The Last Year

By yacamacho

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O ensino médio pode trazer mais emoções e experiencias do que todos acreditam, no Seattle High School especia... More

Capítulo 1 - Welcome to High School
Capítulo 2 - Party!
Capítulo 3 - She will be loved
Capítulo 4 - The first dance.
Capítulo 5 - Trick or Treat
Capítulo 6 - Thanksgiving Day
Capítulo 7 - A merry Merry Christmas
Capítulo 8 - It's a new year!
Capítulo 9 - Broke up.
Capítulo 10 - Surprise, I love you!
Capítulo 11 - Listen to what I have to say
AVISO
Capítulo 12 - The end of sovereignty ( O fim da soberania)
AVISO/PERGUNTA
AVISO 2
Capítulo 13- A love unlike
Capítulo 14 - Like a lilies
Pedido//Aviso
Capítulo 15- Somewhere in paradise - PARTE 1
Capítulo 15 - Somewhere in paradise - PARTE 2
Capítulo 15 - Somewhere in paradise (PARTE 3)
Capítulo 15 - Somewhere in Paradise - PARTE 4
Capítulo 16 - Please, I'm sorry!
Capítulo 17 - SOS - parte 1
Capítulo 17 - SOS - Parte 2
SOS - Parte 3
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 1
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 2
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 3
Capítulo 19 - Nationals! - Parte 1
Capítulo 19 - Nationals! Parte 2
Aviso - LEIAM POR FAVOR
Capítulo 20 - It's time to say goodbye - PARTE 1
Capítulo 21 - I think I wanna marry you - PARTE 1
Despedida da Ya
Capítulo 21 - I think I wanna marry you PARTE 2 - FINAL
VOCÊS SABIAM?

Capítulo 20 - It's time to say goodbye - PARTE 2

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By yacamacho

(....)

-Então admitiu o que sentia pra ele? – Paul perguntou para Jenny. – Foi um ato corajoso, mas arriscado. – Ele sorriu.

-Foi uma idiotice, eu não aguentava mais segurar e ele igual a um panaca chorando porque a Dianna foi embora. – Jenny apenas deixava lágrimas escorrerem por seu rosto.

-Eu entendo você, mas relaxa, agora ele já sabe, as coisas vão se arrumar. – Paul sorriu. – Aliás, acho que vão se arrumar bem depressa. – Ele disse ao avistar Daniel ali parado. Jenny o encarou.

-Será que eu posso falar com você? – Daniel perguntou e Paul se levantou.

-Não, Paul, fica! - Jenny pediu. – Eu não tenho nada pra falar com você.- Disse seca para Daniel.

-Mas eu tenho pra falar com você. – Daniel caminhou até ela. Paul a encarou e piscou, mas logo saiu dali. – Jenny, eu nunca imaginei que você pudesse se sentir assim. – Ele disse a encarando enquanto ela olhava pro chão.

-Isso eu percebi sozinha. – Ela disse grosseiramente.

-Por que você é sempre tão grossa? – Ele reclamou enquanto ela formava um bico de criança contrariada. – É sempre tão independente e safa de tudo.... Talvez seja tudo o que eu preciso. – Ele disse fazendo-a arquear o cenho.

-Não quero que me dê uma chance como a Dianna fez com você. – Jenny o encarou ofendida.

-Não vou te dar chance nenhuma. – Danny riu. – Eu que te peço uma chance de te conhecer melhor. – Ele mordeu os lábios. – Sempre te achei linda, e confesso que desde que te conheci sempre tive uma queda, na verdade uma queda não, um abismo inteiro por você, mas nunca pensei que seria possível que eu e você tivéssemos algo, nunca pensei que você sentisse algo por mim e somente por isso eu nunca tentei nada esses anos todos que somos amigos. – Ele riu fazendo-a sorrir de leve.

-Eu não entendo o que você quer... – Jenny o encarou agora com um semblante mais suave.

-Quero desvendar quem é a Jennifer e avaliar as probabilidades de ficarmos juntos, afinal eu e ela vamos para Oxford daqui há dois meses juntos. – Daniel a encarou antes de se aproximar. – Eu não posso negar que gosto da Dianna e que sinto falta dela, por isso não vou te iludir. – Ele foi sincero.

-Gentil da sua parte. – Ela disse seca.


-Mas não vou te perder. – Ele disse. – Sei da garota incrível que você é. Uma amiga maravilhosa, uma nerd de carteirinha, do jeito que eu gosto, e eu quero agora conhecer você dessa forma. – Daniel se aproximou e beijou Jenny. Pela primeira vez Dianna desapareceu completamente de seus pensamentos. Jenny parecia um elemento surpresa injetado em suas veias. Não podia dizer que Dianna era algo passado, porque sabia ainda sentir, mas o beijo de Jennifer era algo quente e desafiador, algo entorpecente e viciante que ele nunca havia sentido, mas que sabia ser a melhor coisa que sentiu. Ele não queria parar de beijá-la e ela tampouco. – Já gostei do que estou prestes a conhecer melhor. – Daniel sorriu maroto antes de Jennifer dar-lhe um novo beijo.


-Mas eu não sou nem de longe a Dianna... – Ela agora sussurrou olhando fundo nos olhos dele que apenas abriu um novo sorriso.


-Não...Nem de longe... – Ele disse fazendo-a suspirar. – Você é a Jennifer... E é isso o que eu quero. – Ele sorriu.


-Não quero ser seu prêmio de consolação... – Jenny falou envergonhada.


-Olha pra você, Jenny, você nunca seria o prêmio de consolação. – Daniel segurou uma de suas mãos. – Você é o doce sabor da vitória, e sinceramente se tivéssemos falado sobre nossos sentimentos antes, pode ter certeza de que eu nunca teria olhado pra outra pessoa que não fosse você, porque você é tudo o que eu sempre procurei pra mim. – Ele falou antes de selar um novo beijo nos lábios rosados de Jennifer que deixava suas mãos percorrerem a nuca de Daniel que a segurava firme pela cintura. Quando eles finalmente pararam sorriram frouxo devido a intensidade daquilo. Jennifer logo acariciou o rosto dele e se pôs de pé estendendo a mão pra Daniel que apenas segurou firme e foi arrastado aos beijos para a pista de dança. De longe, Paul sorriu encarando os dois.

******

Depois de a festa terminar, todos se dirigiram até suas casas. Alguns pais e alunos ainda preferiram estender um pouco a festa para outros lugares, como restaurantes e boates para comemorar, mas Santana e Brandon preferiram ir para suas casas. Brandon estacionou calmamente na frente da casa de Santana e a encarou.

-Está entregue. – Ele disse com um sorriso encantador que fez Santana sorrir também. Ela encarou a janela por um momento antes de voltar de novo seus olhos negros para os deles.

-Quer entrar? – Ela abaixou a cabeça sem graça. Brandon sorriu.

-Que tipo de proposta é essa? – Ele riu.

-Bom, é que meus pais não estão em casa...resolveram ir pra casa do meu avô, e o Mike vai dormir na casa da Gio, então... – Ela hesitou por um minuto antes de dar uma risada maldosa. – Pensei que você poderia passar a noite aqui comigo. – Ela rolou os olhos devido a vergonha que não entendia porque lhe surgira. Brandon sorriu maldoso.

-Eu vou adorar. – Ele disse tirando a chave do volante e assim desligando o carro. Santana sorriu marota e logo abriu a porta para sair do carro. Brandon apenas a seguiu. Eles caminharam até a entrada principal da casa e a adentraram em seguida. Brandon encarou ao redor com um sorriso sincero. Santana começou a subir as escadas, e ele sem dizer nada apenas a seguia esperando qual seria seu próximo passo. Já no andar de cima Santana abriu uma porta que dava acesso ao seu quarto. Uma cama de casal estava no centro, e o quarto era de boa aparência, com cores diferentes de roxo e devido a hora pouco iluminado. Ela o encarou.

-Gostou? – Perguntou.

-O que está pretendendo, Santana Martinez? – Brandon riu como se realmente não soubesse o que se passava na mente de Santana.

-Disse que faria dessa noite a mais especial das nossas vidas. – Santana acariciou o rosto dele com um olhar intenso que o fitava fazendo os pelos dele se arrepiarem totalmente.

-Eu vou fazer. – Brandon ratificou.

https://www.youtube.com/watch?v=48VSP-atSeI – Escute Sugar, Maroon 5.

-Vou me trocar. – Santana disse dando uma piscadela pra ele. Quando Santana adentrou o banheiro de seu quarto Brandon pareceu se lembrar de respirar e logo abriu um enorme sorriso. Nunca havia se sentido nervoso nesses momentos. Na verdade, ele não sabia bem como agir, o que nunca acontecera antes principalmente com Belatrix. Ele se sentou sobre a cama e tirou os sapatos, em seguida afrouxou a gravata para poder tirá-la. Ele encarou o teto esperando-a. Quando de repente Santana saiu do banheiro com um lingerie vermelho encarando-o, Brandon sentiu seu corpo gelar e ele logo se levantou para caminhar até ela. Os cabelos soltos e volumosos de Santana deixavam-na ainda mais atraente pra ele.

-Você está maravilhosa. – Ele disse segurando na cintura de Santana que sorriu maldosa. Nesse momento Brandon começou a beijá-la intensamente. Ainda aos beijos os dois caíram sobre a cama, onde Brandon agora estava em cima dela beijando seu pescoço. – Eu te amo... – Ele disse pra ela enquanto ela arrancava sua blusa.

-Eu te amo também. – Santana sussurrou agora em meio a suspiros devido aos beijos que Brandon depositava sobre seu busto. Brandon pegou firme nos fios da nuca de Santana, puxando-os com toda a delicadeza que tinha. Santana não hesitou em se sentar sobre ele para abrir e em seguida tirar sua calça e em seguida sua cueca. Brandon também se sentou para se aproximar dela e vagarosamente foi tirando as peças de roupa que cobriam o corpo de Santana. Ela sorria e Brandon parecia em um transe louco. Eles se beijavam intensamente. Brandon acariciava o corpo de Santana e o beijava até onde podia fazendo-a suspirar a todo segundo. Ela fazia o mesmo, e o efeito que causava sobre ele não era diferente. Brandon finalmente estava nela, fazendo-a soltar alguns gemidos em meio a sorrisos. Ele fazia cada movimento com lentidão e delicadeza, aumentando aos poucos sua intensidade e velocidade. Santana passava as unhas sobre as costas dele, porém sem machucá-lo, o que fazia-o se arrepiar em meio aos seus suspiros. Brandon a colocou agora sentada sobre ele para que ela apenas lhe comandasse, o que a fez sorrir vendo o quanto ele se importava com o prazer dela. Ele beijava levemente seus seios enquanto ela fazia cada movimento. Brandon segurava firme agora na cintura de Santana fazendo mais força, para tê-la ainda mais perto, e levemente sua mão escorria pelo corpo dela, fazendo-a sorrir intensamente, como se nunca houvesse sentido nada daquilo antes. Ele depositava alguns tapas leves em sua perna, e a apertava forte em suas mãos grandes. Santana podia sentir o paraíso mais perto de si, ela estava completamente entregue a todo o sentimento que Brandon a fazia sentir. Ele não era diferente, olhava pra Santana tocando-o e só conseguia pensar em como ela era maravilhosa como nenhuma outra, nem mesmo Belatrix, um dia fora. Ambos eram experientes, mas aquela sensação parecia única para os dois, o que tornava tudo mais intenso. Santana agora beijava o corpo dele e suas mãos finas e delicadas lhe acariciavam fazendo ele sorrir em meio a seus suspiros. Depois de algum tempo, os dois pareciam cansados o que os fez deitarem um ao lado do outro. Ambos suavam um pouco e sorriam, ainda tentando recuperar o fôlego, como se aquele período tivesse ocorrido sem nenhuma respiração.

-Você foi incrível. – Santana o encarou ainda buscando algum ar.

-Não. – Brandon riu maroto. – Você quem foi. – Ele levou suas mãos ao corpo dela puxando-a para perto para colocar parte do seu corpo sobre os músculos do tronco dele. Brandon acariciou a pele do braço de Santana para finalmente alcançar seu rosto e acariciá-lo. Ela sorriu. – Nunca senti algo tão bom antes, meu amor. – Ele disse num sussurro fazendo-a fechar os olhos para ouvir sua voz.

-Nem eu. – Ela disse antes de abrir um sorriso encantador pra ele. – Mas espero que saiba que eu não sou uma mulher fraca... – Ela começou a falar fazendo-o encará-la com um semblante confuso. – Eu aguento mais rodadas. – Ela disse antes de sorrir maldosa e fazer com que ele retribuísse da mesma forma.


-Ainda bem. – Ele riu. – Por que eu adoro rodadas seguidas com a mulher da minha vida. – Ele disse fazendo-a sorrir. Ele a puxou para um novo beijo e novamente os dois estavam naquele transe.

*******


No dia seguinte, Harry caminhava pela escola já sem aulas para poder pegar alguns materiais em sua sala. O rosto estava parcialmente cansado e abatido, isso era notório a qualquer um, até porque seu sorriso característico não estava ali. Seus olhos inchados denunciavam a noite mal dormida, e o possível choro que lhe fez companhia. Ele caminhava lentamente pelos corredores até que de repente avistou Edward. -Bom dia Sr Andrews. – Disse Harry entrando na sala dos professores.

-Harry! – Ele abriu os braços. -Você era quem eu queria ver. – Exclamou caminhando em sua direção.

-Está tudo bem? – Harry franziu a testa.

-Está sim, melhor do que nunca, mas eu cometi um erro com você, meu jovem. – Edward coçou a cabeça.

-O que foi? – Harry disse confuso.

-Quando eu disse que sabia o que estava acontecendo entre você e sua aluna, era porque eu já passei pelo mesmo- Ele baixou a cabeça para um suspiro. As palavras doloridas fizeram Harry arquear as sobrancelhas em surpresa e ao mesmo tempo em suspeita.

-Não estou entendendo. –Harry riu sem graça.

-Eu era professor, e me apaixonei pela menina mais linda que já tinha visto na vida, seu nome era Mariah- Ele sorriu como se pudesse vê-la ali. - Ela era dez anos mais nova que eu, quase um crime. – Ele riu. – Mas eu me apaixonei e não conseguia ficar um só segundo longe dela, e sinceramente, nem ela de mim. – Seus olhos se fecharam acompanhados de um novo sorriso alegre. - Porém descobriram e eu fui expulso do colégio e proibido de lecionar, então resolvi fazer psicologia. – Edward mordeu os lábios.

-Eu nunca imaginei, Sr Andrews. – Disse Harry colocando a mão em seu ombro. – Mas ainda bem que o senhor me impediu de prosseguir nessa loucura, senão talvez acontecesse o mesmo comigo. – Harry torceu os lábios.

-Meu jovem, o grande problema é que quando eu perdi Mariah eu amargurei o meu coração, e realmente me fiz acreditar que era melhor ter uma profissão do que o amor daquela tão bela moça. – Ele tossiu. – Se eu não sou casado com ela hoje, é porque eu desisti dela, e não porque a idade ou a profissão nos impediu. – Ele encarou Harry. – Foi porque eu desisti do seu amor. – Seus olhos eram firmes.

-Por que está me dizendo isso agora? – Harry respirava ofegante.

-Porque percebi que eu não podia deixar você cometer o mesmo erro que eu por total egoísmo da minha parte. – Ele sorriu. – Eu a encontrei Harry e sabe, ela continua sendo a menina mais linda que eu já conheci, mesmo que depois de tantos anos. Ela continua sendo a minha Mariah. – Edward deu um sorriso bobo.

-Mas é tarde agora, eu a magoei de todas as maneiras possíveis, fiquei com outra na frente dela, e a essa hora ela está em Stanford seguindo a vida dela. – Harry bufou.

-Acredita que eu tive a sorte de depois de todos esses anos Mariah ainda me amar da mesma forma que há anos atrás? – Sr Andrews o encarou. – Você pode não ter a mesma sorte que eu, talvez a encontre daqui a alguns anos nos braços de outro, com filhos, sendo feita feliz por outro. – Aquelas palavras fizeram Harry fechar os olhos para conter o incomodo que era pensar vê-la com outro. - Meu jovem, esqueça todo o ensinamento idiota que te dei nos últimos meses. – Ele riu.

-É tarde demais pra isso, Sr Andrews, porque eu já pedi a Chloe em casamento. – Harry engoliu a seco jogando algumas pastas sobre a mesa. Edward arregalou os olhos.

-Casamento? – Ele engasgou. – Mas Harry, você não a ama. – Edward protestou.

-É, mas eu vou aprender a amá-la, era a única forma de conseguir ficar longe da Dianna, de esquecê-la...- Harry cerrou os lábios antes de se sentar numa cadeira qualquer. Sr Andrews puxou uma cadeira e se sentou ao lado de Harry.

-Você não vai esquecê-la nunca, Harry. – Ele deu um tapinha em seu ombro.

-Por que diz isso? – Harry riu tristonho.

-Porque a jovem Dianna Allen é a sua Mariah. – Ele abriu um sorriso emocionado. – Vá atrás dela. – Aquelas palavras fizeram Harry tremer dos pés a cabeça. Sua mente não conseguia parar de pensar que ir atrás de Dianna era uma loucura, mas nunca havia sentido tanta vontade de ter algo e de lutar por algo desde que conheceu Dianna e precisava realmente dela pra ser feliz. A grande verdade é que dentro de si, Harry sabia que sem ela nunca seria realmente feliz. Após um longo suspiro Harry sorriu encarando o chão, pode ouvir a voz de Dianna soltando uma doce gargalhada o que o fez abrir um sorriso igualitário. Ele então se levantou.

– Tem razão. – Harry sorriu. – Não posso viver sem ela. – Ele pegou o casaco sobre a mesa e o vestiu afobado já saindo da sala às pressas.

-Boa sorte. – Edward gargalhou acenando.

-Edward! – Exclamou Harry. - Obrigado. – Ele sorriu. Edward logo retribuiu o sorriso antes de voltar a se sentar. Harry entrou com um enorme sorriso no carro, entretanto sabia que havia algo maior que ir atrás de Dianna antes de qualquer coisa. Chloe. Não seria fácil, mas ele tinha que lhe contar toda a verdade, e o faria. Ele estacionou no canteiro bem cuidado de Chloe, suas mãos estavam geladas, mas a vontade de ir atrás de Dianna era tão grande que não hesitou em tocar a campainha. Após alguns poucos segundos de espera Chloe abriu a porta com um enorme sorriso em semblante.

-Por que tocou a campainha? Eu te dei a chave. -Chloe riu fazendo sinal para Harry entrar, e assim ele fez.

-Precisamos conversar... – Harry disse sério, porém numa voz suave e calma. Chloe rapidamente fechou o sorriso, tornando-o menor, quase invisível. Ela se sentou no sofá;

-Isso nunca é bom, não é? – Ela riu sem graça.

-Não... – Harry se sentou ao seu lado.

-Eu estava procurando um vestido na internet, achei um site de uma loja linda... – Chloe sorriu.

-Eu errei com você... – Harry bufou. – Chloe, eu não posso fazer isso me desculpa. – Ele a encarou com tristeza nos olhos. Chloe encarou o vazio com um sorriso paralisado por alguns segundos.

-Não pode casar comigo? – Ela perguntou voltando a encará-lo.

-Tem uma coisa que eu não te contei, não fui totalmente sincero com você, e eu me culpo todos os dias por deixar chegar a esse ponto. – Harry segurou suas mãos.

-Estou ouvindo. – Ela disse tristonha. Harry fechou os olhos para conter a dor que sentia por vê-la sofrer. Realmente gostava de Chloe, era sua melhor amiga, mas não conseguia amá-la da mesma forma que ela sempre o amou, desde a faculdade.

-No início do ano, quando eu comecei a dar aula no SHS, eu conheci uma pessoa. Eu fui e ainda sou completamente apaixonado por ela, e eu pensei que conseguia esquecê-la estando ao lado de alguém tão maravilhosa como você, mas eu não consegui. E Chloe isso vem me matando, você merece alguém que te ame, e eu daria tudo pra ser esse cara, mas eu não consigo. – Harry acariciou as mãos brancas de Chloe que sorriu levemente.

-Dianna Allen... – Chloe sussurrou encarando-o, porém alto o suficiente para que ele ouvisse perfeitamente.

-Como... –Harry foi interrompido pela voz suave de Chloe.

– Também não fui honesta com você, Hazz. Eu percebi. – Chloe riu sem graça. – Desde a primeira vez que nos esbarramos em frente àquele bar. E primeiro eu pensei que fosse loucura da minha cabeça apaixonada e ciumenta. – Chloe riu. – Mas aí tudo foi se ligando, a música que vocês cantaram juntos, os olhares de vocês, e eu preferi acreditar que não era real. – Os olhos de Chloe se encheram d'água. – Você todo esse tempo olhou pra ela da forma que eu sempre quis que você olhasse pra mim. – Ela sorriu.

-Isso está me matando, Chloe... – Harry abaixou a cabeça, encostando-a nas mãos geladas de Chloe.

-Não, Harry, isso está me matando. –Chloe sorriu. – Sabe como dói saber que seus olhos nunca estão totalmente em mim? Ou que não adianta eu colocar roupas brilhante e extravagantes que ainda assim você vai reparar nela? – Chloe riu. – Dói, mas eu escolhi que doesse. – Disse.

-Eu nunca quis te magoar, eu realmente pensei que fosse possível nós dois ficarmos juntos...- Harry sussurrou.

-Mas não é, nem nunca vai ser. – Chloe disse após um longo suspiro. – Uma vez eu estava indo pra sua casa, aí eu ouvi você e o Duan conversando, e você disse que ela era a melhor coisa que apareceu na sua vida, a melhor coisa que te aconteceu. –Chloe suspirou. – Eu pensei em te deixar livre, mas eu não consegui. – Ela sorriu.

-Nunca me senti tão péssimo em toda minha vida como agora. – Harry baixou a cabeça. Chloe com um sorriso suave estendeu uma das mãos para o rosto de Harry e o ergueu para encará-lo.

-Você nunca foi meu, Hazz. – Ela disse tristonha. – Nem nunca vai ser, por isso eu tenho que te deixar livre. – Chloe riu. – Não sou boa em amar por duas pessoas, apesar de ter feito isso esses meses, mas sinceramente quis pular no pescoço dessa menina todas as vezes que vi vocês conversando e trocando olhares. – Ela riu novamente fazendo Harry rir também. – E quase fiz isso, na verdade.

-O que? – Harry arqueou a sobrancelha. – Não entendi. - Disse.

-No dia em que ela cantou aquela música no luau eu fiquei com raiva, não sou nenhuma idiota. – Disse. – Fui falar com ela, e mandei ela ficar longe de você. –Chloe riu. – Nunca pensei que agiria assim, eu não sou assim, prova disso é que não funcionou, vocês continuaram próximos. – Ela riu. – A questão é que eu quero ver você feliz. – Sorriu.

-Você é incrível, Chloe. – Harry acariciou seu rosto.

-Não faz assim, por favor... – Chloe sorriu pegando sua mão e tirando-a de seu rosto.

-Desculpa... – Harry sussurrou.

-Vai atrás dela antes que eu surte e te amarre na minha cama. – Chloe gargalhou antes de se debruçar no sofá para dar um selinho nos lábios de Harry. – Adeus, Hazz... – Ela o encarou com um sorriso doce.

-Adeus, Chloe... – Harry a puxou para um abraço apertado.

-Eu vou te amar pra sempre... – Chloe sussurrou no pé de ouvido de Harry que sorriu. – Agora vai logo... – Ela passou a mão na parte inferior dos olhos antes de abrir um sorriso falso. Harry pegou o rosto de Chloe com as mãos e depositou um leve beijo em sua testa, tentando deixá-la o mais confortável possível. Ele se levantou em seguida e caminhou até a porta, até ouvir novamente a voz suave de Chloe chamando seu nome. – Hazz... – Ele se virou para encará-la. – Toma! – Chloe tirou delicadamente de seu dedo a aliança de noivado que Harry lhe dera e a estendeu para que ele a pegasse.

-Chloe, não precisa... – Harry disse completamente sem graça.

-Claro que precisa Harry, era da sua avó, relíquia de família... Merece ficar com a sua esposa, e infelizmente não vou ser ela. E no fim das contas sei que só me deu isso pra fazer sua família acreditar no seu amor por mim. – Chloe sorriu balançando a mão em insistência.

-Não, Chloe, não é verdade... – Harry disse agoniado.

-Eu me lembro bem de todas as nossas conversas, e me lembro quando me disse que tinha uma aliança da sua família que sua mãe disse que saberia bem quando usar e que deveria ser com a mulher da sua vida. Você disse que não acreditava nisso e que não entendia o que significava. – Chloe riu. – Cá entre nós que essa não sou eu, então por que outro motivo me dar isso? - Perguntou fazendo ele suspirar, pois sabia que ela estava certa. – Pega, por favor... – Ela pediu abrindo um novo sorriso um tanto desconfortável. – Eu não preciso dela porque um dia vou ganhar uma que realmente contenha amor... – Ela disse sarcástica.

-Muito bem... – Harry riu;


-Pois é. – Chloe caminhou até ele e colocou a aliança em sua mão. – Tenho uma reunião no clube do livro agora então é melhor você ir logo... – Harry assentiu. Sua mão segurou firme a maçaneta e antes de fechar a porta atrás de si ele deu um novo sorriso pra Chloe, recheado em carinho e ao mesmo tempo sofrimento por ver a dor nos olhos dela, mas ainda assim não hesitou. Queria estar ao lado de Dianna o mais rápido possível, e o caminho até Stanford era longo, duraria horas, e precisava partir o mais rápido possível. Quando a porta se fechou Chloe sorriu levemente, e pela primeira vez desde que começara a sair com Harry pôde sentir a respiração mais leve, e não havia mais a tensão de precisar se fazer presente e notável. Apesar de vê-lo partir para os braços de outra lhe doer e partir o coração, finalmente se sentia verdadeiramente feliz novamente.

*******


No dia seguinte, na faculdade de Stanford, uma turma laboratorial para calouros estava lotada de alunos recém-alojados que esperavam pelo início da primeira aula instrumental. Dianna se sentou na primeira cadeira. Seus olhos estavam inchados e ela não se sentia nada receptiva para novos amigos, pelo menos não no momento. Se sentia triste e vazia, e só queria correr pros braços do pai, mas precisava ser forte. -Química avançada é a nossa matéria principal neste curso, nela vocês vão aprender absolutamente tudo sobre matérias e organismos. – Disse o professor enquanto escrevia no quadro, dando início a aula. Se sentia cansada. A viagem fora longa até a faculdade, e apesar de ter tido o dia anterior inteiro apenas para descanso se sentia fisicamente e mentalmente esgotada. Dianna com uma das mãos apoiando a cabeça, e a outra escrevendo anotações em seu caderno, mantinha um olhar sério e um pouco aéreo. De repente uma barulheira chamou a atenção de todos, vindo do lado de fora da sala. – O senhor não tem permissão pra entrar aí! – Foi a única frase que Dianna conseguiu identificar no meio da gritaria. De repente uma mão atordoada empurrou a porta com força fazendo com que todos os alunos dessem um pulo com o susto. Era Harry, que assim que avistou Dianna sorriu feito uma criança. Ela confusa, o encarou com a testa franzida, e boquiaberta se manteve sem palavras.


https://www.youtube.com/watch?v=bRHYPzy5iPc – Escute The Only Exception, Glee.


-Dianna! – Harry disse ofegante se pondo de frente a sua cadeira.

-O que está fazendo aqui? – Ela perguntou confusa.

-Dianna, eu... – Ele respirou fundo. – Eu não podia ficar longe. – Disse. Aquelas palavras fizeram Dianna soltar um riso sarcástico.

-Não tem o direito de fazer isso de novo, vai embora daqui. – Dianna fez uma careta tentando parecer brava, mas não o suficiente para disfarçar o quanto a presença de Harry ali lhe deixava com borboletas no estômago.

-Me escuta, por favor, é a única coisa que eu te peço... – Harry se abaixou na frente de Dianna, apoiando em sua carteira.

-Te escutar pra que? – Dianna baixou o tom de voz. – Pra ouvir você dizer que não consegue ficar longe de mim e depois dizer que foi um erro? Que foi apenas atração? – Dianna mordeu o lábio inferior e pendeu a cabeça pra trás. – Eu já aceitei que vou viver sem você...Vai embora, Harry! –Pediu se pondo de pé e começando a caminhar até a porta. Harry acelerou os passos para agarrá-la pelo braço antes dela sair da sala.

-Todo esse tempo foi uma mentira, ficar longe de você foi uma mentira, ficar com a Chloe foi uma mentira! – Harry levou seus olhos aos de Dianna que agora parecia inofensiva demais para dizer qualquer coisa. - A única verdade da minha vida é que eu quero passar cada segundo dela com você. - Harry abriu um sorriso tão verdadeiro que fez Dianna por um momento pensar em reconsiderar, mas seu orgulho falava alto demais. Todos em sala encaravam a cena com total atenção, apreciando o drama inesperado que se instalou na sala de aula.

-E seu emprego? – Dianna disse baixinho, quase num sussurro, tendo que fazer todos se inclinarem mais para frente, na intenção de escutar.

-Eu não me importo de perder o meu emprego. – Ele sorriu. – Eu não me importo de nunca mais ter um, de viver debaixo da ponte, de jogar anos de faculdade fora se for pra ter você. – Aquelas palavras fizeram Dianna abrir um sorriso.

-Por que eu vou acreditar nisso? – Ela disse com um sorriso quase invisível em semblante.

–Apenas confie em mim... – Harry se aproximou de Dianna, levando sua mão ao rosto dela para fazer um carinho amoroso com a ponta dos dedos. Dianna fechou os olhos deixando escapar uma lágrima.

-Eu sou só uma criança, lembra? Você precisa de uma mulher de verdade...-Dianna engoliu a seco, voltando a encará-lo.

-Você não é uma criança, é a mulher mais incrível que eu já conheci. – Harry sorriu. – Na festa de Halloween eu não menti quando disse que me apaixonei por você desde o primeiro momento em que a vi. – As palavras de Harry mantinham todos na sala completamente em silêncio. Algumas alunas choravam, e outros filmavam provavelmente para jogar na rede após o término da declaração.Dianna sorria agora, as mãos de Harry segurando suas pequenas mãos lhe faziam sentir segura novamente, como no início. – Você é a minha insanidade, minha aventura adolescente, a melhor coisa que já me aconteceu...Eu não nasci pra ficar longe de você, e sei que você também não. – Harry mexeu no bolso fazendo Dianna franzir o cenho. Depois de uma certa dificuldade um anel lhe apareceu nas mãos. Dianna respirou ofegante, não poderia ser o que ela pensava, poderia? Harry sorriu vendo a feição de Dianna agora ficar pálida. Ele se ajoelhou. Sem deixar de encará-la sorriu com um sorriso brilhante, que contagiou Dianna. – Eu passei toda a minha vida sem acreditar no amor até que eu conheci você. Você mudou a minha vida e a minha concepção de tudo. Passei a me questionar até que ponto era possível fazer loucuras por amor, e até que ponto uma única pessoa poderia tirar tudo dos eixos e fazer meu mundo virar de cabeça pra baixo. E eu não posso viver mais um segundo sem ter você comigo. – Os olhos de Dianna estavam repletos de lágrimas. – Dianna Allen, eu amo você. Você é o amor da minha vida, e eu quero acordar do seu lado todos os dias pra te dizer isso... – Harry riu contagiando a todos que prestavam atenção na cena. – O que eu estou tentando dizer apesar do nervosismo, é...Você quer se casar comigo? – Dianna soltou um sorriso enorme acompanhado de algumas lágrimas. Podia sentir seu corpo gelar por inteiro, e cada fio se arrepiar como numa montanha russa. – Não demora pra responder, porque senão eu posso cair pra trás, é sério... Eu to bastante nervoso. – Harry riu. – Então me responde, aceita ser meu sonho adolescente todos os dias da sua vida? – Ele sorriu.

-Eu também... – Dianna riu se abaixando pra ficar na altura de Harry. –... te amo desde o primeiro momento que eu te vi... – Dianna acariciou o rosto com barba por fazer de Harry, fazendo-o fechar os olhos para sentir melhor a pele dela. – E não importa o que você faça, ou o que eu faça...Eu SEMPRE vou amar você. – Dianna sorriu frisando a palavra sempre. – Sim... – Dianna sussurrou com um enorme sorriso.

-Sim? – Harry riu.

-Sim... – Dianna sorriu novamente enquanto Harry dizia "sim" repetidamente chegando-se pra mais perto de Dianna.

-Eu te amo... – Harry segurou seu rosto chegando mais perto e antes que Dianna pudesse dizer algo ele a beijou da forma mais intensa que pôde. Todos da sala começaram a aplaudir e a gritar. O professor apenas ria ainda assustado com aquela cena inusitada. -Eu te amo... – Harry sussurrou de novo. – Nunca mais vou ficar longe de você, meu amor. – Ele a olhava com brilhos nos olhos. – Quer matar sua primeira aula pra darmos a notícia do nosso casamento pra todos? – Ele mordeu os lábios enquanto Dianna ria sem graça. Ela balançou a cabeça em sinal positivo e os dois saíram correndo da sala enquanto todos se acalmavam.

-Silêncio, por favor. – Pediu o professor. – Espero que tenham prestado bastante atenção no que acabou de acontecer aqui, porque minhas aulas não costumam ser tão interessantes. – Ele riu fazendo todos da sala rirem também.


**** 

NOTAS: E aí, gostaram do capítulo? Comentem e não esqueçam de votar nos capítulos. O próximo capítulo é o último, mas pretendo dividí-lo em duas partes. De qualquer maneira, se preparem para a despedida! Bjos da Ya




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