Diário de Um Sobrevivente

By LucianoJnior

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No ano de 2018 um tipo de praga ou infecção atacou a humanidade e nós nem ao menos sabemos de onde isso surgi... More

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By LucianoJnior


- A gente tem que ir embora daqui. – Edinho alertou.

- Tá. Nós vamos e... – Em meio à frase que dizia senti uma dor súbita irradiando pela minha cabeça e fazendo meus ouvidos zunirem. Minha visão ficou turva imediatamente e eu senti minha cabeça inclinar para frente fazendo com que meu rosto acertasse o metal da porta do carro. Tudo aconteceu muito rápido e em menos de um segundo eu estava no chão, com a cabeça explodindo, a visão cada vez mais embaçada e a respiração pesada. O que está acontecendo comigo?

- Aí meu Deus! Jotah? Jotah! – Ouvi a voz de Barbara distante.

Senti suas mãos sobre minha cabeça e mais gritos inundavam o ambiente mas eu não conseguia distingui-los muito bem enquanto permanecia semi-inconsciente no chão.

- TEMOS QUE IR EMBORA AGORA! – Essa com certeza era a voz de Edinho.

- Precisamos estancar o ferimento. – Barbara dizia com a voz tremula.

- Não temos tempo. Estamos na linha de mira deles. Precisamos ir!

Senti as mãos de alguém em meus braços e depois envolvendo meu tronco. As mãos de outra pessoa seguravam minha cabeça para que não balançasse muito mas não surtiu tanto efeito. O balanço do meu corpo indicava que estávamos em movimento mas eu não conseguia distinguir como, cada chacoalhada que acontecia atingia minha cabeça como um míssil e a dor me fazia gemer.

Logo comecei a sentir coisas roçarem meu rosto, incomodava mas não ao ponto de machucar, parecia... Mato. Tentei abrir os olhos mas não conseguia e depois de um tempo desisti de fazê-lo e passei a me concentrar no que ouvia.

- Como ele está?

- Não sei.

- Não dá pra saber. Só quando pararmos agora.

- Só vamos parar quando eu souber que será seguro para ele e para todos nós.

Após ouvir mais algumas frases sem conseguir entendê-las muito bem eu tentei falar, mas não consegui produzir nenhum som distinguível.

- Ele está tentando dizer alguma coisa.

- Olha pra ele, Natalia. Ele levou um tiro na cabeça. – Após mais uma chacoalhada e um suspiro a frase continuou. – Acha que ele vai conseguir dizer alguma coisa?

- Jotah? Tá meu ouvindo? Fica comigo tá bem? Fica acordado.

Eu estava ouvindo, mesmo com dificuldade em me manter consciente eu conseguia ouvir e entender o que falavam, só que por mais que eu tentasse não conseguia interagir para mostrar isso.

Após algum tempo e mais unas chacoalhadas depois eu fui colocado no chão e assim que meu corpo encontrou o solo, senti uma for muito forte e consegui abrir os olhos. Os rostos de Natalia e Edinho foram as primeiras coisas que consegui enxergar.

Tentei me levantar instintivamente mas não consegui, senti mãos segurando meus ombros e não sei se foi por isso ou por minha própria falta de força que fui impedido de ficar em pé.

Eu ainda estava desnorteado e não conseguia entender tudo que estava acontecendo. De repente escutei os gritos de alguém, eram os de Barbara. Edinho imediatamente se afastou saindo do meu campo de visão e eu ouvi barulhos do que parecia ser uma briga ou algo do tipo.

Não sabia bem o que estava acontecendo, mas era grave, grave o suficiente para tirar a atenção de Natalia de mim. Ela soltou meus ombros e levou as mãos ao rosto, juntando-as como uma concha em frente ao nariz e boca. Aproveitei o momento de distração dela para me esforçar e tentar levantar ao menos parte do meu tronco para também ver o que acontecia.

Mesmo sentindo dores e com a respiração pesada eu consegui me erguer o suficiente para enxergar Edinho e o vi cravando a faca na cabeça de um zumbi que tentara atacar Barbara. Depois disso perdi as forças e cai novamente no chão.

Gemi de dor com o impacto da minha cabeça ao solo e me virei por cima do ombro, ficando de bruços, e dessa vez usando os braços para tentar me levantar. Enquanto fazia forças para me erguer senti as mãos de Edinho me segurando pelo tronco e me ajudando a levantar.

- Força irmãozinho. A gente tem que sair logo daqui.

Edinho me apoiou no ombro e passamos a caminhar juntos, com Natalia a nossa frente e Barbara um pouco atrás. Minha dificuldade em se manter de pé e caminhar era gritante e Edinho basicamente carregava o peso de nós dois naquele momento, tentando apressar o máximo o possível a caminhada.

Não muito depois de voltarmos a caminhar ouvimos um barulho atrás de nós e assim que Edinho se virou junto comigo, pude ver Barbara lutando contra mais um zumbi. Ele teve dificuldades mas conseguiu acertar o zumbi com um golpe de faca antes que fosse mordida.

Mal nos viramos pra frente e dessa vez era Natalia quem lutava contra mais um mordedor. Edinho nem sequer teve tempo de tentar ajudá-la, pois quando menos esperávamos um zumbi saiu do meio do matagal e investiu contra nós. Edinho me largou por um segundo para tentar acertar o zumbi com a faca, mas assim que ele me soltou eu tonteei e quase fui ao solo. O que fez Edinho interromper o ataque, apenas empurrando o mordedor, e voltar para me segurar. Quando o zumbi voltou a nos atacar Edinho puxou a pistola que levava na cintura e disparou na cabeça do morto-vivo.

- O que você ta fazendo?! – Barbara disse baixando a mão de Edinho. – Não use a arma aqui.

- Eu não tive opção. Não tinha como matar o desgraçado com a faca usando apenas um braço.

- Tá cheio de canibais nessa droga de mato, não podemos fazer barulho. – Barbara reforçou.

- Eu não tinha opção! – Edinho repetiu de forma mais firme.

- O que vocês estão fazendo? – Natalia interveio. – Estamos cercados pelos canibais. Não é hora de discutir.

Ouvindo aquela discussão eu não podia me abster e apenas observá-los naquela situação, pois querendo ou não e por mais debilitado que eu estivesse, nada tirava minha responsabilidade de ter colocado todos nós ali.

- Me deixa. – Falei com dificuldades.

- O quê? – Edinho indagou.

- O que você disse? – Dessa vez Barbara quem falou.

- Me deixem. Me deixem aqui. Vão embora. – Falei com cada vez mais dificuldade. – Vão embora! Vão! Me deixem aqui, eu já estou morto. Vão embora. – Continuei repetindo com todas as forças que me restavam.

- Eu não vou deixar você. – Edinho disse. – Ninguém fica pra trás, lembra? Eu não vou te deixar aqui, tá me ouvindo?

Vocês podem ir. – Edinho falou olhando para as garotas. – Eu continuarei com ele, nem que morramos juntos aqui, não irei deixá-lo.

Depois que Edinho terminou de falar fez-se um silêncio que demorou poucos segundos e foi quebrado por Natalia. Ela deu um passo à frente e beijou Edinho nos lábios, um beijo tímido e lento que parou ao leve afastar de cabeça de Natalia, que ainda próxima ao rosto dele sacou a arma que Edinho trazia na cintura.

Surpreendi-me com aquilo e pude ver o mesmo olhar de surpresa no rosto de Edinho e Barbara.

- Vão embora. Eu cuido dos canibais.

Edinho olhava atônito para o rosto de Natalia, que mesmo sujo ainda permanecia lindo. Alguns poucos fios de seu cabelo castanho claro, que ficavam ainda mais claros com a tonalidade da luz solar, caiam por cima de sua face delineando ainda mais seus traços. O olhar dela era fixo e cheio de certeza, não sei o que ela pretendia fazer, mas com certeza ela estava decidida a fazê-lo.

- Você tá maluca? Não vai conseguir fazer isso sozinha. – Barbara tentou desencorajá-la e de certa maneira assim proteger a vida da amiga.

- Talvez eu não conseguisse salvar você naquela noite em que te encontrei fugindo dos canibais, mas isso não me impediu de tentar.

- Não, Natalia. Por favor... – Barbara suplicava em lágrimas.

- Não fui apenas eu que salvei você naquela noite. Você também me salvou, Barbara. – Natalia pôs uma das mãos na lateral do rosto de Barbara. – Eu jamais teria sobrevivido tanto tempo nesse mundo sem a sua ajuda. Quero recompensar você por tudo que fez por mim, não tire a chance que eu tenho de fazer isto.

- Mas nathy... – Barbara falou uma última vez.

- – Natalia finalizou e desapareceu por entre o mato alto.

Eu e Edinho apenas permanecemos em silêncio observando toda a cena, não havia nada que podíamos fazer. Após Natalia sumir, Edinho virou-se pra frente e voltou a caminhar junto comigo. Barbara logo se juntou a nós e passou a ajudar Edinho a me carregar mato adentro.

Não muito depois de Natalia se afastar ouvimos seus gritos para chamar a atenção dos mordedores, seguidos pouco depois por um disparo. Mais alguns passos e outro tiro ecoou pelo local e mais gritos atraiam os zumbis para longes de nós.

Por um momento eu achei que Natalia conseguiria escapar daquela situação, mas após os disparos cessarem um grito de dor, já distante a essa altura, soou como um suspiro nas nossas cabeças. O grito cessou mas não muito depois voltamos a ouvir novamente mais um grito que inundava nossos ouvidos e machucava nossos corações. Os gritos passaram a ser constantes só que cada vez mais abafados até que pouco antes de cessarem eu desmaiei.

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