu conversamos com Sophie e autorizamos sua amizade com Nick novamente, desde que sejam apenas amigos. Sophie é sensata e sabe que não tem idade para namorar, já Nicholas, está longe disso diante da educação que recebera. Christian quer ficar de olho e tentar conversar com o menino de vez em quando, tentando criar um vínculo de confiança.
       Fui a ginecologista, desconfiada de uma possível gravidez o que me assusta e me faz lembrar do meu último bebê inocente. Christian nenhuma vez perguntou por ele desde que saiu do coma e não sei o motivo. Na época sofri tudo sozinha, pois ele não estava mais comigo. Já tem dias que confirmei a minha quarta gravidez e não contei a ninguém. Queria muito ter contado ao meu marido, mas tem algo que me faz hesitar e pirar toda vez que tento, não sei bem o que é, porém me faz muito mal e acabo lembrando de como sofri por ter perdido meu último bebê e meu marido ao mesmo tempo e de como evitei pensar neles presa em meu próprio mundo. Agora sinto que acontecerá de novo; como se outra Luísa atirasse no homem da minha vida e levasse também o meu bebê.
     Abri os olhos assustada e demorei para olhar em volta e constatar que estou na segurança do meu lar. Me rolei para o lado e deparei com meu marido me admirando. Não posso descrever o que seu olhar faz comigo, o que meu coração sente por ter voltado pra gente. Eu queria dizer o quanto o amo, mas tenho receio de me entregar e acontecer tudo de novo. Não estou pronta para perdê-lo novamente.
      — Não sei o que tanto pensa, mas tirarei essas ideias e imagens ruins do seu pensamento.

💙💪 CHRISTIAN WINSOR

       Pressionei meus lábios nos dela. O beijo começou delicado, nossos toques inocentes, mas tudo foi ficando intenso, era assim com a gente. As mãos dela foram parar dentro da minha camisa acariciando meu peito, meu abdômen. Gemi e tirei a vestimenta. Minhas mãos apertaram sua bunda e a pus no meu colo explorando seu pescoço e ombros nus.
      Quando fomos dormir, ela me evitou, pediu que eu dormisse de roupa e isso vem se perdurando por dias, não aguento mais não poder sentir minha mulher nos meus braços e seu corpo encaixado no meu.
       — Precisamos parar — Ela disse excitada com o rosto enterrado no meu pescoço.
        — Eu paro se você realmente não quiser. Diz não com firmeza que não irei em frente. 
        Beijei seu pescoço e a deitei na cama ficando por cima, mantendo todo o peso nos meus braços.
        — Diz, Kimberly. Está sendo assim há dias. Não sou de ferro. Te desejo demais. Eu quero você.
         — Eu não — Gemia — Não quero.
         — Ok — Tentei me levantar para ir ao banheiro, mas ela me puxou pela calça e começou a abrí-la e depois parou.
         — Por favor, Christian, não me torture mais.
         Me ajoelhei entre suas pernas e enquanto ela passava a mão pelo meu corpo, terminei de abrir a calça. Abaixei a boxer e a penetrei devagar que se encontrava mais excitada do que eu. Como se isso fosse possível, já que somos loucos um pelo outro.

         °°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

    Estacionei em frente ao estúdio onde ela trabalha. Não gosto que fique perto desse sócio. Ele não me inspira confiança, antes fosse ciúmes, todavia tem algo errado com esse Caio. Não sou de esquecer as coisas, principalmente as fisionomias das pessoas, porém o coma ferrou com a minha cabeça e além de eu ter dores de cabeça constantes, também ando me esquecendo de mínimos detalhes.
      Essa manhã percebi o quanto Kimberly estava tensa quando nos amamos. Ela é do tipo que se entrega, porém não estava nem um pouco receptiva que tive que conter minha vontade de amá-la mais vezes do que eu gostaria.
     Abri a porta para que ela saísse do carro. Faço isso todos os dias. Fiquei orgulhoso quando vi que tirou sua carteira de motorista e que escolheu um carro grande pensando na família. Geralmente a levo até a porta e vou embora, mas hoje quero algumas respostas.
       Os seguranças que meu irmão contratou são da minha inteira confiança. Não faço ideia o porquê de estarem aqui. Tudo isso virou um segredo de estado. Evito ao máximo pensar no que esse Caio aprontou. Ele certamente não me conhece.
     Kimberly me deu um selinho costumeiro e foi para a sua sala achando que eu iria embora. Passei o braço pelos seus ombros e ela se reteseou quando adentramos seu cubículo de paredes azuis piscinas, uma mesa e estante pequenas e duas cadeiras. A fitei que se acomodou rapidamente ao seu lugar nervosa.
     — Pintou as paredes com a mesma cor dos meus olhos?
     — Pra me lembrar de você a cada segundo —Fitou o chão.
      Sorri.
      — Quer alguma coisa? — Me encarou.
      — Sim. Quero contratar os serviços da melhor fotógrafa da província.
      Ela sorriu. Lindo sorriso que há muito tempo não vejo.
      — É mesmo? Eu sou a melhor?
      — Melhor fotógrafa, melhor mãe, melhor amiga, melhor confidente, melhor fazedora de boquete...
       — Christian? — Ficou vermelha.
       — Não terminei. Melhor dona da bocetinha do universo que amo chupar e que engole meu pau como ninguém. Melhor dona dos seios mais avantajados e perfeitos desse mundo todo.
        — Ai, meu Deus, Christian, pare com isso —Massageava o pescoço e lambia os lábios.
        — Ainda nem cheguei lá — Fui até a porta e a tranquei. A peguei pela mão e me sentei na cadeira a pondo sentada no meu colo de frente pra mim —Onde eu parei?
       — Por favor, não continue.
       Toquei em sua nuca a acariciando para que relaxasse.
       — Só relaxa, meu amor. Você está brava comigo? Fiz algo que não tenha gostado?
       — Eu... só preciso trabalhar. Você não tem que ir também?
       — Hoje não.
       Ela engoliu em seco e olhou rapidamente para a porta e depois pra mim e sua expressão era de pânico.
       — Me conta o que está acontecendo — Pus alguns fios de seus cabelos atrás da orelha e eles passearam pelos seus lábios — Você sabe que pode confiar em mim, não sabe?
      Ela não respondeu e continuou me fitando tentando buscar algo. Não sei o que tanto me esconde, mas a ajudarei no que for. Toquei novamente na sua nuca, deslizando os dedos pelo seu pescoço, ombro e ela continuava me encarando e seus olhos ficavam cada vez mais escuros. A beijei lascivamente que agarrou meu pescoço e depois começou a sugá-lo, beijando meu rosto sem parar e se remexendo sobre minha ereção. Estava descontrolada ou muito excitada. Não reconheci.
      — Me coloca pra dentro — Pedi rouco.
      Recebi um olhar de desejo enquanto me obedecia e seus olhos nem sequer vacilavam. Nos ajeitei e ela começou a se mover ainda me fitando e gozando ao mesmo tempo. A conheço como ninguém e sei que há algo de errado. Prendi meus dedos em seu pescoço e o apertei de leve e ela jogou a cabeça pra trás se segurando nos meus ombros. Lambi cada gota do seu suor e mordisquei o lóbulo de sua orelha. Investi mais rápido me segurando para não gozar esperando que o dela viesse primeiro. Ela me beijou e passou a subir e a descer devagar para meu desespero.
     — Não irei aguentar muito tempo.
     O orgasmo dela foi lindo como sempre e antes que eu pudesse escolher, Kimberly se ajoelhou e me pôs na sua boca me desvaziando sem desperdiçar uma só gota. Ela é a mulher mais sensual desse planeta e nunca mais vou perdê-la. A puxei para os meus braços e a beijei misturando nossos gostos. A prendi na parede e alisei seu bumbum, a virei de frente e me ajoelhei. Pus sua perna sobre meu ombro e passei a língua pelo clitóris inchado pela excitação e continuei lambendo, sugando tudo que ela tinha para me dar.  
    Tempos depois bateram na porta com fúria, mas os seguranças detiveram o empata foda. Observei Kimberly se ajeitar na sua calça social e prender os cabelos em um coque novamente. A interceptei e pus sua camisa de manga longa escura e larga e acariciei seu rosto. 
      — Não aguento mais ver o quanto está se destruindo tendo que mentir pra mim
       — Christian... — Seus olhos marejaram.
      Levantei a mão para que se calasse.
      — Nem se dê ao trabalho de pensar em mais alguma mentira, não te quero sofrendo, apenas pense em um modo de me falar a verdade; toda a verdade.
      Abri a porta e me deparei com Caio White. White?
     Droga. Não consigo lembrar dele.
     Ele entrou se achando o dono do lugar e fitando minha esposa de um jeito totalmente desrespeitoso que a fez se encolher. Me coloquei na frente dele a tirando de seu alvo.
      — O que faz no meu território? — Quase gritou totalmente raivoso.
      — Você se enganou — Rebati gritando mais alto — Onde minha mulher está, o território é meu.
       — Eu trabalho aqui — Diminuiu a voz quase a esganiçando.
      Pelo jeito ele está se sentindo intimidado. Sou bem mais alto e forte do que ele. Seria covardia se eu começasse a socá-lo. Ou talvez não.
       — Mas não na sala dela.
       — Só preciso esclarecer algumas coisas — Pôs as mãos nos bolsos suspirando.
       — Dê meia volta e use o maldito telefone. Você não tem passe livre aqui dentro.
       — Kimberly — Tentou virar a cabeça várias vezes, mas não deixei que a visse novamente —Você contou algo a ele?
      — O que ela teria que me contar?
      — Que está grávida.
      Sorri. O fato de eu não ter usado camisinha, de não ter nos protegido em nenhuma das nossas relações, foi exatamente para que viesse mais um rebento. Não posso imaginar como sofreu perdendo aquela criança. Não posso falar sobre isso porque não quero que sofra mais.
       — Como sabe que ela está grávida?
       — Ela me disse.
       Minha felicidade caiu por terra a baixo.
       — E por que ela te diria algo assim?
       — Porque ela quer ficar com você, mas terá um bebê nosso.
        Meu rosto se transformou e tudo que eu pensava era em matá-lo. Encurtei meus passos em fúria e me joguei sobre ele o derrubando no chão e o enchendo de socos, com mais fúria ainda, fechei minhas mãos em volta do seu pescoço com mais força que o normal bloqueando meus ouvidos e só me dei conta do que fazia quando os seguranças me tiraram de cima dele e Kimberly me abraçou, mas eu não a abracei de volta.
      Ela não o desmentiu. Só acredito no que ela me disser. A segurei pelos ombros e a beijei delicadamente.
       — Não quero mais que trabalhe com esse cara — Falei de olhos fechados — Eu vou matá-lo se olhar pra você daquele jeito de novo.
     Ela arregalou os olhos e pareceu pensar em uma resposta.
       — Eu não posso romper o contrato.
       — Eu pago o que for pra que não tenha que ficar perto dele.
       — Não é dinheiro. Jonathan me ajudou e no contrato ele especificou se for quebrado, o futuro profissional do outro será arruinado mais a perda de clientes.
        — Você acha que sou burro, não é?
       Ela abaixou a cabeça. As mentiras não acabam. Me virei para ele que limpava o sangue.
      — Irei ficar aqui dentro todos os dias, se quiser falar algo com ela, será na minha frente.
       — Irá permitir isso, Kimberly? Ele não é o seu dono.
       — É o seu último aviso. Se falar com ela outra vez fora do assunto de trabalho, você é um homem morto.
      Os olhos dele se esbugalharam e ele engoliu em seco várias vezes.
       — Não pode matar o pai do filho dela.
       — Você não é o pai — Vociferei segurando meu impulso violento — Isso não é verdade. Acredito nela.
        — Ela me desmentiu?
        — Minha mulher jurou que você não a tocou.
        — É uma frase ensaiada. Namoramos escondidos por algum tempo, até que você acordou e me tirou dela.
      Avancei sobre ele e Kimberly me segurou.
      — Por favor, deixe ele ir, Christian — Espalmou no meu peito e meu olhar de ódio era direcionado para o homem que achava que era meu rival — Não vale a pena.
      Bufei fervendo de ódio e a peguei pela mão a levando para a mesa. Me sentei e a puxei contra mim em um abraço apertado. Ela afagava meus cabelos, mas não dizia nada. Lambi seus lábios e suguei seu pescoço e ouvi o baque alto da porta que fora fechada violentamente. A deitei na mesa que tentou se levantar, porém a prendi com meus braços que me olhou em pânico. Estava assustada de verdade. Qual era o maldito problema? Estava óbvio, não é? Ela estava com o mesmo olhar das mulheres da minha organização de caridade que foram estupradas e agredidas pelos seus maridos.
       Não. Isso não pode ser verdade. Ela não. Meu anjo feiticeiro não pode... Não. Eu vou destroçar esse desgraçado lentamente saboreando os seus gritos.
      — Por favor, Christian, não faz isso.
      — Por que está com medo? Sou apenas eu. Não farei nada que não queira. Você me conhece mais do que eu mesmo.
      — Obrigada — Relaxou.
      — Amor não se agradece, devia saber disso.
      — Eu sei.
      — Acho que você não sabe — Falei entre dentes.
      A ajudei a descer e o telefone da mesa tocou.
      — Oi, hum, estou bem — Falava sem graça evitando meu olhar — Jonathan, o seu irmão Christian está aqui e bem, ele e o Caio se desentenderam - (...) - Não — Gritou com algo que Jon disse — Depois conversamos.
       Peguei o telefone da mão dela e a beijei na testa.
      — Você sabe o que está acontecendo, então me conta, agora — Apertei o botão do viva-voz.
      — Converse com ela, mano, tenha paciência.
      — É o que mais tenho. Converso com ela, que não me diz nada — A fitei — Não sei mais o que fazer. Me conta, Jonathan. É sobre o Caio, não é? Ele disse umas mentiras e ela não o desmentiu. Estou ficando louco com essa história que vou acabar matando esse cara. Aliás, irei torturá-lo e desmembrá-lo se ele se atreveu a tocar nela contra sua vontade. Me fala de uma vez o que ele fez.
      Kimberly desligou o telefone e começou a gritar.
       — Pare com isso, ficou louco?
       — Se acalma. Ainda não enlouqueci, mas irei se continuar me escondendo o que esse futuro cadáver fez com você.
       — Christian, por favor, esquece isso — Me abraçou — Eu preciso de você, preciso muito. Não faça nenhuma besteira. Promete? Por mim?
       Segurei seu rosto e a beijei.
       — Não, não prometo. Não me peça para inibir meu poder de proteger aqueles que amo. Esse não sou eu e você sabe. Eu vou atrás dessa história até as últimas consequências — A puxei para os meus braços que chorava — Não me implore nunca mais para não protegê-la. Eu tenho uma vaga ideia do que ele fez e te garanto, quando eu tiver 100% de confirmação, somente o espírito dele vagará por aí. Você é minha e ninguém se atreve a tocar no que é meu contra sua vontade.

          °°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

        Estava cada vez mais difícil conquistar minha mulher. Iniciei a investigação sobre Caio e descobri a origem do meu esquecimento. Filho da puta miserável. Eu ia matá-lo de qualquer maneira, mas agora a tortura será maior. A única coisa que vem acabando comigo é o fato da minha mulher estar me evitando é isso já tem meses. Sei que não dou trégua para que se esquive das minhas perguntas, então ela achou uma maneira de me evitar. Ela que pense que será fácil assim. Será que ainda não entendeu que é minha? Sei que esse filho é meu de um jeito ou de outro, mesmo que não confirme. Como fico a metade do dia com ela no trabalho, vou para o meu logo depois. Sou juiz agora, então, sempre marco os julgamentos para depois do expediente dela ou quando está na rua fotografando. Sozinha com aquele meliante, ela não fica nunca mais.
     Entrei no quarto depois que saí do banheiro e tirei minha roupa com ela me observando, mas também não pedia para parar. A gente faz amor todas as noites que é o único momento que ela me deixa a ter inteiramente. Depois me ignora, me evita. Porém estou tentando reconquistá-la.
     Fiquei extasiado quando ela ficou nua. Me sentei e a puxei para o meu colo beijando suas costas que batiam em meu peito. Deslizei para dentro fácil de tão excitada que ela estava. O melhor lugar do mundo. Me movimentei devagar, sempre sem pressa de sentí-la todos os segundos.
      — Chris... — Sua voz estava abafada.
      — Não, não se segura, meu amor. Está tão gostoso — Segurei em sua barriga volumosa e beijei seus ombros, pescoço e a cabeça dela tombava pra frente. A puxei para mim — Kim, meu amor, estamos fazendo amor há meses, nos dê outra chance, prometo que tudo será diferente. Me perdoa, por favor? Só não quis ferí-la ainda mais. A culpa foi minha por aquela maluca ter nos atacado. Tudo foi minha culpa.
      — Do que está falando?
      — Esse não é o motivo pelo qual vem me evitando?
        Percebi que o orgasmo dela estava vindo, mas ela não gemia e não gritava, olhei para suas mãos que segurava os lençóis com tanta força que me entristeci, ela não precisa disso. Não vou mais deixar que trave essa batalha consigo mesma. Não sei mais o que fazer. Ela está com raiva e me punindo.
        — Deixa vim, Kimberly, mergulhe comigo. Amo você. Me deixa perfurar esse coração ferido, magoado. Diz somente o que quer que eu faço.
        Segurei seus ombros quando o orgasmo nos atingiu.
      — Nossa — Balancei a cabeça e beijei sua nuca, seus ombros — Não sei como consegue ficar cada vez mais gostosa. Tá delicioso demais. Faz tempo que não dormimos abraçados, comigo dentro de você. Você quer porque eu quero muito?
       Ela não me respondia.
       — Me peça qualquer coisa que eu faço, meu amor.
      — Me deixe em paz. Só me deixe em paz.
        Ela conseguiu me ferir. Levantei, me troquei e saí do cômodo.

     Fomos para o escritório depois que deixamos as crianças na escola. Faz algum tempo que Mark não vê a mãe que vive correndo atrás de Alexander que decidiu ir para outro país com a esposa e filhos. Também não tenho notícias de Derek e principalmente  de Juan que me pediu ajuda e sumiu. Tô apenas focado no problema maior no momento; Caio White. Assim que eu tiver aquela chance, ele vai ver estrelas e não será pela astronomia. 
     Minhas filhas estão crescendo e Sophie de vez em quando chama seu amigo Nick para nossa casa e todos os finais de semana ele passa conosco. Ele é um bom garoto, exceto pelas vezes que não pára de admirá-la.
     Kimberly foi para uma festa de casamento trabalhar antes do almoço e os seguranças ficaram por perto como sempre e voei para o tribunal onde um julgamento que se perdurava por dias estava me dando dores de cabeça. Enquanto eu vestia a toga e verificava sobre a localização de Caio, Jonathan entrou na minha sala.
     — Como estão as coisas, irmão?
     — Você sabe como.
     — Já disse que não posso te confirmar nada, até sua esposa autorizar.
      — Tudo bem, pois saiba que eu não faria o mesmo se fosse com a Susan.
       — Isso não é justo.
       — Justo? — Passei a mão pelos cabelos resignado — Esquece. Tô tentando fazê-la confiar em mim de novo. Essa gravidez a afastou de mim. Ela nem quer saber o sexo do nosso filho e quem compra as roupas sou eu ou a minha mãe. Nas consultas médicas, minha mãe também toma a frente.
       — E o quarto do bebê?
       — Kimberly não se envolve com nada em relação a essa criança, Jon. Nada. Não posso falar nele que me dá as costas.
       — Passei o mesmo com a Susan. Ela parece deprimida.
        — Eu ia levá-la ao médico que fez um escândalo no dia da consulta.
       — E esse filho? Você acha que é seu?
       — Acredito que sim. E se não for, não fará diferença porque já o amo. Faz parte dela. Então é meu, independente de ser de sangue. 
       — Agora você entendeu o que fiz pela Susan.
       — Sim. Você sempre a amou e era burro demais pra entender e perceber o que todos víamos.
      Rimos e falamos coisas aleatórias até que o assunto ficou sério de novo.
       — Vocês tem transado? Tá funcionando?
       — Sim, ela está cada vez com mais raiva de mim. No começo pensei que me amasse e depois achei que fosse só sexo pra ela. Não suporto tê-la e depois deixá-la. Não posso mais, isso está me destruindo.
        — Kimberly se fechou, nem conversa mais com a Susan que diz que perdeu a melhor amiga. Ela tenta falar com a Kimberly que só fala das crianças e do seu trabalho. Nunca menciona você, o coma, nada. Ela é como você antes.
        — Eu sei. Não sei mais o quê fazer.
        — Por que não se afasta um pouco? Você ainda não deu espaço pra ela respirar. Meio que está forçando a barra. Deixe que ela te procure.
        — Não irei sair daquela casa, o bebê pode nascer a qualquer momento. Quero estar ao lado dela ajudando com as crianças. Que tipo de homem eu seria se a deixasse sozinha com tudo isso?
        — Você não entendeu. Você pode ficar lá, mas não a toque. Trate-a bem, mas sem contato. Deixe que ela tome a iniciativa. Ela precisa disso.
       — Vai ser difícil me manter distante.
       — Você tem que tentar. Isso é pelo bem dos dois.
        — Você tem razão. Obrigado irmão, por tudo —O abracei que depois me olhou paralisado - O que foi?
       — Você me chamou de irmão, me abraçou depois de meses por estar com raiva de mim por não contar a verdade. Quando era criança, qualquer coisa você se jogava pra mim, me abraçava e depois que sua mãe nos deixou, se fechou no seu próprio mundo.
       — Não tenho mais porque fazer isso. Você sempre fez tanto por mim e nunca te agradeci verdadeiramente. Fui errado em ter ficado com a Susan, no fundo eu sabia que você ainda a amava. Achei que vendo que ela e eu ficamos, pensei que entenderia que ela não era pra você e que tinha uma ótima família com a Lisy e as crianças.
        — Eu sei. Do sei jeito torto você pensou em mim, se preocupou, agradeço
        — Fiz porque te amo e não aguentava vê-lo sofrendo.
        — Também te amo.
      

💗🌼 KIMBERLY WINSOR

       Christian não entrou no meu quarto ontem à noite e nem nas anteriores. Simplesmente me deu um beijo na testa, beijou minha barriga e foi dormir sem mim. Será que tinha outra, que deixou de me amar? Será que estou tão feia e gorda ao ponto dele não querer nem me tocar? O que tenho de errado?
    Confesso que fui muito fria com ele, mas cadê aquele amor que disse que sentia por mim? Era tudo mentira?
      Minha cabeça está pirando com essa gravidez. O risco de um aborto cessou há meses, porém ainda espero o pior acontecer. Não quero ser pega desprevenida, por isso não posso me apegar a esse filho. Pior que não posso falar com ninguém para que as chances de alguma tragédia não aconteça apenas por eu ter pronunciado ou escrito as palavras, como se fossem um poder maior. Estou completamente paranóica, triste, muito deprimida. Só quero que isso acabe logo.
     E ainda tem o Caio que covardemente me ameaçou outra vez. Contei ao Jonathan sobre as ameaças veladas referente as minhas filhas e ele disse que iria resolver, mas nunca resolvia. A única opção seria contar ao Christian, porém ultimamente não estou muito corajosa. Eu o amo muito e sei que sofre por nós 2 e isso era tudo que eu não queria. Por que ele não me enxerga? Não olha dentro da minha alma? Está tudo aqui. Só precisa ser mais atento.

      Anne, Sophie e eu estávamos no sofá assistindo desenho quando Christian chegou e elas correram para abraçá-lo. Depois de ter dado toda a atenção a elas que tagarelavam sem parar, finalmente me olhou com total atenção e me cumprimentou com a cabeça. Gesto costumeiro que odeio. Não sou um de seus amigos, caramba, sou sua esposa. O fitei que se sentou ao meu lado com Anne no colo e Sophie pendurada no seu braço. Mark retornou do banheiro e se juntou a nós depois de abraçar e beijar o pai. Se prostou ao meu lado fazendo carinho na minha barriga. Ele é um menino muito carinhoso, amoroso que me faz ficar cada vez mais apaixonada. 
      — Você está bem, mamãe?
      Todas as cabeças se viraram para nós. Encarei Christian que me olhava nada surpreso.
      — Do que me chamou?
      Ele estava sorrindo e abaixou a cabeça chateado.
      — Desculpa. É que eu queria uma mãe como você que cuida de mim, me beija, abraça e faz comida gostosa.
      Não tinha como não o amar mais nesse momento. Passei a mão pelos seus cabelos e os beijei que imediatamente voltou a me encarar.
      — Faço tudo isso porque te amo e pra mim você é meu filho que nasceu daqui — Apontei para o meu coração — Esse órgão é o mais importante, sabia?
      Ele assentiu sorrindo e logo me abraçou pela cintura.
     — Então não está chateada?
     — Absolutamente não. Pode me chamar do que quiser, desde que se sinta bem e confortável.
      — Mamãe — Repetiu risonho e beijei seu nariz.
      Me voltei para Christian emocionada que nos olhava encantado. Estou o negligenciando como esposa.
      — Você já jantou?
      — Sim, com uma cliente.
      "Uma cliente?"  Que merda é essa? Fechei os olhos, mas logo os abri depressa.
       — Você é juiz agora, não tem clientes.
      Ele deu um sorriso de canto. Miserável.
       — Só a orientei.
       — Porra nenhuma.
       Sophie subiu com os irmãos depressa e ele foi para o bar da sala preparar uma bebida.
       — Olha como fala quando estivermos perto das crianças.
       — Você não me diz o que fazer — Fui atrás segurando a barriga e ele me olhava sobre o ombro — Está me traindo?
      — De onde tira essas coisas? Foi você quem me afastou.
       — E então foi procurar outra?
       — Te prometi há muito tempo que não te trairia nunca mais. Você é a única mulher que eu quero.
        — Sei — Torci os lábios — Por que nunca perguntou sobre o bebê que perdi?
         Ele se virou me fitando. Bebeu uma dose da bebida e suspirou.
         — Sei o tanto que sofreu e só não quis te causar mais sofrimento.
        — Você não se importa.
        — Eu me importo. Fiquei mal quando soube do nosso bebezinho e mais ainda por ter enfrentado tudo sozinha. Você afastou as pessoas que te amavam e que queriam te ajudar. Afastou a Susan que é sua melhor amiga.
        — Não fale dela perto de mim.
      Como ele ousa falar na mulher com quem andou trepando? Ele a amava e ainda vivem se abraçando por aí. Entrei na cozinha respirando pausadamente. Limpei uma lágrima e bebei um copo grande de água com açúcar. Ele me esqueceu? Não acredito. Passei a mão pela nuca de olhos fechados sentindo uma mão envolver a minha e tomar o seu lugar. O cheiro dele é tão bom.
     — Me diz o que há? Confia em mim.
     — Eu estou bem.
     — Vai repetir isso até quando?
     Me virei para ele olhando no fundo dos seus olhos. Eram neles que eu podia me assegurar do nosso futuro maravilhoso. Ele é meu único porto seguro. Apenas não posso mais me martirizar. A culpa não foi minha. O doente é o Caio. O homem da minha vida irá nos proteger. Engoli em seco tomando coragem para pronunciar as palavras mais odiosas desse mundo; estupro. Eu não fui graças ao meu cunhado Jonathan.
     Abri a boca para dizer tudo que aconteceu naquela noite, o jeito imundo como me senti por ser tocada por aquele verme e como eu queria que ele me salvasse, todavia nada disso aconteceu porque o celular dele tocou e ele foi para a sala.
     — Oi, irmão. A gente vai, pode deixar (...) Acho que não está dando certo. Ela pensa que tenho outra e que não a amo.
      Ele pôs o celular no sofá e foi preparar outra bebida.
      — Não sei mais o que eu faço. Tô pirando.
      — Christian é a Susan, presta atenção. Você tem que deixar claro que a ama, que não quer ficar longe, mas se ela precisa de espaço e prefere ser feliz sem você, é o que você fará.
        — Verdade. Me afastei, mas não expliquei. Obrigado, Susan.
       — Faça minha amiga feliz. Ela me culpa também mesmo que não diga.
       — Tenho certeza que não. Ela te ama
       — Eu sei. Até mais.
       Entrei na sala irritada. Como ele ousa falar dos nossos problemas para ela? Logo pra ela?
       — Era a Susan? Estavam matando as saudades? É ela, não é? Se apaixonou por ela novamente?
        Ele bufou.
        — Senta aqui. Precisamos conversar.
        — Não precisa, já entendi.
        — Não entendeu — Pegou minha mão e me levou para o estofado — Não existe outra e, sim você. Me afastei porque achei que me queria longe. Você pediu para te deixar em paz.
         — E você fez. Que obediente!
         — Fiz porque eu te amo e quero vê-la bem, feliz, mesmo sem mim.
         — Tô infeliz sem você — Confessei sem conseguir conter as lágrimas — Não quero que me afaste, quero que lute por nós, por mim, até eu conseguir confiar em você de novo. Será que pode? Vou falar e fazer coisas que te magoem, mas preciso que esteja lá por mim, que não desista, que me ame. Você me deve isso
       — Eu farei tudo e muito mais, não desistirei de nós. O quê eu fiz antes, estava certo?
       Sorri quando ele me tocou no rosto banhado pelas lágrimas.
       — Sim. Eu precisava, preciso te ter por perto, só perto e às vezes me tocando, dentro de mim. Não me negue isso nunca mais.
       — Quer ir comigo pôr os pequenos na cama?
       — Sim, por favor e depois quero que me faça a mulher mais feliz do mundo.

      Depois de uma noite regada a sexo e uma manhã que não vi porque hibernei como há muito tempo não fazia, tomei uma banho relaxante e pus um short largo e uma regata. Prendi os cabelos em um coque e desci com um sorriso maroto no rosto, maravilhada vendo o homem da minha vida fazendo o almoço com nossas pequenas bagunceiras e nosso pequeno terrorista. Eles riam, dançavam e cantavam com o clássico do rock antigo tocando no ipod. Me sentei na cadeira do balcão e ele sorriu pra mim me dando um selinho e as meninas bateram palmas e Mark um sinal de positivo. Não consigo parar de sorrir, de olhá-lo que de vez em quando piscava pra mim. Nunca fui tão feliz. Aproveitei que ele estava de costas mexendo o molho do macarrão à bolonhesa e o abracei, sussurrando em suas costas.
      — Eu te amo — Apesar da música ele ouviu e enrijeceu com minhas palavras — Confio em você, confiei e te aceitei a partir do momento que entrou de novo por aquela porta, quando entrava à noite no nosso quarto, quando me fazia sua, quando se dedicava a nossa família e a esse bebê que ainda irá nascer, mas eu não pude admitir nem pra mim mesma porque quando você voltou às nossas vidas, tive medo, muito medo de tudo que vivi sem você voltasse a acontecer e de verdade. Só quis me proteger.
      Ele se virou me abraçando.
       — Eu entendo tudo isso. Fique sabendo que não irei a lugar nenhum nunca mais sem você. Que tal um pacto?
       — Como assim? — Ri.
       — Se eu morrer, quero que morra junto que farei o mesmo.
        — Prometo.
        — Vai me contar o que tanto me esconde?
        Assenti. Só não sei como dizer, mas vou.
       — Vou contar assim que eu conseguir me livrar de uma coisa.

💙💪 CHRISTIAN WINSOR
   
    Finalmente o lançamento da continuação da biografia do livro de Susan chegara. Falei com ela pelo telefone mais cedo que ficou preocupada se iríamos. Kimberly ainda não está tão amigável com ela. Não sei o que fazer com essas duas. Jonathan disse pra eu não me meter e é o que estou fazendo, ainda mais porque minha linda esposa está com um ciúme descomunal da minha cunhada. Sem razão de ser, óbvio.
     Kimberly estava linda usando um vestido preto rodado e justo em cima no tomara que caia, valorizando seu decote mais do que generoso e sua linda barriga volumosa. Me ajeitei porque a visão me deixava de pau duro. Me aproximei e fechei o zíper da parte de cima.
      — Não sei se gosto de vê-la usando algo que qualquer um pode abrir tão facilmente.
      — Imagino que não goste mesmo.
      — Não é machismo, droga, é zelo.
      — Zelo, né? — Riu.
       Beijei seu pescoço e a abracei pela cintura. Ela anda evitando meus carinhos, mas não como antes e vive reclamando de cansaço. Não pode ser a gravidez porque faltam 3 meses para o nosso filho nascer.
       — Sinto sua falta, feiticeira. Quero me enroscar em você mais tarde. Pare de me evitar. Não é justo com a gente. Ficamos 3 anos sem o outo, Kim...
      Mal terminei de falar e sua boca estava na minha e me empurrava para a cama onde montou e no desespero, abriu minha calça, jogou a calcinha para o lado e me pôs pra dentro. Amo quando fica selvagem desse jeito. Se abaixou e lambeu minhas tatuagens.
      — Você precisa usar camisinha quando esse bebê nascer. Minha fábrica fechou.
      — Eu irei, feiticeira selvagem.
      — Amo que me chame assim.
      — O que mais você ama?
      — Melhor irmos.
      Ela correu para o banheiro e fui atrás segurando seus cabelos.
       — Você está bem? — A ajudei com o enxaguante bucal — Está pálida. Os enjôos não são no primeiro trimestre?
       — Estou bem, amor — Sorriu — Podemos ir. É só nervoso.
     
     Na festa, dei um beijo na minha mãe e perguntei sobre a minha irmã Kourtney que até agora não vi. Minha mãe disse que ela não sabe que estou vivo. Está terminando a faculdade de artes cênicas como queria em Mahantan. Acho que é onde o Jean mora. Coincidência?
     Observei Kimberly conversando nada amigável com seu sócio Caio até, meu irmão Jonathan e nosso amigo Hank se meterem entre eles. Parecia uma discussão acalorada até que ela me encarou como se pedisse ajuda e fui até eles. Beijei o topo da cabeça dela e a abracei por trás.
     Caio olhou para nós 2 como se quisesse nos matar.
       — Preciso falar com você, Kimberly.
       — Diga o que quiser na minha frente, Caio.
       — Contou a ele que irá viver comigo pelo bem dessa criança?
        Avancei sobre ele e, ela me segurou.
       — Christian, por favor?
       — Você sabe que posso matá-lo, sem nem ao menos piscar? — O encarei trincando os dentes
      — Sei, mas ela não vai deixar que mate o pai do seu filho.
      — Existe uma possibilidade desse filho ser meu e mesmo se não for, irei assumir. Você não faz parte das nossas vidas, porra.
      — Ela já estava grávida quando você acordou. Tivemos um distanciamento, mas eu já me acostumei com o bebê, com a ideia de ser papai.
       Jonathan se aproximou de nós olhando para Caio com as mãos em punhos, depois de séculos, finalmente me olhou.
      — Christian, preciso falar com você.
      — Não, Jonathan, por favor? — Kimberly se desesperou — Você me prometeu.
     — Você irá contar?
     — Sim.
     — Quando?
     — Em breve. Não é fácil.
      Jonathan parecia transtornado passando a mão pelos cabelos com os olhos fechados.
     — Não posso mais, não aguento mais isso. Nem durmo direito. Me perdoe, Susan, sei que é um dia feliz pra você — Beijou a testa da esposa e depois voltou-se para a minha mulher — Esse segredo está me corroendo por dentro. Olha o que esse cara está fazendo com você, com meu irmão, Kimberly. As ameaças dele são vazias e covardes.
       — Diga, Jonathan — Explodi e ele me encarou.
       Minha atenção era toda voltada ao meu irmão mais velho, meu exemplo, meu pai e melhor amigo.
       — Aquelas fotos que a Giulia tirou e te deu foram fotografadas no dia que Caio tentou estuprar a sua mulher. Cheguei a tempo e o deixei todo quebrado.
     Encarei minha esposa que engolia em seco e estava mais branca do que papel.
     — Certo. Obrigado por me dizer, irmão — Estendi a mão e ela pegou — Vamos conversar.
     A levei para o jardim tentando não olhar pra ninguém porque só eu sei o que farei se encontrar com esse Caio que fugiu antes do meu irmão o entregar. Na noite que Luísa me deu um tiro, eu estava desarmado, que é algo que eu nunca fico. Hoje estou prevenido
     A coloquei no meu colo e afaguei seus cabelos. Preciso dela para me acalmar.
     — Você precisou de mim, meu amor e eu não quis te ouvir. Isso nunca mais irá acontecer.
      — Você acreditou na Giulia.
      — Acreditei. Pensei que você tinha refeito a sua vida quando pensou que eu estivesse morto.
       Ela me abraçou e deitou a cabeça no meu ombro.
      — Ele... te tocou?
      — Graças ao Jon, não.
      — Me perdoe por não ter estado lá.
      — Você está aqui agora.
      — Sim e nunca mais vou a lugar nenhum sem você — Suspirei — Por que temos que passar por tantas coisas pra reafirmar nosso amor? Por que simplesmente não confiou em mim e contou tudo que esse verme te fez?
       — Tive medo. Ele ameaçou nossos filhos e seu irmão estava me ajudando.
       — Não esconda mais nada de mim, promete?
       — Prometo — Me fitou — O que irá fazer?
       — Não se preocupe com isso — Beijei seu cabelos pensativo — Ele não irá mais te incomodar. 

      Deixei Kimberly com os nossos filhos e explorei o enorme salão de festas à procura de rostos conhecidos. Meus irmãos estavam aqui, exceto Derek e Casey. Avistei Jean triste mesmo acompanhado por uma bela morena. Seus olhos se encontraram com os meus e o cumprimentei com a cabeça que fez o mesmo. Não somos amigos e muito menos inimigos. Graças ao plano dele em conjunto com Luísa, minha esposa se tornou insegura aos meus sentimentos por ela e insegura ao nosso casamento.
      — Onde está a Casey, Mary?
      Minha madrasta forçou um sorriso e me olhou com tristeza. Apesar de ter me assediado quando eu era criança, não sinto raiva dela ao contrário do meu irmão Jon que sente nojo.
      — Casey está no hospital. Jeffrey não aceitou o término muito bem. Ele a traiu, ela viu e terminou, porém ele não aceitou. Ele a espancou e a estuprou. Ela nega e não quer fazer a denúncia, mas eu irei junto com os médicos.
       — Não faça nada — Trinquei os dentes e todos os músculos do meu corpo.
       — Mas..? — Me olhou confusa.
       — Fica na sua. Ele é todo meu. Você sabe exatamente tudo que eu faço, então sabe que de hoje ele não passa.
        — Não pode matá-lo — Sussurrou — Casey ainda o ama e ainda tem esse bebê que ainda nem nasceu...
        — Já disse pra ficar na sua, a decisão será minha independente de todas essas merdas que você defecou — Ela passou as unhas pelo meu braço como fazia quando eu era mais novo e insinuava que estava excitada. Segurei seus braços a afastando de mim — Pense duas vezes antes de tocar em mim novamente ou acabará comendo minhoca como esse Jeffrey.
      — Eu não irei, me desculpa.
      — Ótimo. Agora arranje uma desculpa para esse médico não denunciá-lo porque Jeffrey é todo meu.
       — Nosso — Meus irmãos, exceto Jean se juntaram a mim.
       Peguei o telefone e disquei o número do meu melhor segurança.
        — Ache o Jeffrey e o leve para o local de sempre. De bônus, quero esse Caio preso até eu chegar.
       — Iremos com você — Meus irmãos disseram.
      
     Abracei minha esposa e segurei seu rosto entre minhas mãos.
     — Irei me ausentar, porém prometo voltar rápido. Esse Caio nunca mais tocará em você ou em qualquer outra mulher. Eu não sei como fui esquecer, mas ele é o pai da Melinda. Ele a espancou e só não a estuprou porque a mãe dela a defendeu e fugiram. Maldito.
       — Ai, meu Deus —  Pôs a mão na boca horrorizada.
      Sussurrei ao seu ouvido.
      — Eu irei matá-lo pouco a pouco, então não me peça compaixão — A beijei na testa e fui para o carro.

PERGUNTAS E RESPOSTAS:

* CHRISTIAN ESTAVA EM COMA, PORÉM NA ADOLESCÊNCIA, ELE E O IRMÃO JONATHAN FIZERAM UM PACTO, POR ISSO ELE FOI DADO COMO MORTO.

* NÃO VAI MAIS HAVER SEPARAÇÃO, FALTAM 3 CAPÍTULOS FINAIS.

* VAI TER TAMBÉM O LIVRO DA SOPHIE E DO NICK : AMOR OU AMIZADE - LIVRO 11

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