Diário de Um Sobrevivente

By LucianoJnior

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No ano de 2018 um tipo de praga ou infecção atacou a humanidade e nós nem ao menos sabemos de onde isso surgi... More

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By LucianoJnior


Saímos do caminho daquela horda de zumbis que avistamos ou estamos pelo menos um dia de caminhada a frente deles. Não tivemos nenhum sinal deles desde então, mas ainda não podemos relaxar.

Passar a noite na mata sem a lona como abrigo foi ruim, mas por sorte pelo menos não choveu nestes dias. O frio incomodou bastante e se vamos continuar por aqui precisaremos dar um jeito de solucionar esse problema. Ou então já é a hora de sairmos desta mata.

Caminhamos bastante ontem, mais do que de costume, pois a idéia era se afastar o máximo possível dos mordedores e continuamos caminho hoje desde antes do amanhecer. Se decidirmos dar o fora dessa mata, agora parece ser uma boa hora, pois pela aparência da vegetação por aqui nós devemos estar perto da borda da floresta.

- E ai? O que você acha de darmos um fim nessa vida desbravadores da mata? – Barbara me pergunta tentando fazer graça.

- Não sei... Você acha que as coisas lá fora vão estar melhor ou pior? – Respondi num tom mais sério e de desdenho.

- Se for assim acho que a pergunta certa é se iremos tentar descobrir ou não.

Continuei caminhando a frente de Barbara e segui sem dar continuidade a conversa, não sei bem porque fiz isso mas simplesmente fiz.

- Você não está para conversa... Ok então. – Barbara deu um fim ao dialogo e seguiu o resto do caminho em silêncio.

Andamos por mais alguns minutos e pelo ritmo e direção que seguíamos ficou subentendido entre nós que caminhávamos em definitivo para fora da floresta. Eu não pensei muito no que estava fazendo até quase chegarmos ao limite da mata e então decidi quebrar o silêncio.

- Acho que devemos dar uma parada aqui antes de largar de vez esse lugar. – Falei interrompendo a caminhada.

- Tudo bem. Estou com fome mesmo e cansada também. – Barbara disse tirando a mochila das costas.

- Ótimo. Eu vou aproveitar para andar um pouco por aí pela última vez. – Falei pegando o arco.

- Espera. – Barbara disse se levantando. – Você nos fez parar pra dizer que vai sair andando por aí?

- Eu só quero dar uma volta na mata antes de voltarmos para cidade.

- Dar uma volta na mata? E é não é isso que viemos fazendo o tempo inteiro na ultima semana?

- Não enche, ta bom? Eu só quero dar uma volta.

- Por quê? Por que diabos você está agindo assim?

- Não enche! – Finalizei catando o estojo de setas e me virando de volta à mata.

- Muito adulto da sua parte, Jotah. – Foram as últimas palavras que Barbara disse antes de eu sumir em meio ao mato.

Não sei bem o porquê mas ficar próximo a ela está sendo insuportável pra mim, e não que seja com a Barbara em especifico, talvez eu só queira ficar longe de qualquer um e como a única pessoa que sobrou do meu lado foi ela então é dela que eu preciso fugir.

A minha cabeça está confusa e por mais que eu não queira admitir tudo que veio acontecendo ultimamente está mexendo de mais comigo. Eu não estou conseguindo lidar com tudo o que vem acontecendo e voltei a me sentir perdido igual estava nos primeiros dias desde que as coisas ruíram.

Eu me lembro de como era a sensação de estar preso num maldito lugar, numa maldita situação em que eu não queria estar e independente do quanto eu lutasse não iria conseguir sair. Nesse mundo, preso com essas coisas, essa sensação parece ser uma das coisas mais constantes.

Afasto-me alguns bons metros do lugar onde parei com Barbara e caminho pela mata tentando entender o que se passa comigo. É tão difícil lidar com todos esses problemas sozinhos... Pai, mãe, Edinho, Igor, Rodrigo, Alessandra, Castilho, Izabel... Queria tanto ter todo vocês aqui comigo.

Depois de mais algum tempo de caminhada ouço um barulho entre as arvores, tirei uma flecha do estojo e pus em posição no arco. Junto comigo só tinha isto e mais uma faca média na bainha em minha cintura, a pistola eu venho deixando com Barbara desde que viemos para a mata.

Não sabia quem ou o que tinha feito o barulho, mas por não ter ouvido nenhum grunhido presumi que não fosse um zumbi, e isso foi o que me deixou ainda mais nervoso. Fiquei parado com o arco em posição e ouvi novamente um barulho nos galhos a minha direita, me virei erguendo o arco e pra minha surpresa não era nada do que eu esperava, nem nada tão assustador ou perigoso assim.

O causador do barulho e consequentemente de toda minha tensão era apenas um bicho preguiça que subia em uma arvore próxima. Ele estava sob a minha mira e para não desperdiçar um disparo e também testar minhas habilidades de caçador decidi abatê-lo.

Uma única flecha e o bicho foi ao chão inerte. Não acho que seja algo a se orgulhar, mas ao menos consegui comida para a noite e dei uma lição no engraçadinho que me assustou.

Já havia tempo de caminhada e como agora teria que carregar esse bicho junto comigo pra onde eu fosse, decidi dar um fim naquilo e voltar ao lugar onde me separei de Barbara. Caminhei de volta por alguns minutos, mais uma vez me afastei mais do que imaginara só que quando cheguei perto de onde havia partido inicialmente notei uma movimentação estranha.

Ouvi sons de pegadas e de coisas caindo no chão, aquilo era estranho de mais então segui aumentando o ritmo dos meus passos. A cada metro que avançava ouvia os sons mais nitidamente e comecei também a ouvir resmungos e risadas, vozes e eram de mais de uma pessoa.

A vegetação era mais espaçada próximo de onde Barbara havia ficado e quanto mais eu me aproximava pude ver relances do que acontecia, havia homens em volta dela. As arvores ainda atrapalhavam a minha visão e de onde estava pude ver três deles.

Assim que assimilei o que estava acontecendo larguei a preguiça no chão e disparei numa corrida na direção de onde os homens e Barbara estavam mas no meio do caminho algo surgiu de trás de uma das arvores.

Uma mão se estendeu e se chocou contra o meu peito me levando ao solo. Cai com as costas no chão e antes que pudesse fazer qualquer coisa senti um joelho sobre meu ombro, o que imobilizou meu braço, e outra mão tampou completamente a minha boca.

- Sh sh sh sh. Não se mexa. – Sussurrou o homem que havia me jogado e me imobilizado no chão.

Não dei ouvido à suas ordens e tentei de todas as formas me desvencilhar, mas o homem era habilidoso e bem treinado. Ele tirou o joelho de cima do meu ombro e aproveitou o momento em que virei para tentar levantar e se pôs em minhas costas me imobilizando com uma chave de pescoço.

Sua mão direita continuava tampando a minha boca, o que me impedia de falar qualquer coisa e a esse ponto dificultava até minha respiração. Rolamos no chão e eu tentei a todo custo me virar para o lado onde Barbara estava.

Consegui ver três homens em pé a circundando, enquanto um a segurava no solo e outro vasculhava nossas mochilas. Eles conversavam e davam risadas enquanto o outro desgraçado me esganava em meio ao mato, longe de suas vistas.

- Fica quieto, moleque. Para de se mexer. – O homem sobre minhas costas continuava a sussurrar, como se não quisesse que os outros ouvissem.

Eu tentei de todas as formas tirar aquele maldito de cima de mim. Arqueava minhas costas para tentar rolar sobre o ombro, mas o desgraçado era muito forte. Eu não parava de mexer um segundo mas por mais força que eu usasse nada fazia efeito.

A chave de pescoço ficava cada vez mais incomoda e eu passei a tatear o solo desesperadamente em busca de algo que pudesse me auxiliar mas não consegui alcançar nada útil, até que lembrei da faca que trazia na cintura. Levei o braço direito a lateral do meu corpo e com dificuldades conseguir alcançar a bainha.

Aproveitei que as mãos do desgraçado estavam ocupadas tentando me enforcar e saquei a lâmina o mais depressa possível e a empunhei pronto para esfaquear qualquer parte do corpo do infeliz que eu conseguisse alcançar, mas não fui tão rápido.

O filho da mãe viu o que eu tentava fazer e tirou o braço do meu pescoço e agarrou minha mão com força enquanto usou sua mão, que tampava minha boca, para empurrar meu rosto com força contra o chão. Ele torceu meu pulso fazendo com que eu largasse a faca e soltasse um urro de dor que foi totalmente abafado contra a terra que já entrava na minha boca.

Ainda assim não desisti e continuei me debatendo tentando me soltar a qualquer custo. Já começava a me sufocar com toda a terra que entrava na minha boca e nariz quando senti a pegada na minha nuca afrouxar, nesse mesmo instante levantei minha cabeça à procura de ar e um segundo depois senti uma pancada forte na cabeça e minha vista escureceu de vez.

Ainda não havia perdido completamente os sentidos e pude ouvir as ultimas palavras do desgraçado.

- Se ela morrer a culpa é sua.

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