- Um beijo pelos seus pensamentos. - Harry diz enquanto me serve uma taça de vinho.
Eu sorrio e bebo um pouco do conteúdo da minha taça. Estamos apenas nós dois em sua casa, Harry deu folga aos seus funcionários e está cozinhando para nós essa noite. Nossos amigos tinham seus próprios planos, fomos convidados, mas preferimos uma noite tranquila em casa, curtindo um o outro.
- Pensando no meu voo de amanhã. - suspiro. - Não quero ir. Nunca tinha pensado em outro lugar para viver, em deixar os Estados Unidos, até visitar a Inglaterra.
- Não vá. - diz, olhando-me enquanto mexe uma panela. - Você é muito bem-vinda para ficar.
- Nós não precisamos dar esse passo agora. - murmuro. - É cedo, não é?
- Quem disse que é cedo? A sociedade? Foda-se ela. - da de ombros. - Mas, se você não quiser morar comigo, nós podemos arrumar um lugar para você.
- Não sou apenas eu, sabe? Tem a minha mãe também. Eu não serei capaz de deixá-la para trás, se ela não quiser vir. - explico. - E tem o meu trabalho.
- Quando acaba seu contrato? - cruza os braços e encosta-se não bancada da pia enquanto me observa.
- No final do próximo mês. - falo. - E eles não disseram nada sobre renovação até agora.
- Tenho certeza que não precisa se preocupar com isso. Você é talentosa, ótima no que faz, logo estarão entrando em contato.
- Eu espero que sim.
- Você poderia avaliar a mudança. Eu quero ficar na Inglaterra por um tempo, visitar minha família, passar um tempo com a minha mãe e minha irmã. - disse. - Faz um tempo que não volto para casa, sabe? Quero aproveitar um pouco com elas e seria ótimo tê-la aqui comigo também.
- Eu vou conversar com a minha mãe sobre isso. Se ela estiver aberta a mudança, nós poderemos vir. Eu não conseguirei me mudar para outro país sem ela, entende? - ele assente. - Eu sou tudo o que ela tem, sua única filha. Não posso deixá-la de fora dos meus planos.
- Entendo completamente. - ele se aproxima de mim. - Por que vocês não ficam aqui para o Natal? Convide-a para vir e pergunte se ela estaria adepta à mudança. Iremos todos para a casa da minha mãe para o feriado, o que acha?
- Você não se importaria? - pergunto e avalio as reações em seu rosto para ter certeza.
- Claro que não. Eu adoraria passar a data com vocês. - pega as minhas mãos entre as suas. - Ligue para sua mãe.
- Eu faço isso amanhã de manhã. - levanto-me. - Agora eu quero curtir meu namorado.
Passo os braços por seu pescoço e beijo seus lábios levemente ao passo que suas mãos repousam sobre a minha cintura.
- Quer me curtir, é? - provoca, dando beijos curtos nos meus lábios.
- Sim.
- E você já sabe como vai fazer isso?
- Tenho algumas ideias em mente. - deixo um beijo em seu pescoço.
- Conte-me.
Nós jantamos na bancada de sua cozinha, sem toda a necessidade de colocar a mesa formalmente. Para sobremesa, devoramos um pote de sorvete juntos, em meio a risadas e um filme na televisão da sua sala, após várias taças de vinho. Eu o fiz dançar algumas músicas no meio da sala comigo, apenas com o tapete felpudo abaixo dos nossos pés e ele me rodou inúmeras vezes para depois me puxar de volta aos seus braços, beijando-me com vontade em seguida. Esses beijos nos levaram para o seu quarto aos tropeços, peças de roupas deixadas pelo caminho e tivemos mais uma noite de troca de desejo, carinho e amor. Harry não poupou tempo ao admirar cada parte do meu corpo, assim como eu fiz com ele, não tivemos pressa, afinal, na noite anterior nós já havíamos matado a vontade, a necessidade incontrolável. Dessa vez, aproveitamos cada segundo, soltamos cada suspiro e não precisamos controlar nossos gemidos, tudo foi ouvido, feito e visto, como deveria ser. E, mais uma vez, dormimos enroscados nos braços um do outro. Eu podia facilmente me acostumar com essa rotina, seria maravilhoso.
Dois dias antes do Natal eu tinha tudo resolvido. Liguei para minha mãe e propus a ideia de passarmos esse feriado com a família de Harry, ela aceitou sem nenhuma ressalva e chegou ontem à tarde. Hoje à noite nós comemoraremos o aniversário de Louis em uma festa que ele oferecerá em sua casa, pois amanhã todos seguirão seus caminhos para comemorar o Natal com suas respectivas famílias. Inclusive, Rebeca segue para Mullingar com Niall bem no início da manhã seguinte. Eles resolveram seus problemas com uma longa conversa, segundo ela, e acabaram bem, Niall entendeu seu lado e ela o dele, no fim das contas, foi tudo coisa de momento. Eu me sentia muito feliz por eles, são duas pessoas muito especiais para mim.
- Bom dia! - minha mãe diz, aparecendo para o café da manhã.
- Dormiu bem? Estava confortável? Precisa de alguma coisa? - Harry disparou quando ela se sentou.
Eu prendi uma risada e olhei para ela, dizendo com o olhar que estava tudo bem. Harry ficou muito preocupado que minha mãe não gostasse das acomodações que separou para ela. Pelo amor, ele arrumou uma suíte para ela, levou pessoalmente os cobertores para a lavanderia e me perguntou que tipo de flores ela gostava. Quando eu abri a porta para a minha mãe entrar no quarto que ela dormiria, tinha um jarro enorme com um arranjo de lírios e tudo estava em seu perfeito lugar e devidamente perfumado. Eu amo um homem.
Assusto-me com o final dos meus pensamentos, mas deixo-os de lado para prestar atenção nas duas pessoas a minha frente.
- Está tudo perfeito, Harry. - ela assegura e sorri, pousando uma mão em seu ombro enquanto se senta. - Muito obrigada. Foi muito gentil da sua parte me comprar flores também.
- Eu quero que se sinta em casa. - diz. - Por favor, se algo não estiver do seu agrado ou qualquer coisa desse tipo, me deixe saber ou faça as alterações que for preciso.
- Obrigada, querido, mas tudo é perfeito. Você tem uma bela casa.
- Fico feliz que tenha gostado. - sorri, mostrando-nos suas covinhas. - Eu vou me exercitar um pouco com uma corrida ao ar livre. Alguém me acompanha?
- Eu vou. - falo, tomando o resto do meu café. - Mãe?
- Não tenho essa energia, crianças. - ri. - Eu ficarei bem, desde que eu possa explorar sua cozinha. Posso cozinhar um almoço para nós.
- Perfeito. - Harry diz. - Há uma biblioteca no final do corredor também, sinta-se à vontade.
Ela assentiu e eu subi as escadas correndo, calcei tênis e vesti um moletom com capuz antes de acompanhar Harry porta a fora, no frio de dezembro. Não demoramos muito para voltar, eu ajudei minha mãe com o almoço enquanto Harry subia para um banho e, quando a refeição estava quase pronta, ela me mandou como uma criança para o meu próprio banho. No início da tarde, eu e minha mãe saímos para as compras de Natal enquanto Harry resolve algumas de suas pendências por telefone, já que ele já havia providenciado seus presentes e sua casa devidamente decorada. De volta, eu comecei a me arrumar para o jantar na casa de Louis. Escolhi um vestido rose de mangas longas e decote profundo, sandálias da mesma cor, fiz uma maquiagem sem muitos exageros, coloquei brincos e finalizei com perfume.
- Quer dizer que esse cheiro maravilhoso que vem de você é engarrafado? - perguntou meu namorado, abraçando-me por trás diante do espelho. - Belo vestido. - elogia e demora seus olhos no decote.
- Bela camisa. - sorrio e aperto suas mãos cruzadas na minha frente. - Podemos ir?
- Sim. Vou pegar o carro, está frio lá fora e essas belas pernas para fora não aguentarão muito tempo o ar gelado.
- Isso mesmo, cuide bem das minhas belas pernas. - ele ri e eu saio do quarto em direção ao quarto da minha mãe. - Você não vem? - pergunto, abrindo a porta e vendo-a com o celular na frente do rosto.
- Não, filha. Estou cansada e me acostumando com o fuso horário ainda. Vão vocês, eu ficarei bem. - sorri. - Você está linda.
- Obrigada. - sorrio. - Tem certeza que quer ficar?
- Sim, estou em uma chamada com as minhas amigas de Gaffney.
- Ok, até mais. - jogo um beijo e volto a fechar a porta.
O carro está parado de frente para a porta de entrada e eu saio correndo, entrando na porta já aberta. Harry tem razão, está congelando. Ele ajusta a temperatura dentro do carro e saímos para seguir um trajeto muito pequeno, pois nenhum deles moravam muito longe um do outro, mas que no frio poderia ser muito longo. Ele me deixa na porta da enorme casa de Louis, estaciona o carro e volta com os presentes antes que eu aperte a campainha.
- Vocês chegaram! - Eleanor me abraça e nos dá passagem para entrar.
- Esse é para o pequeno Tomlinson. - Harry entrega um dos presente para ela. - E esse do não tão grande Tomlinson.
- Eu escutei isso, Harry Styles - ouço a voz de Louis e logo ele aponta por uma das portas. - Mais respeito comigo, garoto.
- Feliz aniversário, cara. - ele o puxa para um abraço.
- Feliz aniversário, Tommo. - pulo em suas costas por trás, agarrando seu pescoço com toda minha força quando Harry o solta.
- Garota, eu já bebi alguns copos, não faça isso ou vamos para o chão. - gargalho. - Eu não estou pronto para ficar surdo ainda, ria longe dos meus preciosos ouvidos.
- Dizem que quando as pessoas ficam velhas há uma tendência a ficarem ranzinzas. - falo, afastando-me. - Você está comprovando a teoria.
- Nem vem, projeto de gente. Eu sou muito jovem. Agora, não encha a minha paciência, vai encher um copo para a diversão começar.
E, então ele nos arrasta para dentro de sua casa e coloca um copo na minha mão e outro na mão de Harry. Não demorou muito para eu me sentir embriagada e Harry também já estava bem alegre horas depois, não éramos os únicos, pois, com exceção da gestante, todos ficamos sempre com o copo cheio e aproveitando ao máximo a nossa noite divertida entre amigos.
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All The Love <3 <3 <3