A Voz da Escuridão.

By guiguiroseira

53.5K 8.9K 2.9K

[Obra registrada na Biblioteca Nacional.] Um garoto de 8 anos é sequestrado e morto na pequena cidade de... More

A Voz da Escuridão.
Ato 1 (1988).
1
2
3
4
5
6
Ato 2 (2009 - 2014).
Parte I
1
2
3
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19/20
21
22
23
24
25
26
27
28
29/30
Parte II
SÁBADO
1
2/3
4
5
6
7
8
DOMINGO
1
2
3
4
5 (i)
5 (ii)
6/7
8
9
10
SEGUNDA-FEIRA
1
2
3
4
AVISO: Comemoração.
TERÇA-FEIRA
1
2
3
4
5
6
7/8
9
10
11
12
13
14 (I)
14 (II)
15/16
17
18 (I)
18 (II)
QUARTA-FEIRA NEGRA (I)
1
2 (I)
2 (II)
3
4/5
6
7
8/9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
PARTE III
Quarta-Feira Negra (II)
1
2
3
4
5
6
7
8 (I)
8 (II)
9/10
11
12
13
14
15 (I)
15 (II)
16
17
18
PARTE FINAL
1/2
3/4
5
6
7
8
9
EPÍLOGO
1
2
3
4
FINAL
Nota do Autor.
Comemoração Concurso StoryTeller.
A VIAJANTE. LANÇAMENTO: 12 DE MARÇO.

4

737 105 76
By guiguiroseira


A mãe de Bernard Chapman certa vez disse ao filho que as pessoas sabem quando algo especial vai acontecer. Que elas pressentem o momento em que alguma coisa com o potencial de mudar suas vidas para sempre está prestes a virar a esquina e trombar com elas na rua. O problema é que costumamos olhar para o lado errado ao caminhar e, preocupados com ninharias sem importância, deixamos a tal Coisa Especial passar despercebida.

- Você precisa prestar atenção, Benny – dissera a mãe de Chapman. Ele devia ter nove ou dez anos na época. – Precisa saber olhar. Porque, se você olhar para o lado errado, então a Coisa Especial vai passar bem debaixo do seu nariz, tocando trompetes e acenando com sinalizadores, e ainda assim você não vai vê-la. É por isso que tantas pessoas terminam suas vidas tristes e com a sensação de que não estão onde deveriam estar: porque não souberam olhar.

A mãe de Chapman, claro, tinha propriedade para falar do assunto. Naquela semana, ela não só trombara com sua Coisa Especial virando a esquina como também a levara para jantar e depois para a cama. Agarrara-a com unhas e dentes. Julianne Chapman encontrara um bilhete de loteria caído em uma poça d'água na calçada em frente à lavanderia em que trabalhava, pinçara aquele pedacinho de papel molhado e pensara "maldição, por que não?". O resultado: ela ganhara uma bolada de 75 mil dólares. O suficiente para tirar a família do lamaçal de dívidas em que os Chapman estavam atolados. Tudo porque ela pressentira o quando, aproveitara o momento e, o mais importante de tudo, soubera olhar na porra da direção certa.

Chapman, por sua vez, também acreditava na Teoria da Coisa Especial, e não porque sua mãe encontrara um bilhete de loteria descartado na rua (ele considerava isso apenas sorte e nada mais, embora jamais tivesse contado tal coisa à mãe). Chapman sabia que a Coisa Especial era real por já tê-la experimentado na pele. Aquelas ocasiões de ruptura que são como marcos de divisão na vida, separando a existência em Antes e Depois. A morte do pai de Chapman fora um desses momentos; sua admissão em Quântico fora outro, assim como sua graduação como agente do FBI e a manhã em que entrara em um Starbucks e deparara com a mulher mais bonita do mundo servindo café para conseguir pagar a faculdade de Direito. Mulher que ficou ainda mais bonita quando ele colocou uma aliança dourada em seu dedo esquerdo. E Chapman desconfiava de que se desencontrara de uma porção de outras Coisas Especiais por não saber olhar.

Algo que sua mãe não lhe dissera, por não saber ou por saber e escolher ignorar, era que essas Coisas Especiais, às vezes, podiam ser más. Podiam ser terríveis. Elas não passavam por você na rua e acenavam "ei, estou aqui!". Não. Elas viravam a esquina com um taco de beisebol nas mãos e avançavam para espancar você até quebrar suas pernas, suas costelas e seu coração. E você permanecia quebrado pelo resto da vida.

O que aconteceu em Fallpound naquele dezembro de 2009 foi uma Coisa Especial desse tipo. Quebrou Chapman para sempre. E quebrou Sophia Manning também.

***

Eles chegaram à pequena cidade em uma manhã ensolarada de quinta-feira. Chapman estava exausto depois de dirigir durante duas horas sem parar de Boston até Fallpound, e Sophia sentava-se em silêncio ao seu lado, o vidro do passageiro baixado para que a fumaça do cigarro que ela tragava pudesse sair do veículo. Uma vez, Chapman perguntara à garota quantas daquelas coisas ela fumava por dia, e Sophia respondera:

- Vinte cinco. Um cigarro para cada ano que tenho de vida. Quer um?

Sophia percebeu que ele a fitava de canto e virou para ele os enormes olhos verdes. Chapman a conhecera quando ela tinha só sete anos, e ela não crescera muito de lá para cá, exceto por aqueles olhos: eles pareciam ter dobrado de tamanho.

- Que foi? – ela perguntou.

- Nada – Chapman tornou a fitar a estrada no instante em que passavam pela placa de "Bem-vindos a Fallpound". À frente deles havia um Chevrolet Suburban negro, igual ao que ele dirigia. Yuri Watson e Norman Grimmes, que tinham vindo em um veículo separado. – Esqueci o endereço do garoto. Pode dar uma olhada para mim?

Sophia o fitara por mais um tempinho, e Chapman perguntou-se se a garota lia sua mente como ela às vezes fazia. Então ela assentiu e virou-se para o banco traseiro, onde Daniel cochilava com a testa grudada no vidro da janela e uma pasta parda no colo.

- Dani? – Sophia chacoalhou o joelho dele. – Ei, Dani?

Os olhos do garoto abriram-se, assustados por trás das lentes arranhadas de seus óculos, e Sophia sorriu.

- Me passa a pasta?

- Ah – Daniel estendeu a pasta para ela. – Aqui.

- Valeu.

Ela enfiou o cigarro entre os dentes e arregaçou as mangas da camisa branca até os cotovelos para exibir as tatuagens que cobriam seus braços: uma pirâmide aqui, uma carta de baralho ali, um cartucho de bala de Glock perto da curva da mão esquerda, uma cartola do Chapeleiro Maluco de Alice no País das Maravilhas no antebraço direito, e mais uma infinidade de desenhos um tanto psicodélicos dos quais Chapman não conseguia extrair muito sentido.

- Certo – Sophia abriu a pasta. – Hum... Aqui. Rua Pidge, número 84. É o endereço de George Cornwell.

Havia uma foto dentro da pasta: fora tirada à noite e mostrava um menino de cabelos escuros vestido de astronauta e de pé no alto de um escorregador. Ele dava um sorriso de dentes pequenos e estendia as mãos para céu noturno. Seus pés podiam estar presos à terra, mas as pontas de seus dedos tocavam as estrelas.

- Acha que consegue captar alguma coisa da foto? – perguntou Daniel, e Chapman observou pelo retrovisor Sophia fazer que não.

- Não dá – ela disse. – Já tentei. A única coisa que consigo é um som alto de turbinas.

- Turbinas? – Chapman franziu a testa.

- É. Turbinas de foguete.

Ela olha a foto por mais um instante, depois balança a cabeça e devolve a pasta para Daniel. Ajeita-se outra vez no banco de passageiro e joga o cigarro pela janela. Lá fora, árvores se debruçam na direção deles de ambos os lados da estrada, balançando os galhos como se fossem passageiros acenando e pedindo carona.

- Não gosto daqui, Benny – disse Sophia de repente.

- Acho que ninguém gosta de um lugar onde crianças morreram.

- Não é isso – Sophia crispou a boca em uma linha tensa e mordeu o lábio inferior. Ela fizera isso tantas vezes durante a viagem que machucara a mucosa rosada e sensível ali. – É que... Não sei. Mas não gosto daqui.

Chapman não respondeu. Sophia respirou fundo, repousou no encosto do banco a cabeça coberta por um cabelo cortado tão rente que não passava de uma penugem escura sobre o contorno do seu crânio, e fechou os olhos.

- Não gosto daqui – repetiu uma terceira vez e ficou em silêncio.

***

O combinado era o seguinte: quando chegassem a Fallpound, Watson e Grimmes deveriam seguir para a delegacia, onde conversariam com o chefe de polícia local. Chapman, Daniel e Sophia ficaram encarregados de uma tarefa muito mais ingrata: bater à porta dos Cornwell e tirar o máximo de informação possível de um pai e uma mãe em luto pelo filho. Fallpound era uma cidade pequena, então não seria difícil encontrar o endereço dos Cornwell, embora Chapman quisesse evitar ao máximo o momento. Já lidara com pais enlutados antes e, geralmente, o resultado não era nada bonito. Ele sempre largava um pedaço do coração caído na sala daquelas casas silenciosas, aos pés de uma poltrona onde uma mãe com lágrimas no rosto se sentava para falar sobre seu menininho ou menininha morta.

Esse tipo de pensamento, que só servia para complicar as coisas, tomava conta da cabeça de Chapman enquanto ele dirigia pelas ruas desertas da cidade. O silêncio chegava a ser opressor, e as bonitinhas casas de dois ou três andares que lembravam casinhas de brinquedo tinham toda a simpatia roubada por suas janelas fechadas e suas portas trancadas.

- Eu me sinto em um episódio de Além da Imaginação – disse Sophia. Ela olhava para um cartaz pendurado em um poste. O pedaço de papel estalava ao vento e trazia a foto em preto e branco de uma garotinha com um sorriso de dentes de leite faltando e marias-chiquinhas. VOCÊ VIU MINHA FILHA? Lia-se acima de um número de telefone.

Eles não viram a garotinha e nem ninguém. Chapman rodou por cinco minutos sem encontrar uma pessoa sequer nas ruas, e precisou pedir informações em um pequeno posto de gasolina, vazio exceto por um funcionário encostado a uma das bombas. Ele tinha uma Playboy aberta nas mãos e desviou os olhos das fotos para Chapman.

- Pois não? – perguntou o homem. Era difícil dizer o que estava mais sujo de graxa: seu macacão, suas mãos ou seu rosto.

- Por favor, estou procurando pela rua Pidge – disse Chapman. – O senhor sabe onde fica?

Os olhos apertados do homem correram de Chapman para Sophia. Ele fechou a revista e apontou para a direita.

- Fica a alguns quarteirões daqui – disse o homem. – É só seguir reto naquela direção. Não tem erro.

- Obrigado – disse Chapman.

- Vocês estão de passagem? – perguntou o homem.

- Vamos ficar aqui por alguns dias.

- Má ideia, senhor – o homem abriu novamente a Playboy. – Escute o que eu estou lhe dizendo e dê o fora daqui.

- A cidade não lida bem com gente de fora?

- Olha, vamos colocar desse jeito – disse o homem. – Quando o Diabo decide morar na sua casa, você enfia o rabinho entre as pernas e libera o imóvel o mais rápido possível. A não ser que queira ficar para ver o lugar se transformar no inferno.

***

Enquanto dirige os últimos minutos em direção à casa dos Cornwell, Chapman assiste com um sorriso no rosto Sophia e Daniel brincarem de um jogo que já virou rotina entre eles.

- 145. 37. 46. 89. 567 – o sorriso de Sophia vai de orelha a orelha enquanto ela acerta um número atrás do outro. – 75, 47, 69...

- Caramba – Daniel balança a cabeça no banco de trás. – Eu nunca vou me acostumar com essa coisa. Como você faz isso?

Não era a primeira vez que Daniel fazia a pergunta, assim como não era a primeira vez que Sophia respondia com um dar de ombros em um gesto de "não tem importância".

- Além do mais, Dani, nem é tão difícil – disse Sophia, ainda sorrindo. – Você pensa sempre nos mesmos números, sempre na mesma ordem.

- Não é verdade.

- É sim. Nem preciso mais ler seus pensamentos para acertar.

- Certo, crianças, parem com isso – disse Chapman. – Chegamos.

A casa dos Cornwell era uma construção de dois andares, de paredes pintadas com um amarelo suave. Talvez, em dias melhores, pudesse ser chamada de simpática e acolhedora. Hoje, no entanto, ela parecia a Chapman tão convidativa quanto a moradia dos Lutz em Amityville. Ele estacionou o carro em frente à cerca branca que rodeava o jardim, onde um parquinho se erguia silencioso na grama. Havia um balanço, um escorregador e até um pequeno carrossel com 3 cavalinhos de madeira, e Chapman sentiu o estômago embrulhar ao olhar os brinquedos. O menino que costumava brincar naquele balanço, descer naquele escorregador e gargalhar naquele carrossel enquanto seus pais riam e batiam fotos fora assassinado. Há anos Bernard Chapman trabalhava com a morte, e ela sempre encontrava uma forma de arrancar-lhe o coração. Pensou que, àquela altura, já teria se acostumado. Estava enganado.

- Tudo bem, chefe? – perguntou Daniel. Sophia fitava seu rosto em silêncio.

- Tudo bem – respondeu Chapman. – Vamos.

Os três desceram do carro e bateram as portas quase em sincronia perfeita. O portãozinho na cerca não estava trancado, e Chapman o abriu com um pequeno empurrão, fazendo as dobradiças rangerem de uma maneira meio agourenta. Agora que tinham chegado, ele via como a casa parecia vazia e silenciosa, mesmo com o som da televisão ligada saindo por uma das janelas do primeiro andar. Por um instante, ele imaginou o Sr. e a Sra. Cornwell mortos de mãos dadas no sofá da sala, com as cabeças estouradas, os miolos decorando as paredes de vermelho e uma calibre .12 ainda vomitando fumaça nos dedos do Sr. Cornwell.

Antes que Chapman pudesse bater na porta, Daniel chamou-o.

- O que foi? – indagou, olhando por cima do ombro.

Viu Sophia parada sozinha no meio do parquinho. De pé ali, entre os brinquedos assombrados, tremendo dentro de um terno grande demais para seu corpo mirrado, ela parecia uma criança mutante. Uma alma velha em um corpo jovem. Alguém que, como George Cornwell, tivera a infância roubada mais cedo do que podia ser considerado justo.

- Sophia? – ele chamou. – O que foi? Captou alguma coisa?

Devagar, Sophia virou-se para ele. Mesmo de longe, Chapman viu que os olhos dela estavam cheios de lágrimas.

- Ele estava ali quando o levaram – ela disse. Apontou para um aglomerado de arbustos nos fundos do jardim. – Bem ali. O homem veio daquela direção, pela esquerda da cerca. Empurrava um carrinho de mão cheio de coisas que crianças gostam. Chocolates, salgadinhos, balas, brinquedos e até uma bola de futebol. Era de couro e tinha o símbolo do Star Trek. Tinha também um delicioso cheiro de nova, como se tivesse sido comprada naquele instante, especialmente para ele.

Chapman aguardou Sophia dar uma volta onde estava, pisando devagar na grama como quem estuda o terreno. Ele viu Daniel tirar do bolso um bloquinho de notas e começar a anotar tudo o que a garota falava. Bom.

- O homem tinha um cheiro engraçado – continuou Sophia. – De flores e terra. A avó de George, Nana, que mora em Louisiana, tem uma estufa que cheira igualzinho. O homem conversa com George, e o menino se sente culpado porque sua mãe lhe disse para não falar com estranhos. Então o homem tira do carrinho de mão a bola do Star Trek e a joga para o garoto. Diz que é um presente para ele e se afasta, empurrando o carrinho para longe.

"A bola parou ali – Sophia aponta para o amontoado de arbustos do outro lado do jardim. – George espera o homem se afastar para ir atrás da bola, porque não confia no estranho – um sorrisinho toma conta dos lábios da garota. – É um garoto esperto. Mas, quando ele se enfia no meio dos arbustos para pegar a bola, alguém o segura com força por trás. Ah, Chapman, ele sentiu medo. Tanto medo. Tentou gritar pela mãe, mas dedos se fecharam em sua garganta.

Sophia para e respira fundo. Agora, as lágrimas escorrem livremente por suas bochechas vermelhas, mas ela sequer repara nisso. Ela leva os dedos à garganta e as costas de sua mão tampam a tatuagem que a garota tem no pescoço: um triângulo de gravetos envolto por fitas vermelhas.

- A última pessoa na qual ele pensa é na avó, por causa do cheiro forte de terra nas mãos que o agarram. Só que, dessa vez, há outros aromas muito mais desagradáveis. De suor. E de algo metálico que acho ser sangue. Depois não há mais nada.

Os três ficam parados. O único som é o da televisão ligada na casa dos Cornwell. Chapman enfia as mãos nos bolsos do casaco, Daniel rabisca as últimas palavras no bloquinho de anotações e Sophia enxuga o rosto, parecendo notar só agora as lágrimas. É Daniel quem rompe o silêncio:

- Temos bastante coisa para começar – ele diz. – Por exemplo: não é todo mundo que anda por aí com um carrinho de mão cheio de brinquedos.

- Um carrinho de mão vermelho – diz Sophia, a voz embargada.

- Pode ser um morador de rua – diz Chapman.

- Acho que não – diz Sophia. – Ele tinha um rosto bem cuidado, apesar de tudo. Seu sorriso era bonito.

As sobrancelhas de Chapman sobem com a surpresa.

- Então nós temos um rosto. Isso é ótimo – Chapman tira do bolso do uniforme seu próprio bloquinho de notas e uma caneta, e estende ambos para Sophia. – Pode desenhá-lo?

Sophia dá um sorriso e funga para espantar os últimos resquícios de choro.

- Sabe que posso – ela pega o bloco e a caneta das mãos dele.

- Ótimo – diz Chapman. – Vou entrar com Daniel para conversar com os Cornwell enquanto você trabalha nisso. Anda, garoto.

Com Daniel ao seu lado, Chapman tocou a campainha uma vez e escutou os passos de alguém se aproximando para atender à porta. Antes de se concentrar no que precisava fazer – interrogar uma família em luto pelo filho é algo que exige tato – ele dá uma última olhada para trás e vê Sophia sentada no balanço, desenhando com a caneta no bloquinho. Sentada, ele teve certeza, no mesmo balanço onde George Cornwell se sentara antes de ser sequestrado e morto.


Continue Reading

You'll Also Like

15K 933 27
Início:12/09/2023 Encerramento:
34.8K 3.9K 55
Lorena é uma jovem brilhante que aos 17 anos tem seus sonhos de futuro e faculdade abalados após ser sequestrada no corredor de sua escola. Levada pa...
310K 25.3K 55
*ALERTA DE GATILHO* S/n Walker é uma garota de 16 anos com sérios problemas de labilidade emocional, sem contar o passado perturbador que a assombra...
1.7K 149 35
🌷FINALISTA NO WATTYS 2022🌷 Beline Wrigert é apresentada à sociedade como a mais uma das donzelas, que está pronta para escolher um pretendente e s...