CASAMENTO FORÇADO - FAMÍLIA...

By bigudinharainha

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Christian Winsor, homem controlador, possessivo, dominador, nada gentil, vai atrás do que quer sem se importa... More

CHRISTIAN CHARLES WINSOR
1 - CAPÍTULO
2 - CAPÍTULO
3 - CAPÍTULO
4 - CAPÍTULO
5 - CAPÍTULO
FOTOS DOS PERSONAGENS
SAGA FAMÍLIA WINSOR
6 - CAPÍTULO
AVISO
7 - CAPÍTULO
8 - CAPÍTULO
9 - CAPÍTULO
10 - CAPÍTULO
11 - CAPÍTULO
12 - CAPÍTULO
13 - CAPÍTULO
NOTA
14 - CAPÍTULO
15 - CAPÍTULO
16 - CAPÍTULO
17 - CAPÍTULO
18 - CAPÍTULO
19 - CAPÍTULO
20 - CAPÍTULO
21- CAPÍTULO
NOTA DA AUTORA
22 - CAPÍTULO
23 - CAPÍTULO
24 - CAPÍTULO
25 - CAPÍTULO
26 - CAPÍTULO
27 - CAPÍTULO
28 - CAPÍTULO
NOTA
PERGUNTE A AUTORA
29 - CAPÍTULO
30 - CAPÍTULO
FOTOS Das CRIANÇAS
31 - CAPÍTULO
32 - CAPÍTULO
33 - CAPÍTULO
35 - CAPÍTULO
36 - CAPÍTULO
37 - CAPÍTULO
NOTA
38 - CAPÍTULO
39 - CAPÍTULO
40 - CAPÍTULO
NOTA DA AUTORA
41 - CAPÍTULO
SAGA - FAMÍLIA WINSOR
42 - CAPÍTULO
NOTA
CAPÍTULO FINAL
NOTA
EPÍLOGO
SAGA DA FAMÍLIA WINSOR

34 - CAPÍTULO

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By bigudinharainha

🌼💗KIMBERLY WINSOR

    Me olhei no espelho centenas de vezes, sem falar na quantidade de roupas que experimentei. Parece que não tenho nenhuma roupa. Sentei na cama frustrada quando o meu celular tocou. Era a Susan.  Ótimo. Uma ajuda agora cairia bem. Estou uma pilha de ansiedade. Decidi ter uma conversa séria com o Christian e contar tudo. Sem segredos e sem mentiras.
    Passei o dia com as minhas meninas e essa noite elas dormiram comigo. Sophie está encantada com a irmã e Anne parece feliz também. Não acredito que ela disse papai e o reconheceu sem ninguém dizer nada. Agora não sou mais cética a respeito da força do sangue. Durante os seus 10 meses de vida mais o tempo que ficou na minha barriga, falei dele e de Sophie sem parar, mostrei fotos, vídeos caseiros bobos e assim que o viu, o reconheceu imediatamente.
     Derek é exatamente idêntico ao seu pai, mas Anne sabe que ele é apenas seu tio e padrinho. Ela é muito esperta e especial.
      — Oi, Susan. 
      — Oi, amiga, você voltou e nem me disse.
      — Me desculpe. Resolvi na última hora.
      — Como você está?
      — No momento tentando achar uma roupa para jantar com o Christian.
       — O que? — Gritou animada — Me conta tudo.
     Resumi os últimos acontecimentos enquanto desarrumava as roupas na cama até que me joguei sobre elas e bufei.
      — O que aconteceu?
      — Não sei o que vestir.
      — Vai querer transar com ele de novo?
     Eu queria? Que pergunta. Claro que sim, o tempo todo. Virei ninfomaníaca, porém somente com ele.
      — Posso te ajudar com uma roupa íntima preta de renda. Ele vai enlouquecer.
      — Ok — Procurei e as beijei — E a roupa?
      — Tenho um vestido que tem um decote sensual nas costas e para um pouco acima do bumbum. Christian não vai conseguir tirar as mãos de você. É o que quer?
      — Sim. Oh, sim. 
      — Bom, meu amado está voltando da casa do irmão e peço pra ele levar até você...  — Fez uma pausa — Esse vestido não foi feito pra colocar sutiã e tenho um short fino pra pôr no lugar da calcinha, porém...
      — Você quer que eu fique sem roupa íntima? — Quase gritei — Nem pensar.
      — Imagina como seu marido vai subir pelas paredes sabendo que não poderá fazer coisas com você em público.
      — Eu não sei, Susan.
      — Kimberly, você tem esse poder de brincar um pouco com ele, aproveite e o faça se arrepender de não ter confiado no seu amor. É a sua chance.
      Talvez ela tenha razão. Eu quero que ele pense duas vezes antes de desconfiar de mim novamente e desejo que nenhum de nós dois permita que alguém chegue tão perto ao ponto de conseguir nos afastar pela segunda vez. Ele tem que compreender isso também. Não conseguirei sozinha.
       — Susan. Tive mais uma filha. Anne — Confessei — Ela tem 10 meses.
      — Pensei que tinha perdido.
      — Eu disse que era engano na época, mas menti.
      Ela ficou em silêncio,  mas ouvi sua respiração pesada.
      — É do Christian,  não é? — Não confirmei — Ah, meu Deus, Kimberly por que fez isso?
      — Fiquei com medo.
      — Mas ele te deu a guarda da Sophie e nunca entendi porque nunca a levou. A gente não podia falar sobre esse assunto com ela por perto mas achei que ela te atrapalhava, sei lá.
       — Meu pai mentiu pra mim. Ele ficou com o papel da guarda. Descobri agora.
        — E o que pensa em fazer?
        — Contarei a verdade para o homem que amo e quero fazer as pazes. Eu o quero de volta antes que outra o roube.
       Ela gargalhou.
       — Oh, mulher possessiva.
       — Você também é.
       — Preciso cuidar do que é meu.
       — Ainda bem que nos entendemos. 
      
             <><><><><><><><><><><><><><><>

      Fui para o saguão do hotel com as meninas, pois meu cunhado as levará para a avó materna. Pedi que Susan contasse a verdade a ele que nesse momento parecia me reprovar pela atitude.
       — Não pensei, apenas agi para proteger minha filha — Falei rapidamente — Não me julgue.
      — Não estou fazendo nada.
      — Sei que ama demais o seu irmão e sente o mesmo que ele.
      — Te julgaria senão contasse a verdade.
      — Eu irei hoje.
      Ele sorriu amplamente.
      — Seja bem-vinda de volta.
      — Obrigada, Jon.
      — Me desculpe por ter desconfiado de você. Eu não tinha o direito de te julgar daquela maneira. Estava apenas defendendo o meu irmão, o bem estar dele como sempre fiz. Sinto muito. Eu devia ter te ajudado. Você foi a melhor coisa que aconteceu com ele. O amou apesar dos defeitos berrantes, o perdoou diversas vezes e agora torço pra que sejam felizes eternamente.
        — Eu também espero. Admiro o que vocês dois têm juntos. É especial e já perdoei, não se preocupe.
       Ele me deu um beijo na testa e me entregou o vestido.
       — Tenha uma ótima noite — Piscou. 
       — Obrigada.
       — Ele não diz, mas precisa muito de você, da família toda junta. Se você for capaz de perdoá-lo sinceramente, sejam felizes e não deixe mais ninguém se meter entre vocês.
      — Eu já o perdoei. Não sei viver sem ele e sem nossa família.
     O ajudei a colocar as crianças que dormiam nas cadeirinhas correspondente e me despedi com um beijo na testa.
      Antes de eu pensar em voltar para o hotel, Derek surgiu com suas malas e sorriu como se estivesse se despedindo.
      — Está indo embora pra aonde?
      — Não aguento mais ficar parado sem saber onde a minha Jacky está. Preciso encontrá-la antes que a matem.
      — Ah, a Jacky — Revirei os olhos.
      — Sim, a mulher da minha vida.
      Quem visse diria que estou enciumada, mas não era verdade. É apenas meu orgulho feminino porque ele se dizia apaixonado, mas foi só outra aparecer, que ele me esqueceu. Eu estava sozinha, então é compreensível.
      — Boa sorte.
      — Pra você também — Tocou no meu rosto — Eu gosto muito de você, então não deixe te machucarem de novo. Meu irmão é louco por você. Nunca o vi tão bobo por alguém antes.
      — Irei contar a verdade sobre a Anne.
      — Bom - Me abraçou — Seja feliz. Sua família é linda.
      — Espero que a Jacky te valorize.
      — Não será tão fácil. Ela é uma leoa e também têm coisas contra a gente, principalmente a dependência emocional dela pára com aquele monstro do pai. Enquanto ela não o ver como tal, nunca se livrará de tanta negatividade e maldade.
       — Ela disse que ama o Christian.
       — Porque ele não a ama, então essa é a forma mais eficiente de se proteger do verdadeiro sentimento e da reciprocidade. Ninguém nunca amou a minha Jacky como merecia e é por isso que ela me rejeita e não me deixa entrar,  porém mal sabe que já entrei.
       — Vocês transaram?
       Ele riu.
       — Jacky é virgem. Seu pai a criou para se entregar a um único homem; o seu bandido favorito. É por isso que preciso encontrá-la antes dele. Nenhum dos meus irmãos irão me ajudar depois do que ela fez com o Christian. Mais um pouco e ele estaria morto.
     Meu coração acelerou e doeu. Não quero pensar e nem lembrar disso. Se algo acontecesse com ele, eu morreria junto.
       — Adeus — O abracei.
       — Adeus. Cuide bem do meu irmão. Você sabe que terá que escolher entre seu pai e ele, então, o que vai ser?
        — Christian sempre, mil vezes.
        — Bom, ótima escolha.

     Dei várias voltas no espelho e especulei qual penteado exceto o coque seria o ideal que deixasse minhas costas nuas a mercê daquelas mãos fortes, despudoradas. Balancei a cabeça desvinuando tais pensamentos. Tenho que parar de pensar em sexo toda hora. Também acho que não posso porque ele é pura luxúria. Quando nossos corpos se encontram, pegam fogo.
      De repente me senti quente e excitada mais do que o normal. Me vejo cavalgando nele a noite toda. Isso não pode ser saudável.
     Resolvi fazer um rabo de cavalo no meio da cabeça. Como meu cabelo está curto, ficou ótimo.
     O vestido azul escuro ficou perfeito. Hesitei, mas tirei a calcinha e a coloquei na bolsa pequena quando dei uma olhada na mensagem de Christian.
     "Tô com um problema, vou atrasar alguns minutos."
     Droga. Joguei o aparelho dentro da bolsa totalmente irritada. Mais um segundo de raiva, cancelaria esse jantar. Ok. Sem estresse. Saí do quarto e quase me choquei com o meu pai que entrava no mesmo.
      — Aonde vai? — Me olhou de cima a baixo irritado.
      — Jantar com o meu marido.
      — Sei. E o Derek?
      — Foi embora.
      — É. Não devia ter confiado nele, um Winsor — Cuspia as palavras com nojo.
      — Não entendo porque está com tanta raiva do Christian assim do nada.
      — Eu o odeio desde daquele dia do jogo e mais ainda pela humilhação do casamento.
       — Tudo bem, pai. Não quero brigar.
       — Você tinha que me ajudar na minha vingança...
      O telefone da recepção tocou e corri para atender.
      — Senhora Winsor? Seu marido está a sua espera no saguão.
      — Obrigada. Diga a ele que estou descendo.
       Desliguei e peguei minha bolsa.
       — Então é isso? Vai dar a ele o mesmo poder de antes?
       — Eu o amo e gostaria que entendesse isso. Já não me machucou o bastante escondendo a transferência de guarda da minha filha? Espero que sua vingança tenha valido a pena.
      — Não valeu porque você não o odeia.
      — Jamais o odiarei. 
     Respirei fundo e fui para o elevador. Essa convivência teria que ter um fim. Está insuportável. Não irei permitir que faça mal ao pai das minhas filhas.  Nunca. Por enquanto não achei nada nas coisas do meu pai a respeito do meu marido e pelo que percebi, Derek também não encontrou nada suspeito.
      Sempre convivi mais com um pai bêbado do que sóbrio e esse cheio de rancor, dono da razão e que não assume seus erros, desconheço.
     Amo meu pai, mas já me sacrifiquei muito por ele desde do começo da minha adolescência. Ele não teve atitudes paternas, agora vejo isso. Era eu quem passava a mão pela sua cabeça por tudo de errado que fazia. Ele prometia que iria procurar ajuda para o seu alcoolismo para assim ser um pai melhor e no dia seguinte se esquecia das promessas. Já corri atrás de ajuda umas duas vezes e ele rejeitou. Nunca quis ser ajudado para no fim se tornar um bom pai, mas buscou tratamento motivado por vingança. Eu não posso mais morar com alguém assim. Ele sempre será meu pai, porém nunca fui sua filha.
      Christian sofreu com aquele monstro que se auto intitulava de pai e é totalmente diferente dele. Tudo que ele não teve, o vejo fazer com os filhos até proteger demais. Entendo que tenha tentado proteger a Sophie de mim quando acreditava na minha culpa.
      O amo mais ainda por ter se esforçado em mudar, por querer ser melhor a cada dia. Sinto muito orgulho dele.
       Coloquei os pés pra fora do elevador e lá estava ele sorrindo pra mim ignorando as suas pretendentes me fazendo sentir poderosa por isso, já que meus pés, na verdade, meu corpo todo tremia em ansiedade primitiva.
      Sua barba rala que eu adorava estava lá, seu cabelo curto e perfeitamente desalinhado também, úmido. Ele se aproximou e pude sentir seu cheiro delicioso de sabonete e sua colônia favorita. Sua camisa azul clara de manga dobrada nos cotovelos moldando perfeitamente seu dorso e a calça social preta expondo suas coxas deliciosas eram somente minhas.
      Ficamos iguais bobos nos olhando tempo demais. Nossos olhares falavam por nós. Parecia que estávamos em algum filme romântico, só faltava a música.
       — Você está linda! — Elogiou me medindo ainda sorrindo — Eu posso?
      Não entendi até ter sua mão escorando no meu rosto abrindo caminho pelos meus lábios enquanto seus olhos examinavam minuciosamente a minha roupa. Foi tão rápido que me arrepiei quando seus dedos tocaram nas minhas costas. Por um momento eu quis desviar meu olhar, mas algo forte e sugador me puxava contra ele que juro que um orgasmo estava se formando pela forma que seus olhos ficaram. O desejo evidente que vi neles me fez tocar em seu rosto e embaralhar seus cabelos com meus dedos sentindo sua mão subir e descer como se examinasse algo. Até que ele me puxou contra seu corpo e encostou a boca na minha orelha e sua mão que continuava atrás, veio parar em meu seio e imediatamente foi arrancada e ele me encarou com os azuis piscinas escurecidos.
      — Você está linda! — Colou novamente sua boca em meu ouvido — Puta que pariu, você está sem roupa íntima?
     — Só estou usando o vestido — Sorri perversa.
     Ouvi sua garganta arranhar. O barulho é bem interessante.
      — Melhor a gente ir ou farei loucuras com você no meu carro antes mesmo de entrarmos.
      — Quais tipos? — Aticei e ele fechou os olhos por alguns momentos antes de disparar:
      — Sei que está excitada, sinto o seu cheiro. Você está doida pra gozar assim como eu, então eu te jogaria contra meu carro de costas, levantaria esse vestido e meteria fundo até esquecermos nossos nomes. Você quer ser comida por mim de novo e eu quero te comer até cansar.
      — Ai, meu Deus — Quase caí e ele me segurou — E o que te impede?
      — Atentado ao pudor. Acho que não queremos passar a nossa noite de reconciliação na cadeia.
      Reconciliação? Era isso que ele achava? Que bom. Então estamos no caminho do mesmo propósito.
      — Não fale mais assim em público.
      — Então não me pergunte o que não quer ouvir. Eu te quero demais. Quero me enterrar em você a noite toda, mas antes iremos cozinhar juntos e comermos antes de brincarmos.
      Acho que irei gostar das nossas brincadeiras.

💪💙CHRISTIAN WINSOR

    Toquei na coxa dela a caminho da nossa casa. Ela estava tensa e cruzou as pernas nervosamente. As olhei e ajeitei a gola da minha camisa pigarreando. Não é uma boa hora para sentir desejo quando sou fascinado por essas pernas, seios, boca... Pigarreei novamente. Como eu ia dizendo, essa definitivamente não é uma boa hora. Tô tentando me concentrar no que direi a ela porque não posso estragar tudo dessa vez.
    Era uma verdadeira batalha lidar com os meus instintos mais primitivos. No começo será estranho, porém ela logo se acostumará com o meu verdadeiro eu. Aquele que vivia escondido, preso em uma casca com medo das maravilhas do mundo. Não posso culpá-la por se sentir insegura se fui eu quem a deixei assim e serei eu quem a trarei de volta.
     A gente tem muito o que conversar ao invés de deixar nossa atração ditar as regras. Estou com quase 40 anos, já era hora de amadurecer, ser um homem correto com as mulheres, principalmente as da minha vida.
      — Fique calma. A gente vai curtir muito ao cozinhar junto novamente, eu prometo.
      — Você está diferente. Menos ansioso, mais racional.
      — Fiz terapia — A fitei que ficou surpresa — Ainda faço, na verdade e levo meu filho às vezes. É bom. Faz bem pra mim e para ele. Tive tanto medo de fazer com o Mark o mesmo que meu pai fez, que procurei ajuda. Sozinho eu não iria conseguir. Eu surtei quando ele nasceu. 
      — Estou feliz que tenha percebido que a culpa nunca foi sua por tudo que seu pai lhe fez. 
      — Eu não disse isso.
      — Christian? - Me censurou.
      — Está tudo bem. Aos poucos irei me libertando. Um dia por vez.
     Sorri pra ela que retribuiu meio desconfiada. Ela me conhece como ninguém e sabe que não quero conversar, pelo menos não nesse momento. E sabe também que em questão de culpa, tive boa parte da parcela principalmente deixando que meu pai descontasse sua raiva no meu irmão. Jon nunca mereceu nada daquele tratamento de ogro e não merecia ter um irmão como eu. Eu o amo muito. De todos é com ele que mais me importo, que desejo que seja plenamente feliz eternamente e é ele quem mais tenho medo de perder. O pior de tudo é que ele não sabe o quanto o amo, acho que só desconfia, mas não sabe a proporção do quanto significa pra mim.
     — Você está bem? De repente ficou longe.
     — Eu tô bem. Fiquei viajando no meu relacionamento com o meu irmão. Acredita que eu nunca disse que o amava depois que a minha mãe foi embora? Depois de tudo que ele sacrificou por mim?
     — Ainda estamos longe do fim, você ainda pode falar pra ele como se sente.
     — Eu farei. E também pedirei desculpas por ter... feito o que fiz com a Susan — A fitei que virou o rosto — Eu não fiz nada para ajudá-los, além de jogar umas indiretas vez ou outra. No dia do casamento deles, ou melhor, do acordo, insinuei que eles finalmente acabaram juntos como queriam, admirei a Susan como a mulher que eu queria e o Jon ficou enraivecido. O jeito tenro que ela o admirava quando achava que não era observada era especial e na época não me importei. Fui egoísta e achei que se ela ficasse comigo, o esqueceria. Agi como o Luke quando tudo que ela precisava era do Jon.
      — Quem é Luke?
      — Pai biológico da Ayra. Meu irmão é o verdadeiro pai, porém não tem o mesmo sangue.
      — O que ele fez pela Susan por amor foi lindo e mágico. Ela grávida de outro e ele se casando para cuidar de mãe e filha não é algo que todo homem faça.
      — Eu faria por você sem pensar duas vezes. 
      Parei no sinal e trouxe seu rosto teimoso até o meu e mesmo assim ela evitava meu olhar.
      — A diferença entre o Jon e eu é que eu lutaria pelo seu amor e não ficaria com medo da rejeição. Eu amo você mais do que tudo nesse mundo. Não sei como sobrevivi sem você durante esse tempo. As crianças me deram forças, mas todos os dias eu queria você nos meus braços.
       Finalmente ela me encarou e seus olhos estavam marejados.
      — Você era apaixonado pela Susan — Sua voz soava como mágoa.
      — Eu achava que sim até ter meus olhos presos aos seus por um milésimo de segundo. Foi algo inexplicável. Me senti no céu, você me transmite paz, meu amor.
       Arranquei um sorriso e um beijo suave dela que me observava enquanto eu dirigia. Agora ela estava mais calma.
     — Seu filho é muito lindo e fofo.
     — Ele é tranquilo. Muito esperto.
     — Pode me dizer por que demorou?
     — Luísa — A olhei rapidamente que sugou o ar com força — Ela surtou de novo que tive que ligar para os seus pais e expliquei que ela precisava ser internada com urgência. Tô me controlando ao máximo para não fazer nada que possa machucá-la, porém estou no meu limite.
      — Até quando, Christian? Ela não desiste?
      — Não aguento mais vê-la se humilhando. A culpa é minha.
      — Sim e não. Ela também têm responsabilidades — Ficou mais séria do que antes — Ela te beijou ou te tocou?
      Dei um sorriso torto. A ciumenta agora era ela. Comprovei a mim mesmo que não é a mesma coisa ter as mãos de outras mulheres quando são as dela que quero enroscadas pelo meu corpo. Quis tocar a minha vida achando que ela amava o Derek e me envolvi com mais uma maluca. Definitivamente são esses tipos de mulheres que atraio. Eu deveria ter aprendido com a louca da irmã do Luke que tentou se suicidar depois que a deixei. Fui bem claro, eu disse que seria somente naquela noite caso eu não gostasse da nossa transa e foi o que aconteceu. Ela vivia grudada no meu pescoço querendo namorar e não aceitava minha recusa. Não planejei e até desconsiderei, porém ela implorou para transarmos. Não deu mais, pois ela ficou o tempo todo dizendo que me amava e que me queria pra sempre. Fui um perfeito idiota levando sua pureza quando não a queria mais nada depois.
      Hoje em dia tenho vergonha das coisas que fiz, começando pela Susan. Fiz com ela o mesmo tipo de manipulação que o Luke fazia. Acreditei que se ela me amasse, me salvaria. Inconscientemente eu procurava alguém especial, mas ela era do Jonathan, sempre foi. Era nítido para qualquer um. Não devia ter me metido entre os dois. Meu irmão fez tanto por mim, me amou, me protegeu e eu o traí ficando com a mulher que amava. Ele é o melhor irmão que tenho e que amo e merece continuar sendo muito feliz. Quando expliquei sobre Derek, pensei que ele o quisesse conhecer, mas Jon nem se manifestou ou brigou por eu ter escondido algo assim. Na verdade, nada disse como se eu não tivesse dito nada. Tentei conversar, mas ele não quis. Pensei que ele estivesse com raiva, porém seu semblante era sereno e não me dizia nada.
      Parei em outro sinal vermelho e Kimberly saltou para o meu colo e escorregou até as minhas pernas se agachando no piso do veículo. Começou a abrir o meu zíper e expôs meu membro que enrijeceu com seu toque suave.
       — O que está fazendo, linda? Aqui não. Preciso me concentrar na estrada.
       — Ela te beijou, Christian? — O lambeu e estremeci — Te tocou? — Raspou os dentes sensualmente que tive que segurar o volante com mais força do que o normal.
      — Não, Kimberly, Luísa não fez nada porque não deixei que se aproximasse — Rosnei enquanto ela sorria — Volte para o seu lugar, por favor.
      — Estou bem aqui.
     Meu corpo todo entrou em alerta de um orgasmo crescente que no desespero encostei o carro no acostamento e desci me ajeitando. Tomei várias respirações pesadas tentando retomar o auto controle, mas ela me abraçou por trás beijando meu pescoço. Desse jeito ela não estava me ajudando. Ter consciência de que ela não vestia nada por baixo, também não me auxiliava. Meus pensamentos não eram nada puros. Seria tão mais fácil se estivéssemos juntos. Não quero mais fazer sexo por fazer com ela que é diferente das outras, sempre foi a partir do momento que a vi.
      — Precisamos ir.
      — Você não me quer? — Mordeu o lóbulo da minha orelha — Pensei que sentisse desejo por mim.
      — Eu sinto um tesão filho da puta. Tudo dói pra ter você.
      — E então?
      — Vamos conversar primeiro. A gente precisa disso. 
     Me virei quando ela me largou. Sua testa tinha fincos e ao mesmo tempo parecia que ela iria chorar. Estamos no meio do mato e do nada. A gente poderia dar uma rapidinha, mas com ela quero aproveitar cada pedacinho da sua pele macia. Tentei tocar no seu rosto e ela se afastou claramente magoada.
      — Não faz assim, meu amor, vamos conversar.
      — Você transou com outras no seu carro?
      — É isso que acha? — Ri sem humor — Acredita mesmo que não te quero porque transei com outras no meu carro?
      — Helen principalmente.
      — Minha feiticeira, pára com isso. Vamos pra casa conversar, comer e nos entendermos?
      — Não. Me leva de volta para o hotel. Está na cara que você não me quer mais, não me deseja.
     Parecia uma criança fazendo birra.
      — Não sei de onde veio isso, mas não é verdade.
      — Claro que é. Você não me deseja como antes. Tô gorda, feia e cheia de cicatrizes do parto da Sophie e da Anne.
      Nunca ouvi tantas besteiras em toda minha vida. Ela pôs a mão na boca controlando as lágrimas. Pensei que fosse piada, mas ela realmente levava seus complexos a sério. Não acredito que ainda não percebeu o quanto é linda, perfeita e que seu corpo é o meu templo. Não estive por perto durante esses anos, mas acreditei que meu irmão a valorizasse. Derek é um bruto no amor, porém sabe lidar perfeitamente com uma bela mulher, então não entendo.
     Conforme eu me aproximava, ela dava passos para trás fazendo gesto para que eu recuasse, porém não irei. Nunca. Ela é minha pra sempre e irei adorá-la. 
      — Você é linda e irei dizer por toda a eternidade. Poderíamos fazer amor aqui neste instante, mas eu não quero porque você é especial demais pra mim. Te quero nua embaixo de mim, mas no nosso canto, na nossa casa. Te desejo muito, como o inferno. Você é linda, perfeita, maravilhosa. Se olhe no espelho e veja a mais bela mulher que meus olhos tiveram o privilégio de ver  — Ofereci a mão e ela pegou imediatamente.
      A aconcheguei em meus braços e arrastei meus lábios nos seus.
     — Não foge mais de mim, meu amor. A única coisa que quero é que a gente se entenda. Quero você e a nossa família de volta.
      — Eu também quero — Lambeu meu pescoço insinuando as unhas pelo meu peito suavemente — Faz amor comigo aqui daquele jeito que você falou. Tô prontinha, cheia de tesão.
     — Boquinha suja do caralho.
     — Aprendi com o melhor.
     — Sim. Aprendeu muito bem — A afastei por um momento — Acho que aqui não é legal a gente ter essa intimidade. Estamos perto de casa.
      — Não quero esperar.
      Não consegui me afastar a tempo quando sua mão se recheou assim que entrou na minha calça.
      — Kimberly — Gemi — Droga. Não faz isso.
      — Me fode logo e pára de bancar a menina virgem.
      Eu quase me engasguei de tanto rir com o que ela falou. Ela tinha um pouco de mim. Ensinei bem minha aluna preferida.
      — Christian?
     Fazia os movimentos certeiros que estavam me deixando maluco. Fiz de tudo para me controlar.
      — Eu não tenho camisinha aqui.
      — A gente nunca usou.
      — Mas agora você não toma mais pílula.
      — Tira antes então.
      — Não sei se consigo. Sou muito descontrolado.
      — Então se controla.
      — Não dá pra entrar em acordo com você — Bufei resignado.
      — Me come logo, porra.
      Fechei os olhos bufando. Ela não é assim. Mas tudo bem, darei o que tanto quer. Adoro satisfazer as suas vontades, mas não dessa maneira. Tinha algo errado. Amo palavras sujas, porém a minha mulher não a diz de um jeito agressivo e intimidande.
       A encostei no carro e levantei seu vestido depois de passear minhas mãos pelo seu corpo enquanto saboreava seus doces lábios. Abaixei as alças e agarrei,  seus seios que estavam um pouco mais volumosos e duros.
      — Você ainda está amamentando?
      — Sim — Gemeu.
      — Ainda dá pra desistir.
      — Mete logo — Gemia enquanto falava e sua respiração ficava mais e mais pesada — Mete tudo com força até as bolas.
      Droga. Ela está pegando no meu ponto fraco. Adoro sexo com palavras sujas e nessa boquinha dizendo com tanta raiva e empenho me fez virar um animal selvagem. Depois paro pra pensar nas consequências. Levantei o vestido que exibia seu bumbum redondo que amo tanto. Deixei uma palmada em cada bochecha e ela ficou mais molhada. Entrei de uma só vez segurando-a pela cintura. Bombeei rápido e ela gritava sem parar. Enrosquei meus dedos em seus cabelos desfazendo o penteado e fazendo um rabo de cavalo e os puxei com força fazendo a cabeça dela bater contra o meu peito. Nesse momento ela me encarou estranhamente e seus olhos me disseram coisas que ela tentou desviar. Soltei suas madeixas e peguei sua boca com a minha. Minha lingua brincou com a dela duramente e chupei com avidez e indecência a lambendo fora da boca. Raspei os dentes pela sua garganta.
      — Christian, eu vou gozar.
      — Goza que irei logo atrás de você.
      A empurrei e pus suas mãos no capô e as minhas sobre as dela ainda estocando com força e ela desabou quase caindo de tão molenga que estava. Beijei suas costas e me ajeitei a vendo se arrumar sorrindo. Entrei no carro puto da vida e dei partida. Acabei de descobrir o que ela quer e suas mentiras. Ela é mais transparente que água.
      — O que aconteceu, Christian? — Pôs a mão ma boca e arregalou os olhos  — Ai, meu Deus, você não...
      A observei ficar vermelha igual a um pimentão enquanto eu a encarava. A coragem dela surgia quando estava com tesão. Não sou burro como pensa. Sou extremamente observador e ela se traiu sem perceber.
       — É por isso que está assim? Você não... se satisfez, não foi? Se quiser...
      — Não precisa. Dei somente o que queria, não se preocupe comigo.
      — Por que está falando assim?
      — Eu não quero brigar.
      — Nem eu.
      — Já estamos chegando.
       O silêncio entre nós ficou estranho. Perdi a conta de quantas vezes respirei profundamente para me acalmar visto que ela não me disse a verdade nenhuma vez sequer e continuou insistindo na mentira. Essas que descobri desde da nossa primeira vez após 2 anos.
      — Quando a Anne nasceu, Kimberly?
      — Por que quer saber?
      — Responde.
      — Christian, vamos conversar quando chegarmos, por favor. Irei te explicar tudo, eu prometo.
       Assenti mesmo inseguro e irritado. Ela hesitou, mas acabou deitando a cabeça no meu ombro se escorando em meu braço. Melhor sensação dela por perto. Acho que fui bruto durante nossa transa e estúpido depois dela.
     — Você está bem? Te machuquei?
     — É daquilo que você gosta? Sadomasoquismo?
     — Sempre foi a minha melhor maneira de aliviar o estresse e a tensão.
      — Eu fui uma boa submissa?
      A encarei sorrindo e lhe dei um beijo casto no canto dos lábios depois de estacionar o carro.
     — Aquilo não chega nem perto de sadomasoquismo. Eu fiz amor com você, um pouco bruto, talvez irracional porque eu disse que eu não queria fazer daquele jeito, mas foi amor na sua forma mais crua.
      — Quando a gente estava separado, você...
      — Não. Não senti essa necessidade porque descobri algo melhor e saudável que cura, o amor. O seu amor e o amor dos meus filhos. Não diga que foi minha submissa porque eu jamais a trataria como tal.
      — A Helen foi como a Luísa e a Giulia?
      Não responderei. Helen foi um erro grotesco na minha vida que quero esquecer. Hoje ela me provou que é tão louca quanto Luísa. Não fiz pior com ela por causa do Nick. Ela não o merece. Omiti esse fato, mas contarei a verdade. Não tem sentido sentir ciúmes de uma mulher desequilibrada.
     — O que fiz com a Helen foi o extremo e ela aceitou.
     — Tenho medo de que encontre outra melhor do que eu como a Helen e a Luísa que sabem muito bem te fazer gozar. Aposto que nunca brochou com elas.
      Eu já ia sair do carro, mas me virei imediatamente pra ela.
      — Eu não brochei, apenas escolhi te dar prazer.
      — E por que você faria isso?
      — Você não me conquistou com o sexo, Kimberly — A fitei que sorriu amplamente — Espero que entenda o quanto significa pra mim.
      — Por que não foi atrás de mim?
      — Porque achei que o Derek seria melhor do que eu em tudo.
      — Ele não é e nunca será.
      — Vamos entrar pra você me contar toda a verdade sobre a paternidade da Anne. Chega de mentiras.
       — Concordo. Eu vou contar.
       — Espera — Atendi meu celular — Brendan, onde você está?
       — Pra que quer saber?
       — Existem maneiras de você se vingar do  Rico, mas a filha dele não tem nada a ver com o que ele fez.
        — Jacky é tudo pra ele. Se eu a ferir o pouco que seja, ele vai ficar louco.
        — Isso não vai trazer sua mãe de volta, irmão.
        — Ele junto com aquele filho sádico que a Jacky tanto protege, mataram a minha mãe.
       — Não viaja, Brendan, o menino só têm meses de vida.
       — Tô falando do filho do meio.
       — Derek está te procurando.
       — Ele está aqui, mas não irá levá-la. 
       — Mas como? — Fiquei surpreso e preocupado ao mesmo tempo.
       — Ele é igual a mim — Riu — Se ele se aproximar, darei um tiro na cabeça dele.
       Meu estômago doeu de um jeito totalmente inexplicável.
       — Não faça nada com ele, Brendan. Ele é o nosso irmão.
       — Eu não me importo — Gritou. 
       — Claro que se importa. Não faça nada com ele que é a metade que faltava de mim. 
       — Então venha buscá-lo, pois minha paciência tem limites — Desligou. 
       — O que vai fazer? - Kimberly perguntou depois de ter ouvido a conversa — Brendan está fora de controle.
       — Sim. Eu preciso ajudar meus irmãos — Passei uma mensagem para Jon e Nathan, pois irei precisar de ajuda — Vamos cozinhar.

     Entramos na cozinha e notei seu pequeno sorriso pelo lugar estar exatamente como ela deixou. Seus dedos viajaram pela ilha que tinha no meio do cômodo, deslizou os dedos pelos armários brancos de portas duplas embutidos e me fitou diferente desde que chegou. Ali tinha muito amor e muito fogo também.
     Ela me faz bem, sua presença mais ainda. Amenizou até a minha preocupação com os meus irmãos. Irei ajudá-los, mas antes preciso me resolver com a linda mulher na minha cozinha para qual prometi um belo jantar.
     Peguei um avental e coloquei. Depois peguei o dela que parecia surpresa.
      — Pensei que tivesse jogado fora.
      — E por que eu faria isso? — Pus nela e amarrei nas suas costas nuas e ela estremeceu.
     Fui para atrás do balcão pegar os utensílios a serem utilizados me controlando ao máximo para não tocá-la como eu gostaria. Não agora. Aprendi que sexo não é tudo em uma relação, há outras coisas mais importantes e a intimidade é o complemento.
      — Você estava com raiva achando que eu o traí — Respondeu com a expressão apática.
      — Eu te amava e seu cheiro estava nas suas coisas, não tinha como eu me livrar delas.
       Ela diminuiu a distância entre nós e se jogou em meus braços. Segurei seu bumbum enquanto era atacado pela boca mais gostosa do universo.
       — Esqueci de trazer o vinho.
       — Sem problemas.
        Segui seu olhar que ia do balcão até mim e depois me encarou toda maliciosa.
        — Eu disse que vamos conversar primeiro. Não vou te jogar na bancada e te comer feito um animal — Dei um beijo em seu queixo a pondo no chão sorrindo com o olhar de expectativa dela - Não, nesse momento. Mesmo que tenha se vestido assim pra me provocar. Não pôr nada por baixo do vestido foi um golpe de mestre porque posso comê-la sempre que eu quiser.
     A observei fechar os olhos e lamber os lábios. Era divina sua expressão de prazer. Se fosse antes a teria comido sem dó nem piedade, mas hoje meu autocontrole é maior. Eu a amo muito mais e sem esforço algum, aprendi a admirá-la em todos os sentidos. Kimberly é uma mulher maravilhosa e tudo o mais que penso dela, lhe direi olhando dentro dos seus olhos. Quero que veja o quanto a amo.
      A peguei pela mão e seguimos rumo aos nossos ingredientes.
       — Corta o camarão bem pequeno, por favor.
       — Hum — Cheirou — Delícia. Tô louca pra comer o seu nhoque recheado com camarão.
      Balancei a cabeça sorrindo. É bom ter essa felicidade de volta. A puxei contra mim depois que ela fez o recheio como ensinei e joguei farinha na bancada com os ovos e as batatas. A abracei por trás a ensinando a sovar. Ela sujou meu nariz com a farinha, rindo. Beijei seu queixo e a abracei mais forte apertando a sua cintura me deliciando com seu pequeno gemido. O corpo é um mero detalhe, eu sei, mas o meu órgão sexual não sabe escolher uma péssima hora pra acordar.
      Sem pensar, enterrei minha cabeça no vão do seu pescoço e o chupei enquanto levantava o vestido e sarrava nela. Era tão fácil fazer amor agora novamente, mas seria anti-higiênico. Sem nenhum controle, minhas mãos agarram o bumbum redondo e perfeito. Droga. Não consigo me controlar. Eu preciso. Ela pegou as minhas mãos e pôs nos seus seios e os apertei, brinquei com os mamilos e beijei seus ombros. A mão dela puxou o zíper da minha calça e expôs meu pau duro e pulsante. O alisou, apertou fazendo os movimentos de subida e descida.
      — Pare com isso — Sussurrei, mas pareceu um rosnado — A gente está cozinhando.   
      — Não podemos ter uma pausa?
      — Sim — Gemi com as mãos pequenas em mim — Oh, sim, maldito sim.
     A peguei no colo e a coloquei na mesa abrindo suas pernas o máximo que eu conseguia e meti forte e fundo sem parar um segundo. Adeus autocontrole em que tanto trabalhei e me aperfeiçoei. Ela puxou minha cabeça para si se abrindo ainda mais como uma gata manhosa. Nossas bocas se chocaram por alguns minutos e depois nossos olhares permaneceram fixos um no outro.
      — Amor, não pára, eu tô quase lá.
      Sorri. Ela atinge seu limite muito rápido. Espero continuar sabendo lhe dar prazer por toda a eternidade.
      Urrei atingindo o mesmo céu que ela. Tão bom, tão gostoso e tão perfeito. Não tem nada melhor do que isso. Não existe comparações. Não existe nada além de nós dois.
      A beijei sorrindo que fazia o mesmo e acabamos gargalhando.
      — Na mesa que iremos comer,  eu fui a refeição principal.
      — Eu pretendia fazê-la minha sobremesa.
      — Podemos usar chantily,  você tem?
      — Leite condensado serve?
      — Perfeito.
      — Vamos cozinhar antes que surja mais uma ideia mirabolante de transarmos em cima de cada móvel,  canto dessa casa.
      — Já fizemos muito isso.
      A abracei e voltamos para a cozinha para lavarmos as mãos. Tenho plena consciência de que não estamos nos protegendo. E, sinceramente, até que seria maravilhoso termos outro rebento. De vez em quando, me pego pensando em como seria viver em uma família numerosa. Tenho 2 filhos morando comigo, Kimberly tem uma. Juntando todos, teremos 5 pessoas convivendo nessa casa e a sexta seria muito bem vinda.
    Ficamos lado a lado do balcão fazendo as bolas do nhoque e recheando. Coloquei no forno enquanto ela começava a salada. Limpei nossa sujeira e dividimos a lavagem das louças. Tudo perfeito como antigamente. Como nunca deveria ter deixado de ser.
     Em nenhum milhão de anos achei que iria dividir a cozinha com uma mulher tão linda e meiga. Minha mulher. Se tivessem me falado, eu não teria acreditado e até riria debochando.
     — Tá com cara de que está uma delícia — Se agachou olhando para o forno.
     Peguei duas taças e nos servi de um vinho branco antigo. Ela sorriu e pegou a sua. Bebíamos nos encarando.
      — Eu amo você.
      — Também te amo.
      A pus sentada na bancada, ela abriu as pernas e me enfiei entre elas. Com meus dedos acariciei sua nuca e puxei levemente suas madeixas antes de soltá-las e embaralhar minhas mãos trazendo seu rosto pra mim em um beijo quente e delicioso. Sua mão foi parar em meu peito e deslizou para meu pescoço. Chupei sua pele sensível do pescoço,  ombro e abaixei a alça do vestido capturando um seio enquanto meus dedos brincavam com o outro. Sorri olhando pra cima admirando seu estado de prazer.
      Hoje é tudo sobre ela e só pra ela. Me ajoelhei beijando a parte de dentro das coxas e ela se estremeceu. Lambi sua xana depilada e muito cheirosa.
      — Christian — Gemeu — Isso não é justo. Você também precisa gozar.
      — Eu irei, não se preocupe. Se concentre no que estou lhe dando.
      — Está tão gostoso.
      Sim. Estava delicioso. A deixei gozar até se sentir satisfeita. Jamais pensei que faria isso. Que deixaria de ser egoísta. Nunca pensei tanto em dar prazer e não querer o mesmo em troca. Altruísmo nem de longe foi o meu sobrenome. Poderia estar surpreso, porém aquela coisa do amor me pegou de um jeito avassalador de onde não quero mais sair.
    A beijei delicadamente que estava levemente corada e bagunçada.
     — Adoro te ver gozando. Você é uma coisa linda. Da próxima vez irei tirar uma foto e eternizar.
      —Também quero ter uma sua.
      — Amanhã irei te dar sua primeira aula de direção antes de eu correr atrás daqueles 2, porém você precisa se matricular na auto escola.
     — E aí você não vai mais me ensinar? — Fez cara de decepcionada.
      — Eu não disse isso — Toquei em seu rosto — Irei adorar passar mais tempo ao seu lado.
      O timer do forno apitou e deixei um beijo na testa dela que correu para arrumar a mesa e levar a salada enquanto enquanto eu levava o prato principal para a mesa.

     Kimberly deu uma garfada gemendo sem parar e lambendo os lábios. Passei o guardanapo pelo rosto suado e me levantei andando de um lado para o outro. Essa não era uma boa hora. Ela me abraçou por trás e segurei suas mãos. Fechei os olhos os apertando com força. Nunca mais ficarei sem ela de novo. Nascemos uma para o outro. Quem imaginaria que um dia eu estaria desse jeito por uma mulher, na qual sempre tratei mal como forma de me vingar da minha mãe. Acreditei que nenhuma prestava. Como me arrependo. E ainda mais por não ter confiado na única que me despertou para o amor, que me fez ser melhor, que me amou independente de qualquer coisa e que no fim me deu meus maiores tesouros; Sophie e Anne. Sim, eu sei que ela é minha. Ela tem uma coisa que eu também tenho.
      — Me perdoa? Eu estava com medo depois de tudo que aconteceu entre nós e menti sobre a gravidez. Anne é sua filha, Christian. Sinto muito não ter dito antes. Eu só quis nos proteger. Pensei que a tiraria de mim como fez com a Sophie e eu não podia suportar.
     Me virei e sorri tocando em seus cabelos e ela estranhou.
      — Tudo bem. Eu fui o culpado. Nós dois erramos, porém errei bem mais. 
      — Vai me perdoar assim tão fácil?
      — Você também me perdoou mesmo eu não merecendo. 
      — Mas levou tempo e você também mudou, fez o certo e me deu mais certeza de que posso amá-lo sem medo — Segurou a minha mão — Nunca fiquei com o Derek. Como sabia antes de eu dizer?
      — Você mente mal e o mesmo olhar culpado que me deu no hotel quando Anne me chamou de papai, foi o mesmo enquanto transávamos, constatei hoje comparando com a nossa primeira noite. 
      — Não está com raiva, zangado?
      — Só quero nossa família de volta. Vamos esquecer o passado, nos perdoarmos e seguir em frente. Foi minha culpa ter te feito sentir medo de mim — Respirei fundo — Helen veio hoje com Luísa, por isso demorei tanto. Ela está obcecada por mim também. Não sei o que fazer, ela é a mãe do Nick. Sophie jamais me perdoaria se soubesse que fiz mal a mãe do seu melhor amigo.
     — Pensa em fazer algo?
     — Sim. Eu penso, mas não é nada bonito de se ver. Ainda estou pensando no que farei. Só sei que isso precisa parar. Não deixarei que machuque você e nossos filhos.
     — Estamos bem, então?
     — Melhores do que nunca — Lhe dei um beijo na testa — Quero poder conviver com a Anne também.
      — Amanhã você pode passar o dia com ela, o que acha?
      — Não posso. Precisarei me ausentar e não sei por quantos dias.
     — Por causa do Brendan e do Derek?
     — Sim. Brendan está sofrendo, fora de si. Ele nunca foi uma pessoa familiar ou de se apegar a alguém e sua mãe se envolveu com o Rico — A puxei para o meu colo — Meu irmão não sabia e não chegou a tempo de impedir que Rico a matasse. Não sabemos direito o que houve, Rico dizia que mentimos para o mundo e que meu pai está vivo e que a mãe do Brendan dizia que o amava e o queria de volta. Rico ficou louco e a matou depois de a ter espancado por horas.
     — Meu Deus — Pôs a mão na boca — Que monstro. Não é à toa que Brendan esteja assim tão descontrolado. Ouvi sobre o filho do meio do Rico.
     — Sim. Parece que Suzy o criava com muito amor e o via como filho e no fim ele foi fiel ao pai. Ele era um espião. Rico cria os filhos para esse fim.
      — O menino viu o que o pai fez com a madrasta?
      — Parece que sim.
      — Quantos anos?
      — 5 — Acariciei seus cabelos a acalmando — Eu sei que é terrível, porém as crianças desses bandidos aprendem cedo. Quando conheci Juan e Julian, eles tinham 4 anos e já sabiam engatilhar uma arma pesada para o tamanho deles. Eles eram grandes, pareciam que tinham 8. Por isso eles mentem a idade. E pensei que meu pai fosse pior.
     Ela me abraçou para me acalmar e a agradeço por isso.Hoje não quero pensar em coisas ruins. Só quero aproveitar meu tempo com ela. Cobri minha boca com a dela e desloquei meus dedos pelo seu pescoço, sentindo a pele macia sobre meus toques enquanto acariciava minha língua na sua. Ela arqueou o corpo deixando o pescoço a meu deleite. Lambi e mordisquei sem dó delirando com seus gemidos. A encostei no balcão a deitando de costas. Ela gemeu quando minha mão passeava por suas curvas. Espalmeie seu bumbum após ter levantado o vestido.
         — Christian — gemeu.
        A penetrei que já estava pronta como eu.
         — Sempre pronta pra mim.
         Bombeei forte segurando em sua barriga e as mãos dela estava sobre o balcão. Segurei uma e beijei seu pescoço. Ela jogou a cabeça para trás puxando meus cabelos da nuca.
        — Senti falta disso, de você, de nós. Estamos nos reconectando. Amo você.
        — Ai, Christian.
        — Droga, não fala assim — Urrei — Não vou aguentar, vem comigo, meu amor, goza comigo.
        A abracei sem sair de dentro dela, tentei beijá-la que me rejeitou. A beijei no topo da cabeça.
       — Tudo bem, não espero que me aceite assim de cara depois de tudo que fiz com você. Me perdoe por não ter acreditado, por não ter tentado. Tinha muito amor dentro de mim e a mágoa do passado, me fizeram ficar cego e tive medo de que você não me amasse mais
       A virei com cuidado e voltei para dentro dela.
        — Christian, não — Gemeu. 
        — Sim.
       Comecei a me movimentar devagar chupando os seios volumosos dela. Estavam maiores do que da última vez. A segurei com firmeza e a levei para nosso quarto. Só meu e dela, ninguém nunca entrou somente eu quando dava saudades. A depositei na cama e colei nossos lábios. Ela correspondeu fazendo sua língua deslizar pela minha. Como senti falta desse beijo. 
    Voltei à sala e peguei nossos pratos de comida já que nossa fome era outra. Comíamos e conversávamos animadamente sobre nossas filhas.
     Dormimos abraçados e pela primeira vez depois de 2 anos, meu sono foi proveitoso.

     Na manhã seguinte acordei sorrindo. Desci para a cozinha e preparei nosso dejejum simples com torradas, ovos mexidos com bacon e suco de frutas para ela e um e expresso que ela não curte, mas eu não vivo sem. Voltei ao quarto e deixei sobre a cabeceira. Uma vez conversando com meu irmão, ele me disse algo realmente interessante sobre as mulheres, ainda mais porque Kimberly é a única com quem dormi e agradei pela manhã. Jonathan disse; "Mulher adora ser acordada com um beijo íntimo, uma chupada bem dada. Se fizer isso, sua amada vai à loucura e o sorriso dela não sairá pelo resto da semana"
       Na época não liguei porque ele estava casado e eu não e ainda achei que só os homens gostavam desse carinho matinal. Está mais do que na hora de pôr a teoria em prática. Faço tudo para minha mulher querer voltar para casa. Não irei mais pedir. Agora terá que partir dela, pois irá parecer que estou pressionando.
     Tirei o cobertor e fui beijando a perna dela, por dentro das coxas. Ela nua, só facilitava. Lambi seu clitóris várias vezes o observando crescer e endurecer consideravelmente. Passei a língua pelos grandes e pequenos lábios. Continuei com meus carinhos e ela gozava sem parar com as mãos em meus cabelos arrancando fio po fio. Quando ela estremeceu e arquejou as costas, eu soube que tinha atingido seu ápice do prazer.
      — Bom dia — Lhe dei um selinho.
      — Que bela maneira de ser acordada — Se aninhou em meu colo — Agora é a minha vez.
     A impedi a puxando para cima que se arrastava para baixo.
       — Não fiz isso para que você retribuísse. Só quero cuidar de você.
      Peguei a bandeja e pus na cama. Comemos em silêncio sorrindo um para o outro.
  
    Minutos mais tarde a deixei na casa da minha mãe onde as meninas estavam. Preferia que ela ficasse na nossa casa, mas assim que eu voltar, iremos resolver isso. Não é justo com ela e nem com as crianças. Posso sair de casa se ela quiser, não me importo. Ela diz que me perdoa, mas a algo a incomodando. Antes de descermos do carro, toquei em sua mão e a entrelacei com a minha.
     — Você é uma mulher incrível, Kimberly. Amadureceu tanto. Criou nossa caçula muito bem. Eu não estava por perto para acompanhar sua gravidez,  seu parto, nascimento da Anne.
      — Deixa isso pra lá, Christian.
      — A culpa é minha. Eu acreditei neles.
      — Neles quem?
      — Luísa e Jean.
      Ela abaixou os olhos, porém continuei.
      — Ele a cercou todo aquele tempo, fingiu pequenos encontros para que eu não tivesse dúvidas quando o principal plano fosse posto em prática. Luísa o mandou te estuprar, mas ele não o fez. Talvez haja salvação pra ele.
       — Como você sabe? — Me encarou me reprovando — Christian, ai, meu Deus.
      — Isso é quem eu sou, Kimberly. Não era para eles estarem vivos, mas o Jean disse coisas que eu hesitei, então os deixei ir.
       — Me conta o que aconteceu, por favor.
      A toquei na face antes de colar nossos lábios.
      — Não me odeie. Continuo sendo o mesmo. Não quero que tenha medo de mim. Jamais te machucaria...
      — Eu sei — Me cortou — Você acreditou no plano deles e, mesmo assim nem sequer me feriu fisicamente. Acredito no seu amor, em nós. Só me conta.
       — Contarei assim que voltar. Irei viajar daqui a algumas horas com meu irmão Jon, por favor, fique lá em casa com as crianças. Quando eu voltar,  senão me quiser, irei para outro lugar.
       — Eu não quero ficar mais um dia sem você. Voltarei para nossa casa sim e você não irá sair, nunca. Eu te amo, meu moreno lindo.
       — Te amo, minha loirinha gostosa.
      Nossas línguas se enroscaram e no final do beijo, nos abraçamos forte como se nunca mais fôssemos nos ver, pelo menos da parte dela que vem agindo estranho desde que chegou.
      — Por favor, meu amor, tome cuidado.
      — Eu tomarei. Quer me dizer o que está acontecendo?
      — Como soube da Anne?
      — O olhar, a expressão dela é igual a minha. Assim que a vi, eu soube.
      — Estou com um mau pressentimento. Não quero que vá.
      — Não se preocupe que ligarei todas as noites e manhãs. Nada de mal irá acontecer.
       Ela assentiu e a puxei para mais um abraço.
       — Nada nesse mundo me fará ficar longe da minha família.
       Abracei minha mãe assim que ela abriu a porta com Anne no colo que abria os braços pra mim.
      — Papá.
      — Oi, princesinha — A peguei no colo e beijei sua bochecha gordinha — O papai voltou.
      Dei a mão para minha mulher e adentramos a casa onde Sophie e Mark brincavam com Alyson, Melanie, Tyler e Ayra. Sorri para meu irmão e Susan que vinham a nosso encontro.
    
NOTA: GERALMENTE A POSTAGEM É DIÁRIA OU DE 2 EM 2 DIAS, PORÉM TEM DIAS QUE REALMENTE NÃO CONSIGO POSTAR. MAIS TARDE VOU TENTAR POSTAR OUTRO, NO MÁXIMO NA SEGUNDA PELA MANHÃ.😘
AMO OS COMENTÁRIOS, SEI QUE NÃO IREI AGRADAR A TODOS, PORÉM A HISTÓRIA É ESSA MESMA. É DO JEITO QUE EU QUERIA; UM HOMEM BRUTO, MARCADO, QUE SÓ FAZ COISAS ERRADAS, MAS QUE AOS POUCOS VAI SE MODIFICANDO POR AMOR À FAMÍLIA E PRINCIPALMENTE À MULHER QUE TANTO AMA.
ELE PRECISA DE TEMPO PARA AMADURECER, POR ISSO HÁ TANTOS DESENCONTROS.
KIMBERLY NÃO É FRACA E NEM BOBA. ELA AMA O SEU MARIDO E O ENTENDE COMO NINGUÉM, PORTANTO NÃO DESISTE DELE. ELA PODERIA IGNORÁ-LO, NÃO CEDER AOS SEUS DESEJOS, MAS ELA SABE QUE ISSO NÃO OS AJUDARIA EM NADA. ELES PRECISAM UM DO OUTRO PARA SE COMPLEMENTAREM. UM VAI AJUDANDO O OUTRO.

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