Hands To Myself | Interssexual

By chaelisamaniac

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[CONCLUÍDA] Lauren Jauregui é obcecada. Obcecada pela estrela de cinema Camila Cabello. Ao conseguir o endere... More

Presa?
Jaqueta
Contrato
Exausta
Normani Hamilton
Satisfeita?
Mudanças
Fascinante
Tomates Fritos
Senhora Jauregui
Não se importa?
Café
Nova York
Blue
Ela
Um dia perfeito
Sinu Cabello
Os Cabello
Apaixonada
Confie em mim
Casa
Eu te adoro
Perfeita pra mim
"Eu te amo"
Lucy Vives
A mulher da minha vida
Cachoeira
De volta para L.A
Revelações
Hands to Myself
Justamente ela?
Alex está em L.A
"Diga que me ama."
O lado obscuro de Camila Cabello
Case-se comigo
A trate como realmente é
O anel
Conte a verdade, Lauren
Estamos em outro nível
Casamento
OBSERVAÇÕES

Jantar

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By chaelisamaniac


— Er... claro. Entra. — A convido, sem saber direito o que fazer ou dizer de tamanha surpresa. Normani entra calmamente dentro da minha casa, e suspiro antes de fechar a porta. Dinah continua esparramada no sofá com o dedo na boca, e assim que vê Normani, se levanta rápido, rápido até demais, e com isso cai do sofá, me fazendo gargalhar alto.


— Para de rir, animal. — A loira se levanta, dando dois beijos na bochecha de Normani. — Hey Mani, não sabia que você estava vindo, Lauren não disse nada. — Dinah atira um almofada em meu rosto, me fazendo engasgar com a risada.


— Quieta, Dinah! Eu nem sabia que Normani estava vindo pra cá. Não diga coisas que não sabe gigante. — Dinah ameaça vir pra cima de mim, mas Normani a segura.


— Vocês não vão brigar por causa disso, né? — Normani nos dá um olhar repreensivo e Dinah bufa.


— Tá. — A loira resmunga.


— Ótimo. — Digo, e me viro em direção a Normani. — Aconteceu alguma coisa? — Questiono, e a morena aponta na direção de Dinah dando a entender que era algo que ela não poderia saber. Nós ficamos em silêncio, e Dinah olha para mim e para Normani, confusa.


— Vocês por acaso querem que eu saia daqui? — Olhamos juntas para a loira e confirmamos com a cabeça.


— Vocês que procurem um lugar, porque eu não vou sair daqui. Ou podem falar aqui e me contar. — Dinah dá um sorrisinho bobo, e sacudo a cabeça negativamente.


— Ok. Mani, vamos pro meu quarto. Deixa essa chata ai. — Pego na mão de Normani, a guiando até o meu quarto, ignorando o choque que senti quando nossos dedos se conectaram. Abro a porta. Nós entramos e ela logo se senta na minha cama. A mulher passa os olhos por todas as fotos de Camila, os pôsteres, e suspira.


— O que aconteceu, Mani? — Me sento do seu lado na cama, a olhando.


— Camila me contou sobre o que aconteceu hoje. Se eu disser que sinto muito, vou estar sendo uma sonsa. — Ela foi direta. Muito. Suspiro, passando a mão pelos cabelos, me lembrando de minha manhã frustrante.


— Ela te disse isso? — Resmungo, e a morena me encara, logo colocando sua mão macia sobre a minha.


— Sim. Ela me ligou apavorada hoje de manhã, me dizendo que você disse que estava apaixonada por ela. Ela disse que não sabia o que fazer.


Camila sem saber o que fazer. Essa é nova. Fico olhando para o nada, me lembrando do que havia acontecido, até que ouço um pigarro. Dou de cara com os olhos chocolates de Normani, e percebo que ela está perto de mais, tão perto que posso sentir seu hálito de canela e o cheiro de seu perfume, que tenho quase certeza que é Gucci.


— Como você se sente? — Seus olhos me fitam, enquanto seus dedos passam por minha mão em um carinho gostoso, um carinho perigoso demais.


— Por que você quer saber? Tem haver com a Camila e não acho que isso te interessa. — Falo, grossa, e me sinto mal ao ver sua expressão magoada. Ela solta minha mão, se afastando. Droga Lauren, para de fazer merda! — Olha me desculpa, tá? Eu não quis ser grossa, é só que eu não quero falar de Camila Cabello, quero esquecer um pouco ela.


Normani se aproxima novamente e nossos olhos se conectam. É incrível que em tão pouco tempo nós já sejamos tão próximas. Havia algo que me puxava em direção a ela, assim como Camila. A minha cabeça doía só de pensar em que uma hora eu teria que escolher entre as duas. Ou então Camila me chutaria. — Eu me preocupo com você Lauren, e é por isso que eu estou aqui. Sei que você gosta da Camila, e por gostar de você é que eu estou passando em cima do meu orgulho e vindo aqui.


Meus olhos ardem com suas palavras. Enquanto eu só conseguia me lamentar, Normani estava preocupada comigo. Passo a mão em seus cabelos, deslizando os dedos neles, e ouvindo seu suspiro. Ela era tão linda, tão atraente, e era inegável o quanto eu sou atraída por ela. Seu rosto se aproxima do meu, e sei o que vai acontecer, mas não quero impedi-la. Nossos lábios se tocam devagar, gentilmente no começo, suas mãos se enroscando em meu cabelo, enquanto as minhas apertam sua cintura.


O seu beijo era gostoso, tão gostoso quanto o dela...


Percebo que Normani se agita, apertando meus fios em suas mãos, e tento corresponder a altura. Estar com ela era tão calmo e certo. Ela era aprovada pelos meus amigos, tinha uma vida arranjada, era linda, gentil, tudo que alguém poderia querer. Mas meu coração me trai. Meu corpo corresponde, mas meu coração só consegue ter ela. Camila. Ela que tira o meu ar com um simples sorriso ou revirar de olhos. A mulher a qual eu invadi a casa, fui presa, e com quem faço um sexo eloquente. Descolo meus lábios dos de Normani ao ouvir a porta se abrir, e ver uma Ally com bochechas coradas e uma Dinah rindo como uma idiota atrás.


— Eu sinto muito garotas. — As bochechas de Ally estão vermelhas como tomates e Dinah uiva de rir atrás dela.


— Relaxa Allycat, você não tem culpa que sua namorada é uma idiota, giganta, insuportável.  Digo, fazendo Normani rir e Dinah fechar a cara.


— Cala a boca, Jauregui. — A loira diz, me mostrando dedo. 


— Pare de ficar mostrando esse dedo pra mim e preserve ele pra Ally. — debocho, o que faz Ally corar por completo.


— Laur! — Irritar Dinah era algo maravilhoso. — Olha, eu só vim ver como você estava. Dinah não me disse que você tinha visita.


— Tudo bem Ally, você não tem culpa que sua namorada é uma retardada.


Dou um sorriso brilhante para Dinah ao dizer isso, e ela bufa, saindo do quarto e levando Ally consigo. Logo que elas saem, minha expressão fica séria. Eu tinha total consciência da presença de Normani atrás de mim, eu podia sentir sua energia, seu calor, mesmo sem ela me tocar, e sei que ela está me encarando.


— É melhor eu ir, não é?


Ela pergunta, praticamente adivinhando o que eu iria lhe pedir. Sua presença ali, a poucos metros de mim, me fazia suar. Camila tirava o meu ar, e Normani me fazia esquentar. Eu não queria de forma alguma lhe dar esperanças, não quando eu mal podia parar de pensar na melhor amiga dela. Seus olhos chocolates estão tristes, e meu coração aperta. A última coisa que eu quero no mundo é magoá-la, porque Normani era uma pessoa incrível e merecia algo melhor que eu.


— Me desculpe Mani, mas eu preciso ficar sozinha. Preciso por meus pensamentos em ordem, desde que eu fui presa minha vida tá uma bagunça e ...


— Tudo bem Lauren. — Ela me interrompe, se aproximando de mim. — Eu te entendo. Um pouco. Vou te dar seu espaço. Espero que você pense direito. Se vale a pena todo esse sacrifício por alguém que foge quando você fala de seus sentimentos. Até mais.


E me dá um beijo na bochecha, deixando-me parada e sem palavras. Posso ouvir vozes da cozinha, e logo a porta se abrindo. Ela se foi. Meu estômago embrulha. Era egoísmo demais da minha parte querer ter as duas? Querer a delicadeza de Normani e a selvageria de Camila? Sacudo a cabeça e saio do quarto, tentando expulsar esses pensamentos. Dinah e Ally estão sentadas no sofá, Ally entre as pernas da maior, comendo pizza. Me jogo no lugar ao seu lado.


— Por que ela foi embora tão cedo? — Dinah pergunta, com a boca cheia, fazendo Ally lhe dar um tapa.


— Não fala de boca cheia, amor.


— Ela só queria me perguntar se eu havia visto uma coisa lá da casa dela que ela não encontra. — Invento, pegando um copo vazio em cima da mesa de centro e colocando um pouco de Coca-Cola pra mim.


Dinah e Ally assistiam a Catfish na TV, o programa da MTV favorito de Dinah. Eu sentia falta disso. Falta de sentar em um canto com minhas amigas comendo pizza, vendo MTV, como era no Kentucky. Só faltava Zack, Vero e Alex, pra turma estar completa. Eu estava radiante de felicidade por poder visitar o Kentucky depois de tanto tempo. Poder sentar em um lugar tranquilo e beber uma cerveja com Alex enquanto falamos de poesia, música e as cidades que iríamos visitar. Alexandra Michelle Slater era a minha melhor amiga. Além do segundo nome em comum, tínhamos mil coisas em comum. Alex foi minha primeira. Eu sentia uma saudade imensa dela. Alex com certeza saberia me ajudar com todos esses problemas.


Observo Dinah e Ally naquela bolha de amor que elas ficam, e por uns segundos sinto inveja. Inveja do amor forte que elas tem. Uma não vivia sem a outra e isso era lindo, era algo que eu queria pra minha vida. De preferência com uma certa atriz. Uma certa atriz que está na tela da minha TV. As garotas haviam trocado de canal e eu nem havia percebido. Camila estava no E! e eles falavam algo sobre ela ter sido vista por L.A com seus pais. Eles não mentiram, ela realmente estava com a família, algo que fez meu coração dar um puxão de fôlego. Eu me sentia muito burra por ter jogado meus sentimentos pra cima dela. Era só sexo. Era o que eu tentava me convencer. Meu celular vibra no bolso de meus shorts, e vejo que era Drake me ligando. Franzo as sobrancelhas.


— O que foi? — Ally pergunta ao ver minha cara.


— Nada. É o Drake. Vou atender lá no quarto. — Vou pro meu quarto e atendo antes que ele desligue. — Alô?! Oi, Drake.


— Jauregui. Achei que não ia atender. — Drake diz azedo. Eu já tinha me acostumado com seu "bom humor".


— Me desculpa, Drake, mas por acaso eu estou te folga. — Devolvo, e me surpreendo com minha ousadia.


— Que seja. Estou te ligando porque quero que você jante comigo amanhã, em Dowtown.


O quê?


— Como assim, Drake? Pra que?


— Precisamos conversar querida, e tenho certeza que vai ser do seu interesse. Amanhã no Doncaster, em Dowtown. As oito. — E ele desliga, me deixando parada como uma múmia. Drake me ligando era algo totalmente novo e esquisito. Volto pra sala, totalmente confusa, e me jogo em cima do corpo magro e pequeno de Ally.


— Laur!— A menor grita, e eu rio, encostando meu rosto em seu pescoço e ouvindo a risada de Dinah, que sei que está me dando leves beliscões.


— Por que você é tão fofa Ally? — Pergunto, levantando meu rosto, e sorrindo ao ver o rosto de Ally sorridente e o de Dinah também.


— Eu me pergunto isso todo dia, Lion. — Dinah diz, dando um olhar apaixonado a Ally. Sabe, um dia quero ter isso. Olhar pra alguém como se ele fosse a única razão de você existir.


— Parem com isso. — A menor diz, com as bochechas coradas.


— O que Drake queria? — Dinah pergunta, pegando um pedaço de pizza e enfiando tudo na boca. Eu me levanto de cima de Ally e me sento, pegando meu copo de Coca.


— Nada de mais. Quer que eu jante com ele


— Ele te ligou só por isso? Que bizarro. — Concordo com Ally, e pego um pedaço de pizza. Isso era bom, passar tempo com minhas amigas.


— Drake nunca foi normal. — Dinah de ombros, voltando a atenção pra TV enquanto Ally volta seu olhar pra mim.


— Vai levar a Normani pra Louisville? — Ela solta de repente, e empertigo, lembrando que ainda tinha isso. Eu havia me esquecido por completo disso. Eu havia convidado Camila, mas acho que ela não vá querer ir depois do ocorrido de hoje.


— Ainda não sei. Quero ir pra lá pra aproveitar, sabe? Poder curtir meus pais, poder passar um tempo com Alex e Vero.


Ally sorri a menção de Alex. Ela e Alex era bastante grudadas, se conheciam desde o berço de Alex praticamente. — Estou com saudade daquela chata. — Diz carinhosamente.


— Eu também. — Falo saudosamente. Eu sentia uma falta enorme do Kentucky. A Califórnia era agitada demais. As vezes eu só queria que as coisas voltassem a ser como eram antes de eu invadir a casa de Camila Cabello.


(...)


Eu estava ansiosa. Me via no espelho do quarto de Dinah e Ally. Eu estava usando uma blusa preta, jeans da mesma cor rasgados nos joelhos, e uma antiga jaqueta jeans, presente de 17 anos que Vero havia me dado lá em Louisville. Meus cabelos estavam numa bagunça arrumada, da forma que eu gostava. Eram 19 horas e eu tinha que sair de casa nesse momento, se não quisesse me atrasar pro jantar com meu ex-chefe. Dowtown era próximo da minha casa, então pego as chaves de Jerry e saio. Dinah e Ally haviam saído para ir ao cinema.


Durante todo o percurso até o restaurante, pensei em Camila. Isso era algo que eu fazia sempre, e era assustador até. Ela não me ligou. Não mandou nenhum SMS. Só tweetou coisas aleatórias, sobre deixar tudo pra lá e esquecer. Meu coração apertou. O Doncaster era um daqueles restaurantes finos, com manobristas e tudo o mais. Foi até engraçado a expressão do manobrista quando viu meu Fusca. Entreguei as chaves e entrei. Todo o lugar era lindo. Havia uma espécie de saguão, com garçons de finos ternos e belas garotas. Havia um lustre, que eu acho que é cristal, bem no centro, onde estava algumas mesas. Elas eram afastadas umas das outras, o que era bom.


Drake estava sentado em uma mesa próxima ao lustre. Uma garota loira, bem bonita, me acompanhou até lá. Drake estava formal. Usava terno, seus cabelos estavam molhados e davam a impressão de um cachorro ter lambido eles. Sua sobrancelhas se erguem e me sento em uma cadeira na sua frente.


— Boa noite, Drake. — Digo cortês, e a garota que me acompanhou pergunta se quero algo pra beber. Opto por uma Coca, o que faz ela dar um risinho. Drake se mantém calado e entrelaça as mãos em cima da mesa.


— Então Lauren, eu vou ser breve. Te chamei aqui pra falar do seu futuro. — Minhas sobrancelhas se arqueiam.


— Como assim?


— Há um estúdio querendo te contratar pra ser diretora. Chefe. Só você. — Há um tom de desdém em sua voz, enquanto eu mal posso conter minha felicidade e surpresa.


— Mas... como isso aconteceu? — Pergunto afoita, e a garota loira traz minha Coca.


— Recomendação. — Ele diz curto, e espero que ele diga de quem, mas ele não o faz. — Não me pergunte de quem, Jauregui. Não vou falar.


— E quando eu começo?


— Daqui a um mês mais ou menos. Você ainda tem uma folga. Não se esqueça que daqui a uns dias tem a estréia do filme e você vai.


Estou radiante. Meu sorriso está aberto e mal posso conter minha felicidade. Isso é o que eu sempre quis. Poder dirigir meu filme, poder mostrar o meu trabalho. Drake está calado, olhando no celular, e então se levanta. — Aonde vai? — Falo confusa.


— Embora. — Ele diz, passando a mão em seu terno. — Nos vemos na festa. Tchau, Jauregui.


E ele se vai. A coisa é tão absurda que fico parada olhando ele andar até a saída, boquiaberta. Ele fez isso mesmo? Tomo um gole da minha Coca e me preparo para ir embora. Não fazia o menor sentido eu continuar ali sem o Drake, então olho pro lado, vendo pessoas elegantes, e definitivamente vejo que eu tenho que ir embora. Mas antes que eu me levante, sinto dedos macios taparem meus olhos. Reconheço o cheiro. Um cheiro doce e viciante. Um cheiro que me faz pirar. Ela tira os dedos dos meus olhos, os passando em minhas bochechas, andando até a minha frente, ocupando o lugar de Drake.


— Mon cher. — Me cumprimenta, dando um sorriso suave.


— Cabello. — Camila está ali, na minha frente. Sentada no lugar que foi de Drake, com um sorriso leve e com olhos brilhando. Me esqueço do que aconteceu ontem.


— É bom te ver.


Ela está linda. Seus cabelos estão bagunçados, uma bagunça linda. Ela usa um vestido azul claro, delicado, mas que realça seu maravilhoso corpo. Há um batom cereja em seus lábios, lábios que eu daria tudo para beijar e tomar para mim nesse momento. Camila estava sempre linda. Sempre elegante.


— O que faz aqui? — Tento manter o tom sério, e não sonhador. Ela sorri suave, passando a mão nos cabelos.


— Ora essa! Eu vim aqui para jantar com a minha garota.

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