Por trás do gelo [Em revisão]

由 juleaina

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PLÁGIO É CRIME! Independentemente da sua idade, é um ato totalmente desprezível e ilegal. Dê orgulho a si mes... 更多

Prólogo
Capítulo 1 - Despedidas nunca são fáceis
Capítulo 2 - Próxima parada: cama!
Capítulo 3 - Novas aventuras nem tão desejadas assim
Capítulo 4 - Iniciação oficial em uma nova cidade
Capítulo 5 - Primeira festa, primeiro erro
Capítulo 6 - Pegadinhas do Universo
Capítulo 7 - Que os jogos comecem
Capítulo 8 - Meninas também sabem trocar pneus
Capítulo 9 - A advocacia está no DNA
Capítulo 10 - Machistas não passarão
Capítulo 11 - Existe amizade entre cães e gatos
Capítulo 12 - Memórias ruins aparecem a qualquer hora
Capítulo 13 - Partidas de hóquei são ótimas para fazer novas amizades
Capítulo 14 - Nunca dê o primeiro gole
Capítulo 15 - Quando as coisas começam a fluir
Capítulo 16 - Quebre regras pela sua melhor amiga
Capítulo 17 - Barmans nem sempre são confiáveis
Capítulo 18 - Por um bem maior
Capítulo 19 - Espírito competitivo masculino
Capítulo 20 - Sequestros são menos assustadores em filmes
Capítulo 21 - Jogue como uma garota
Capítulo 22 - Passeios noturnos
Capítulo 23 - Madrugadas são ótimas para compartilhar segredos
Capítulo 24 - Mudamos de acordo com nossos hormônios
Capítulo 25 - Caixa de mentiras
Capítulo Extra, por Apolo - Autocontrole
Capítulo 26 - Piranhas na piscina
Capítulo 27 - Dando o sangue
Capítulo 28 - Família
Capítulo 29 - Há oceanos entre nós
Capítulo 30 - Surpresas de aniversário
Capítulo 32 - Às vezes nem pizza melhora o dia
Capítulo 33 - Avalanche de azar
Capítulo 34 - Bolas de vôlei atraídas por cabeças avoadas
Capítulo 35 - Quando o dia começa uma merda, mas acaba maravilhoso
Capítulo 36 - Pedidos de desculpas seguidos por novas interações
Capítulo 37 - O grande dia

Capítulo 31 - Nem toda surpresa é agradável

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由 juleaina


– Precisamos conversar. – foi assim que meu pai me cumprimentou logo pela manhã.

Acho que de todas as palavras existentes na língua inglesa, não havia nenhuma que fosse tão assustadora quanto essas.

Nunca, nunquinha, elas antecediam algo bom. Digo isso porque vovô já me abordou dessa maneira várias vezes e, bem, todas elas resultaram em castigos. Como na vez em que eu iniciei uma guerra de comida no refeitório da escola e a diretora ligou enfurecida para ele, mal abri a porta e fui atingida por precisamos conversar. Depois da maldita, fiquei sem doces por um mês. Então, eu meio que sabia o que existia por trás do lance do precisamos conversar, e não era nada legal.

A cara do meu pai não estava amigável, o que me fez perceber a seriedade da situação, mas não havia tempo de me trocar. Só que eu deveria ter trocado ao menos a blusa, uma vez que a mesma era de Apolo e o meu serzinho interior me alertava que ele estava diretamente ligado ao precisamos conversar.

Céus, eu deveria mesmo ter trocado aquela maldita blusa. Cheirosa, macia e quente, mas maldita.

– Não sei se você sabe, Brise, – alerta um: ele não me chamou de filhota. – mas Olívia sofre de insônia e toma remédios controlados, só que ela se esqueceu de comprar e passou algumas noites em claro. – eu não sabia o porquê dele estar citando a mãe de Sol na conversa, mas coisa boa não podia ser. – Ela deixou escapar que em uma noite em especial, escutou conversas vindas do seu quarto. Entre você e Apolo. Você poderia me explicar?

Eu não fazia ideia de que Dona Olívia fizesse do tipo fofoqueira, mas não era novidade nenhuma eu estar enganada sobre algo. Além do mais, como explicar ao seu pai uma coisa que nem mesmo você sabe?

Quero dizer, fazia alguns dias que Apolo estava dormindo no meu quarto e que nós, consequente ou obviamente, estávamos trocando um beijo aqui e outro ali, só que éramos precavidos o bastante para deixarmos nosso envolvimento às escuras. Gregory e Sam sabiam, mas eram uma exceção, bem como Lizzy, Dave e Nicole. Eu não me via com Apolo como um casal e acho que ele também não, era por isso que não contamos a ninguém que estávamos, grosseiramente falando, juntos. Só que, particularmente, eu achava impossível nenhum de nossos amigos não ter notado que alguma coisa estava diferente. Fala sério, estávamos andando juntos e não havia tentativas de homicídios entre nós.

No entanto, eu duvidava que qualquer que fosse a minha resposta, não o agradaria de modo algum. Por meio segundo pensei em mentir e dizer que a velha estava tendo alucinações de abstinência, entretanto, meu pai e eu estávamos começando a criar um laço tênue de confiança e eu não queria quebra-lo por uma besteira. Logo, eu tinha que falar a verdade a ele, mas eu também não estava total e claramente a par dela.

– Nós não estamos transando. – ok, não havia mentira nisso, só que mesmo assim não pude deixar de questionar o meu cérebro quanto a essa informação. Meu pai ficou vermelho e aposto que eu também, sexo era um tabu entre pai e filha, e com a nossa falta de convívio, isso só se agravava. – Eu juro!

Alexander Whitford Turner respirou fundo, ainda vermelho, e quando voltou a falar, estava gago.

– Deus, Brise! – exclamou. – Essa possibilidade nem tinha passado na minha cabeça! Agora vou ter que ficar remoendo isso também?

– Não! – praticamente berrei, apavorada. – É sério, pai, nossos órgãos sexuais não tiveram nenhum contato, nem direito nem indireto.

À medida que eu falava, parecia que piorava cada vez mais a situação. Mas eu estava nervosa! Pateticamente nervosa, e quando eu ficava sob esse estado, minha língua ganhava vida própria e soltava o que lhe desse na telha.

– Se vocês não estavam praticando o coito, o que vocês estavam fazendo no seu quarto às quatro da manhã? – meu pai me olhou desconfiado, ao compasso que eu o encarava horrorizada. Coito? Quem diabos falava coito?

– Olha, pai, eu sei que você fez aquela promessa com os meninos e tal, e eu achei fofa, sério. Só que o senhor não pode controlar o que as pessoas sentem ok? Eu não estou falando que Apolo sente algo por mim, mas fazer uma pessoa se sujeitar a uma promessa do tipo é uma coisa horrível. – ele não esboçava nenhum tipo de expressão facial, o que era mil vezes pior. – De todo modo, ele e eu nos beijamos há alguns dias e desde então estamos nos conhecendo melhor. Só que vestidos!

– Não é fácil, Brise, você há de convir que não é! – suspirou, passando as duas mãos no rosto. – Vocês dois moram sob o mesmo teto, e isso implica em uma série de preocupações. Por exemplo, vai que esse lance entre vocês não passe disso e você se apaixona por ele, que te larga e vai embora? Jesus, filha! Nós somos uma família, se algo der errado entre vocês, vai dar aqui também, você entende a complexidade da coisa toda?

– Claro que sim, pai! – grunhi. – Nós somos jovens, só que isso não implica que somos necessariamente irresponsáveis!

Ele me olhou e vi em seus olhos que ele preferia estar chupando limões a estar tendo aquela conversa comigo. E, para ser bem sincera, eu também.

– Você vai ter que me contar tudo sobre vocês. – meu pai suspirou e em seguida olhou profundamente em meus olhos. – E nós vamos ao médico. Isso não é negociável. – ele se dirigiu à porta aberta, entretanto parou e virou-se para mim. – Quanto a tatuagem, ela combina com você.

Dito isso, ele me deixou sozinha e foi fazer sabe-se lá o que. Provavelmente foi ao banheiro vomitar, eu mesma teria ido.

Fazia exatas oito horas que havíamos tido essa conversa e mesmo se passando tanto tempo, eu ainda a remoía compulsivamente no meu cérebro. Digo, existe coisa mais bizarra do que ter uma conversa sobre sexo e ida ao ginecologista com seu pai?

– Você está indo bem, Whitford, mas você pode melhorar a sua aterrissagem para ficar melhorar ainda. – Nick me alertou. – Tenha mais delicadeza e deixe assuntos pessoais de lado. Isso vem atrapalhando-a ultimamente e não queremos que isso seja um empecilho para a prova da semana que vem, queremos?

Se havia alguma coisa que estava me deixando nervosa nos últimos dias, essa coisa era certamente as eliminatórias que estavam cada vez mais próximas. E, como se apresentar para ser classificada nas semifinais da competição que pode te levar para as Olimpíadas já não fosse estressante o suficiente, ainda havia as malditas nacionais de hóquei.

O jornal da escola, como principal fornecedor de informações para adolescentes daquela instituição, aparentemente não se importava com a situação do Oriente Médio ou até mesmo com as calotas polares derretendo-se exponencialmente. Digo isso, pois, ao invés de relatar sobre os mesmos, o pessoal da redação só se preocupava em nos entrevistar a fim de saberem como estávamos com o jogo que nos classificaria na série A.

– Com certeza não, Nick. – balancei a cabeça.

– Bom. – ele se levantou e pegou sua bolsa de couro. – Te vejo na segunda a tarde, certo? Tente não pegar detenção.

– Ficarei longe de problemas, prometo. – acenei para ele e observei-o se afastar cada vez mais.

Assim que tive certeza de que estava sozinha, fui até a caixa de som que estávamos usando e coloquei no modo aleatório.

Quando comecei a patinar, inteiramente por diversão, eu não imaginava que seria uma das maiores apostas para competir pela medalha de ouro das Olimpíadas pelos Estados Unidos. Agora, com tantos machucados e cicatrizes nos pés, eu precisava de momentos como este apenas para acalmar a mente e me lembrar do porque de tudo isso.

Eu amava patinar. Amava a sensação das lâminas dos meus patins rasgando o gelo da pista de patinação. O barulho que fazia logo quando eu aterrissava e a leve tontura que eu sentia sempre que tinha que me apresentar para alguém. Acima de tudo, eu amava estar com o controle da situação, mesmo com a pressão de ser perfeita. Era algo inteiramente meu.

– Sabe, você dança bem, mas não teria chances competindo comigo.

Sorri ainda girando.

– Já que é assim, por que não vem até aqui me dar umas dicas, Maddox? – fui até a borda da pista, onde ele estava apoiado me encarando.

Ele sorriu e meu estômago se embrulhou. Deuses, era surreal saber que ele estava com aquela obra de arte dentária estampada somente para mim!

– Certo, mas não venha chorar depois de ser humilhada. – Apolo piscou e me surpreendeu estando pronto para entrar na pista de gelo.

Assim que ele começou a dançar Poker Face da Lady Gaga, eu me dobrei de tanto rir, de modo que ele parou seus movimentos com as mãos e me olhou com os olhos apertados.

Quando dei por mim, nós estávamos correndo em círculos pela pista de gelo enquanto Apolo tentava me agarrar.

O Maddox podia ser um jogador de hóquei excepcional, mas eu possuía mais agilidade que ele. Em contrapartida, eu era bem mais desastrada, tal que enquanto eu gargalhava acabei me desequilibrando e meio segundo depois senti as mãos grandes de Apolo na minha cintura, apertando delicadamente.

– Peguei você. – ele sussurrou no meu ouvindo, fazendo-me estremecer.

Mordi meu lábio inferior e fiquei na ponta dos pés para poder beijá-lo, já que mesmo sobre meus patins, Apolo ainda era uns bons trinta centímetros maior que eu.

Devia fazer algumas horas desde que nos enfiamos na biblioteca e passamos mais da metade do intervalo nos beijando, no entanto, mesmo assim ele parecia estar com tantas saudades quanto eu de beijá-lo. Suas mãos me apertaram ainda mais contra seu corpo, enquanto as minhas rodeavam o seu pescoço e acariciavam seu cabelo macio e comprido.

– Eu tenho que te lembrar de que estamos na escola, Whitford? – Apolo falou, interrompendo o nosso beijo e me obrigando a abrir os olhos para encara-lo.

Embora ele precisasse mesmo me lembrar disso, detestei ter que sair daquele momento psicodélico onde eu estava submersa em lava quente. De todo modo, pude notar que nós dois estávamos suados e ofegantes, além da boca inchada de Apolo, o que significava que eu o mordi com força.

– Claro que não. Eu tinha tudo sob controle. – o que era uma mentira, já que no que dependesse de mim, nós nem estaríamos conversando agora. – O que você quer afinal, Maddox? Me desvirtuar das minhas obrigações?

– Parecia exatamente o contrário alguns minutos atrás. – o bastardo sorriu. – Eu vim aqui dizer que nós não vamos poder estudar agora. – ele apertou meu nariz e fez uma leve careta.

Já eu fiz uma tão grande que se o produtor de The Walking Dead visse, eu com certeza seria escalada para o elenco. Como zumbi. Eu podia odiar química, mas passar algum tempo com Apolo sem ter que fingir que não tínhamos nada, era maravilhoso.

– Por que não? – tentei não fazer um bico patético, só que eu realmente fiquei desapontada. O que feriu bruscamente o meu orgulho, então brinquei em seguida. – Não me diga que meu pai conversou com você também e agora vocês estão indo ao médico.

Obviamente era uma brincadeira, por isso Apolo riu e eu o acompanhei, mesmo ele estando branco como papel.

– Claro que não. ­– ele falou depois de recuperar o fôlego. – Eu tenho uma reunião com o pessoal do grêmio estudantil. Só vou ao médico com seu pai depois que os resultados do exame sorológico ficarem prontos.

Há momentos na vida de uma garota em que as únicas coisas que passam em sua cabeça são A) cavar um buraco até o núcleo da terra e se enfiar lá até seus ossos virarem pó; B) desejar ser abduzida por uma raça alienígena que tenha a capacidade de identificar quando uma adolescente está sob situações extremamente vergonhosas e C) cavar um buraco até o núcleo da terra e esperar enquanto uma raça alienígena que tenha capacidade de identificar quando uma adolescente está sob situações extremamente vergonhosas venha abduzi-la.

Eu desejava com afinco que existisse uma D) o garoto cujo você está apaixonada está tirando uma com a sua cara, otária, então tire essa cara de merda e ria; mas pelo o que eu conseguia interpretar de Apolo, ele não estava brincando. 

– Pelos deuses do Olimpo. –  enfiei minha cara em seu tórax e roguei ao Universo que me enviasse os malditos ETs a fim me levarem embora da Terra.   

Apolo segurou meu queixo e ergueu minha cabeça para olhá-lo nos olhos. A minha cara de merda devia estar hilária, já que ele estava sorrindo. Lindamente, por sinal, o que substituiu minha vergonha por raiva. 

– Por que você está sorrindo? 

– Porque você fica irresistível quando está com cara de merda. – ele falou e depois me beijou. – Tenho que ir. Você vai à festa de Ames, não vai? 

– Você sabe que sim. – revirei os olhos, pois mesmo com seu beijo divino eu me lembrava do cara de merda. 

– Pego você às nove. – disse e eu ri. 

– Nós moramos na mesma casa, Maddox. 

– Melhor ainda. – falou. –  Não vou ter que pegar engarrafamento.

Apolo me deu um último beijo antes de sair. 

  <•>  

Faltava cerca de trinta minutos para a hora que marquei com o Maddox e eu ainda estava de calcinha e sutiã, sem a minima ideia do que vestir.

Eu sabia que Apolo era extremamente pontual, o que aumentava o meu desespero sobre que diabos usar. A vontade que eu tinha era a de ir com meu pijama de margaridas e cabelo preso, mas eu sabia que não podia. Minha bunda ficava transparente com o short branco. 

Meu celular tocou e eu o atendi sem olhar o identificador, já que as únicas pessoas que me ligavam eram ou membros da família ou a companhia telefônica que eu usava. 

 – Alô. – murmurei. A linha estava muda, mas eu sabia que quem quer que fosse, ainda estava ali, pois eu podia ouvir a sua respiração. – Vai passar trote na casa da cachorra, imbecil. 

Desliguei o telefone e o joguei na cama. Entretanto, ele voltou a tocar enquanto eu vestia minha meia calça trançada e novamente atendi sem me dar ao trabalho de saber quem era. 

 – Olha aqui, seu babaca, eu tenho menos de vinte minutos antes do meu não namorado bater na minha porta e ainda não faço ideia do que vestir, então vá procurar vídeos de gatinhos no YouTube e me deixe em paz! – berrei.

– Do que raios você está falando, Brise? – meu avô falou do outro lado. 

Logicamente as leis do Universo conspiravam contra mim e faziam-me estar susceptível a esse tipo de constrangimento.

– Desculpa, vovô, tinha algum idiota querendo zoar com a minha cara e dei a louca. –  botei no alto-falante e procurei meu vestido preto de costas nuas no buraco negro que havia virado o closet depois de tanto o revirar. 

– Não estou falando disso, estou falando do não namorado. Que história é essa, Brise?

Estremeci. Menos de vinte minutos para ficar pronta e pelo o que eu conhecia do meu avô, eu não teria escolhas a não ser contar-lhe tudo. 

– Eu e o Apolo estamos, hum, juntos. – murmurei. – Mas não estamos namorando! – emendei rapidamente. 

Tive que afastar o celular quando ele soltou um gritinho agudo. 

– Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso iria acabar acontecendo! – era possível identificar, mesmo por uma ligação, que ele estava sorrindo vitorioso. 

– Não exagera, vovô. São só alguns beijinhos e tal, nada de mais. – falei enquanto me enfiava no vestido.

– Você acha que engana a quem com esse seu discurso? – retrucou. – Quem te criou fui eu, querida, eu sei muito bem que "nada de mais" é a última coisa que você quer que seja.

Às vezes o quão bem meu avô me conhecia dava nos nervos, quero dizer, não tem nem como engana-lo!

– Você me pegou, ok? – acabei admitindo. – Nós estamos meio juntos, mas quase ninguém sabe. Normalmente ele dorme no meu quarto e ficamos conversando madrugada a dentro. Sem conversas sobre sexo, vovô, eu já as tive com meu pai. Além disso, não sei mesmo o que é isso que estamos tendo.

– Eu acredito em você, meu bem. Você é lerda demais para perceber o que acontece a sua volta. – revirei os olhos e terminei de calçar as botas com salto alto. – Você está sentindo alguma coisa em relação a isso?

– Só uma inquietante sensação de que vou acabar no canto do meu quarto chorando e ouvindo Joy Division. – suspirei. – Estar com ele me deixa muito bem, e isso é perigoso.

Meu avô soltou um grunhido de descontentamento.

– Só vai ser perigoso se você continuar tendo essa visão pessimista, Brise. – repreendeu-me. – Se permita mergulhar nesse sentimento e curta o agora, ok? Você merece ser feliz, minha neta.

– Tudo bem, vovô. Tenho que desligar, amo você.

– Eu amo você também, querida.

A linha ficou muda e eu corri para o banheiro, onde tomei um banho e perfume e escovei os dentes.

Eu não planejava passar maquiagem, mas como diria Sally, meu rosto estava muito apagado. Fui obrigada a passar algumas camadas de rímel e um batom não muito escuro.

Instantes depois, Apolo bateu na porta. De acordo com meu celular, eram nove horas em ponto.

– Você está linda. – ele beijou o topo da minha cabeça e me abraçou.

– Obrigada. – murmurei tendo ciência de que meu rosto estava vermelho. – Você está lindo também, Maddox.

Se estivéssemos na Grécia Antiga e ele aparecesse na rua, certamente seria confundido com um deus.

Eu já sabia que no quesito estilo Valentim dava de dez a zero em Apolo, mas isso não diminuía nem um pouco em como ele estava irresistível usando uma camiseta do Led Zepplin e jaqueta jeans. Além dos seus cabelos claros levemente bagunçados e seu cheirinho de amêndoas.

– Vamos? Tito está nos esperando. – assenti e o segui até a sala, onde seu gêmeo estava sentado.

Assim que nos viu, Valentim veio até a mim e também me elogiou. Nós fomos até a garagem e não houve muita discussão para saber quem iria dirigindo, uma vez que eu sabia onde era o clube da festa tanto quanto sabia de física quântica.

Os meninos falaram que o clube em si não era tão longe, mas como o condomínio onde morávamos era no fim do mundo, gastaríamos o dobro do tempo. Isso, somado ao silêncio extremo no carro, fez com que parecesse que estávamos ali dentro por, sei lá, umas três gerações.

Desde que Apolo e eu nos envolvemos, isso vinha acontecendo com frequência. Não sei dizer exatamente o porquê, mas da minha parte era por motivos de segurança. Digo, qualquer coisinha que eu lhe falasse, ficaria na cara que minha língua já esteve em contato com a dele. Nossos amigos não comentavam nada, só que isso me deixava meio triste, pois eu sentia falta da bagunça de nossa mesa na hora do almoço.

Após uma eternidade, finalmente dobramos a rua do clube, que ficava em um quarteirão incrivelmente movimentado. As calçadas eram repletas de barzinhos e cafés, cada um mais iluminado que outro, além de vários terem seu próprio som, o que tornava tudo uma bagunça.

Assim que estacionamos, pulei do carro e fui recebida por uma rajada de ar que me fez encolher. Pelo canto do olho, percebi que Apolo me olhava inquisidor.

– Isso que dá se vestir assim.

Eu o olhei chocada. Que merda de discurso machista era aquele? Não foi ele próprio que havia me elogiado tempos atrás?

– O que eu visto ou não, não é da sua conta, Maddox. – ralhei. – Além do mais, não é como se eu passasse despercebida.

Eu quis deixá-lo bravo, é claro, mas não era mentira. Só nos poucos minutos em que estávamos ali, uns três caras já haviam me lançado sorrisos e até acenado.

– Ele está tirando uma com a sua cara, Bris. – Valentim falou, chamando-me atenção.

Apolo olhou para o irmão e posicionou-se ao meu lado, rindo da minha cara. Repentinamente senti os seus lábios nos meus e seus braços puxando-me para si.

Na frente de Valentim.

Apolo me beijou.

Na frente de Valentim!

Ai, minha Afrodite do Olimpo!

Fiquei estática, além de sentir todo o meu rosto quente. Olhei para Tito e ele revirou os olhos.

– Todo mundo sabe que vocês estão tendo alguma coisa, Bris. Você não precisa ficar assim. – Tito disse e simplesmente saiu, deixando-me parada e com cara de tacho ao lado de seu gêmeo.

– Quer dizer que todas as vezes que nos escondemos foram em vão? Eles sabiam o tempo inteiro? Como? Como eles sabiam? – desandei a falar.

– Sim e não para a primeira pergunta, foram em vão porque não havia necessidade de esconder, mas cada segundo valeu a pena; sim para a segunda e a terceira é bem óbvia. – Apolo respondeu sorrindo. Maldito sorriso. – Está estampado na minha cara, para quem quiser ver, que eu sinto algo por você e você por mim.

Duas coisas se passaram em minha cabeça nesse momento. A primeira era que eu estava decepcionada com a minha incapacidade de atuar, isso realmente mexeu com o meu ego. A segunda coisa, que estava brilhando em néon na minha cabeça, eram as palavras de Apolo.

"Está estampado na minha cara, para quem quiser ver, que eu sinto algo por você."

Isso significava alguma coisa, certo? Talvez eu não fosse a única a estar com borboletas no estômago, não é?

– Desculpa ter vomitado em você. – isso, Brise, o cara acabou de fazer uma pseudo declaração para você e é isso que você diz? – Aquele dia. Eu senti alguma coisa no estômago e achei que eram borboletas, mas eu vomitei nos seus sapatos. Desculpe.

Desviei meus olhos e fiquei olhando para as pessoas que entravam no clube. As mãos de Apolo envolveram meu rosto e eu fechei os olhos ao sentir seus dedos acariciando-me as bochechas.

– Perdoada. – ele me soltou, mas somente para entrelaçar as nossas mãos. – Podemos entrar agora?

Ainda meio desnorteada, assenti.

Quando Amélia anunciou que faria sua festa de despedida em um dos clubes de seus pais, imaginei que seria algo pequeno e só nosso, no entanto, eu estava terrivelmente enganada.

Para começar, ela havia dito que o espaço era pequeno, logo não havia com o que me preocupar, uma vez que seriam só os seus amigos mais íntimos. Bem, havia uma discrepância enorme entre o meu conceito de intimidade e o seu. A não ser que ela tenha cerca de cento e cinquenta amigos íntimos, é claro.

Na minha concepção, estavam ali todo o pessoal da escola, inclusive alguns professores.

Instantaneamente gelei.

E se as pessoas me vissem com Apolo? Será que inventariam muita coisa?

Como a minha altura não facilitava para que eu pudesse achar nossos amigos, era o Maddox que estava nos guiando dentro de toda aquela gente. Rodamos o lugar por um tempo, mas finalmente avistamos a cabeleira cor de fogo de Sally. Consequentemente, a sua língua também.

– Ai, meu Deus! Olha só, pessoa! – gritou. – Eles estão de mãos dadas!

– Será que eles finalmente vão se assumir? – Julie completou, animada.

– Rápido, galera. – Oliver também resolveu se juntar a elas. – Façam suas melhores caras de surpresa!

Seis cabeças voltaram suas atenções para mim, todas com a mão no rosto e com a boca aberta.

Revirei os olhos.

– Vocês são extremamente desnecessários, sabiam? – falei.

– Ah, deixa disso, mulher! – Samantha disse. – Nós queremos é ver o beijo oficial!

Suspirei. Era aquele ditado, se já estamos no inferno, abracemos o capeta.

Virei meu tronco para ficar de frente para Apolo e ele sorriu para mim antes de nos beijarmos.

Havia pessoas ali, várias, e uma música eletrônica tocando tão alta que deveria ser ilegal, mas mesmo assim eu só tinha consciência das mãos de Apolo no meu rosto e sua língua na minha.

– Ok, já entendemos. – Valentim resmungou. – Não sou obrigado a ver minha irmãzinha beijando o meu irmão.

– Xiiii. – Sally o repreendeu. – Eu vivi para ver esse beijo acontecer!

Separei-me de Apolo e sorri quando ele passou o braço sobre meus ombros.

– Eles são tão a gente quando começamos a ficar. – Greg falou, abraçado a Sam.

– Não, vocês eram bem pior. – atrás de nós, Amélia apareceu. – Meu shipp está vivo!

Eu sei que eles eram meus amigos, mas será que era crime enfiá-los em uma cela e jogar a chave fora? 

– Nós temos que aceitar que somos os solteirões do grupo, Ames. – Oliver disse para ela e Valentim.

– Diga isso por vocês, eu ainda nem beijei metade da festa! – Tito retrucou e nós rimos.

Depois disso, ele foi com Amélia "andar por aí", o que eu entendia como sair em busca da tal metade da festa. Então, meio que ficou só os casais e Oliver, que mesmo assim não ficou muito tempo conosco e foi para a pista de dança.

– É assim que é a vida a dois? – Apolo perguntou. – Fadada a ter como companhia só casais?

Era novo vê-lo assim, brincando, mas era maravilhoso descobrir um pouco mais sobre ele a cada dia. Por exemplo, ele era super fã de Star Wars e quis me trancar no quarto quando eu lhe disse que nunca havia assistido nenhum dos filmes, Apolo também era louco por meias, embora não admitisse, todos os dias ele dormia com um par diferente. A parte que eu mais gostei de conhecer, no entanto, foi o seu lado carinhoso. Não necessariamente romântico, mas extremamente preocupado e atencioso. 

Estávamos sentados na área do bar junto com Sally, Juliette, Greg e Samantha, Apolo estava colado a mim, me abraçando e fazendo carinho na minha mão.

O meu sensor interno apitava desesperadamente dizendo que já era hora de preparar a minha playlist com Joy Division e Lana del Rey.

  –  Depende, eu no lugar deles também sairia para beijar, sabe. –  Julie disse.  –  Não por me incomodar em ficar entre casais, mas por ficar entendiada mesmo. 

  – Você está dizendo que somos entediantes? – implicou Sally, fazendo cosquinhas na namorada. 

Assim que abri a boca, uma música eletrônica começou a tocar e Sally levantou-se junto com Julie para irem à pista de dança. 

– Sammy, meus pais estavam te procurando. –  Gregory falou, voltado para Sam. –  Quer ir até eles agora?

Ela assentiu e os dois se foram. 

  – Então somos só eu e você. – Apolo roçou o nariz no meu rosto. – De novo. 

  – É o que me parece. – minha voz saiu em um sussurro. 

  –  O que me parece é que isso é maravilhoso. 

O restante da noite foi exatamente isso, maravilhoso. 


<•>    

Segunda-feira chegou e com ela o tão comentado jogo. 

Eu realmente não entendia o porquê de todo o alvoroço com o time de hóquei, já que de acordo com as hierarquias pré-determinadas dos colégios estadunidenses, quem estava no topo eram os times de futebol e basquete. Mesmo assim, nossa equipe estava sendo alvo de felicitações a manhã inteira, já que jogaríamos às quatro da tarde.

Normalmente eu não estaria nervosa, entretanto, a possibilidade de ser sequestrada novamente me deixou meio, sei lá, paranoica. Na hora do almoço meu estômago estava embrulhado, então fui até a máquina de bebidas e peguei suco de pêssego para mim. 

–Aí está a minha jogadora número um! – Peter apareceu por trás de mim, dando-me um susto.

– Caramba, Pete. – reclamei. – Não precisava me matar de susto, sabe? Por um momento achei que acabaria num saco de pano velho de novo. 

Meu amigo riu e nós começamos a ir em direção a minha sala.

– Não se preocupe, pequena. – ele bagunçou o meu cabelo. – Eu não deixaria que levassem você. E aí, animada com o jogo? 

– Sim, eu acho. É o que pode nos classificar, então tem uma pressãozinha chata que me incomoda um pouco. 

– Namorar com o capitão não te deixa mais calma? – ele falou como se não quisesse nada. 

– É isso que estão comentando por aí? – quis me enfiar no meu armário. Peter deu de ombros. – O poder de fofoca nessa escola é um caso a ser estudado. 

– Realmente. – ele riu fraco. – Vocês estão juntos mesmo? Achei que vocês se odiassem. 

Chegamos na minha classe de Biologia, mas fiquei parada em frente a porta encarando-o. 

– As pessoas mudam, Pete. – dei as costas para ele, aquela conversa estava ficando um pouco estranha. 

Como Amélia não estava mais frequentando as aulas, significava que além de estar sozinha em mais da metade das minhas aulas, eu era oficialmente a única secundarista do nosso grupo. Só de imaginar que quando as aulas estiverem acabando meus amigos irão viajar com suas turmas antes da formatura, me dava um embrulho no estômago. 

Bem como todas as aulas de segunda-feira, aquela estava demorando uma eternidade para chegar ao fim. Aproveitei que meu lugar era no fundo e tirei um cochilo que me fez acordar em cima da hora, visto que faltava meia hora para o jogo e eu ainda estava no prédio das salas de aula. 

Chegando no vestuário, fui recebida por uma dúzia de caras me fuzilando com o olhar, apressei-me então para me vestir e nem tive tempo de sequer ver o Maddox. Isso não foi um problema, já que nossos pais invadiram nosso espaço e logo estávamos juntos. 

Pelo o que eu sabia do meu pai, ele era um advogado cheio de clientes e quase não tinha tempo para nada, mas isso aparentemente não o impedia de tietar sua única filha usando uma blusa do time com o meu número e escrito "Pai da Brise". Sol também estava usando uma parecida, entretanto, logicamente, estava escrito "Mãe do Maddox". 

Era meio fofo, mas igualmente constrangedor. 

Hank nos mandou para a quadra de gelo, pois já estava para começar, como ele mesmo havia dito, o show. 

– Você está bem? – Apolo me perguntou quando já estávamos em nossas respectivas posições. 

Assenti. 

– Vamos nos classificar nessa merda, Maddox. – ele sorriu e eu tive que reunir forças sobrenaturais para não beijá-lo naquele momento. 

Se comparado com o jogo contra os Ducks, aquele estava sendo entediante. Apolo e Greg fizeram a maior parte da pontuação, eu fiz algumas, mas minha preocupação principal era estar sempre livre de marcações e como o time adversário era extremamente machista, quase não ligavam para a minha existência. Isso mudou depois do quinto ponto que eu fiz, mas mesmo assim eles continuavam me tratando como uma invisível. Tentei não me abalar muito, eles podiam ficar com essa atitude desprezível, mas não com a nossa classificação. 

No fim, 37 para os Morsas e 23 para os Guerreiros das Cruzadas. 

Se existia nome pior que esse, não era do meu conhecimento. 

Nosso time se reuniu no meio da quadra e soltamos um urro que deixaria o Sherek no chinelo, depois fomos para a área do banco e Hank nos elogiou dizendo que não fizemos mais do que a nossa obrigação. Mas ele estava bastante emocionado, se quer saber. 

– Que jogo fantástico, filhota. – meu pai me abraçou depois que saímos do vestuário. – Estou orgulhoso de você!

– Vocês jogam tão bem, crianças! – Sol falou, toda coruja. – Eu gritei para todo mundo saber que você saiu da minha vagina, filho! E fiz questão que seu pai gritasse que você surgiu dos seus testículos, Bris!  

Apolo ficou tão vermelho quanto eu dessa vez. Rá!

– Nós temos que ir, mamãe. – falou. – Vamos à pizzaria, lembra? A tradição de comer pizza só com os membros da equipe? 

– Nem me lembre dessa injustiça. – ela revirou os olhos. – Temos que ir também, de qualquer forma. Resolver alguns assuntos pendentes, não é, Alex? 

Meu pai assentiu e logo eles se foram. 

Eu e o Maddox também nos apressamos para ir, já que só falta a gente.

Quando desci do carro de mãos dadas com Apolo, no entanto, uma sensação estranha tomou conta de mim, como se tudo estivesse indo bem demais e o tempo tivesse acabado. Acho que isso ficou perceptível, já que o Maddox parou e olhou atentamente para mim. 

– O que foi, Whitford? – era difícil manter a racionalidade quando ele me encarava com aqueles olhos cor de âmbar. 

– Eu não sei. – sussurrei, arrepiada. 

Com toda a delicadeza do mundo, ele me beijou. 

– Vamos entrar e pedir uma água para você, certo? Sem gás, porque seria constrangedor arrotar toda hora. – ele abriu um sorriso enorme, entretanto, tão rápido como surgiu, desapareceu.

  Franzi o cenho, mas não tive tempo de perguntar o que houve, já que uma voz feminina se fez ouvida atrás de mim. 

– Feliz aniversário atrasado, Branca de Neve. 

Meu coração parou por alguns segundos antes de começar a bater freneticamente, meus pulmões de repente não conseguiam cumprir com suas funções e o meu sangue circulava congelado em minhas veias, rasgando-as sem dó. 

Só uma pessoa me chamava assim em todo o Sistema Solar. E já fazia uma década que ninguém o fazia. Adiando o inevitável, virei-me lentamente para a mulher loira atrás de mim. 

Seus olhos azuis eram os meus olhos azuis. Os meus olhos eram exatamente iguais ao seus. Não fazia sentido estar vendo-a a menos de um metro de mim. Não havia lógica. Aquilo não podia ser real.   

– O que você está fazendo aqui? – involuntariamente, minha voz saiu como um rosnado. 

A mulher à minha frente sorriu triste. 

– Isso não são modos para falar com a sua mãe, Brise.   

~*~

BOMBA! Para dançar isso aqui é bomba, para balançar isso aqui é bomba, para mexer isso aqui é bombaaaaaa

Para quem não entendeu a referência, segue videozinho da melhor música do ano de 2001.

JCFDJFJFJBGFJNGBJEFJNFEQKVKEQGKFGNKNNPGFGKPGFGNV rindo de nervosa, porque já faz 84 anos desde a última vez que apareci por aqui rsrsrsr

Queria pedir desculpas por ter postado sem querer, mas meu dedo é muito gordo e eu acabei clicando em Publicar ao invés de Guardar. Sorry szszs Tá complicado, meus bebê. MAS A TIA J TÁ SE ESFORÇANDO! Inclusive, se acharem algum erro, sinalizem pra mim, pufavô s2

Como meu computador não funciona metade do teclado e meu celular deu pau de novo (crying), os capítulos estão anotados no meu caderninho, logo, eu tenho que digitar. Como vocês perceberam com esse, eles não estão pequenos hehehe

Anyway, people, o próximo sai no domingo (feliz dia das mães para as mães de vocês e feliz dia das mães para vocês que são mamães <33), se eu não estiver muito acabada, sai amanhã mesmso. Como eu tenho insônia, podem me esperar pela madrugada rsrsrs

Beijão e preparam o coração! aaaaaaaaaaaaaaaaa

Edit 08:16: tive que retirar e postar de novo, não tava chegando notificação T-T

13/05/2017; 01:01 (tem alguém pensando em mim rsrsrs)

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