CASAMENTO FORÇADO - FAMÍLIA...

By bigudinharainha

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Christian Winsor, homem controlador, possessivo, dominador, nada gentil, vai atrás do que quer sem se importa... More

CHRISTIAN CHARLES WINSOR
1 - CAPÍTULO
2 - CAPÍTULO
3 - CAPÍTULO
4 - CAPÍTULO
5 - CAPÍTULO
FOTOS DOS PERSONAGENS
SAGA FAMÍLIA WINSOR
6 - CAPÍTULO
AVISO
7 - CAPÍTULO
8 - CAPÍTULO
9 - CAPÍTULO
10 - CAPÍTULO
11 - CAPÍTULO
12 - CAPÍTULO
13 - CAPÍTULO
NOTA
14 - CAPÍTULO
15 - CAPÍTULO
16 - CAPÍTULO
17 - CAPÍTULO
18 - CAPÍTULO
19 - CAPÍTULO
20 - CAPÍTULO
21- CAPÍTULO
NOTA DA AUTORA
22 - CAPÍTULO
23 - CAPÍTULO
24 - CAPÍTULO
25 - CAPÍTULO
26 - CAPÍTULO
27 - CAPÍTULO
NOTA
PERGUNTE A AUTORA
29 - CAPÍTULO
30 - CAPÍTULO
FOTOS Das CRIANÇAS
31 - CAPÍTULO
32 - CAPÍTULO
33 - CAPÍTULO
34 - CAPÍTULO
35 - CAPÍTULO
36 - CAPÍTULO
37 - CAPÍTULO
NOTA
38 - CAPÍTULO
39 - CAPÍTULO
40 - CAPÍTULO
NOTA DA AUTORA
41 - CAPÍTULO
SAGA - FAMÍLIA WINSOR
42 - CAPÍTULO
NOTA
CAPÍTULO FINAL
NOTA
EPÍLOGO
SAGA DA FAMÍLIA WINSOR

28 - CAPÍTULO

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By bigudinharainha

 💙💪 CHRISTIAN WINSOR 

     Andei ansioso por aqueles corredores de hospital ansiando pela chegada da minha mulher. Quero vê-la outra vez, tocar nela, beijar seus lábios deliciosos. Na verdade quero fazer muito mais como pegá-la em meus braços e não soltar por um milhão de anos. Eu quero acreditar em tudo que me diz, quero ao menos cogitar a hipótese da sua inocência, mas não consigo. Toda vez que penso em ir atrás dela e me humilhar pedindo que volte, aquela cena se repete na minha cabeça de segundos em segundos.

     Não, eu não posso me aproximar. Tô ficando louco.
      Ela entrou no hospital com uma Susan desesperada. Seus olhos se conectaram aos meus. Me virei para o lado procurando o médico e vi vários homens a encarando de um jeito nada cavalheiros. Fechei os punhos. Vou matar todos por olhar pra minha esposa dessa maneira, que vestia uma saia curta demais e uma regata sem sutiã. Merda. Meu homem das cavernas interno foi liberado. 
     Caminhei até ela em passos largos e pesados antes que passasse perto desses tarados e a puxei contra mim que se sobressaltou. Ela não me deixava como eu também não. 
      — Por que está vestida assim? — A olhei de cima a baixo — Está faltando pano nessa coisa que você chama de saia sem falar nessa camiseta que expõe seus seios vulgarmente. Quer chamar atenção é isso? Quer ser admirada e desejada por toda ala masculina? 
      — Não deu tempo de trocar e... — Enrugou a testa — Não lhe devo explicações. 
      — Você me deve muito mais do que uma maldita explicação — Soltei seus cabelos que estavam presos em um coque alto todo desalinhado e cavei meus dedos neles os jogando pra frente cobrindo seus bicos entumecidos — Todos esses dias tenho dormido e acordado sem você. Você me deve meu sono tranquilo de volta.
       — São os mesmo pesadelos? — Tocou no meu peito sob a camisa parecendo preocupada e com o olhar segui seus toques.
       — Tenho novos agora e você está em todos eles. Não sei como pará-los — A fitei — Tô perdido sem você, meu amor.
        — Você me quer de volta? — Seu tom era de esperança e eu queria ter o mesmo.
       A levei para o elevador social e apertei o botão de travar depois que entramos. A segurei pela cintura e a puxei de encontro ao meu corpo.

      — Christian, não — Gemeu tentando se afastar. 

       Segurei em seu rosto e a estudei por longos segundos. 

      — Me diga que não me quer e sairei por aquela porta e nunca mais nos veremos.

💗🌼 KIMBERLY WINSOR 

       Deveria ser a racional aqui, eu sei e me condeno a cada demonstração estúpida do quanto amo esse homem com tudo que tenho, contudo queria lutar mais e não deixar meu coração dominar minhas vontades. Quero separar o certo do errado, mas como farei isso se quero tanto ser dele novamente? Pertenço a ele e somente a ele. Talvez haja uma chance para nós. Ele só precisa perceber e me pedir pra voltar, antes que seja tarde demais. 

        — Aqui é um hospital, não podemos.
        — Só diga as palavras. 
        — Christian?
        — Diga — Mordeu meu pescoço — Se não me quiser, irei embora. 
        — Eu te quero. Muito. 

       Ele rasgou minha calcinha com uma brutalidade que nunca vi, porém gostei. Foi excitante. Minha intimidade pulsou e o desejo escorria entre minhas pernas. Era sempre assim com a gente. Ele inspirou. Mesma coisa que sempre fazia. Ele dizia que inalava meu cheiro de excitação que o deixava louco e maníaco,então, levantou minha saia espalmando com força no meu bumbum me fazendo tremer em expectativa e desejo, abriu o zíper da sua calça, me pegou no colo rodeando sua cintura com minhas pernas e me penetrou de uma só vez e muito fundo. Ele me conhecia como ninguém e sabia que eu estava completamente pronta.

     Minhas pernas amoleceram, senti que iria desmaiar. Mordi seu ombro acariciando suas costas. Adoro seu corpo másculo, cada músculo se contorcendo a cada estocada. Ele percebeu que eu o estava examinando e me fitou com o mesmo brilho nos olhos. Joguei meu corpo pra frente pra encaixar mais, se isso fosse possível já que ele estava todo dentro de mim. Como sinto falta disso. Pertencia a ele todas as noites e manhãs e sempre que podíamos durante o dia. Um não conseguia ficar sem o outro. A gente se completa. Sabe onde começa um e termina o outro porque nós amamos. Sinto que ele ainda me ama, mas não consegue acreditar em nós. Acha que menti, que o traí. Por mais que eu tente, não consigo me lembrar do aconteceu. Parece que a minha memória foi apagada. O abracei com mais força me apegando a esses sentimentos que fariam que ficássemos juntos novamente. 

       — Ai, Christian. 
       — Não diz isso, você sabe o que isso faz comigo. 
       — Por favor?
       — Vem comigo. Goze, feiticeira, goze. 
       Estávamos ofegantes depois de termos explodidos juntos. O acariciei na nuca, nos cabelos e na barba que cresceu mais desde da última vez. É tão bom pertencer a ele novamente. Senti tanta falta de tocá-lo. Acho que agora, tudo ficará bem, seremos uma família de novo. Quando ele me colocou no chão, enlacei seu pescoço com meus braços e no momento que ia beijá-lo, ele se afastou abruptamente. O brilho no seu olhar havia sumido, agora estava sombrio.
      — O que pensa que está fazendo?
      — Quero beijar meu marido. 
      — Que marido?
      — Você — Sorri indecisa — Acabamos de fazer amor, achei que me queria de volta. 
       Ele riu histericamente. 
        — Tá louca? Amor? Foi somente uma foda e muito ruim por sinal, não confunda as coisas. Você tem algo que gosto muito e em troca te proporcionei alguns minutos de prazer. Afinal, você é minha esposa e tem que cumprir seu papel. 

       — Seu imbecil — O esbofeteei e as lágrimas brotaram.

      Nunca fui tão humilhada. Achei que ele fosse reagir, mas ele tinha dor nos olhos. Se virou e foi embora do hospital.

      O observei partir sem olhar pra trás. Acho que... acabou. Quero chorar até não restarem mais lágrimas. Tô quebrada e pelo jeito, ele também. Alguém armou pra nós. É a única explicação plausível. Mas quem? Com quem Jean poderia ter se juntado para fazer essa maldade? Luísa? Giulia? Natasha? Pode ser qualquer uma, já que estão acostumadas a armar pra se darem bem.

     No dia seguinte, fui direto para o hospital. Susan passou a noite com o marido e a tranquilizei quanto as meninas que são um doce, até mesmo Alyson que é bem arteira e culpa sempre a irmã gêmea Melanie pelas suas peraltices. Ayra a está ensinando a se defender, mas Mel tem uma personalidade única, ela é incapaz de ferir os sentimentos de alguém, principalmente da irmã. Vendo as meninas tão unidas e agora meio tristes por causa do pai, me dá mais saudade da minha princesinha. Christian não deveria ter feito o que fez conosco, ele só pensou em si mesmo e eu não deveria ter cedido ao sexo no elevador. Preciso ser mais forte e não amolecer toda bendita vez. Eu o amo tanto e sinto tantas saudades que é meio difícil resistir quando se está viciada por tantos anos.
     Entrei no quarto e algo estava pesado no ar. Susan se encontrava chorando disfarçadamente e Jonathan olhava para fora da janela encostado nas almofadas da cama. Christian entrou logo depois de mim me ignorando. Nem parece que nos entregamos ao outro no dia anterior. 
    Como é possível que meu coração dispare toda vez que o vê, que ouve sua voz? Ele estava tão lindo de barba feita, vestindo uma calça jeans e uma camisa pólo cinza, cabelos desgrenhados, úmidos e cheirosos do jeito que eu adoro. Não sei se era impressão, mas ele estava mais magro. 
      — E aí, cara? Tá melhor hoje? —  Se aproximou da cama do irmão.
      Jonathan o olhou irritado e depois desviou o olhar para Susan que ainda chorava o olhando de longe.
       — O quê está pegando, Jon?
       — Responde, Susan. É verdade tudo que meu irmão disse sobre vocês terem se pegado? Por que não me conta de uma vez?
       Não entendi nada. Ela olhou para Christian com muito ódio. 
       — Por que fez isso, por que disse a ele? A gente fez uma promessa, lembra? Ele disse que jamais queria saber o que houve entre nós e respeitamos sua vontade. Aquilo foi coisa nossa, Christian, você sabe muito bem disso.
        — Você não é melhor que ninguém, Susan. Fez meu irmão de palhaço indo embora com seu ex, o cara que te abandonou grávida. Eu disse na época para que se afastasse de você, mas ele não me deu ouvidos e assumiu sua filha como dele. Você era encrenca e ele sabia.
       — Christian, a gente estava bêbado. Foi um erro, você sabe.
       — Que erro? Agora aquilo tudo que aconteceu entre nós foi um erro? Eu estava a ponto de me apaixonar por você, Susan — Seu olhar vacilou para o meu — Você foi a única mulher que eu corri atrás. 
       — Era apenas capricho. 
       Ele a olhou intensamente e ela arregalou os olhos desviando o olhar. 
      Estou com ciúmes? Eles se entendem super bem e isso me deu insegurança desde que me casei. Ela é minha melhor amiga e sei o quanto ama o marido, mas Christian e ela... nem sei o que pensar. Não quero saber de nada o que houve entre eles. 
      Jonathan olhou para os dois visivelmente aborrecido. Começou a falar e meu marido o encarou com tristeza. Acho que ele estava se sentindo atacado por todos ao mesmo tempo e eu só queria consolá-lo.
       — Pensei que fosse meu melhor amigo, Christian. Primeiro você pega a minha mulher e depois minha irmã. Qual é a sua? Tá querendo ser como eu? Sua merda de vida nunca foi suficiente tendo aquele nosso pai sádico e uma mãe covarde? Depois de tudo que fiz por você, das surras que levei em seu lugar é assim que me paga?
      Olhei para Christian que parecia perdido com as palavras e o jeito rude do irmão. Ele me fitou abertamente pela primeira vez desde que entrou no quarto. Seu olhar tinha um misto de tristeza e de mais alguma coisa que eu não sei explicar e logo se voltou para o irmão novamente. 
       — Vocês estavam separados, eu não tenho que me desculpar. Ficar com ela era para provar que você merecia mais.
        — Mentira. Você estava afim dela, confesse, seja homem.

         — Eu estava desde do momento que ela desabrochou para a adolescência, todos sabiam, mas não passou disso. Quando vocês se separaram, não pude evitar. Você se casou com a Elisabeth que era sua zona de conforto, te perguntei várias vezes e você disse que a amava e que Susan era passado, era só mãe da sua filha. No dia do seu casamento, ela ficou mal e conversamos, bebemos e a consolei, quando vi, já estava tocando e beijando o corpo dela e foi humilhante ouvi-la chamar por você o tempo todo como fazia com o Luke.

       Fitei Jonathan que encarou a esposa por um momento, seu semblante ficou um pouco mais leve. Talvez por saber que ela o amava quando ele pensava o contrário.  

     — Na manhã seguinte conversamos e decidimos nos relacionar sexualmente — Christian continuou e desviou o olhar quando o flagrei me olhando —  Em nenhum momento quisemos te magoar. Você mesmo disse que não se importava com quem ela ficava.

     Jonathan respirou pesadamente parecendo um touro raivoso. Ainda olhava sério para os dois como se os repreendessem.
     — Quero ficar sozinho. Saiam todos.

      Fora do quarto, Susan deu um tapa em Christian. Fiquei tentada em brigar com ela, mas daí lembrei que ele não é mais nada meu. Mesmo assim me incomodou a tamanha intimidade que tem em fazer isso. Ainda não cheguei na parte do livro em que eles se relacionam porque a leitura meio que ficou parada por causa do nascimento da Sophie e dos meus estudos e quando eu tinha um tempo, preferia namorar. Agora posso terminar, terei tempo de sobra, infelizmente.

        — Como teve coragem de fazer isso?

        Ele parecia soltar fogo pelos olhos e deu um passo na direção dela como se fosse revidar, mas ela não parecia intimidada. 

        — Nunca mais encoste em mim desse jeito ou esquecerei que é minha cunhada. 

        — Sou mulher em primeiro lugar. 

        — Nunca me importei com isso e também não preciso fingir que sou melhor do que os outros. 

       — Não faço isso.
       — Sério? Você acha que acredito que você o ama? Você o trocou por outro e ele se transformou por sua causa. Eu o vi ser quem ele mais odiava.

       — Não foi assim. Fique sabendo que acaba de perder uma amiga.

        Ele franziu o cenho e depois riu com sarcasmo. 

       — Nunca fomos amigos, queria cunhada. Te chupei e você sabe muito bem que não estávamos tão bêbados e não foi só isso que aconteceu. 
       — Não interessa, Christian. Ele optou em não saber, deveria ter respeitado.
       — Você é uma mentirosa como ela — Apontou pra mim — Seja sincera com ele e diga que te comi muitas vezes. Que tivemos um relacionamento baseado no sexo por um tempo. Vocês não estavam mais juntos e ele jurava que não te amava e você fazia o mesmo. Fala sério, agora ele é a vítima? Ele se casou com outra e jurava que a amava. Cara, eu sempre estive afim de você pra caralho, quis te comer, você me deu de todas as maneiras e gozou muito. Só não se faça de inocente e foda minha amizade com o único amigo que tenho. 
      — Você sabe muito bem o motivo que nos levou a nos relacionar, por que não disse a ele? E pare de dizer tantas asneiras. Pare de misturar nossa relação inexistente com a que você tem com a sua esposa.
       — Susan, por favor, não começa — Ele a acariciou e aquilo me doeu como se eu tivesse levando facadas — Eu estava afim de você, estávamos sozinhos, desimpedidos, fizemos um acordo, transamos depois de ficarmos quando estávamos bêbados — O olhar dele caiu no meu enquanto falava — Vai me dizer que se arrependeu? Se arrependeu de cada vez que gozou nos meus braços? Você sabe que foi a única que conseguiu despertar algo em mim e no entanto, voltou pra ele sem se importar comigo — Mexeu nos cabelos dela e a fitou — Se ele não te quiser, fica comigo de novo? Podemos tentar fazer dar certo dessa vez. 
       Susan engoliu em seco e me fitou totalmente sem graça. Não quero ser expectadora do homem que amo se declarando pra outra. Está doendo tanto. Ele fechou os olhos e se virou de costas se afastando. Ela veio até mim e sussurrou:
        — Não sou eu quem ele quer. Ele está tentando se enganar pra te esquecer, não permita. Aquela declaração foi pra você. Christian nem mesmo se apaixonou por mim como quer que pensem. A gente estava junto e ele tinha outras ao mesmo tempo. Eu não o amava, só quis ser alguém que eu não era. Ele só não sabe lidar com esses sentimentos.
         —  Não sei, Susan, acho que não o conheço como achava — Essa não era a hora de ser egoísta — Você está bem?
         — Não, mas irei ficar. Pegue um táxi para casa — Me abraçou triste e saiu.
       Me aproximei de Christian que se mantinha na mesma posição. Como eu queria tocá-lo, beijá-lo.
        — Vai me julgar também?

        — Pra que? Tem gente demais fazendo isso. Ninguém é perfeito. Jonathan só não sabe como lidar com o que aconteceu entre você e a esposa dele agora, mas irá descobrir.

        — Hoje eu o entendo. É difícil saber que sua mulher esteve nos braços de outro, pelo menos, ele não viu assim como eu. 
       Ele se virou e me encarou.
       — Susan me fez bem, Kimberly,  como você, só que você eu amava e não ficava na minha zona de conforto. Posso perder meu melhor amigo e isso dói,  não sei o que eu faço.    
        — O quê aconteceu de verdade para ela estar tão irritada. 
        — Eu prometi a ela que a faria esquecê-lo e mentir pra ele os verdadeiros motivos. No começo não ouve nada entre nós, só beijos roubados e ela me afastava sempre, no dia do casamento do Jon, ela surtou, chorou, bebeu e me implorou para que a levasse embora. Acabamos transando e ela me chamava de Jonathan a todo momento. Demorou muito pra ela me aceitar de novo. Combinamos de ver no que iria dar e mantivemos nossa relação baseada no sexo e foi muito bom até que não deu mais quando meu irmão me confessou que a amava. Me senti mal porque eu acreditava que ele não sentia nada por ela, que amava a Lisy, ele dizia isso e acreditei ou quis acreditar para me sentir menos traidor. Mas é isso que eu sou, não? Não sei como me desculpar sem ficar na defensiva. 
       — Explique e peça desculpas. 
      Ele me abraçou repentinamente e aproveitei para sentir seu corpo junto ao meu. O abracei com força, depois suavizei traçando linhas imaginárias pelas suas costas, apertei seus braços musculosos, afaguei seus cabelos, pus a mão debaixo de sua camisa e alisei seu abdômen, subi até seu peito, seu pescoço e ele me encarou por um longo tempo enquanto eu explorava seu corpo com meus dedos e unhas. Houve um momento em que ele rodeou meu rosto com seu olhar febril ao ponto de me esquentar. Travávamos uma batalha de olhares. Sua mão segurou a minha e ele deixou cair um beijo demorado e fechou os olhos por alguns segundos.
      — Sinto sua falta, falta da Sophie. Traga ela de volta pra mim, por favor? Eu faço qualquer coisa que me pedir. 
       — Você me ama?
       Fiquei em silêncio apenas mergulhada no profundo azul daqueles olhos enigmáticos e hipnotizantes. 
       — Ama? — Repetiu.
       — Eu te amo, não deixei de amar nem um dia sequer. Amo a Sophie também. Eu preciso muito dela, por favor, Christian, me puna de todas as formas cabíveis, mas não tire ela de mim. Você mais do que ninguém sabe o quanto amo aquela garotinha, sabe que ela é o meu sentido de viver. 
      Ele balançou a cabeça negativamente e uma lágrima caiu. Fitou o chão com o cenho franzido e largou a minha mão gentilmente.
       — Preciso ir.

       Ele se foi sem me dar uma resposta, sem brigar, sem xingar, sem nada e o meu coração se partiu novamente.

💙💪 CHRISTIAN WINSOR  

      As semanas se passaram desde que a vi pela última vez. Ela quer ver nossa filha e não sei o que fazer. Ela sempre foi uma mãe exemplar. Elas se amam. Tenho que pensar e agir, não posso separá-las. Sophie irá crescer e nunca vai me perdoar por a ter distanciado da mãe e a cada dia que passa posso estar plantando o ódio no coração de que jura que me ama. 
      Meu irmão já estava em casa a algum tempo. Jonathan teve um infarto falso. É causado por estresse. Não sei o termo médico. O importante é que está sadio, se recuperando maravilhosamente, porém seu relacionamento com minha cunhada não está nada bem e a culpa é minha. Não sei o que fazer com a minha vida, imagina com a dele. Por que só eu tenho que sofrer por amor? Por que ele pode ser feliz com a mulher amada e eu não? Não é nem um pouco justo.
     Jonanthan entrou na nossa sala igual a um furacão trazendo uma caixa grande e começou a jogar suas coisas na mesma. Não me olhou e muito menos me cumprimentou. 
       — O que está fazendo?
       — Mudando de sala. Não irei mais dividir a mesma com você. 
       — Jonathan e a nossa amizade, irmão?
       Ele parou o que fazia e me encarou com raiva. Ele nunca havia me olhado dessa maneira. Sei que errei, vejo isso agora, mas quero que me perdoe. Não irei apagar o passado, porém quero consertar nosso futuro.
       — Que amizade? Não somos mais nada além de sócios, colegas de trabalho — Jogava as coisas na caixa com raiva — Eu amava aquela mulher e você como meu irmão deveria ter percebido quando menti. Ela não quer me contar os detalhes, diz que tenho que ler naquele maldito livro. Não sei quanto tempo conseguirei tirar a imagem de você transando com a minha mulher. Você a tratou como lixo, se aproveitou da vulnerabilidade dela, a fez se sentir amada e depois pisou nela. 
      — Você não sabe o que aconteceu de verdade, não pode supor nada. Eu sou o vilão agora e ela é santa?
      — Eu não sei de nada, Christian. 
      — Sinto muito. 
      — Se sente mesmo, então, não procure mais a minha irmã pra ser seu capacho como a Susan foi agora que está sofrendo por amor.
       — Foi somente um mês, cara, depois acabou de vez.
        — Não quero mais saber. Não tem como te olhar e não lembrar das coisas que ela me disse que vocês faziam. Pedi tanto que não queria ficar a par daquilo e mesmo assim você fez e agora minha mulher e eu estamos separados. Não posso tocá-la, nem olhá-la. Preciso de tempo pra superar isso. 
        — Ela ainda te amava e eu queria saber o porquê. Fizemos um acordo e ela queria te esquecer. No começo pensei que estava indo bem, mas conforme os dias passavam, percebi que toda vez que ela te via, morria por dentro. 
      Ele pegou a caixa nos braços e me encarou com um vazio dentro dos seus olhos azuis como os meus.
        — Christian, você pra mim, morre aqui. Não me procure mais, fique longe da Susan e de toda a minha família. Não quero mais você na minha vida. Infelizmente não posso desfazer o terrível engano de sermos irmãos. Só virei ao escritório quando for estritamente necessário porque não quero ter que te ver.
       — Jonathan, você precisa me ouvir.
       — Eu entenderia na época se tivesse me contado, mas agora você jogou as palavras colocando a Susan no mesmo patamar que a Luísa. Você a usou porque é isso que você faz com as pessoas. Fique longe de nós.
       Saiu levando meu coração junto. Preferia morrer ao ouvir essas palavras odiosas dele. Não sei o que é isso que sinto, mas dói, dá vontade de chorar, de dormir e nunca mais acordar.
      Observei Natasha na minha frente, disposta a me dar um abraço, sei lá, mas não é dela que preciso. Peguei meu casaco e saí. 
      — Oi, meu filho, está tudo bem? 

      — Mãe, preciso que me faça um favor?

💗🌼 KIMBERLY WINSOR 

        Não aguento mais chorar. Fechei a última mala com as minhas coisas e me sentei para atender ao celular. Tô exausta, meu corpo está cansado e dolorido. Tô perdida. Meu pai alugou um lugar para morarmos na Espanha e também conseguiu um estágio pra mim. Irei recomeçar e lutarei legalmente pela guarda da minha princesa. Vou colocá-lo atrás das grades pelo que nos fez. Ele manipulou todo o sistema e isso é crime. Aposto que não sente nada. Simplesmente usou a nossa filha para se vingar de mim. Em nenhum momento pensou nela, não imaginou que possa a estar ferindo também. O dinheiro que me deixou, usarei contra ele.
       — Alô?
       — Mamã.
     Meu coração e lábios sorriram. Como era bom ouvir a doce voz inocente da minha princesa. Tô morrendo de saudades. O máximo que já fiquei sem ela foi apenas um dia e meio quando ia pra casa dos avós e mesmo assim eu morria de saudades. Essas semanas sem vê-la estão me destruindo. Ele fez isso comigo, conosco e jamais irei perdoá-lo. Lágrimas brotaram dos meus olhos e tentei disfarçar para que ela não se preocupasse. 
     — Meu amor, onde você está?
     — Na praia com a "abuela" é muito legal, mamã. Você vem?
      — A mamãe está ocupada, mas logo nos veremos. Eu te amo.
      — Eu também te amo, mamã. 
      — Passa pra vovó. 
      — Kimberly, não peça porque não trairei meu filho como você fez. Preciso ir — Desligou sem ao menos me deixar explicar. 
      Agora fiquei com mais saudades dela. Se eu conversasse mais, iria chorar e não quero que ela me veja assim. Preciso ser forte pra lutar por ela. 
      A campainha tocou e abri meio desconfiada ao ver Jonanthan parado e sem graça. 
       — Será que eu posso entrar?
       — Claro, a casa é sua.
       — Agora você mora aqui, então é sua.
      Dei passagem e ele entrou com algo nas mãos. Se sentou e me encarou. Me sentei ao seu lado.
      — Percebi que você não se abalou com o que aconteceu entre meu irmão e a minha mulher. Ele é seu marido, achei que te afetaria também. 
       — Eles estavam sozinhos e independente do que aconteceu, ficou no passado. Não posso julgá-los como você está fazendo. 
        — Acha que estou fazendo isso?

        — Sim. Deveria parar e ouvi-la.

        — E ele, não? 

        — Não sou  a dona da verdade. Ouça o seu coração. 

       Ele arqueou as sobrancelhas e depois me mostrou o livro.
       — A página está marcada. Pode ler comigo?
     Me sentei mais perto e ele abriu o livro da autobiografia da Susan.   
     Eu não estava sendo honesta. Me incomodava o fato de Christian e Susan terem tido um caso.

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      Não era pra eu ter vindo ao cartório. Pra que tô me torturando? Lisy disse que Jonanthan a ama, mas eu não acreditei e então eu o vi na cama com ela. Estávamos casados. Como ele pôde?
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      — O que? Eu não a traí, nunca — Explicou — Foi um mal entendido. Eu nem sabia que ela havia ido ao apartamento da minha irmã. Giulia mentiu que estava mal pelo... Christian. Lisy, minha ex esposa que é uma cobra, estava lá. Elas armaram pra mim. Colocaram sonífero na minha bebida e Elisabeth ficou deitada nua sobre mim. Elas me despiram. Susan chegou e nos viu. Eu não soube de nada até ler no livro dela. Na época, acordei de roupa e só achei que havia cochilado.
      — Nossa, sua irmã fez isso?

      — Ela e a Lisy eram como irmãs. Giulia também se decepcionou com ela e se afastou. Contou a verdade e pediu desculpas. 

      — E você a perdoou?    

      — Sim, ela é minha irmã e a amo. 

       Se ele diz. Pra mim ela é uma cobra. Não  a suporto. 

   
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     Ela o beijou e ele deve ter gostado, afinal ele a ama. Não posso mais ficar assim, sofrendo por quem não sente absolutamente nada por mim. Fechei e abri os olhos e ele me viu. Patética. Uma mão segurou o meu braço. Era o Christian, meu amigo, meu irmão. Me deu vontade de cair em seus braços e chorar.
     — Você está bem?
     — Não, só quero ir pra casa.
     — Vem, eu te levo. 
      Fomos para o meu apartamento e no carro senti que ele me olhava como sempre fazia. Meu coração não era dele, mas eu queria que fosse. Ele pelo menos gostava de mim.
      — Susan, me dá uma chance.
      Mal entramos e ele segurou meu rosto querendo me beijar. 
      — Sim.
      Ele sorriu e olhou pra minha boca. Me deixei levar e fechei os olhos me entregando ao seu beijo urgente. Eu não sentia nada, mas precisava sentir. Sua mão tocou meu seio.
      — Christian, não. 
      — Eu sempre quis te tocar. Você é tão delicada diferente das mulheres com quem fico.
      — Giulia também é delicada.
      — Não como você. 
      Seus beijos alcançaram meu pescoço e sua mão foi para minha barriga e escorregou para dentro da minha calcinha. Seus dedos trabalharam suavemente e eu senti um prazer estranho diferente do que tive com Jonanthan. Era apenas bom porque faltava amor.
      — Melhor a gente parar — Me afastei e nem fiquei pra ver o que ele fazia com os dedos que estiveram dentro de mim. 
      Nos sentamos e bebemos whisky. Ele me deixou ficar bêbada e falar sobre o quanto eu amava seu irmão e o quanto doía que ele amasse outra. Eu disse tudo que eu sentia desde pequena até os dias de hoje. Ele ouviu tudo atentamente. 
      — Bom, se ele te traiu e ainda casou com a amante, você poderia começar a pensar a esquecê-lo ficando comigo.
     — Não acho uma boa ideia.  
     — Você não quer ficar com o Luke. Eu sou melhor do que ele que mal sabe como tratar uma mulher como você. 
     — Luke tentou e eu não esqueci seu irmão.

     — Mas eu não sou ele. Diga que sim.

     — Por que? 

     — Você é meu sonho, Susan. Sempre te quis e podíamos fazer um acordo. 

      — Que tipo de acordo? 

      — Você me dá o que eu quero e te ajudo a esquecer o Jon de uma vez por todas. 

      Assenti. Não tenho mais nada a perder. Perdi quem eu nunca tive. 

       — E o que você quer exatamente? 

       — Você todinha pra mim todas as noites. Nua em meus braços. 

      Christian me deitou no sofá e tirou minha camiseta e minha saia. Tirou sua camisa e pôs minhas mãos na sua pele e as deslizou e a gente se olhava. Era esquisito. De repente, ele segurou os meus seios enquanto beijava minha barriga e continuava descendo. Christian é puro erotismo. É lindo, gostoso. Qualquer mulher se mataria para estar no meu lugar, mas não consigo me concentrar. Jonathan, ele é dono dos meus pensamentos, sempre foi. 
       — Susan?
       — Continua, Christian. 
      Ele desceu mais e me lambeu. Nossa, ele muito bom nisso. Gemi e ele foi mais enérgico. 
     Quando ele me penetrou com os dedos, arqueei as costas. Aquilo foi bom, apenas bom.
     No final ele ficou sobre mim me beijando sem parar. 
      — Vou te penetrar agora.
      — Não. 
      — Por que?

      — Hoje não.

      — Não me negue. Estamos sozinhos.

      — Hoje não  — O empurrei e me levantei colocando minhas roupas — Melhor chamar um táxi pra você.

       Ele se ajeitou e segurou minha mão. 
       — Sempre fui louco por você e todos sabiam, eu deixava claro. Me dá uma chance para sermos felizes? Vou fazer você esquecer quem não te ama.
      — Volte amanhã — Lhe dei um selinho e ele saiu. 

      Dias depois ele voltou. 
    Christian entrou em mim e aquilo foi muito esquisito. Ele se movia tão bem que fui obrigada a abraçá-lo. Fechei os olhos e foi o meu erro. Tudo que eu via era o Jonathan na minha frente, dentro de mim e gritei de prazer.
      — Jonathan, eu te amo, Jonathan. 
      Ele acelerou e se jogou para o lado.
      — Me desculpe, Christian. 
      Ele não me olhava. Olhou algo no celular e se vestiu.
      — Preciso ir.
      — Vai se encontrar com outra?
      — Sim, alguém que goze porque eu estou ali e não com outro no pensamento. 
      — Sinto muito. 
      — Não sou o Luke — Estava com raiva — Ele pode ter aguentado essa merda por anos, mas eu não irei.
      — Tudo bem. 
     Ele saiu e me deitei arrasada. Por que eu tinha que agir assim?

    Depois de uma semana, Christian voltou e entrou me beijando. Tirou a camisa e me levou para a cama. Nos beijamos e ele foi acariciando meu corpo antes de beijá-lo. Me virou de bruços e segurou meu bumbum. 
     — Vou brincar com ele hoje.
     — Não. Saí, Christian. 
     — Tô brincando. Você é muito santa.
     —  Não sou.
      Ele tirou a camisa e fez uma inspeção com a boca pelos meus seios e o afastei um pouco quando a campainha tocou.
      Antes de eu correr para atender, ele abriu a porta e nos deparamos com Jonathan e Ayra em seu colo. Ele olhava de mim para Christian. 
    Fui atrás da minha filha que correu para o quarto e se fechou em seu mundo. Ela precisa de tempo e espaço para se abrir. Desci para saber o que estava acontecendo e Jonanthan já havia ido embora.
      — Eu vou também. Acho que tô pedindo demais.
      — Não entendi.
      — Vi o jeito que olhou para ele, Susan. Eu não sei lidar com merdas como essa.
      — Você disse que me ajudaria a esquecê-lo.
      — Como se você o tem no seu altar para adorar sempre que o vê? Isso não é pra mim. Ele te ama também, mas você é cega para não perceber. 
       — Ele te disse?
       — Na verdade, ele disse que não te ama, mas agora vi que mentiu.
       Eu não acredito. Apertei a mão dele e decidimos esquecer esse fracasso de relacionamento que tivemos. Definitivamente vou morrer amando esse homem e nunca conseguirei me entregar a alguém por completo por culpa dele que ama outra. 
♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

      Não irei mentir e dizer que a leitura foi boa, porque não foi. Pensar no Christian e na Susan fazendo amor, me dava ânsia e raiva, muita raiva

      Jonathan me olhou sério. Não sei o que pensava, até que falou:
      — Nossa, eu não tinha ideia de que ela sofrera tanto. Fui tão bobo e infantil. Ela estava sofrendo.
      — Sim, eu estava porque te amava.
      Ele se levantou e foi até a esposa e a beijou. 
       — Eu te amo, me perdoa?
       — Vamos esquecer? O importante é que você sabe agora que Christian e eu fomos infantis tentando algo que claramente nunca daria certo. 
       — Sim, fomos todos bobos — Voltou a beijá-la.
       Nunca tive tanta inveja de alguém como tenho desses dois. Eles eram tudo que eu queria nesse exato momento.
      Eles saíram alheios a tudo. Imagino aonde irão comemorar essa felicidade. Voltei a arrumar minha mala antes que meus pensamentos me traíssem e fossem direcionados a quem eu menos queria para não sofrer novamente. 
     
     A porta da frente estava sendo esmurrada. Será que não enxergam que tem campainha? Não imagino quem seja às 11 horas da noite.
    Abri e me surpreendi ao vê-lo. Estava acabado. Com olheiras, mais abatido desde da última vez que nos vimos. Sua magreza estava espantosa. 
      — Me ajuda, por favor?
      O deixei entrar e mal fechei a porta e ele colou sua boca na minha com urgência. Enlacei seu pescoço acariciando seus cabelos da nuca. Logo estava em seu colo sendo levada para a cama sem separar nossas bocas. 
     Sentei em seu colo no meio do leito ainda o beijando e tirei sua camisa com pressa, doida pra tocá-lo. Paramos de nos beijar e alisei seu peito de cima a baixo sem desconectar dos seus olhos. Apertei seus braços musculosos, contornei suas tatuagens com a mão aberta que tinha o rosto do pai dele, dos irmãos, da mãe, minha e de Sophie e no outro braço fiz o mesmo com a frase em japonês que circundava o antebraço esquerdo que dizia: "Sophia, minha mãe, meu tudo. Ela me deu a vida, me deu amor e me deu seu abandono. Eu a amo. Desejei tanto a morte que nem ela me quis porque não mereço ser amado". Tinha uma nova citação que não estava quando nos separamos.
     Alcancei suas costas e deslizei as unhas acima do seu bumbum que tinha outra tatuagem, a mesma que seu irmão Jon, ele me disse que fizeram juntos e dizia: "Eu sobrevivi, nós sobrevivemos - Jonathan e Christian".
      Depois de tudo que passou com aquele pai horrível, compreendo porque não confia em ninguém, porque não consegue acreditar nas minhas palavras. Ele já foi muito enganado e o amor daqueles que deveriam ter feito tudo e mais um pouco fora negado. Não queria que tivéssemos tão machucados. Não tenho resposta para quem fez essa armação porque não conheço direito essas obcecadas pelo meu marido. Poderia ser qualquer uma. Só preciso que ele me ajude a descobrir outro responsável além de Jean.
      — O que está fazendo?
      — Te adorando. Você sabe que amo seu corpo, suas tatuagens. Além do mais, sinto que não o verei mais. 
        — Você só diz bobagens — Roçou o polegar pelo meus lábios — Quer lambê-las?
       — Quero. 
       — Depois. Agora quero te adorar pela noite toda.
     Ele me deitou devagar tirando minha calcinha, passando a mão pelas minhas pernas, subindo pela minha barriga e seios gentilmente. Meus mamilos enrijeceram ansiosos pelo seu toque e pela sua boca. 
      Deslizei meu dedo pelo seu rosto o contornando, desci pelo pescoço e ombros.
      — Kimberly, pare — Respirava devagar. 
      — Quero te adorar.
      Ele fechou os olhos como se travasse uma batalha interna. 
      — O que diz a nova citação que fez depois que nos separamos?
      — Era uma surpresa. Planejei um jantar romântico para contar sobre eu ter passado na prova para me tornar juiz e também para mostrar a homenagem que fiz ao nosso amor — Me fitou com brilho no olhar — "Kimberly, a mulher da minha vida, a única que amei e a única que amarei. Você me salvou, meu doce anjo, sexy, feiticeiro, venenoso, sedutor, comilão, provocador e atrevido"
      Sorri toda boba. É nítido o quanto me ama, o quanto nos amamos.
      — A gente não pode acabar assim, Christian, precisamos um do outro. Não jogue o que temos no lixo. Eu te amo, só se importe com isso.
      Sua boca pairou sobre a minha e então ele me tinha outra vez em seu domínio. Na verdade nunca deixou de ter.
       — Não consigo viver sem você, por favor, me aceite de volta?
       Ele me encarou como se eu fosse algum ser estranho. 
      — Você me ama, não ama, Christian?
      Ele não respondeu, abriu a boca sobre meu pescoço e o sugou me fazendo gemer e jogar a cabeça pra trás desesperada pra tê-lo dentro de mim.
      — Christian, não me torture mais.
      — Fica quieta. Me deixe fazer o trabalho que mais amo nesse mundo. 
     Seus beijos e toques foram descendo e pararam nos meus seios no qual ele os chupou devagar, puxou um mamilo entre dentes enquanto outro era acariciando por dois dedos. Cravei meus dedos em seus cabelos e os puxei. Ele continuou descendo e lambeu minha intimidade rapidamente. Se levantou e tirou a calça pegando algo do bolso. Era uma camisinha. Me sentei e ele me fitou. A gente nunca usou esse tipo de proteção. 
       — Eu tô protegida. Tomo pílula, você sabe.
       — Não tô falando sobre essa proteção
       Abri a boca incrédula. Ele conseguiu acabar com todo o clima.
       — Melhor que vá. 
       — Eu irei, mas só depois que pertencermos um ao outro novamente.
       Eu estava séria e de repente fechei as pernas. Ele me olhou durante um longo tempo e jogou o preservativo longe.
       — Confia em mim?
       — Eu posso?
       — Sim. Você foi o único. 
       Segurei firmemente em seus ombros enquanto ele se botava pra dentro. Tão bom. Acho que não é normal alguém se sentir tão mole nos braços de outra pessoa. Quero negar, mas não consigo. 
        — Amo tanto você, Christian, meu, só meu.
        — Você é minha, nunca se esqueça. Não permitirei que outro toque no que é meu novamente. 
        Nos beijávamos enquanto ele arrematava forte, rápido e duro, depois se limitava a ir devagar sem deixar de me beijar.
       — Goza, gostosa, goza, cavalga no meu pau que é só seu.
     
     Depois de algum tempo que havíamos nos satisfeito, ele ainda não havia saído de cima de mim. Senti seu corpo convulsionar pelo choro. O abracei mais forte.
       — Tô tão ferrado. Perdi você, meu irmão,  meus amigos, minha mãe. Não posso perder mais ninguém na minha droga de vida. Preciso tanto de você. 
       — Você não me perdeu, tô aqui quando me quiser, só diga que me quer de volta. 
        — Não posso. Você me traiu. Se eu te aceitasse, nossas vidas seriam um inferno.
       Houve um silêncio memorável e ele começou a alisar meu cabelo e beijar meu rosto. 
       — Quero te perdoar, quero que volte pra casa, mas primeiro me conte o que aconteceu naquele dia? Como pôde sair de lá com o Jean? Quero te ouvir. 
      Eu não me lembro ainda. Não tenho nada pra contar. Nos fitamos intensamente. Ele estava dando uma chance para que eu me explicasse e eu não podia dizer algo que não sabia.
        — Confia em mim? Vamos tentar?
        — Não irei te amar, não confio mais em você.
        — E por que está aqui?
        — Quero te tirar do meu sistema e para isso preciso te foder até cansar. Me ajude a te esquecer, Kimberly, por favor, eu preciso, não aguento mais aquela cena se repetindo na minha mente o tempo todo. Amo tanto você, tanto, tanto que dói e só quero que pare de doer.
       — Christian — O acariciei na face com as minhas lágrimas também caindo — Acredite em mim, por favor?
        — É o quê eu mais quero, mas não consigo. Eu vi. Doeu demais. Eu te amo, Kimberly, te amo muito e não tô suportando ficar sem você. Não sei mais o quê fazer. Eu te amo, te quero.  
       Gemi quando ele começou a se movimentar. Por que não resisto? Eu não quero resistir. 
     — Você pediu que Sophie me ligasse?
     — Não posso separá-las. 
     —  O quê isso quer dizer?
     — Eu te amo e irei consertar a merda que fiz.

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