Hands To Myself | Interssexual

Bởi chaelisamaniac

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[CONCLUÍDA] Lauren Jauregui é obcecada. Obcecada pela estrela de cinema Camila Cabello. Ao conseguir o endere... Xem Thêm

Presa?
Jaqueta
Contrato
Exausta
Normani Hamilton
Satisfeita?
Mudanças
Fascinante
Tomates Fritos
Senhora Jauregui
Não se importa?
Café
Nova York
Blue
Ela
Um dia perfeito
Sinu Cabello
Os Cabello
Apaixonada
Jantar
Confie em mim
Casa
Eu te adoro
"Eu te amo"
Lucy Vives
A mulher da minha vida
Cachoeira
De volta para L.A
Revelações
Hands to Myself
Justamente ela?
Alex está em L.A
"Diga que me ama."
O lado obscuro de Camila Cabello
Case-se comigo
A trate como realmente é
O anel
Conte a verdade, Lauren
Estamos em outro nível
Casamento
OBSERVAÇÕES

Perfeita pra mim

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Bởi chaelisamaniac


Hallo, como estão?

Peço gentilmente que quando estiver escrito PLAY no texto, ouçam a música da oned, Perfect. 


Boa leitura!



Lauren Jauregui Point of View


Coço meus olhos, sentindo aquelas remelas irritantes saindo deles nesse ato. Uma luz fraca entrava pela fresta da janela do meu quarto. Escuto o barulho do rádio no andar inferior, e sei que é dona Clara fazendo o café ou sabe-se lá o que. Minha mãe era uma pessoa matinal, aquele tipo que acorda cedo, aplaude o sol, essas coisas. Minha mãe meio que era hippie quando era mais nova, e manteve esse costume enquanto estava me criando. Fui criada amando a natureza, amando pequenos momentos, sendo grata pela vida. Por mais que a vida ferrasse comigo. Meus olhos estavam começando a arder, devido a lente acho, e me levanto devagar da minha cama, com receio de acordar a latina ao meu lado. Eu estava completamente nua, e por um milagre, quando cheguei ao banheiro do meu quarto e parei em frente ao espelho, não senti vergonha do meu corpo.


Tudo por causa dela. Camila, na noite anterior, me fez sentir de uma forma que nunca senti antes. A chance de sentir algo a mais, mais do que paixão, me acometeu ontem, durante nosso sexo, e meu coração se aqueceu. Eu a amava. Com todos os defeitos, com a grosseria, com sua falta de interesse, com sua distância, eu a amava. A amava com todo o meu ser, e a queria da mesma forma. Pensar em viver sem ela era algo que fazia minha garganta se fechar. Eu estava me tornando dependente de Camila Cabello. Minha visão está um pouco embaçada por conta de estar sem as lentes, e caminho aos tropeços até minha mochila, jogada num canto do meu antigo quarto, para pegar meus óculos. Nesse caminho, acabo esbarrando no guarda-roupa, o que faz um grande barulho e acaba acordando Camila.


— Baby? — Ela pergunta, sua voz sonolenta. Consigo pegar os óculos e minha visão regulariza. Camila está sentada na cama, o lençol cobria sua cintura, mas deixava seu colo desnudo. Seus seios firmes e empinados e sua pele morena me fazem salivar. Ando até a cama, me deitando, e ela se deita novamente, mas virando seu rosto em minha direção. Seus olhos castanhos parecem estar mais claros nessa manhã.


— Bom dia. — Murmuro, enfiando meu rosto no meio de seu pescoço e sentindo aquele cheiro gostoso de Channel. Ela passa os braços por meu corpo e me aninho nela.


— Bom dia, mon cher. O que aconteceu pra você fazer esse barulho?


— Acordei e as lentes me incomodavam, tirei e vim até minha mochila pegar meus óculos, mas acabei batendo no guarda-roupa. Me desculpe. — Aspiro seu cheiro fortemente, lhe dando cócegas. Sua risada é fofa, e sinto vontade de mordê-la.


— Tudo bem. Não me importo de ser acordada por você. Mas preferia que você fizesse isso de outra forma. Com uma chupada talvez. — Faz um olhar pensativo e lhe dou um leve tapa. Nossos olhos se conectam e sinto aquela sensação. Meu coração se enchendo de amor. Ela franze o nariz de uma forma fofa, e o mordo, lhe arrancando risadas. Ela parece bem humorada, e talvez sejam os ares do Kentucky. Ou então, uma parte apaixonada em mim dizia, ela esteja assim por minha causa.


Sua mão encontra o contorno de meu rosto, e ela o dedilha, me fazendo fechar os olhos. A sensação era boa. Logo seus lábios se unem aos meus, e o mundo começa a fazer sentido. É esse o efeito dessa latina provocante em mim. Nem parecia a mulher fria e largada de uns 2 meses pra trás, a mulher que me fez assinar um contrato pra transar comigo e eu a dominar. Algo que não ocorreu muito em nossa relação. Camila havia mudado várias coisas em mim, mudou minha aparência, mas eu a mudei também. Eu não queria dominá-la. Eu queria amar Karla Camila Cabello, do jeito que ela merecia. Nossas línguas se encontram em uma sedosa carícia, e juro que ouço ela suspirar. Subo em cima dela, colocando minhas mãos em sua cintura, e as suas ficam em meu pescoço, dando leves arranhões.


Nossos beijos se intensificam, e como eu havia acabado de acordar, minha ereção matinal estava visível, e com todo aquele contato estava maior. Meu membro acaba encostando em sua boceta quente, superficialmente, mas nos faz gemer. Antes que posso dar qualquer passo, somos interrompidas pelo grito de Clara Morgado.


— Laur, levanta! Alex está aqui embaixo enchendo minha paciência. Diz que quer sair com você e Camila. — Paro de beijar minha latina e suspiro.


— Sempre atrapalhando. — Resmungo, me referindo a Alex. Ouço ela gritando algo com minha mãe lá embaixo e Clara rindo.


— Vamos levantar, Lo. — Camila chama, e rolo para o lado, saindo de cima de seu corpo. Ela se afasta, levantando da cama e me dando a visão de sua bunda gostosa. Mordo o lábio com isso, e ela parece sentir meu desejo queimando, porque se vira, dando um de seus olhares maliciosos, o que faz meu pau vibrar.


— Vai tomar um banho, mon cher. Está precisando. — E sai, deixando-me queimando de desejo. Logo escuto o barulho do chuveiro e bufo. Tento acabar com minha ereção, pensando em minha mãe fazendo sexo e funciona. Me levanto da cama, mexendo em minha antiga cômoda, encontrando algo que me faz sorrir. Minha antiga camisa dos Wolves, o time de basquete do meu colégio no ensino médio. Visto um top preto, a camisa, e uma bermuda jeans. Calço meus All Stars pretos sujos de terra. Me olho no espelho. Perfeito. Era assim que eu costumava andar aqui, quando tinha 15,16,17 anos. Os cabelos despenteados, os óculos de grau Ray Ban, tênis sujos de tanto jogar bola em campos de terra. Eu estava feliz e despreocupada.


Camila parece que vai demorar, então desço para a cozinha, sentindo cheiro de café e encontrando Clara e Alex no maior papo. Alex tinha uma caneca de bichinhos na mão, e sei que ela está tomando achocolatado. Ela só toma isso. Seus olhos dourados brilham ao me ver, principalmente por estar usando a blusa. Alex jogava no time de basquete nessa época. Ela estava linda, como sempre. Aquela filha da puta era chata, mas linda demais. Seus cabelos escorriam por seus ombros e costas, e ela tinha um boné da faculdade de Louisville na cabeça. Usava calça jeans rasgada nos joelhos e uma blusa dos Bulls. Seu sorriso se alarga.


— Bom dia, L. — Ela me saúda, tomando seu achocolatado.


— Bom dia, querida. Onde está Camila? — Mamãe pergunta, e me sento na mesa, de frente a Alex. Pego uma xícara de café, e panquecas, começando a comer desesperadamente. Eu sentia falta da comida da minha mãe.


— Ela tá tomando banho. — Digo de boca cheia.


— Espero que ela não fique meio frustada com nosso café da manhã. Deve estar acostumada com coisas chiques. — Clara agora joga melado nas panquecas de Alex, e jogo calda de chocolate nas minhas.


— Não vai, mãe. Camila é relax. — Respondo.


— Ela deve ser mesmo relax, pra poder conseguir beijar você, L. — Alex debocha, enquanto enche mais um copo de leite e coloca achocolatado lá dentro. Ela ia falir a minha mãe um dia.


— Para de comer toda a comida da minha mãe. Você deve ser relax também, já que transou comigo né Slater? — Ironizo, e Alex revira os olhos, enquanto Clara ri, me dando um tapa no braço.


— Não ligo de Alex comer tudo Laur, ela me faz companhia. — Mamãe responde, e Alex sorri cínica. Antes que eu possa responder, sinto um cheiro gostoso e sei que é Camila. Chanell.


— Bom dia. — A latina cumprimenta, se sentando ao meu lado. Clara abre um largo sorriso ao ver Camila.


— Bom dia, Camila. Vai tomar café? — Questiona mamãe.


— Claro. — Camila pega um copo, se servindo do suco de laranja caseiro que minha mãe fez. Ela pega panquecas, joga calda de chocolate em cima, e ataca. Ela fica um minuto, acho, comendo sem parar, e logo suas panquecas acabam. Clara arregala os olhos e rio.


— Quer mais, querida? — Clara diz, e Camz confirma com a cabeça. Mamãe serve mais duas panquecas para a latina, que volta a comer , sem falar nenhuma palavra. Dou um olhar divertido pra Alex, que me dá língua.


— Quais os planos de hoje? — Alex pergunta, tomando o resto do seu achocolatado.


— Acho que vamos dar uma volta na cidade. — Respondo.


— Hum, bem, vocês podem sair comigo. Vero e eu vamos a um jogo de softball agora de manhã, vocês podem ir. — Me animo ao ouvir o convite. Eu amava softball, jogava no time da cidade quanto tinha 11, 12 anos. Até me interessar pelas artes e deixar o esporte pra ela.


— Isso ia ser ótimo. Muito. Vamos, Camz? — Faço um bico para Camila, que me olha, terminando de beber seu suco.


— Claro. Por que não? — Bato minhas palmas, eufórica. Além de ver o jogo, poderia matar a saudade que sentia de Vero.


— Falando em Vero: Alex, onde ela tá?


— Foi levar o Jake no petshop. Vai encontrar com a gente lá no campo. É aqui perto. Uns 15 minutos de carro. A gente vai no meu. — Minha amiga levanta da mesa e começa a recolher os pratos, copos, e leva pra pia. Lá, ela começa a lavar. Olho pra Clara, e ela dá de ombros.


— Preciso usar alguma roupa diferente? — Camila me pergunta. Nos levantamos da mesa e a guio até o sofá. Nos sentamos lá.


— Não. Só leva um boné. Te empresto um dos meus antigos. Vai de jeans. E tênis. Se não me engano, com certeza o campo é de terra. — Fico esperando uma reação negativa de Camila a esse fato, mas ela não diz nada, pelo contrário, dá um sorriso bonito. Meu celular vibra no bolso de minha bermuda e vejo no visor que era Dinah. Atendo.


— Oi, Lion. — Digo, e escuto a risada de Dinah Jane.


— Bom dia, Walz. Como tá aí na casa da mamãe?


— Vai bem. Ela fez panquecas. Tô me sentindo uma gorda.


— Agora que percebeu isso. Só estou ligando porque Ally mandou, senão não estaria ouvindo minha maravilhosa voz. — Dinah ri, e bufo. Sempre me provocando. Camila dá um sorriso fofo, e se levanta, indicando com a mão a cozinha. Fico sozinha na sala.


— Mentirosa. Ligou porque me ama. Tá sentindo minha falta, Jane. Eu sei.


— Haha. Não. Sinto mais falta da Slater do que de você, tinta de parede. — Sempre tão amorosa.


— Olha, se me ligou pra debochar da minha cor de pele, eu vou desligar tá?


— Não, não, desliga. Se você fizer isso, Ally vai encher meu saco, e aí vai ser greve de sexo por um mês. Dá pra fingir que estamos conversando? — As coisas que eu não faço pela felicidade de Dinah Jane Hansen. E Ally Brooke.


— Ok. Eu estou indo pra um jogo de softball com Alex e Vero. Você ficou sabendo que elas estão se pegando? — Faço aquela voz que minha mãe faz quando a gente conta uma fofoca pra ela. Dinah berra do outro lado, e eu rio.


— Jura? Meu deus, a Slater é uma safada. Primeiro você, agora a Vero.


— Ah, ela pegou a Lucy também.


— Puta que pariu! — Dinah grita, e ouço o barulho de algo caindo. — Merda. — A loira resmunga.


— Você quebrou algo?


— Não. Eu só... Uau! Aquela filha da mãe! Mas, a Vero não tava com a tal da Josefine? — Camila surge na sala, com a companhia de mamãe e Alex. A latina pisca pra mim e sorri largo, e me esqueço de Dinah. O sorriso de Camila era tão arrasador. — Tá me ouvindo, Jauregui? — Dinah grita, e afasto o telefone da orelha.


— Só de ouvir o grito já sei que é Dinah. — Clara brinca, e pega na mão de Camila, a levando lá pra cima e deixando Alex comigo. A garota ergue as sobrancelhas e ri debochada, antes de se sentar ao meu lado e encostar a cabeça no meu ombro. Quando não estava rindo de mim, Alex era maravilhosa.


— Desculpa Lion, me distrai aqui. Alex tá aqui do meu lado, manda um oi. — Jogo o meu celular para Slater, que o pega.


— Sapatão! Que saudade de você! Como anda a Ally, hein? — Alex brinca com Dinah, e rio com sua piada.


— Calada, Slater. Não senti nem um pouco de saudade de você e a Ally vai muito bem, obrigado.


Desde que éramos crianças, Alex e Dinah sempre foram como gato e rato. As duas brigavam, rolavam no chão, se xingavam, mas nunca abandonavam a outra quando precisava. Era amor e ódio. Totalmente diferente da minha relação com Ally. A baixinha cuidava de mim como uma segunda mãe, me dando bons conselhos, me ajudando com os problemas. Alex era minha parceira de crime, assim como Vero e Zach. Dinah era pau mandado de Ally demais. Uma autêntica escravoceta. Não que eu não fosse assim agora. Dinah e Alex começam a se xingar e depois ficam fofas. Duas loucas. Alex encerra a chamada com Dinah, me entregando meu celular e me encarando com aqueles olhos dourados zombadores.


— Quando vamos sentar pra conversar e você vai me explicar por que Dinah disse que sua namorada se chama Normani, sendo que quem está aqui é Camila Cabello? — Ergue suas sobrancelhas, me olhando curiosamente. Merda.


— É uma longa história. — Tento me livrar das complicadas explicações, mas Alex não cai nessa. Nunca caiu na verdade.


— Tudo bem, nós temos tempo. Você não vai me enrolar. Sem contar que, você tem que explicar por que caralho, você foi presa! — Resmungo um "porra" que a faz rir. Aconteceu tantas coisas nessas semanas que eu até esqueci que fui presa. E que mamãe não sabe disso. Camila e Clara surgem, rindo e comentando sobre algo que eu desconhecia.


— E aí, vamos? — Pergunto, estendendo a mão pra ela e entrelaçando nossos dedos, sentindo aquele habitual calor que só ela me causava.


— Claro. — Dou um beijo na cabeça de minha mãe, e saímos para fora de casa, na companhia de Alex, que anda na nossa frente. À caminhonete dela estava estacionada em frente a casa de Vero.


— Você não tem mais casa? — Pergunto quando estamos dentro do carro., Camila e eu sentadas juntas no banco de trás.


— Tenho. Mas duvido que meus pais vão me querer lá de novo. — Ela murmura. Alex e os pais viviam em uma zona de guerra. Digamos que os Slater's não aceitavam muito o fato da filha única ser bissexual. Quando Alex assumiu para os pais o que era, eles a mandaram pra fora de casa. Com isso, ela veio viver comigo e com minha mãe.


— Até hoje eles não aceitaram?


— Não. — Ela suspira, olhando pro trânsito. — Fingem que não me conhecem. Um dia desses encontrei com eles no shopping junto com Vero. Você tinha que ver a cara que eles fizeram quando viu a gente de mãos dadas. — Camila e eu ficamos caladas. Eu não havia passado por isso, e acho que Camila também não. Eu sei que Alex sofre com o afastamento dos pais e da família por geral.


— Onde você tá ficando agora? — Camila pergunta.


— Bem, eu fico entre a casa de Vero e da tia Clara. É meio desconfortável. Não gosto de depender de ninguém. E eu tô juntando uma grana pra ir pra L.A. Quero apresentar meu livro pra alguma editora. — A ambição da vida de Alex era ter um livro seu publicado. Alex havia feito faculdade de história, e dava aulas no ensino médio, mas sua ambição era ser escritora. Eu já havia lido algumas coisas dela, e eram excelentes. Ela tinha talento, e se fosse pra L.A...


— Tenho a solução pro seu problema. — Camila diz, me interrompendo, e olho confusa pra ela.


— E o que seria? — Alex entra no estacionamento de terra do campo de softball, e vejo que há muitos carros ali.


— Você ir pra L.A e dividir apartamento com minha amiga Normani. — Escancaro a boca com a sugestão da latina. Alex também. Como assim morar com Normani?


— Camz, como assim, a Alex morar com a Normani? — Digo, e Alex desce do carro. Nós a acompanhamos.


— Normani reclamou que estava se sentindo solitária lá no flat dela. Que queria companhia. Alex é uma garota legal, e quem sabe Normani e ela não podem se interessar uma pela outra. — Camila está descontraída, e Alex parece gostar da ideia de ir pra L.A, pois dá um sorriso grande.


— Isso ia ser maravilhoso, Camila. Morando em L.A eu poderia procurar por editoras para o meu livro, seria incrível. Mas, sua amiga não vai se importar? — Entramos no campo de softball e Alex conversa empolgada com Camila. Será que seria uma boa ideia minha amiga morar com a garota que disse estar apaixonada por mim. Não que seja ciúmes... Bem, eu sinto algo por Normani, só não sei dizer o que. 


Mas não é nada comparado ao que eu sinto por Camila. O que eu sinto por ela não tem tamanho, não tem descrição, só sei que é a coisa mais pura e linda que eu já senti por alguém na minha vida. O campo estava cheio. Havia um time de crianças reunidas no campo, e me lembro que em jogos assim, as crianças jogam primeiro que os adultos. Alex nos guia pelo lugar, e várias pessoas a param, e me param para cumprimentar. Muitas olham pra Camila espantada, e vejo de leve que algumas até tiravam fotos. Alex nos leva até uns bancos perto da grade do campo, e ela corre em direção a uma mulher de boné dos Red Sox, que a abraça e beija loucamente. As duas se engolem por uns bons segundos, e então se soltam. É quando vejo com espanto quem é a mulher.


— Vero! — Berro, correndo até a morena que ri e me abraça forte. A agarro com tanta força que ela tem que me dar uns tapinhas para que a solte.


— Calma, Jauregay. — Ela ri, e nos soltamos. Vero estava linda. Seu corpo estava mais definido do que da última vez que nos vimos. Ela usava um short jeans curto, uma camisa dos Wolves antiga e o boné. Alex se aproxima e passa a mão pela cintura de Vero. Até que elas são um casal bonitinho.


— Não me peça calma. — Pego na mão de Camila e a trago para perto de mim. Minha amiga a olha com interesse. — Vero, essa é a Camz. Camz, essa é Veronica Iglesias, ou Vero. — Camila aperta a mão de Vero, sendo simpática, e elas começam a conversar. Nos sentamos no banco, Camila a direita de Vero, eu a sua direita e Alex da minha. As duas mulheres continuam papeando e Alex me cutuca.


— Elas se deram bem. — Ela diz, bebendo um gole do seu refrigerante que Vero havia comprado pra ela.


— O que foi aquela recepção calorosa na Iglesias? — O jogo começa e continuamos conversando.


— Isso se chama carinho. É o que eu tenho por ela. — Alex ajeita o boné na cabeça, olhando pro jogo. Jogo que era calmo e morno.


— Sei. Você vai aceitar aquilo que a Camila falou?


— Não sei. Ir pra L.A requer deixar Vero aqui, e isso é algo que não estou disposta.


— Humm, possessiva. — Brinco, e ela me dá um tapa.


— Talvez. Eu só quero cuidar de quem me faz bem, me faz me sentir diferente, alguém que faz comigo todas as coisas que eu queria fazer. Veronica Iglesias é perfeita mim — Woh. Isso foi... Intenso. Achei que nunca veria Alex falar de alguém assim que não fosse da Lucy. Penso nas suas palavras e reflito.


Camila era assim pra mim. Ela me faz ser diferente. Me faz sentir coisas indescritíveis. Ela me queima. Ela é perfeita pra mim. Olho pra ela. Ela conversava com Vero, concentrada, mas assim que me vê encarando, dá um sorriso fofo e pisca. Pisco de volta. Estar aqui, na minha cidade, com minha família, meus amigos, era bom. Mas estar aqui, com ela, era perfeito. Como tudo a envolvia.


(...)


Já era de tarde e os jogos já haviam acabado. Eu, Camila, Alex e Vero, havíamos ido até a praça onde a galera andava de skate e bike. Vero havia levado a bicicleta de Alex e a sua na parte de trás de sua caminhonete. Eu estava jogada na grama, junto com Camila em meus braços, e o casal Velex estava andando de bicicleta. As duas se divertiam, uma tentando empurrar a outra e rindo alto.


— Você tá feliz por elas? — Camila me pergunta, deitada de frente pra mim, nossas pernas entrelaçadas.


— Estou. Eu sei o quanto Vero sofreu por Lucy, e Alex também.


— Então a Lucy é a quebra corações? — Ela brinca, e rio, lhe dando um rápido selinho.


— Não exatamente. Lucy é uma pessoa maravilhosa, sabe? Eu até entendo as duas terem sido apaixonadas por ela. O que fode a Lu são as opiniões. Lucy se deixa levar pelo o que as pessoas falam ou pensam dela.


Vero conseguiu derrubar Alex, e minha amiga está jogada no chão, rindo como uma doente e Vero também. Iglesias se joga no colo de Alex e as duas se beijam. Olho pra Camila, e ela está sorrindo. Algo que faz com muita mais frequência agora. — Eu gosto de ficar assim com você. — Diz, passando os braços por meu pescoço e acariciando meus cabelos.


— Idem. — Deslizo minhas mãos por sua cintura modelada, apreciando esse gostoso momento. Nossos lábios se conectam e sinto aquela energia, aquele fogo passar por minhas veias, o efeito Camila. Sua língua está faminta, e ela suga meu lábio inferior para si.


— Você é perfeita pra mim. — Meu coração acelera ao ouvi-la, e sorrio largo. Somos interrompidas pelo casal Velex, pulando em cima de mim, rindo como duas hienas.


— Vamos embora, Camren? — Diz Vero, saindo de cima de mim.


— Vamos. Vou precisar de descansar depois de ter duas baleias em cima de mim. — resmungo, me levantando, e Camila também. Damos as mãos.


— Você e a Camila vão na minha bike, e Vero e eu na dela. — Havíamos deixados os carros lá no estacionamento do campo e viemos de bike.


Alex se senta no banco da bike, Vero se senta na frente dela, com as pernas de lado. Faço o mesmo com Camila. O casal Velex nos deixa pra trás, e levanto meu corpo do banco da bicicleta enquanto pedalo. O vento bate no meu rosto e a sensação é maravilhosa. Ouço a risada de Camila, e começo a fazer zig-zag com a bike. Quando nós chegamos até o campo, já era de noite. Eram mais de 19 horas e as estrelas brilhavam no céu.


— Vem. — impeço Camila de entrar no banco de trás do carro de Alex, e a levo para a parte de trás. Nos sentamos lá e Alex dá a partida.


— Isso é muito bom. — Camila grita, devido ao vento e a pressão, e rio atoa. Era maravilhoso fazer isso. Me sentir livre, completa, feliz. E ainda ter ela comigo. Alex liga o som e passava Perfect da 1D. Melhor momento.


"Baby I'm perfect for you". — Canto para Camila, que sorri e me abraça. Se eu pudesse, passaria o resto dos meus dias assim. Passaria cada segundo com ela. Por que ela me completa e me faz querer abrir os olhos toda manhã. Sei que o nosso relacionamento não é fácil, e não começou da melhor forma. Mas agora, eu e ela, o casal Camren, era infinito. 

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