Diário de Um Sobrevivente

By LucianoJnior

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No ano de 2018 um tipo de praga ou infecção atacou a humanidade e nós nem ao menos sabemos de onde isso surgi... More

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By LucianoJnior


A idéia de aprisionar os zumbis no galpão deu bastante certa e acabou se tornando meu novo passa-tempo. Religiosamente, às 6h da manhã eu me via de pé no primeiro andar de um prédio próximo a igreja, mas não esperando a missa e sim o sino que precedia a reunião de zumbis em frente ao templo.

Depois que larguei o primeiro bando trancafiado no galpão semana passada, eu fui a pé até um dos locais onde havia deixado um dos carros escondidos, aqueles que peguei do antigo abrigo de Frank. Precisava de um novo carro já que o que eu vinha dirigindo tive que deixar trancando a porta do galpão dos zumbis.

A caminhada foi longa mas quando se está com níveis constantes de álcool no sangue a noção de tempo fica um tanto embaralhada. Não sei bem ao certo o quanto caminhei, mas o importante é que alcancei o ponto onde havia largado o carro e antes mesmo do amanhecer chegar eu já dirigia de volta a igreja.

Já sabia o que estava pra acontecer enquanto me aproximava, e ao chegar ao local o que precisava fazer era apenas esperar. Às 6h da manhã o sino tocou como o esperado e os mordedores espalhados pela região se amontoaram em frente às portas pesadas de madeira da igreja.

Quando o sino cessou suas badaladas eu apenas precisei buzinar repetidas vezes para chamar atenção dos zumbis e após isso simplesmente segui o mesmo roteiro do dia anterior.

Fiz isto durante mais dois ou três dias, todas às vezes sem nenhum grande problema. Meus dias ainda continuavam repetitivos mas ao menos pareciam ter mais propósito a essa altura.

O vicio do álcool não diminuiu, muito pelo contrário. Alguns dias acabo por acordar bem antes do sino tocar, então para matar o tempo até lá, uma garrafa de destilado sempre era a melhor opção. E claro que sempre terminava a garrafa, ou abria uma nova, após aprisionar os mordedores.

Enchi bons galpões com os zumbis que atrai da frente da igreja, mas logo os mordedores que circundavam pelo raio de alcance do barulho do sino acabaram e eu precisei de uma nova estratégia.

Poderia muito bem ter parado com aquilo quando os zumbis da região da igreja acabaram, mas era algo que completava de alguma forma meu dia e fazia o tempo ser menos maçante. Além do mais, eu comecei a observar os zumbis de uma maneira diferente. Antes eles eram minha maior fonte de ódio, eu os odiava por tudo que eles haviam tirado de mim, mas hoje já não me sinto assim.

Agora tenho muito mais tempo para observá-los e começo a pensar que eles apenas são o que são. Não nos ferem ou nos caçam porque são maus, simplesmente fazem. Simplesmente seguem sua natureza animal e pra eles nada mais importa. Admito que começo a me sentir cada vez mais como um deles, estou sentindo minha humanidade e meus problemas ficarem para trás.

E cada vez mais acho que meus problemas ainda me perseguem apenas por ainda carregar algo de humano comigo. Não posso deixar de pensar que se eu conseguisse tirar essa parte de mim, poderia enfim me tornar livre.

Depois que o sino da igreja deixou de ser efetivo eu precisei arrumar um novo jeito de atrair os zumbis para onde queria, e não demorou muito para a idéia vir a minha mente. O novo carro que eu dirigia possuía alarme e o controle dele era embutido na chave de ignição.

Eu então apenas precisava trancar o carro, acionar o alarme e acertar alguma parte da lataria para alarmá-lo. Fiz o teste e funcionou como eu esperava. O barulho do alarme era bastante alto e se propagava bem, podia ser ouvido num bom raio de distância. O suficiente para atrair os zumbis.

Como eu não precisava mais esperar um horário especifico para conseguir levar os zumbis até os galpões, podia fazer agora muito mais de uma viagem por dia. E o local da armadilha pros zumbis também pôde ser deslocado para bem mais próximo da região dos galpões, o que facilitou bastante meu trabalho.

Nos dias após começar usar o alarme do carro como forma de atrair os mordedores eu consegui trancafiar pelo menos o dobro de mordedores que tinha conseguido quando esperava pelo sino.

Depois de oito dias eu já tenho quase 10 galpões abarrotados de zumbis. Às vezes perto do anoitecer, assim que tranco o último bando do dia em um dos galpões, eu me sento dentro do carro no meio da rua e apenas fico a ouvir o barulho deles. Antes eu me incomodava muito com os grunhidos, hoje não me importo de ouvi-los enquanto espero cair no sono.

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