15 - CAPÍTULO

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💙💪 CHRISTIAN WINSOR 

     Não sei o que há comigo que não consigo sair daqui. Ela me enfeitiçou. Meu doce anjo sexy e feiticeiro.
     Tentei relaxá-la ao máximo. Se ela não gostar, não insistirei. E será mais um ponto pra mim que nunca parei em uma relação sexual, mesmo que a mulher implorasse. Sei exatamente o que significa a mulher dizer não e o homem continuar. Me enganei achando que seu eu fosse rápido, não seria estupro. Dissipei esses pensamentos. Jamais faria isso com minha esposa. Se ela disser não, eu pararei com muita dificuldade, mas sim, prefiro morrer a vê-la ferida por minha culpa. Eu a amo. Não. Preciso parar de pensar nisso ou em alguma hora acabarei dizendo.
      Pus o preservativo e a preenchi bem devagar que segurava com força no travesseiro. Beijei seu pescoço e mordisquei sua orelha enquanto entrava mais um pouco e ela soltou um grito de prazer, tenho certeza.
       — Você está bem?
       — Ai, Christian — Gemeu — Continua, devagar.
      Nem acredito que ela está gostando. Entrei mais um pouco. Só fiquei metade dentro dela até ir se acostumando. Me movi lentamente e ela não parava de gemer. Nunca tive uma ejaculação precoce, porém dessa vez foi inevitável e sem esperar, arranquei a camisinha e gozei em seu bumbum. A melequei por toda a carne que deve ter se assustado com meu urro animalesco e minha atitude, pois se enrijeceu.
       — Gostosa — beijei sua nuca — gostosa demais.
      Me joguei para o lado dando um nó na camisinha. Fui ao banheiro e a joguei no lixo. Peguei uma pequena toalha, a molhei e voltei para o quarto para limpá-la. Ela estava quieta, compenetrada em seus pensamentos.
      — Tudo bem? Gostou?
     Ela sorriu corando. Tão linda e perfeita, não merecia um cara perturbado, bandido, que fazia as piores coisas que alguém possa imaginar ao seu lado. Não tenho problemas de autoestima e insegurança. Sei exatamente o que sou e o quanto valho.
      — A Mary ainda dá em cima de você? 
      Não entendi porque voltou nesse assunto que eu queria esquecer e me arrepender de ter contado de mais um abuso. Não era porque eu era um menino curioso que Mary podia fazer o que quisesse.
      — Pensei que havíamos encerrado essa conversa.
       — Te vi se esquivando dela que queria te tocar de qualquer maneira. Parecia bem íntima. 
       — Então você notou?
       — Quando você saiu dessa casa, voltou a ficar com ela?
      Ela me fitou estranho. Não entendi. Preciso saber o motivo porque não gosto de ficar no escuro.

       — Ela exercia controle sobre mim, me ensinou tudo perfeitamente, me estimulou a mentir que cheguei a acreditar que ela não foi minha professora. Ela dizia que me amava quando mais ninguém dizia. No começo eu só quis ajudar meu irmão, mas aí tinha a Casey também. Fiquei confuso e decidi deixá-la acabar com aquilo se quisesse.

  💗🌼 KIMBERLY WINSOR 

     Fiquei horrorizada. Pelo que pude notar, Christian adora a irmã, mas acho que ela não sabe dessa história, todavia precisava perguntar.
      — Sua irmã, filha da Mary, sabe sobre o que ela fazia?
       Ele me afastou e se levantou andando de um lado para o outro nervoso.
       — Casey é inocente demais pára com as maldades das pessoas. Qualquer um a engana. Tenho sempre que ficar em cima ou senão se aproveitam dela. Esse Jeffrey não me desce, preciso investigar a fundo.
         — Não gostei dele. Ele não pareceu preocupado com ela e ainda ficou olhando para as outras mulheres.
        Ele me encarou parecendo me intimidar que meu coração deu um pulo pra fora do peito.
       — Por acaso ele te olhou diferente?
       Não costumo mentir, mas também não quero criar atrito na família. Mas e se esse homem fizer algum mal para alguém da família, principalmente para Casey? Não sei o que fazer. Enrolei meu dedo em uma mecha de cabelo e fitei os braços musculosos do meu marido. Bela vista.
       — Não reparei.
       Pensei que estava salva e pudesse respirar normalmente quando ele se aproximou pairando seu corpo sobre o meu e me fitando intensamente.
        — Ele deu em cima de você? Não minta.
       Assenti e logo tentei consertar.
       — Teve uma hora quando o advogado estava lendo o testamento, fui beber água nervosa com os olhares dele que me seguiu.
       — O que aconteceu, Kimberly? — Já estava nervoso - Pare de enrolar e fale de uma vez. Se ele se atreveu a fazer algo que você não queria, ele...
       — Não — O toquei no rosto que fechou os olhos fazendo uma careta sofrida — Ele disse que me achava bonita e que ficou surpreso por você ter se casado. Disse que Susan também era linda, Luísa que dava bola pra todos e Natasha que só tinha olhos pra você. Disse que algo iria rolar porque você a notou bastante com aquele vestido decotado.
       — Ah, então foi ele quem disse sobre a Natasha e você acreditou? — Me encarou mais calmo, porém eu ainda era uma pilha de nervos e ciúmes — E depois?
        — Achei um absurdo sem tamanho ele dizer aquelas coisas sendo que Casey é linda. Foi o que eu disse e saí de lá quase correndo quando Jean me segurou me pondo atrás dele e enfrentando Jeffrey com o olhar, percebendo que ele me seguia.
       — Desgraçado — Se levantou irritado.
       O abracei por trás beijando suas costas.
       — Tá tudo bem. Ele nem chegou perto. Fui esperta.
       Ficamos imóveis por um longo tempo que minhas pernas já estavam doendo, porém não me importo. Amo qualquer tipo de contato com ele. Christian é todo cheio de cicatrizes por dentro e por fora. Passei os dedos sobre sua tatuagem de dragão que encobria uma cicatriz bem feia. Somente examinando com muita atenção se conseguia ver resquícios. Acho que ele percebeu o que eu tanto olhava, pois falou:
       —  Essa é uma lembrança dolorosa. Um dia, quando eu tinha 8 anos, cheguei da escola sozinho porque meu irmão estava no treino de futebol e nossa casa estava uma bagunça com móveis e roupas espalhados por todos os lados. Mal consegui entrar quando vi minha mãe jogada no chão toda machucada. Meu pai vinha com sua gravata e eu sabia o que faria com ela. Ela havia arrumado nossas coisas para fugirmos dele e ele descobriu. Ficou furioso. Fiquei tão transtornado que fui pra cima dele sem pensar e ganhei um murro tão forte que caí sobre uns cacos de vidro que rasgaram as minhas costas. Só consegui gritar e minha mãe desesperada mandava meu pai me socorrer. Ele me levou para a Samantha, mãe do Jon, mas eu não sabia na época até vê-la com ele anos depois. Ela improvisou os pontos. Foi complicado abaixar minha febre e de resto não lembro porque vivia sedado. A dor era insuportável para uma criança de 8 anos. Por anos pensei que a culpa da Sophia ter ido embora era minha, porque eu não consegui protegê-la daquele monstro. Imagina o que aquilo fez com minha cabeça?
     Fiquei frente a ele e segurei em seu rosto que me inundou com aqueles dois oceanos que tanto amo, que fazem meu coração disparar e minha pele sofrer um tipo raro de espasmo. Ainda não entendo bem, mas é muito bom.
        — A culpa não foi sua. A culpa era dele. Você era apenas uma criança. 
        — Eu sei disso — Se afastou — Preciso resolver algumas coisas, não me espere acordada. Fique à vontade, já que seremos obrigados a morar aqui por um tempo. Qualquer coisa peça a Mary ou a Casey.
       — E a Natasha?
       Ele segurou na maçaneta ainda de costas.
        — Sinto muito.
        
    Me troquei assim que ele saiu e prendi os cabelos com o coração apertado e dolorido. Sensação horrível depois de uma noite maravilhosa. Ele é instável e me deixa cada vez mais insegura.
     Abri a porta. Pretendo fazer um lanche, pois não jantamos por conta das nossas atividades. Queria ser mais do que um corpo disponível pra ele.
      Presenciei algo que me machucou demais que não pude evitar as lágrimas e o soluço que escapou da minha garganta.
     Natasha deitou a cabeça no ombro do meu marido que nem sequer ousou me olhar. Não sei o que aconteceu, quem estava beijando quem, mas ela estava satisfeita e sorria debochada como se disesse que tinha controle sobre ele que parecia imóvel.
      Christian a puxou para o quarto dela e bateu a porta. Parecia extremamente irritado. Só deu tempo de ouvir o barulho da chave girando e os gritos dele antes de eu descer correndo com o coração em frangalhos. Não tenho que fantasiar coisas sobre eles, se ele mesmo garantiu que não sente nada por ela. Só preciso confiar, certo?
    É tão difícil me sentir segura com um marido lindo que todas se jogam sem nenhuma vergonha, enquanto eu não sei como levá-lo a loucura com meus toques. Ainda não acredito que travei, podendo ter feito o melhor oral da vida dele.
        Mary me parou na escada balançando a cabeça em reprovação apontando para minhas lágrimas que cessaram imediatamente ao vê-la. Tenho nojo dessa mulher. Queria vomitar a verdade para todos.

CASAMENTO FORÇADO  - FAMÍLIA WINSOR - LIVRO 2 (CHRISTIAN) Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin