41 - CAPÍTULO

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💗🌼 KIMBERLY WINSOR 

    A volta pra casa foi tranquila e harmoniosa. Christian e eu conversamos com Sophie e autorizamos sua amizade com Nick novamente, desde que sejam apenas amigos. Sophie é sensata e sabe que não tem idade para namorar, já Nicholas, está longe disso diante da educação que recebera. Christian quer ficar de olho e tentar conversar com o menino de vez em quando, tentando criar um vínculo de confiança.
       Fui a ginecologista, desconfiada de uma possível gravidez o que me assusta e me faz lembrar do meu último bebê inocente. Christian nenhuma vez perguntou por ele desde que saiu do coma e não sei o motivo. Na época sofri tudo sozinha, pois ele não estava mais comigo. Já tem dias que confirmei a minha quarta gravidez e não contei a ninguém. Queria muito ter contado ao meu marido, mas tem algo que me faz hesitar e pirar toda vez que tento, não sei bem o que é, porém me faz muito mal e acabo lembrando de como sofri por ter perdido meu último bebê e meu marido ao mesmo tempo e de como evitei pensar neles presa em meu próprio mundo. Agora sinto que acontecerá de novo; como se outra Luísa atirasse no homem da minha vida e levasse também o meu bebê.
     Abri os olhos assustada e demorei para olhar em volta e constatar que estou na segurança do meu lar. Me rolei para o lado e deparei com meu marido me admirando. Não posso descrever o que seu olhar faz comigo, o que meu coração sente por ter voltado pra gente. Eu queria dizer o quanto o amo, mas tenho receio de me entregar e acontecer tudo de novo. Não estou pronta para perdê-lo novamente.
      — Não sei o que tanto pensa, mas tirarei essas ideias e imagens ruins do seu pensamento.

💙💪 CHRISTIAN WINSOR

       Pressionei meus lábios nos dela. O beijo começou delicado, nossos toques inocentes, mas tudo foi ficando intenso, era assim com a gente. As mãos dela foram parar dentro da minha camisa acariciando meu peito, meu abdômen. Gemi e tirei a vestimenta. Minhas mãos apertaram sua bunda e a pus no meu colo explorando seu pescoço e ombros nus.
      Quando fomos dormir, ela me evitou, pediu que eu dormisse de roupa e isso vem se perdurando por dias, não aguento mais não poder sentir minha mulher nos meus braços e seu corpo encaixado no meu.
       — Precisamos parar — Ela disse excitada com o rosto enterrado no meu pescoço.
        — Eu paro se você realmente não quiser. Diz não com firmeza que não irei em frente. 
        Beijei seu pescoço e a deitei na cama ficando por cima, mantendo todo o peso nos meus braços.
        — Diz, Kimberly. Está sendo assim há dias. Não sou de ferro. Te desejo demais. Eu quero você.
         — Eu não — Gemia — Não quero.
         — Ok — Tentei me levantar para ir ao banheiro, mas ela me puxou pela calça e começou a abrí-la e depois parou.
         — Por favor, Christian, não me torture mais.
         Me ajoelhei entre suas pernas e enquanto ela passava a mão pelo meu corpo, terminei de abrir a calça. Abaixei a boxer e a penetrei devagar que se encontrava mais excitada do que eu. Como se isso fosse possível, já que somos loucos um pelo outro.

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    Estacionei em frente ao estúdio onde ela trabalha. Não gosto que fique perto desse sócio. Ele não me inspira confiança, antes fosse ciúmes, todavia tem algo errado com esse Caio. Não sou de esquecer as coisas, principalmente as fisionomias das pessoas, porém o coma ferrou com a minha cabeça e além de eu ter dores de cabeça constantes, também ando me esquecendo de mínimos detalhes.
      Essa manhã percebi o quanto Kimberly estava tensa quando nos amamos. Ela é do tipo que se entrega, porém não estava nem um pouco receptiva que tive que conter minha vontade de amá-la mais vezes do que eu gostaria.
     Abri a porta para que ela saísse do carro. Faço isso todos os dias. Fiquei orgulhoso quando vi que tirou sua carteira de motorista e que escolheu um carro grande pensando na família. Geralmente a levo até a porta e vou embora, mas hoje quero algumas respostas.
       Os seguranças que meu irmão contratou são da minha inteira confiança. Não faço ideia o porquê de estarem aqui. Tudo isso virou um segredo de estado. Evito ao máximo pensar no que esse Caio aprontou. Ele certamente não me conhece.
     Kimberly me deu um selinho costumeiro e foi para a sua sala achando que eu iria embora. Passei o braço pelos seus ombros e ela se reteseou quando adentramos seu cubículo de paredes azuis piscinas, uma mesa e estante pequenas e duas cadeiras. A fitei que se acomodou rapidamente ao seu lugar nervosa.
     — Pintou as paredes com a mesma cor dos meus olhos?
     — Pra me lembrar de você a cada segundo —Fitou o chão.
      Sorri.
      — Quer alguma coisa? — Me encarou.
      — Sim. Quero contratar os serviços da melhor fotógrafa da província.
      Ela sorriu. Lindo sorriso que há muito tempo não vejo.
      — É mesmo? Eu sou a melhor?
      — Melhor fotógrafa, melhor mãe, melhor amiga, melhor confidente, melhor fazedora de boquete...
       — Christian? — Ficou vermelha.
       — Não terminei. Melhor dona da bocetinha do universo que amo chupar e que engole meu pau como ninguém. Melhor dona dos seios mais avantajados e perfeitos desse mundo todo.
        — Ai, meu Deus, Christian, pare com isso —Massageava o pescoço e lambia os lábios.
        — Ainda nem cheguei lá — Fui até a porta e a tranquei. A peguei pela mão e me sentei na cadeira a pondo sentada no meu colo de frente pra mim —Onde eu parei?
       — Por favor, não continue.
       Toquei em sua nuca a acariciando para que relaxasse.
       — Só relaxa, meu amor. Você está brava comigo? Fiz algo que não tenha gostado?
       — Eu... só preciso trabalhar. Você não tem que ir também?
       — Hoje não.
       Ela engoliu em seco e olhou rapidamente para a porta e depois pra mim e sua expressão era de pânico.
       — Me conta o que está acontecendo — Pus alguns fios de seus cabelos atrás da orelha e eles passearam pelos seus lábios — Você sabe que pode confiar em mim, não sabe?
      Ela não respondeu e continuou me fitando tentando buscar algo. Não sei o que tanto me esconde, mas a ajudarei no que for. Toquei novamente na sua nuca, deslizando os dedos pelo seu pescoço, ombro e ela continuava me encarando e seus olhos ficavam cada vez mais escuros. A beijei lascivamente que agarrou meu pescoço e depois começou a sugá-lo, beijando meu rosto sem parar e se remexendo sobre minha ereção. Estava descontrolada ou muito excitada. Não reconheci.
      — Me coloca pra dentro — Pedi rouco.
      Recebi um olhar de desejo enquanto me obedecia e seus olhos nem sequer vacilavam. Nos ajeitei e ela começou a se mover ainda me fitando e gozando ao mesmo tempo. A conheço como ninguém e sei que há algo de errado. Prendi meus dedos em seu pescoço e o apertei de leve e ela jogou a cabeça pra trás se segurando nos meus ombros. Lambi cada gota do seu suor e mordisquei o lóbulo de sua orelha. Investi mais rápido me segurando para não gozar esperando que o dela viesse primeiro. Ela me beijou e passou a subir e a descer devagar para meu desespero.
     — Não irei aguentar muito tempo.
     O orgasmo dela foi lindo como sempre e antes que eu pudesse escolher, Kimberly se ajoelhou e me pôs na sua boca me desvaziando sem desperdiçar uma só gota. Ela é a mulher mais sensual desse planeta e nunca mais vou perdê-la. A puxei para os meus braços e a beijei misturando nossos gostos. A prendi na parede e alisei seu bumbum, a virei de frente e me ajoelhei. Pus sua perna sobre meu ombro e passei a língua pelo clitóris inchado pela excitação e continuei lambendo, sugando tudo que ela tinha para me dar.  
    Tempos depois bateram na porta com fúria, mas os seguranças detiveram o empata foda. Observei Kimberly se ajeitar na sua calça social e prender os cabelos em um coque novamente. A interceptei e pus sua camisa de manga longa escura e larga e acariciei seu rosto. 
      — Não aguento mais ver o quanto está se destruindo tendo que mentir pra mim
       — Christian... — Seus olhos marejaram.
      Levantei a mão para que se calasse.
      — Nem se dê ao trabalho de pensar em mais alguma mentira, não te quero sofrendo, apenas pense em um modo de me falar a verdade; toda a verdade.
      Abri a porta e me deparei com Caio White. White?
     Droga. Não consigo lembrar dele.
     Ele entrou se achando o dono do lugar e fitando minha esposa de um jeito totalmente desrespeitoso que a fez se encolher. Me coloquei na frente dele a tirando de seu alvo.
      — O que faz no meu território? — Quase gritou totalmente raivoso.
      — Você se enganou — Rebati gritando mais alto — Onde minha mulher está, o território é meu.
       — Eu trabalho aqui — Diminuiu a voz quase a esganiçando.
      Pelo jeito ele está se sentindo intimidado. Sou bem mais alto e forte do que ele. Seria covardia se eu começasse a socá-lo. Ou talvez não.
       — Mas não na sala dela.
       — Só preciso esclarecer algumas coisas — Pôs as mãos nos bolsos suspirando.
       — Dê meia volta e use o maldito telefone. Você não tem passe livre aqui dentro.
       — Kimberly — Tentou virar a cabeça várias vezes, mas não deixei que a visse novamente —Você contou algo a ele?
      — O que ela teria que me contar?
      — Que está grávida.
      Sorri. O fato de eu não ter usado camisinha, de não ter nos protegido em nenhuma das nossas relações, foi exatamente para que viesse mais um rebento. Não posso imaginar como sofreu perdendo aquela criança. Não posso falar sobre isso porque não quero que sofra mais.
       — Como sabe que ela está grávida?
       — Ela me disse.
       Minha felicidade caiu por terra a baixo.
       — E por que ela te diria algo assim?
       — Porque ela quer ficar com você, mas terá um bebê nosso.
        Meu rosto se transformou e tudo que eu pensava era em matá-lo. Encurtei meus passos em fúria e me joguei sobre ele o derrubando no chão e o enchendo de socos, com mais fúria ainda, fechei minhas mãos em volta do seu pescoço com mais força que o normal bloqueando meus ouvidos e só me dei conta do que fazia quando os seguranças me tiraram de cima dele e Kimberly me abraçou, mas eu não a abracei de volta.
      Ela não o desmentiu. Só acredito no que ela me disser. A segurei pelos ombros e a beijei delicadamente.
       — Não quero mais que trabalhe com esse cara — Falei de olhos fechados — Eu vou matá-lo se olhar pra você daquele jeito de novo.
     Ela arregalou os olhos e pareceu pensar em uma resposta.
       — Eu não posso romper o contrato.
       — Eu pago o que for pra que não tenha que ficar perto dele.
       — Não é dinheiro. Jonathan me ajudou e no contrato ele especificou se for quebrado, o futuro profissional do outro será arruinado mais a perda de clientes.
        — Você acha que sou burro, não é?
       Ela abaixou a cabeça. As mentiras não acabam. Me virei para ele que limpava o sangue.
      — Irei ficar aqui dentro todos os dias, se quiser falar algo com ela, será na minha frente.
       — Irá permitir isso, Kimberly? Ele não é o seu dono.
       — É o seu último aviso. Se falar com ela outra vez fora do assunto de trabalho, você é um homem morto.
      Os olhos dele se esbugalharam e ele engoliu em seco várias vezes.
       — Não pode matar o pai do filho dela.
       — Você não é o pai — Vociferei segurando meu impulso violento — Isso não é verdade. Acredito nela.
        — Ela me desmentiu?
        — Minha mulher jurou que você não a tocou.
        — É uma frase ensaiada. Namoramos escondidos por algum tempo, até que você acordou e me tirou dela.
      Avancei sobre ele e Kimberly me segurou.
      — Por favor, deixe ele ir, Christian — Espalmou no meu peito e meu olhar de ódio era direcionado para o homem que achava que era meu rival — Não vale a pena.
      Bufei fervendo de ódio e a peguei pela mão a levando para a mesa. Me sentei e a puxei contra mim em um abraço apertado. Ela afagava meus cabelos, mas não dizia nada. Lambi seus lábios e suguei seu pescoço e ouvi o baque alto da porta que fora fechada violentamente. A deitei na mesa que tentou se levantar, porém a prendi com meus braços que me olhou em pânico. Estava assustada de verdade. Qual era o maldito problema? Estava óbvio, não é? Ela estava com o mesmo olhar das mulheres da minha organização de caridade que foram estupradas e agredidas pelos seus maridos.
       Não. Isso não pode ser verdade. Ela não. Meu anjo feiticeiro não pode... Não. Eu vou destroçar esse desgraçado lentamente saboreando os seus gritos.
      — Por favor, Christian, não faz isso.
      — Por que está com medo? Sou apenas eu. Não farei nada que não queira. Você me conhece mais do que eu mesmo.
      — Obrigada — Relaxou.
      — Amor não se agradece, devia saber disso.
      — Eu sei.
      — Acho que você não sabe — Falei entre dentes.
      A ajudei a descer e o telefone da mesa tocou.
      — Oi, hum, estou bem — Falava sem graça evitando meu olhar — Jonathan, o seu irmão Christian está aqui e bem, ele e o Caio se desentenderam - (...) - Não — Gritou com algo que Jon disse — Depois conversamos.
       Peguei o telefone da mão dela e a beijei na testa.
      — Você sabe o que está acontecendo, então me conta, agora — Apertei o botão do viva-voz.
      — Converse com ela, mano, tenha paciência.
      — É o que mais tenho. Converso com ela, que não me diz nada — A fitei — Não sei mais o que fazer. Me conta, Jonathan. É sobre o Caio, não é? Ele disse umas mentiras e ela não o desmentiu. Estou ficando louco com essa história que vou acabar matando esse cara. Aliás, irei torturá-lo e desmembrá-lo se ele se atreveu a tocar nela contra sua vontade. Me fala de uma vez o que ele fez.
      Kimberly desligou o telefone e começou a gritar.
       — Pare com isso, ficou louco?
       — Se acalma. Ainda não enlouqueci, mas irei se continuar me escondendo o que esse futuro cadáver fez com você.
       — Christian, por favor, esquece isso — Me abraçou — Eu preciso de você, preciso muito. Não faça nenhuma besteira. Promete? Por mim?
       Segurei seu rosto e a beijei.
       — Não, não prometo. Não me peça para inibir meu poder de proteger aqueles que amo. Esse não sou eu e você sabe. Eu vou atrás dessa história até as últimas consequências — A puxei para os meus braços que chorava — Não me implore nunca mais para não protegê-la. Eu tenho uma vaga ideia do que ele fez e te garanto, quando eu tiver 100% de confirmação, somente o espírito dele vagará por aí. Você é minha e ninguém se atreve a tocar no que é meu contra sua vontade.

CASAMENTO FORÇADO  - FAMÍLIA WINSOR - LIVRO 2 (CHRISTIAN) Where stories live. Discover now