5 - CAPÍTULO

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💙💪 CHRISTIAN WINSOR

    No salão, estávamos na mesa principal recepcionando os convidados que viam em fila nos cumprimentar. Evitei ao máximo olhá-la, mesmo sentindo seu olhar queimando sobre mim. Geralmente gosto quando as mulheres me olham, me desejam porque sei exatamente o quê esperar na cama, mas Kimberly era um mistério. Ela não me olhava com desejo. É inocente demais, aposto que nem sabe o quê acontecerá na nossa lua de mel. Não posso esperar os meses que faltam para que complete dezoito anos pra consumarmos esse casamento. Pretendo não machucá-la e tentar não forçá-la também, porém ela vai ter que querer. Me levantei incomodado com alguns olhares de primas nas quais já passei uma, duas noites, não lembro. Não sei qual é o problema delas que insistem em querer namorar sabendo que não prometo nada, que jogo limpo e deixo tudo às claras. Estou me casando e nem isso elas respeitam. Houve uma época em que acreditei veemente que Susan poderia ser a mulher que me consertaria, que me faria conhecer o amor, mas tinha um problema; ela sempre foi do meu irmão, nunca se entregou verdadeiramente por causa do que sentia por ele. Eu a quis quando éramos crianças, era muito inocente, depois na adolescência eu a queria pra mim e não era tão inocente assim e na vida adulta ela voltou e decidiu que queria o Jonathan e que lutaria por ele e eu finalmente entendi que eles pertenciam um ao outro independente do que isso significava. 
     Ofereci minha mão a minha noiva que sorriu e a pegou. Fomos para a pista de dança. Antes de chegarmos ao local, notei que ela olhou para meu irmão Jean.
       —  Pare de olhar pra ele — Ordenei entre dentes — Sei que já namoraram. Contenha-se, não pedirei duas vezes.
       Ela me olhava confusa.
       —  Depois que você for minha, que eu enjoar de você, pode ficar com ele como quer. 
      —  Foi ele quem me deixou porque descobriu que eu me casaria e que não fazia menção de desistir, não o contrário, então por que acha que irei querê-lo de volta?
      —  Se ele realmente for apaixonado por você, irá lutar, mas não agora, mas depois que nos separarmos — Minha voz parecia incomodada com cada palavra pronunciada.
        — Acho que não. Ele nem sequer se importou quando implorei por sua ajuda. Com certeza nunca me amou.
        —  Ele é conhecido por iludir as mulheres e depois as deixa sem um pingo de remorso.
         — E você?
         —  Deixo claro o quê quero e elas aceitam se quiserem. 
          É verdade. Jean é o mais pilantra de todos nós. Ele puxou ao nosso pai. Brendan e eu não tivemos muita sorte, pois saímos exatamente iguais àquele sádico, bom, somente na fisionomia. Brendan é totalmente desgarrado das pessoas, não se importa e não se deixa envolver por ninguém. Acho que a única pessoa que ele ama é a mãe. O outro irmão ele nem sequer faz questão de se dar bem, diferente de mim que fiz amizade com os meus por parte de mãe sem eles saberem quem eu sou. São bons meninos, principalmente a Kourtney que é centrada, ajuizada e trabalhadora. Vi e ri muito quando ela dispensou alguns moleques que a chamaram para sair. Ela disse que não está disponível até se formar. Ela tem uma ótima cabeça mesmo sendo tão novinha. Ela faz artes cênicas, disse que quer ser atriz no começo, mas depois pretende se aprimorar e chegar a direção. Tenho orgulho dessa menina. Tão nova e já sabe o quê quer da vida. Nossa amizade se fortalece a cada dia e, espero que me perdoe quando souber a verdade.
    Minha esposa me lembra das minhas irmãs. Todas são maduras e cuidam muito bem de si. Kimberly sofreu bastante e continuou de pé. Fiz todo um levantamento da sua vida. Aquele pai mercenário dela que ainda não decidi se devo dar um tiro no meio da sua testa ou dentro da sua boca, deixou que a filha com apenas 13 anos, assumisse a casa quando ele deveria ter feito isso e muito mais. Coisas ruins poderiam ter acontecido com ela nesse meio tempo e ele nem sequer se preocupou, a protegeu. Ele só tinha que desempenhar o simples papel de pai. O quão ridículo ele é?
       — Christian, não consigo fingir —Gaguejou me tirando dos meus pensamentos.
       —  O que quer dizer?
       —  Eu não sei porque estamos nos casando.
       — Você não sabe, mesmo? 
        Eu sei o quanto ela é ingênua pelos meus relatórios diários, mas conhecê-la e constatar os fatos é muito diferente. 
    — Por que não executou a dívida? 
    — Por que tenho motivos que não lhe dizem respeito. 
      A enlacei pela cintura que ficou rígida. Pus suas mãos sobre meus ombros que ficou mais tensa ainda. Iniciamos a dança nos encarando. É complicado e ao mesmo tempo fascinante ter pela primeira vez em meus braços uma mulher tão inocente, tão pura por dentro e por fora. Ela é tão ingênua, tão bondosa, realmente parece um anjo. Um anjo tentador.
      — Não quero que nada dê errado hoje. Não tô fingindo, mas também não precisamos de uma cena.
     — Vou tentar me comportar.
     — Ótimo. É o mínimo que peço.
     — Te agradeço por ter me ajudado a pagar as dívidas antigas, mas não sou obrigada a fazer mais nada.
    —  Eu não iria me casar com você quando paguei a dívida, pouco me importava com o quê lhe acontecesse, não era problema meu — Senti quando se retraiu. Óbvio que está surpresa por alguém falar nesse tom arrogante com ela. Esse sou eu e ela só viu metade — Todos meus amigos estão casando e preciso de alguém para me ajudar e ao mesmo tempo me satisfazer sexualmente a hora que eu quiser. Não tenho mais tanta disposição para selecionar as mulheres que vão para minha cama como antes e além do mais preciso de uma companheira para me acompanhar em eventos.
      —  Faço qualquer coisa, exceto dormir com você, não serei sua escrava sexual.
      Ah, você será. Por hora não quero assustá-la. Não terá graça pegá-la a força. A pele dela é muito macia, merece ser apreciada, cuidada, lapidada antes de receber todos os meus pecados. 
      —  É pra rir? Você acha mesmo que vou ficar casado para ter uma freira como esposa? — Sussurrei ao seu ouvido que estremeceu, a pele arrepiou e sua respiração se tornou irregular — Te comprei pra me servir sempre que eu quiser. Te tocar vai ser o menor dos seus problemas que fará tudo que eu mandar à risca e aí de você se quiser se rebelar.
       Ela se afastou engolindo em seco várias vezes. Olhei para suas mãos no meu peito, ela seguiu meu olhar e as tirou imediatamente. 
     — Se encostar um dedo em mim, eu grito—Ainda gaguejava com os olhos marejados.
    —  E acha mesmo que alguém vai ouvir, que vai socorrê-la? Que podem fazer algo contra mim? — Ri com escrutínio — Só me casei com você porque seu pai me garantiu que nunca esteve com nenhum outro homem. É tão raro conseguir uma virgem. Se for mentira, ele estará duplamente ferrado e amanhã acordará numa cama de hospital ou numa cova, ainda não decidi.
     Ela pôs a mão na boca com os olhos arregalados e algumas lágrimas caindo. Podem me chamar de machista que não ligo. Se ela quiser me salvar de mim mesmo, vai morrer tentando porque estou totalmente corrompido, pra mim só há o inferno, sou o pior dos pecadores. Já fiz tantas merdas, vi outras que nem meu irmão Jonathan sabe porque ele é bom demais pra isso.
     Brendan é como eu, vimos as mesmas coisas, crescemos e aprendemos a sermos homens com elas. Entendo porque ele tem esse coração gelado, também tenho, a única diferença é que não sei viver sozinho, viver sem meus irmãos e ele não gosta de estar com as pessoas. Ele tem mais merda do que eu dentro de si. Kimberly é linda, desejável e eu a quero embaixo de mim pelo tempo que eu quiser, mas é só. Depois ela poderá procurar seu rumo com a quantia generosa que lhe darei. Não fui feito para amar e ser amado. Meus pais estão aí pra provar. Ela não é a mulher que irá me trazer a tal sonhada redenção porque é tarde demais. Minha alma foi julgada e condenada anos atrás quando eu ainda era uma criança não tão inocente, graças ao Martin.
     — Você é um monstro, por acaso? Não pode machucá-lo, ele é meu pai. 
     —   É o quê veremos — Bufei alto e ela deu um pulo pra trás assustada — Pai de merda, isso sim — Falei próximo a sua boca — Me chame como quiser. Você querendo ou não, teremos nossa preciosa lua de mel.
     —  Se você me quiser, vai ter que ser a força. 
     — Não tenho problema nenhum com isso.
      Ela arregalou os olhos e mesmo assim continuou linda e inocente. 
     —  Você teria coragem de me forçar?
     —  Se colaborar, não farei nada que não queira.
     —  Eu estava feliz, sabia? Iria fazer minha faculdade e estava trabalhando como ajudante de professora infantil. 
    —  Você irá continuar, não vou lhe proibir de quase nada. 
    — Então, me deixe ir. Quero alugar um apartamento pra mim. Eu lhe pago aos poucos tudo que meu pai deve.
    — Não quero seu dinheiro e chega dessa conversa — Me alterei tentando não levantar a voz. Impaciência é o meu sobrenome. Voltei a falar com um tom mais suave — Eu lhe comprei e você irá me servir e satisfazer de todas as formas possíveis até eu enjoar.
    —  Nunca vou ser sua, não deixarei que me toque, nunca — Espalmou no meu peito tentando me afastar e a puxei com mais força a fazendo cambalear.
    — Você é minha, somente minha de hoje em diante — Sussurrei com meus lábios colados ao seu ouvido e mordi sua orelha sentindo a quentura do seu corpo — Na minha cama fará tudo que eu quiser, sem reclamar, terá que ser bem boazinha, obediente. Se me negar o quê é meu de direito, a tomarei à força. 
     — Eu... sou virgem — Se estremeceu tentando se soltar. 
     — Eu sei, amor. Esse é um dos motivos que estamos nos casando à moda antiga.
    Ela parou de dançar e me fitou.
    — Está se casando comigo por eu ser virgem?
     —  Achar mulheres lindas e virgens é uma raridade hoje em dia. Todas são fáceis demais. Eu pisco e uma cai aos meus pés. Não sou cego, tenho consciência do quanto sou bonito e do quanto as atraio. É um dom e uma maldição herdados do meu patriarca maquiavélico. Sou o clone perfeito dele.
     — Você não vai me ter em nenhum momento — Sussurou ao meu ouvido —Jamais serei sua. Você me dar ânsia,  não permitirei que encoste seus dedos nojentos e seu corpo em mim.
     Fechei os olhos por alguns segundos tentando me acalmar.
     —  Vou pegar uma bebida, não tem nem vinte e quatro horas que nos casamos e já quero te enforcar.
     — Como é? — Me empurrou.
     — Preciso relaxar. Não quero matá-la antes da nossa lua de mel — Toquei em seu queixo e fiz uma varredura minuciosa pelo seu rosto bonito enquanto ela me olhava atentamente— Você logo irá aprender que não sou um homem calmo e aí, sim, medirá suas palavras.
     Me afastei e quando estava bebendo uma taça de vinho, a observei que também não desgrudava seus olhares. De repente uma ex namorada grudou em meu pescoço, virei o rosto para que ela não me beijasse e a afastei.
     — Tá maluca, Luísa? — Me exaltei.
     — Tô com saudades. Quero ficar com você, gatinho — Bebeu do meu copo e se virou esfregando o bumbum em mim.
      — Luísa, pára com isso — A segurei pela cintura. Isso não ia ficar nada bonito porque ela sabe exatamente como me deixar louco de desejo — Esse é o meu casamento, será que não percebeu?
      — Por que se casou? Era para eu estar no lugar dela — Encarou Kimberly rapidamente e seriamente e depois se virou enlaçando os braços ao redor do meu pescoço — Você me ama?
       —  Você está bêbada ou o quê? Enlouqueceu?
        —  A gente está sempre junto, achei que uma hora se daria conta que me ama e que nos casaríamos.
        — A gente só trepa e é bom pra caralho te comer, mas é só, nunca passaremos disso porque sentimentos não existem. Você acha mesmo que eu teria orgulho de apresentar uma vadia feito você pra quem quer que seja como minha esposa?
        —  Você também é um puto — Se afastou irritada.
        —  Eu sou e não nego. Larga do meu pé, Luísa, de mim você não terá nada que não seja uma boa foda uma vez ou outra. Não se iluda porque não te amo, antes eu achava que era apaixonado por você porque era carente de amor e depois que a vi montada nele, gemendo igual uma louca do mesmo jeito que faz comigo, aquele sentimento que achei que pudesse crescer, simplesmente acabou — Dei de ombros. Aquilo nem me doeu que me dei conta que não haviam sentimentos algum — Fiquei machucado, porém por pouco tempo. Não amo você e nunca amarei, mete isso na sua cabeça maluca.
        —  É o quê veremos.
       Me puxou para dançar e me abraçou maliciosamente que a afastei brutalmente quase a derrubando. 
     — Seu grosso. Se não fosse tão lindo e gostoso, nem correria mais atrás de você. Quando se cansar da sua noivinha como das outras, me procura — Beijou o dedo e pôs sobre meus lábios.
       — Você é uma cachorra, Luísa. Te dei o quê queria ontem a noite, dá pra dar um tempo?
        —  Não posso, eu te amo.
        —  Sério que me ama? — Peguei o copo de sua mão quando ela assentiu — Faz algo por mim agora, então?
        — Hum — Colocou o dedo na boca me olhando lascivamente — Quer mesmo que eu te chupe aqui no seu casamento?
       — Se não quiser, pode ir.
       — Claro que quero — Se enlaçou no meu pescoço novamente seduzindo. Ela é muito boa nisso. A melhor que já tive — Faço tudo que você me pedir. 
         Ela estava pronta para me beijar e eu iria deixar porque depois ela me aliviaria, mas alguém tocou no meu ombro nos interrompendo. Me virei e sorri ao ver Natasha.
      —  Oi — Me beijou no rosto — Senti saudades.
      —  Cadê minha princesa que não a vejo desde da igreja?
      — Ela teve um acidente durante a cerimônia e a Camille está dando um jeito.
       —  A Camille, aquela... — Olhei para Luísa que se exaltava — Por que ela veio, irmãzinha?
       — Porque é prima do Christian, que pergunta — Revirou os olhos — Ah, e nossa também, caso tenha esquecido. 
      — Ela não é nossa prima, sua burra. O Martin é só seu padrinho — Se virou novamente pra mim — Christian?
      — Diga, Luísa — Minha voz era de cansaço. 
    Ver essas duas brigando acabava com a minha disposição. Natasha não sabe defender seu ponto de vista e Luísa sempre ganha nas discussões e brigas físicas.
       — Você não vai ficar com ela, não, né?
       —  Não vejo a Camille desde da adolescência, Luísa. E se eu ficar não será problema seu.
       Esse é o maior defeito dela. Sabe que odeio dar satisfações e mesmo assim, insiste.
       — Ela fez algo horrível com você. 
       — Éramos crianças.
       — Ela não merece nem que olhe pra ela.
        Passei a mão pelos cabelos olhando para um espelho. Sim, é verdade. E eu fiz muito pior com a Camille, então. 
        —  Não tô a fim de aturar seus ciúmes —Me virei para Natasha — Olha o quê a Casey fez no meu cabelo. Está horrível. Me ajude a tirar essa coisa.
         — Pra mim continua lindo — Uma voz feminina disse atrás de mim me abraçando pela cintura — Lindo e gostoso.
         Fitei Luísa que parecia que iria avançar em Camille que mexia em meus cabelos. Me virei e ela me beijou no rosto sedutoramente. Me afastei e ela sorria. Ela está muito mais bonita de quando era uma pirralha. Agora é um mulherão loiro de grandes olhos verdes, boca apetitosa, seios pequenos, porém bonitos e suas coxas continuam grossas em que um dia estiveram enroladas em volta de mim como uma gata selvagem.
        — Quanto tempo não nos vemos, não acredito que estou no seu casamento. Finalmente se apaixonou?
       — Não. É complicado.
       —  Gravidez?
        —  Não quero filhos.
        Camille fitou Natasha que fez o mesmo. Não entendi essas trocas de olhares. Qual é o problema?
        — Quero matar as saudades. 
        Sei que não devia ceder, mas ela estava me querendo e não resisti aos seus lábios. Ela colocou suas mãos dentro da minha camisa e me arranhou.
         —  Camille, aqui não. 
         — Tem um lindo jardim aqui vazio... - Propôs e eu sorri. Ela é igual a mim, sexualmente falando — É só uma foda, você sabe, sem sentimentos. Você cresceu, está uma tentação, um pecado ambulante. Aposto que sabe mil posições, mil maneiras de satisfazer uma mulher, de deixá-la destruída. 
         Pisquei dando meu melhor sorriso cafajeste confirmando sua teoria. 
       — Ele sabe muito mais, pena que você nunca saberá.  
        Camille deu uma risada debochada. Fitei Luísa que parecia que iria matá-la e partiu pra cima com Natasha a segurando. 
        — Fica longe dele, Camille, ele é meu.
        — Acho que você chegou meio tarde para isso — Riu piscando pra mim. 
        — Se você gostasse dele mesmo, teria esperado pra ser dele, ao invés de fazer suas safadezas com aquele professor de piano pedófilo que foi preso por sua culpa. 
        Jonathan me puxou para sua mesa, mas antes de nos aproximarmos, me parou. 
       — De nada por ter te afastado daquele harém. Sei que gosta. O que a Camille queria?
        — Relembrar os velhos tempos— Ri.
        —  E você vai?
        —  Com certeza. Já olhou pra ela? Está mais gostosa do que nunca. 
        Obviamente meu irmão não reparou como faz com todas que cruzam o seu caminho já que a dona dos seus olhos é Susan.
         — Christian, irmão, ela é doida. Você deixou que te beijasse no seu casamento, pirou? 
         Olhei para elas. Camille ria e depois se afastou de Luísa que a olhava como se planejasse sua morte. Natasha balançou a cabeça pra mim. Encarei Jonathan.
         —  Sua irmã não veio, não, né? Já tem três loucas no meu pé. 
        Ele me olhou feio.
        — Giulia está em casa sendo consolada pelo Alex. Ela não parou de chorar, de sofrer desde que soube que você se casaria.
        — Eu não queria fazê-la sofrer, mano. Pedi várias vezes pra não se apaixonar, pra terminarmos quando se sentisse desse jeito.
         — Ela se apaixonou antes de se envolver com você. Christian, você sabia, era óbvio demais.
        — Eu desconfiava. Ela é linda, sensual, não pude resistir, mas também fui sincero todo o tempo.
        — Então porque não cortou quando te pedi para não iludí-la mais?
        — Eu sou egoísta. Mantenho por perto aquelas que têm sentimentos por mim.
         — Não é justo com a minha irmã, Christian. 
        — Eu sei, vou me afastar, prometo.
        —  É o que eu espero, sinceramente. Bom e a Kimberly, sua esposa, nessa história toda, Christian? Seu harém te atacou na festa do seu casamento. 
        É verdade, me esqueci completamente da loirinha apetitosa. Depois resolvo as outras pendências. A avistei sentada à mesa do meu irmão e cunhada. Me olhava com mágoa. Fui até ela e ofereci minha mão para que dançássemos, que hesitou e Susan a convenceu. Era só o que me faltava. Fomos para a pista. Não sou esse tipo de homem; cavalheiro, gentil, atencioso, carinhoso e amoroso. Só existe uma única coisa que me interessa nas mulheres, se elas estão dispostas a me dar, faço bem feito, não vejo problema em repetir a não ser que não me impressione na cama.

CASAMENTO FORÇADO  - FAMÍLIA WINSOR - LIVRO 2 (CHRISTIAN) Where stories live. Discover now