39 - CAPÍTULO

4.2K 318 18
                                    

  💙💪 CHRISTIAN WINSOR

    Quando amanheceu, sorri para o anjo de candura na minha cama. Linda e perfeita como se tivesse sido moldada especialmente pra mim. Ela me ajudou a mudar, amenizou minhas cicatrizes mais profundas, me amou me aceitando com os meus defeitos gritantes e, se a vida estava me dando uma segunda chance, irei viver da melhor maneira com certeza. Nunca mais ficarei longe dela.
      Quero levar as meninas na escola com minha mulher. Tomei uma ducha rápida e eficiente tentando não me demorar nas lembranças pelo jeito que fizemos amor depois de 3 anos. Não tinha mais como negar que ela ainda me ama, mesmo não tendo dito. A maneira como me tocou e me beijou, a denunciou. Entendo que esteja com medo. Preciso achar um jeito de dissipá-lo. Ela precisa de mim até mais do que eu pensava. Palavras são dispensadas quando o olhar revela tudo. 
     Fui eu quem pus aquela tristeza em seu olhar, então, sou o único capaz de tirá-lo. Ela só precisa acreditar, confiar que não irei embora de novo, que deixar nossa família não é uma opção. Quando enxergar que ela, Sophie e Anne são as mulheres da minha vida, será bem mais fácil entrar em seu coração novamente. 
     Prendi a toalha na cintura e peguei minha bengala que ainda me acompanharia durante alguns dias, pois meu equilíbrio está muito melhor assim como a minha fala. Me aproximei da cama obsevando o belo rosto feminino amassado pelo travesseiro e sorri ouvindo seu ressonar baixinho. Divina. Fiquei sobre ela tendo todo o cuidado para não acordá-la e sussurrei: "Minha", contra seus lábios que se encaixavam aos meus perfeitamente e logo ela correspondeu quando minha lingua encontrou a sua. 
      — Vou cuidar de você — Beijei seu rosto, seu pescoço e não precisei fazer mais nada, pois ela se abriu pra mim encaixando seu corpo ao meu.
      Eu não pretendia fazer amor com ela novamente, não desse jeito, não agora, mas não pude resistir ao seu corpo pequeno embaixo do meu. Foi ela quem me pôs para dentro enquanto eu mamava em seus seios grandes do jeito que eu gostava. 
      Seus dedos se remexeram por dentro dos meus cabelos um pouco grisalhos. Não posso cortar muito porque esse é o seu parque de diversões, onde ela aperta segurando um punhado, puxa e repuxa conforme sua excitação. Me movi lentamente e tomei seus lábios nos meus engolindo todos os seus gemidos. A fitei quando se apoiou em meus ombros e elevou os quadris começando a rebolar. Seu olhar também caiu no meu quando 1, 2 orgasmos a atingiu. Ela corou levemente e sorriu lindamente antes de fechar os olhos e sentir meu líquido escorrer por dentro da sua vulva.

     Coloquei uma calça jeans e uma camisa pólo preta enquanto ela me observava com fogo no olhar. Me inclinei sobre ela lhe dando um selinho  que sorriu de olhos fechados. 
      — Melhor nos apressarmos para buscarmos nossas filhas. Podemos comer todos na lanchonete, o que acha?
      Ela abriu os olhos piscando várias vezes e sorriu lindamente pra mim antes de me abraçar apertado. Ela estava se certificando de que eu realmente estava aqui. É a segunda vez essa manhã que faz isso. 
      — Não demoro — Saltou da cama nua e foi para o banheiro correndo um pouco enrusbecida por sua nudez.
      Agora estou de volta para ajudá-la de uma vez por todas a se curar desse complexo. Ela é linda, seu corpo é esplendoroso. Não há nenhuma razão pra se sentir feia. 
      Tive que manter todo o maldito autocontrole para não invadir o banheiro e fazê-la minha por toda a manhã. Quero também conversar sem ser acusado de algo que não tive culpa. Luísa acabou com a minha vida por 3 anos, sendo que acabei com a sua por mais de 15. Ela chegou perto de ser a mulher que eu tanto almejava secretamente, mas então ela se mostrou desequilibrada e patológica, porém ignorei por puro egoísmo, quando era somente eu que me satisfazia com nossa perversão. 
      Eu a reduzi a lixo e mesmo assim ela aceitou por obsessão. Seu amor era doentio, era nítido até pra quem não a conhecia e a usei cada vez mais piorando seu estado mental. Sou mais culpado do que ela. 
     Naquela noite eu poderia ter feito tantas coisas diferentes para ajudá-la, mas deixei a raiva e o medo me paralisarem. Não é daquele jeito que ajo, senão já a teria desarmado sem ferir ninguém. 
      Fui para a casa do meu irmão que auxiliava as crianças pequenas a se vestirem enquanto minha cunhada preparava o café. Dei um beijo na cabeça dela que sorriu.
      — Bom dia. Que sorriso é esse? Tá com cara de quem transou.
      Gargalhei. É isso que amo na Susan; ela não faz média com ninguém. Ela sempre foi a minha melhor amiga, a única com quem eu conseguia me abrir e que me conhece mais do que eu mesmo.
      — Ai, meu Deus — Apagou o fogão arregalando os olhos  — Me conta tudo, agora.
      — Claro que não. Além do mais sua amiga está aí. Pergunte o que quiser a ela.
      Susan assentiu sorrindo forçadamente arrumando as panquecas no prato maior. 
       — Eu disse algo de errado?
       — Não, é só que ela se afastou de mim e, não sei porque. 
       — Se afastou? — Levantei as sobrancelhas —Kimberly estava debilitada e precisando de uma amiga, como assim se afastou, Susan? Me conta isso direito. 
      Ela me fitou e se aproximou segurando meu rosto.
      — Você sabe o quanto te amo, não é?
      — Sei. Também amo você — Também segurei seu rosto.
      — Ela nos culpa, nos culpou e culpou todo mundo pelo que aconteceu. Simplesmente se afastou, me repeliu como fez com todos. Eu tentei, Christian, mesmo e ainda tento, mas ela não me dar abertura. Não posso invadir sua privacidade causando seu ódio. 
      Susan se afastou quando ouvimos um barulho vindo da porta. Olhamos ao mesmo tempo na mesma direção. Kimberly estava lá parada olhando pra mim séria demais e depois pra Susan como se sentisse ciúmes. Não acredito que esteja pensando besteira. Susan é minha irmã. É como a Casey e ela mais do que todos sabe disso.
       — Podemos ir?

CASAMENTO FORÇADO  - FAMÍLIA WINSOR - LIVRO 2 (CHRISTIAN) Where stories live. Discover now