CASAMENTO FORÇADO - FAMÍLIA...

By bigudinharainha

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Christian Winsor, homem controlador, possessivo, dominador, nada gentil, vai atrás do que quer sem se importa... More

CHRISTIAN CHARLES WINSOR
1 - CAPÍTULO
2 - CAPÍTULO
3 - CAPÍTULO
4 - CAPÍTULO
5 - CAPÍTULO
FOTOS DOS PERSONAGENS
SAGA FAMÍLIA WINSOR
6 - CAPÍTULO
AVISO
7 - CAPÍTULO
8 - CAPÍTULO
9 - CAPÍTULO
10 - CAPÍTULO
11 - CAPÍTULO
12 - CAPÍTULO
13 - CAPÍTULO
NOTA
14 - CAPÍTULO
15 - CAPÍTULO
16 - CAPÍTULO
17 - CAPÍTULO
18 - CAPÍTULO
19 - CAPÍTULO
20 - CAPÍTULO
21- CAPÍTULO
NOTA DA AUTORA
22 - CAPÍTULO
23 - CAPÍTULO
24 - CAPÍTULO
25 - CAPÍTULO
26 - CAPÍTULO
27 - CAPÍTULO
28 - CAPÍTULO
NOTA
PERGUNTE A AUTORA
29 - CAPÍTULO
30 - CAPÍTULO
FOTOS Das CRIANÇAS
31 - CAPÍTULO
32 - CAPÍTULO
33 - CAPÍTULO
34 - CAPÍTULO
35 - CAPÍTULO
36 - CAPÍTULO
37 - CAPÍTULO
NOTA
38 - CAPÍTULO
40 - CAPÍTULO
NOTA DA AUTORA
41 - CAPÍTULO
SAGA - FAMÍLIA WINSOR
42 - CAPÍTULO
NOTA
CAPÍTULO FINAL
NOTA
EPÍLOGO
SAGA DA FAMÍLIA WINSOR

39 - CAPÍTULO

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By bigudinharainha

  💙💪 CHRISTIAN WINSOR

    Quando amanheceu, sorri para o anjo de candura na minha cama. Linda e perfeita como se tivesse sido moldada especialmente pra mim. Ela me ajudou a mudar, amenizou minhas cicatrizes mais profundas, me amou me aceitando com os meus defeitos gritantes e, se a vida estava me dando uma segunda chance, irei viver da melhor maneira com certeza. Nunca mais ficarei longe dela.
      Quero levar as meninas na escola com minha mulher. Tomei uma ducha rápida e eficiente tentando não me demorar nas lembranças pelo jeito que fizemos amor depois de 3 anos. Não tinha mais como negar que ela ainda me ama, mesmo não tendo dito. A maneira como me tocou e me beijou, a denunciou. Entendo que esteja com medo. Preciso achar um jeito de dissipá-lo. Ela precisa de mim até mais do que eu pensava. Palavras são dispensadas quando o olhar revela tudo. 
     Fui eu quem pus aquela tristeza em seu olhar, então, sou o único capaz de tirá-lo. Ela só precisa acreditar, confiar que não irei embora de novo, que deixar nossa família não é uma opção. Quando enxergar que ela, Sophie e Anne são as mulheres da minha vida, será bem mais fácil entrar em seu coração novamente. 
     Prendi a toalha na cintura e peguei minha bengala que ainda me acompanharia durante alguns dias, pois meu equilíbrio está muito melhor assim como a minha fala. Me aproximei da cama obsevando o belo rosto feminino amassado pelo travesseiro e sorri ouvindo seu ressonar baixinho. Divina. Fiquei sobre ela tendo todo o cuidado para não acordá-la e sussurrei: "Minha", contra seus lábios que se encaixavam aos meus perfeitamente e logo ela correspondeu quando minha lingua encontrou a sua. 
      — Vou cuidar de você — Beijei seu rosto, seu pescoço e não precisei fazer mais nada, pois ela se abriu pra mim encaixando seu corpo ao meu.
      Eu não pretendia fazer amor com ela novamente, não desse jeito, não agora, mas não pude resistir ao seu corpo pequeno embaixo do meu. Foi ela quem me pôs para dentro enquanto eu mamava em seus seios grandes do jeito que eu gostava. 
      Seus dedos se remexeram por dentro dos meus cabelos um pouco grisalhos. Não posso cortar muito porque esse é o seu parque de diversões, onde ela aperta segurando um punhado, puxa e repuxa conforme sua excitação. Me movi lentamente e tomei seus lábios nos meus engolindo todos os seus gemidos. A fitei quando se apoiou em meus ombros e elevou os quadris começando a rebolar. Seu olhar também caiu no meu quando 1, 2 orgasmos a atingiu. Ela corou levemente e sorriu lindamente antes de fechar os olhos e sentir meu líquido escorrer por dentro da sua vulva.

     Coloquei uma calça jeans e uma camisa pólo preta enquanto ela me observava com fogo no olhar. Me inclinei sobre ela lhe dando um selinho  que sorriu de olhos fechados. 
      — Melhor nos apressarmos para buscarmos nossas filhas. Podemos comer todos na lanchonete, o que acha?
      Ela abriu os olhos piscando várias vezes e sorriu lindamente pra mim antes de me abraçar apertado. Ela estava se certificando de que eu realmente estava aqui. É a segunda vez essa manhã que faz isso. 
      — Não demoro — Saltou da cama nua e foi para o banheiro correndo um pouco enrusbecida por sua nudez.
      Agora estou de volta para ajudá-la de uma vez por todas a se curar desse complexo. Ela é linda, seu corpo é esplendoroso. Não há nenhuma razão pra se sentir feia. 
      Tive que manter todo o maldito autocontrole para não invadir o banheiro e fazê-la minha por toda a manhã. Quero também conversar sem ser acusado de algo que não tive culpa. Luísa acabou com a minha vida por 3 anos, sendo que acabei com a sua por mais de 15. Ela chegou perto de ser a mulher que eu tanto almejava secretamente, mas então ela se mostrou desequilibrada e patológica, porém ignorei por puro egoísmo, quando era somente eu que me satisfazia com nossa perversão. 
      Eu a reduzi a lixo e mesmo assim ela aceitou por obsessão. Seu amor era doentio, era nítido até pra quem não a conhecia e a usei cada vez mais piorando seu estado mental. Sou mais culpado do que ela. 
     Naquela noite eu poderia ter feito tantas coisas diferentes para ajudá-la, mas deixei a raiva e o medo me paralisarem. Não é daquele jeito que ajo, senão já a teria desarmado sem ferir ninguém. 
      Fui para a casa do meu irmão que auxiliava as crianças pequenas a se vestirem enquanto minha cunhada preparava o café. Dei um beijo na cabeça dela que sorriu.
      — Bom dia. Que sorriso é esse? Tá com cara de quem transou.
      Gargalhei. É isso que amo na Susan; ela não faz média com ninguém. Ela sempre foi a minha melhor amiga, a única com quem eu conseguia me abrir e que me conhece mais do que eu mesmo.
      — Ai, meu Deus — Apagou o fogão arregalando os olhos  — Me conta tudo, agora.
      — Claro que não. Além do mais sua amiga está aí. Pergunte o que quiser a ela.
      Susan assentiu sorrindo forçadamente arrumando as panquecas no prato maior. 
       — Eu disse algo de errado?
       — Não, é só que ela se afastou de mim e, não sei porque. 
       — Se afastou? — Levantei as sobrancelhas —Kimberly estava debilitada e precisando de uma amiga, como assim se afastou, Susan? Me conta isso direito. 
      Ela me fitou e se aproximou segurando meu rosto.
      — Você sabe o quanto te amo, não é?
      — Sei. Também amo você — Também segurei seu rosto.
      — Ela nos culpa, nos culpou e culpou todo mundo pelo que aconteceu. Simplesmente se afastou, me repeliu como fez com todos. Eu tentei, Christian, mesmo e ainda tento, mas ela não me dar abertura. Não posso invadir sua privacidade causando seu ódio. 
      Susan se afastou quando ouvimos um barulho vindo da porta. Olhamos ao mesmo tempo na mesma direção. Kimberly estava lá parada olhando pra mim séria demais e depois pra Susan como se sentisse ciúmes. Não acredito que esteja pensando besteira. Susan é minha irmã. É como a Casey e ela mais do que todos sabe disso.
       — Podemos ir?

       — Bom dia, amiga. Dormiu bem?

        Susan estava toda sem graça. Jamais a vi desse jeito. Ela não olhava para a minha mulher que nem fazia questão.

       — Sim, obrigada — Respondeu me olhando e depois me deu um selinho sorrindo fingido — Vamos, amor?
       Amor? Ela estava marcando território? Não entendo o motivo. Me virei para meu irmão que se aproximava levantando as sobrancelhas entendendo a situação. 
       Abracei Susan que se agarrou a mim como quem precisasse realmente ser amparada.
       — Vou falar com ela — Passei a mão pelos seus cabelos e lhe dei um beijo na testa — Não fique assim. Logo você terá sua melhor amiga de volta.
   
          ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●

       — O que foi aquilo? — Indaguei dando partida no veículo — Você sabe que a Susan é casada com o Jonathan e o ama, não sabe?
        — Óbvio que sei, que pergunta estúpida — Revirou os olhos irritada.
       — Se tem algo para dizer, diga.
      Um silêncio se formou entre nós durante uma eternidade até que ela o quebrou. 
       — Não gosto do jeito como vocês ficam juntos. Não tinha necessidade de abraçá-la e beijá-la.
       — Não estou entendendo. Como ficamos juntos?
       — Você sabe.
       — Não, eu não sei — Bufei — Mas gostaria muito de saber.
      Suas mãos se cruzaram em seu colo nervosamente. 
       — Por favor, Christian, vocês já ficaram juntos uma vez, eu li o livro dezenas de vezes, aliás. Não tinha necessidade dela fazer aquilo com o homem que dizia amar.
       Encostei o carro e a encarei que espumava de raiva.
       — O que foi que ela fez na sua opinião?
       — Foi extremamente detalhista expondo a intimidade de vocês 2, sabendo que o Jon iria ler. Ela poderia apenas ter subentendido. 
      — Susan não é falsa. É a pessoa mais verdadeira que conheço. Não vi nada demais no que estava escrito. Foram exatamente daqueles jeitos que aconteceram as coisas entre nós.
      Mal proferi as palavras quando um enxurrada de lágrimas invadiu o rosto dela. 
      — Me leva pra casa — As limpou fervorosamente. 
      — Feiticeira, pára com esse ciúme que não tem razão de ser — Tentei tocá-la que se afastou.
       — Não. Só quero ir pra casa. 
       — Estamos conversando. 
       — Não quero mais conversar — Gritou.
       — Não seja infantil, Kimberly. 
      Sem esperar, ela me deu uma tapa e a encarei ameaçador. 
       — Não faça mais isso para o seu próprio bem. 
       — Por que, vai me bater?
       — Claro que não. 
       — E se eu fizer, o que fará?
       — Só não faça mais — Respondi entre dentes.
       — Claro.
      Ficamos medindo nossos olhares e ela me esbofeteou novamente. 
      — Deveria ter se casado com ela já que é a única pessoa sincera que você conhece — Explodiu.
      — Já chega — Desliguei o motor e travei as portas — Eu te avisei.
      A peguei e a pus no meu colo que gritou pelo susto e agressividade.
     — Vou dar o que você quer que logo ficará mansinha — Minha mão invadiu seu decote — Entenda de uma vez que Susan é como uma irmã. Transamos sim há muitos anos quando achávamos que poderíamos ir além do que sentíamos. Sempre a desejei e a tive em meus braços como eu queria, mas não foi o mesmo porque o desejo havia acabado, mas a culpa ficou quando vi a dor nos olhos do meu irmão. Tentei me enganar quando sabia que ele sempre a amou. Fui egoísta e egocêntrico quando era dele que ela precisava naquele dia. Eu não os ajudei porque a queria só pra mim. E pra que? Pra matar uma coisa boba que mal existiu — Amparei seu rosto que caía para o lado e ela me encarou — Ela nunca teve amigas porque elas queriam meu irmão e usavam a Susan pra isso, até Giulia a usou para ajudar a amiga Elisabeth. Você é a única amiga que ela tem e que teve na vida. 
       — A Tracey também é amiga dela — Rebateu de olhos fechados. 
       — Sim, mas ela te ama bem mais e você sabe muito bem. Você foi a primeira amiga que ela teve. A amizade de vocês é especial. Pare com isso. Não a magoe por ciúmes bobos.
       — Já a defendeu? — Me encarou raivosa.
       — Não dá pra conversar com você, não é?
       — Não quando você faz questão de defender outra mulher com quem já trepou e por quem foi apaixonado. Não sou cega, Christian, vi o jeito que a olhou agora há pouco.
       — Tá de brincadeira?
       — Por que a tocou de novo e a todo momento?
     Deus, me dê paciência para não dar umas palmadas nesse bumbum redondo. 
        — Minhas palavras pára com você acabaram. Terei que agir de outro jeito então. 
      Minha mão atingiu sua intimidade e ela arfou. Segurei com força sorrindo sentindo-a estremecer. Meus dedos a penetraram delicadamente e ela gemia contra o meu pescoço sem nenhum controle. A deitei no banco e com um pouco mais de dificuldade, consegui ficar mais ou menos como eu queria. Pus suas pernas sobre meus ombros e apertei seus seios de leve e passei a língua pela sua xana depilada e cheirosa, introduzi um dedo e depois a língua em seu interior.  
       — Gostosa. 
       — Ai, Christian, eu vou...
       — Não vai mesmo — Voltei ao meu lugar ignorando minha vontade de fazê-la gozar — Esse será o seu castigo — Pisquei com um sorriso perverso adorando a reação dela, ou melhor, nem reação tinha de tão chocada — Agora, se ajeita que estamos indo pra casa.
       — Idiota — Praguejou.
       Gargalhei bem alto e ela ficou mais irritada.
       — Realmente eu sou, só que apenas seu, meu amor. E irei eliminar esses seus ciúmes na base do "sem gozo". Se prepare porque a cada crise, será menos uma chance de gozar na minha boca quantas vezes quiser, então pondere-se.
      — Você não pode fazer isso. Não é justo.
      — Eu posso e vou. Será que ainda não entendeu que seus orgasmos, seus gemidos são todos meus?
     Vi quando disfarçou um sorriso e depois se virou para a janela.

         ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●

    Mal abri a porta e Anne se jogou em meus braços com Sophie vindo atrás.
     — Papai, você voltou — Anne perguntou brincando com meu nariz.
     — Vai voltar a morar aqui? — Sophie indagou séria.
     — Sim, princesas. 
     Sophie se afastou e fez uma expressão horrenda se dirigindo a mãe que não gostei nem um pouco. 
     — Voltou por ela? E nós?
     — Voltei por vocês, Sophie — Segurei Anne com mais força que se agarrava a mim.
     — Não acredito. Você ama muito mais sua mulher do que a mim. Por isso a Luísa te deu o tiro. Ela estava obcecada porque o seu amor não era dela. 
       — Quem te contou isso?
       — Eu sei — Pegou a mochila e a campainha tocou — É o Nick. Ele veio me buscar. 
       Passei na frente dela e o menino entrou.
       — Oi, tio Christian — Me abraçou brevemente sorrindo — Bem vindo de volta.
       — Já que está aqui, você também irá no carro conosco.
       — Não, a gente vai andando — Sophie informou desafiadora.
      — Você pediu permissão?
      — Eu não preciso do mesmo jeito que você veio pra cá e que ela foi passar a noite com você — Olhou mais uma vez para a mãe com raiva — Nick é meu namorado e sou dona do meu nariz e farei tudo com ele exatamente como vocês fazem.
     Cerrei os punhos fechando os olhos. Sophie está testando a minha paciência como nunca fez antes.  Se eu fosse o meu pai... Abri os olhos. Não, jamais faria nada do que aquele monstro fazia com nenhuma delas. Sou diferente. Não sei o que está acontecendo entre ela e a mãe. Tenho que entrar e saber de todos os passos de cada uma, antes que seja tarde.
      — Entre no carro agora — Falei rígido como jamais fui e ela recuou cautelosamente — São 7:02, vocês entram na escola às 8:00, se até às 7:03 você não estiver dentro daquele maldito veículo, ficará a semana toda de castigo que eu e a sua mãe Kimberly decidiremos. Pense duas vezes antes de falar desse jeito conosco e de mencionar a sua mãe como se ela não fosse nada — Olhei para o relógio — Você tem 20 segundos. É melhor se apressar.
     Sophie bufou e puxou Nick consigo. De soslaio vi Kimberly secar uma lágrima e respirar aliviada. Não imagino o que possa ter passado sozinha, sem ajuda de ninguém. Pelo que meu irmão me disse, ela afastou as pessoas. Anne fez um sinal de positivo rindo e correu para o carro quando a pus no chão. Fui até minha esposa e a abracei que desabou em meus braços. 
       Meu Deus, Sophie ainda vai fazer 10 anos. Como pode estar tão rebelde?
      — Você não está mais sozinha e nunca mais estará. Irei conversar com ela. 
      Fomos para o veículo e vi Nick segurar o rosto de Sophie e se inclinar para beijá-la que fechava os olhos. Apressei os passos e bati na janela e ele se assustou a soltando. Entrei junto com a minha mulher que me olhava perdida.
       — Vamos conversar nós 4 e depois apenas nós 2, mocinha — Ela revirou os olhos — Agora não adianta falar com você. 
       Teimosa igual a mãe.

      Puxei Sophie para o meu lado na lanchonete em que entramos e nos acomodamos. Anne se sentou do outro lado e notei Nick olhando hipnotizado para os lábios da minha filha. Sei que ele acha normal namoro nessa idade porque está sendo criado assim, mas minha filha não é esse tipo de menina que ele está acostumado. 
      — Com quem você está morando, Nick?
      — Com a minha mãe - Me fitou sem graça sendo pego no flagra.
      — E o seu pai?
      — Ele se casou e a esposa não me quer por perto. Tenho uma irmãzinha agora.
      — Sei. Você por acaso beijou a minha filha antes?
      Ele abaixou a cabeça e encarei Kimberly que ficou tão perplexa quanto eu.
      — Eu pedi — Sophie confessou.
      — E o que mais você pediu? — A encarei que arregalou os olhos assustada — Pelo amor de Deus, Sophie, você tem 9 anos e não 19. Tem ideia das consequências dos seus atos?
      — O que quer dizer?
      — Que será duplamente vigiada em qualquer lugar e o seu amigo não poderá se aproximar de você outra vez porque vocês perderam minha confiança. 
      — Eu não a toquei, tio Christian, não como se toca em uma mulher adulta — Nick disse atropelando as palavras — Ela só tem 9 anos e eu acabei de fazer 11. Nunca fiz nada do que está achando. Respeito a Sophie. Respeito muito. 
      — Mas a beijou, isso é respeito?
      — Por que você não estava aqui — Sophie gritou chorando — Você me deixou sozinha e ela... — Apontou pra mãe — Nem sequer falava em você ou tocava no seu nome. Eu precisava de alguém,  precisava de você. Eu estava sofrendo e ninguém ligava, se importava.
     A puxei para o meu colo e a abracei apertado.
     — Eu nunca quis ir embora. Nunca quis deixar vocês. Sinto tanto, princesa. Lutei pra voltar pra vocês. Sua mãe sofreu muito e se expressou de uma maneira que não a deixasse pior, pois ela ainda precisava cuidar de vocês duas. Se coloque no lugar dela. 
      Ela soluçava cada vez mais alto que as pessoas do ambiente nos olhavam. Kimberly se emocionou e afagou os cabelos dela.
       — Eu não devia ter sido uma filha má — Fitou a matriarca — Só pensei que minha mãe não te quisesse mais e que você só amava ela e que não seríamos mais uma família. 
       — Amo todos vocês. Iremos voltar a ser uma família de novo e nunca mais iremos nos separar. 
       — Promete?
       — Prometo. Eu te amo, princesinha.
       — Também te amo, pai.
       Puxei as 3 mulheres da minha vida para um abraço coletivo.

     Depois do café da manhã reforçado que tomamos na lanchonete, deixamos as crianças na escola e a levei para o trabalho que enrijeceu quando um homem que tenho certeza que já vi antes, entrou no prédio pequeno. Estou muito orgulhoso dela ter se levantado sem ajuda. Sem falar no ótimo trabalho que está fazendo com nossas pequenas. Ainda não entrei no assunto sobre namoro. Não sei se ela deu alguma chance para alguém. Porém, se permitiu a isso, essa pessoa não sabe com quem está se metendo. Ela é minha e homem nenhum vai tocá-la.
      — Que horas posso passar pra te buscar?
      — Lá pelas 16 h — Desviava o olhar para o prédio com a postura meio encolhida.
      Tirei o cinto e me inclinei sobre ela a beijando sem pudor que afagava meus cabelos carinhosamente. 
       — Eu te amo, feiticeira — Passei os dedos pelos seus lábios — Não há nada nesse mundo em que você não possa me dizer.
       Quando pensei em provar mais dos seus beijos apaixonados, o cara que vi entrar no tal prédio bateu na janela do passageiro parecendo irritado. Desci com ela segurando sua mão e ela sorriu pra mim. Encarei o rapaz moreno de olhos verdes que me estudava raivoso e olhava para ela com ternura. Filho da puta, desgraçado. Eu vou matá -lo.
       — Christian, esse é o meu sócio Caio. 
      O fuzilei com o olhar que se fez de superior e depois de uma década, estendeu a mão para me cumprimentar. O ignorei e abracei minha esposa e colei nossos lábios por alguns segundos. 
       — Não hesite em me ligar se precisar de qualquer coisa. Pus meus número novo no seu celular e até baixei aquele aplicativo de conversa para que nos falemos sempre.
        — Que fofo — Me deu um selinho demorado —Vou mandar uma mensagem então mais tarde.
       Cumprimentei o tal Caio com o meneado da cabeça e com os olhos semicerrados soando bastante ameaçador. Não sei de onde o conheço, mas algo me diz que não é nada bom. Além do mais ele está afim da minha mulher. Isso não vai prestar. Eu mudei, mas não tanto. Ainda sou perigoso e sei matar e torturar como ninguém. É ele quem deve tomar cuidado porque se pensar em olhar pra minha mulher mais uma vez daquele jeito, não hesitarei em cortar sua garganta sem nenhum remorso. Na verdade nunca tive. Uma vida pra mim não vale muita coisa quando a pessoa não presta.

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