34 - CAPÍTULO

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🌼💗KIMBERLY WINSOR

    Me olhei no espelho centenas de vezes, sem falar na quantidade de roupas que experimentei. Parece que não tenho nenhuma roupa. Sentei na cama frustrada quando o meu celular tocou. Era a Susan.  Ótimo. Uma ajuda agora cairia bem. Estou uma pilha de ansiedade. Decidi ter uma conversa séria com o Christian e contar tudo. Sem segredos e sem mentiras.
    Passei o dia com as minhas meninas e essa noite elas dormiram comigo. Sophie está encantada com a irmã e Anne parece feliz também. Não acredito que ela disse papai e o reconheceu sem ninguém dizer nada. Agora não sou mais cética a respeito da força do sangue. Durante os seus 10 meses de vida mais o tempo que ficou na minha barriga, falei dele e de Sophie sem parar, mostrei fotos, vídeos caseiros bobos e assim que o viu, o reconheceu imediatamente.
     Derek é exatamente idêntico ao seu pai, mas Anne sabe que ele é apenas seu tio e padrinho. Ela é muito esperta e especial.
      — Oi, Susan. 
      — Oi, amiga, você voltou e nem me disse.
      — Me desculpe. Resolvi na última hora.
      — Como você está?
      — No momento tentando achar uma roupa para jantar com o Christian.
       — O que? — Gritou animada — Me conta tudo.
     Resumi os últimos acontecimentos enquanto desarrumava as roupas na cama até que me joguei sobre elas e bufei.
      — O que aconteceu?
      — Não sei o que vestir.
      — Vai querer transar com ele de novo?
     Eu queria? Que pergunta. Claro que sim, o tempo todo. Virei ninfomaníaca, porém somente com ele.
      — Posso te ajudar com uma roupa íntima preta de renda. Ele vai enlouquecer.
      — Ok — Procurei e as beijei — E a roupa?
      — Tenho um vestido que tem um decote sensual nas costas e para um pouco acima do bumbum. Christian não vai conseguir tirar as mãos de você. É o que quer?
      — Sim. Oh, sim. 
      — Bom, meu amado está voltando da casa do irmão e peço pra ele levar até você...  — Fez uma pausa — Esse vestido não foi feito pra colocar sutiã e tenho um short fino pra pôr no lugar da calcinha, porém...
      — Você quer que eu fique sem roupa íntima? — Quase gritei — Nem pensar.
      — Imagina como seu marido vai subir pelas paredes sabendo que não poderá fazer coisas com você em público.
      — Eu não sei, Susan.
      — Kimberly, você tem esse poder de brincar um pouco com ele, aproveite e o faça se arrepender de não ter confiado no seu amor. É a sua chance.
      Talvez ela tenha razão. Eu quero que ele pense duas vezes antes de desconfiar de mim novamente e desejo que nenhum de nós dois permita que alguém chegue tão perto ao ponto de conseguir nos afastar pela segunda vez. Ele tem que compreender isso também. Não conseguirei sozinha.
       — Susan. Tive mais uma filha. Anne — Confessei — Ela tem 10 meses.
      — Pensei que tinha perdido.
      — Eu disse que era engano na época, mas menti.
      Ela ficou em silêncio,  mas ouvi sua respiração pesada.
      — É do Christian,  não é? — Não confirmei — Ah, meu Deus, Kimberly por que fez isso?
      — Fiquei com medo.
      — Mas ele te deu a guarda da Sophie e nunca entendi porque nunca a levou. A gente não podia falar sobre esse assunto com ela por perto mas achei que ela te atrapalhava, sei lá.
       — Meu pai mentiu pra mim. Ele ficou com o papel da guarda. Descobri agora.
        — E o que pensa em fazer?
        — Contarei a verdade para o homem que amo e quero fazer as pazes. Eu o quero de volta antes que outra o roube.
       Ela gargalhou.
       — Oh, mulher possessiva.
       — Você também é.
       — Preciso cuidar do que é meu.
       — Ainda bem que nos entendemos. 
      
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      Fui para o saguão do hotel com as meninas, pois meu cunhado as levará para a avó materna. Pedi que Susan contasse a verdade a ele que nesse momento parecia me reprovar pela atitude.
       — Não pensei, apenas agi para proteger minha filha — Falei rapidamente — Não me julgue.
      — Não estou fazendo nada.
      — Sei que ama demais o seu irmão e sente o mesmo que ele.
      — Te julgaria senão contasse a verdade.
      — Eu irei hoje.
      Ele sorriu amplamente.
      — Seja bem-vinda de volta.
      — Obrigada, Jon.
      — Me desculpe por ter desconfiado de você. Eu não tinha o direito de te julgar daquela maneira. Estava apenas defendendo o meu irmão, o bem estar dele como sempre fiz. Sinto muito. Eu devia ter te ajudado. Você foi a melhor coisa que aconteceu com ele. O amou apesar dos defeitos berrantes, o perdoou diversas vezes e agora torço pra que sejam felizes eternamente.
        — Eu também espero. Admiro o que vocês dois têm juntos. É especial e já perdoei, não se preocupe.
       Ele me deu um beijo na testa e me entregou o vestido.
       — Tenha uma ótima noite — Piscou. 
       — Obrigada.
       — Ele não diz, mas precisa muito de você, da família toda junta. Se você for capaz de perdoá-lo sinceramente, sejam felizes e não deixe mais ninguém se meter entre vocês.
      — Eu já o perdoei. Não sei viver sem ele e sem nossa família.
     O ajudei a colocar as crianças que dormiam nas cadeirinhas correspondente e me despedi com um beijo na testa.
      Antes de eu pensar em voltar para o hotel, Derek surgiu com suas malas e sorriu como se estivesse se despedindo.
      — Está indo embora pra aonde?
      — Não aguento mais ficar parado sem saber onde a minha Jacky está. Preciso encontrá-la antes que a matem.
      — Ah, a Jacky — Revirei os olhos.
      — Sim, a mulher da minha vida.
      Quem visse diria que estou enciumada, mas não era verdade. É apenas meu orgulho feminino porque ele se dizia apaixonado, mas foi só outra aparecer, que ele me esqueceu. Eu estava sozinha, então é compreensível.
      — Boa sorte.
      — Pra você também — Tocou no meu rosto — Eu gosto muito de você, então não deixe te machucarem de novo. Meu irmão é louco por você. Nunca o vi tão bobo por alguém antes.
      — Irei contar a verdade sobre a Anne.
      — Bom - Me abraçou — Seja feliz. Sua família é linda.
      — Espero que a Jacky te valorize.
      — Não será tão fácil. Ela é uma leoa e também têm coisas contra a gente, principalmente a dependência emocional dela pára com aquele monstro do pai. Enquanto ela não o ver como tal, nunca se livrará de tanta negatividade e maldade.
       — Ela disse que ama o Christian.
       — Porque ele não a ama, então essa é a forma mais eficiente de se proteger do verdadeiro sentimento e da reciprocidade. Ninguém nunca amou a minha Jacky como merecia e é por isso que ela me rejeita e não me deixa entrar,  porém mal sabe que já entrei.
       — Vocês transaram?
       Ele riu.
       — Jacky é virgem. Seu pai a criou para se entregar a um único homem; o seu bandido favorito. É por isso que preciso encontrá-la antes dele. Nenhum dos meus irmãos irão me ajudar depois do que ela fez com o Christian. Mais um pouco e ele estaria morto.
     Meu coração acelerou e doeu. Não quero pensar e nem lembrar disso. Se algo acontecesse com ele, eu morreria junto.
       — Adeus — O abracei.
       — Adeus. Cuide bem do meu irmão. Você sabe que terá que escolher entre seu pai e ele, então, o que vai ser?
        — Christian sempre, mil vezes.
        — Bom, ótima escolha.

CASAMENTO FORÇADO  - FAMÍLIA WINSOR - LIVRO 2 (CHRISTIAN) Where stories live. Discover now