The Last Year

By yacamacho

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O ensino médio pode trazer mais emoções e experiencias do que todos acreditam, no Seattle High School especia... More

Capítulo 1 - Welcome to High School
Capítulo 2 - Party!
Capítulo 3 - She will be loved
Capítulo 4 - The first dance.
Capítulo 5 - Trick or Treat
Capítulo 6 - Thanksgiving Day
Capítulo 7 - A merry Merry Christmas
Capítulo 8 - It's a new year!
Capítulo 10 - Surprise, I love you!
Capítulo 11 - Listen to what I have to say
AVISO
Capítulo 12 - The end of sovereignty ( O fim da soberania)
AVISO/PERGUNTA
AVISO 2
Capítulo 13- A love unlike
Capítulo 14 - Like a lilies
Pedido//Aviso
Capítulo 15- Somewhere in paradise - PARTE 1
Capítulo 15 - Somewhere in paradise - PARTE 2
Capítulo 15 - Somewhere in paradise (PARTE 3)
Capítulo 15 - Somewhere in Paradise - PARTE 4
Capítulo 16 - Please, I'm sorry!
Capítulo 17 - SOS - parte 1
Capítulo 17 - SOS - Parte 2
SOS - Parte 3
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 1
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 2
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 3
Capítulo 19 - Nationals! - Parte 1
Capítulo 19 - Nationals! Parte 2
Aviso - LEIAM POR FAVOR
Capítulo 20 - It's time to say goodbye - PARTE 1
Capítulo 20 - It's time to say goodbye - PARTE 2
Capítulo 21 - I think I wanna marry you - PARTE 1
Despedida da Ya
Capítulo 21 - I think I wanna marry you PARTE 2 - FINAL
VOCÊS SABIAM?

Capítulo 9 - Broke up.

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By yacamacho

Shippadores de plantão, preparem seus lencinhos!!!! E bom capítulo!

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-Alô, Dianna. - Harry disse após puxar o celular do bolso e efetuar a chamada. - Pode me encontrar no café? - Pediu. - Quero resolver uma coisa. - Disse seco. - Estarei lá, não demore, por favor. - Ele desligou em seguida. Bufou.

-Você vai mesmo fazer isso então? - Duan perguntou seco ao seu lado.

-Eu tenho que fazer isso. - Harry bufou.

-Você está escolhendo fazer. Se quisesse mesmo enfrentar tudo isso teria o apoio de muita gente. - Disse caminhando até a porta da casa de Harry.

-Não é tão simples, Duan, acha que eu não estou me sentindo um lixo por ter que fazer isso? - Harry disse agoniado, porém num tom raivoso fora do comum.

-Vai se arrepender. - Duan disse grosseiro antes de fechar a porta atrás de si.

Depois de uma hora desde a ligação repentina e misteriosa, Dianna entrara numa cafeteria e sentara numa mesa perto da janela onde esperava Harry chegar como costumavam fazer. Dianna olhava pela janela ansiosa. No tempo que esperava diversas vezes levava os olhos ao seu relógio de pulso, e constatava o atraso incomum de Harry. Depois de uma hora, cansada de esperar e nervosa com a demora, Dianna pegara o celular para ligar pra Harry até que o viu adentrando o café com um olhar serio que a fitava com suspense.

https://www.youtube.com/watch?v=TuE7WjPzCkc - Escute Broken hearted girl, Beyoncé.

-Harry! - Ela levantou e correu para dar um beijo em Harry que desviou o rosto. Dianna engoliu a seco e desviou os olhos para o chão antes de se sentar. - O que houve? - Perguntou ela mordendo os lábios.

-Preciso conversar com você, Dianna. - Harry se mantinha sério, os lábios selados, e testa franzida como se estivesse nervoso. Dianna, ansiosa, batucava de leve na mesa com as unhas tentando disfarçar o nervoso.

-Pode falar. O que aconteceu? - Dianna se exaltava. Harry revirou os olhos e encarou o vazio por um momento. - Harry, me diz o que tá acontecendo, você tá me deixando preocupada. - Dianna o fitou com medo nos olhos.

-Quer saber o que é? - Harry disse sério. - Não dá mais pra levar isso tudo a diante. - Ele mordeu os lábios ao terminar de dizer e logo abaixou a cabeça. - Quero dar um fim no que estamos tendo, seja lá o que for. - Ele bufou.

-Está terminando comigo? - Dianna respirava ofegante. - Por quê? - Ela perguntou sem reação aparente.

-Porque eu não quero mais, é isso. - Disse Harry olhando para o chão.

-Olha pra mim, Harry. - Dianna pediu sendo ignorada. - EU DISSE PRA OLHAR PRA MIM! - Ela levantou a voz o que fez Harry obedecer. - Tem...-Dianna engoliu a seco antes de terminar a frase - outra pessoa? - Ela mordeu os lábios.

-Tem. - Ele respondeu seco antes de bufar. - Escuta, Dianna, eu não quero magoar você, mas a verdade é que não dá certo nós dois juntos. - ele pegou em sua mão.

-E você percebeu isso só agora? - Ela permanecia séria, como se a ficha ainda não tivesse caído.

-Estou com uma mulher de verdade agora, ela tem a minha idade, é madura, e vai dar certo. - As palavras de Harry fizeram que Dianna soltasse sua mão da dele. - Dianna, olha... - Ele tentou pegar em sua mão de novo, mas ela recuou.

-Não! - Exclamou ela nervosa. - Quer dizer que de repente você fica distante de mim, mal fala comigo quando me vê e antes mesmo de me dar um fora diz que já tem uma outra pessoa? Você não tem direito de fazer isso comigo. - Ela permitiu que as lágrimas invadissem seus olhos.

-A vida é minha, VOCÊ É QUEM NÃO TEM O DIREITO DE ACHAR QUE PODE MANDAR NA MINHA VIDA! - Harry levantou a voz e bateu com a mão na mesa.

- MANDAR NA SUA VIDA? VOCÊ ESTÁ NA MINHA VIDA AGORA, E EU A PUS EM RISCO POR VOCÊ! - Dianna se levantou chorando.

- PÔS A SUA VIDA EM RISCO? EU PUS TUDO O QUE CONSTRUI EM RISCO POR CAUSA DE UMA BOBEIRA ADOLESCENTE, ALGO QUE NUNCA DARIA CERTO, PORQUE VOCÊ É UMA CRIANÇA! - Harry berrou com raiva em sua bela voz, o que atraiu os olhares dos clientes que estavam em volta do café. A frase de Harry deixara Dianna sem reação, e ela permanecia de pé em silêncio. -Procure um garoto da sua idade, que possa te dar um relacionamento saudável pra sua idade, porque eu já passei dessa fase de sonho adolescente, que não tem consequências nem limites, acabou. - Ele baixou o tom de voz, mas continuava com os olhos sérios.

-Eu não acredito que todo esse tempo não passava de um jogo pra você, uma diversão. Eu confiei em você. - Dianna chorava com a voz tremula.

-Não deveria ter confiado... Afinal por que um homem se interessaria de verdade por uma menina? - As palavras de Harry também saiam tremulas com o nervoso. Dianna mais uma vez deixava o silêncio tomar conta de si. Harry caminhou até Dianna devagar e deu um beijo em sua testa pouco antes de caminhar até a porta de saída.

-Quer saber? - Dianna gritara fazendo Harry parar na porta ainda de costas para ela. - Eu sou mesmo uma criança idiota, mas sou idiota por ter confiado em você, e quer saber, Harry? Eu posso sim ter dezessete anos, mas ainda assim serei mais madura do que você. Você não teve nem coragem de chegar na hora pra me dispensar, porque você é um covarde, um grande covarde mentiroso e quer saber a verdade? Você foi a criança esse tempo todo porque eu me arrisquei sozinha enquanto você se escondia atrás das suas aparências! - Dianna gritava no meio da cafeteria, e todos que ali estavam os encaravam. Harry ainda de costas deixou uma lágrima rolar pelo rosto e abaixou a cabeça.

-Isso só mostra que tudo não passou de uma besteira adolescente. Até a aula, senhorita Allen. - Harry saiu da cafeteria e Dianna chorando despencou em cima da cadeira eu se encontrava atrás dela. Podia sentir seu rosto queimar devido à raiva. Suas mãos tremiam, ela não conseguia conter as lágrimas. Era como se parte de si, parte de seu coração se despedaçasse de uma maneira que ela não sabia que era possível. Queria falar as piores verdades pra Harry, queria fazê-lo sentir a dor que ela sentia agora, mas nem com toda a raiva do mundo conseguia querer seu mal. Harry já dentro de seu carro parou num sinal vermelho e involuntariamente se pôs a chorar, encostando sua cabeça sobre o volante.

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Os corredores do colégio estavam mais amontoados do que nunca. As cheers saíam do ginásio com dificuldade. - O que está acontecendo? - Santana perguntou agoniada tentando andar.

-Mais uma publicação idiota daquele jornal da Melanie. - Disse Courtney. De repente Belatrix caminhou furiosa na direção de Candy que apenas arregalou os olhos azuis assustada.

-Já leu a matéria principal, querida? - Bella sorriu irônica.

-Não. - Candy disse de cabeça baixa, já estava tensa, podia sentir seu corpo rígido devido ao medo que sentia.

-Eu vou ler pra você então. - Disse Belatrix fazendo com que todas as atenções dos alunos em volta se direcionassem para as duas. - Uma das líderes de torcida do bando de Belatrix Campbell, Candy Thompson está namorando nada mais nada menos que Paul Adams às escondidas. Agora eu te pergunto, Candy, o que te faz pensar que pode passar por cima das minhas regras? - Belatrix se ergueu ficando ainda maior que Candy que não conseguia reagir.

-Ai, meu Deus, eu não acredito. - Disse Giovanna com o jornal em mãos. - A Bella vai dar um ataque com a Candy. - Suspirou encarando as duas.

-Bella, eu juro que eu não quis passar por cima das suas regras, eu... - Candy foi interrompida por Belatrix que a essa altura já tinha uma postura um tanto descontrolada frente à situação.

-Termine com ele. - Ordenou.

-Não, Bella, espera, por favor. - Candy sentiu as lágrimas inundarem seus olhos. - Eu posso explicar tudo isso. - Disse agoniada, mas Bella apenas ignorou.

-Escute apenas uma coisa, queridinha: Termine com esse garoto ou saia da minha equipe. Ninguém é indispensável, muito menos você, Thompson. - Bella deu as costas se pondo a caminhar. Todos abriam caminho para sua passagem mais ameaçadora que o normal. Bella ergueu uma das mãos à cintura e com a outra derrubou todos os jornais em exposição numa pequena bancada improvisada. Candy ficou paralisada, totalmente em choque. Não iria perder seu lugar de prestígio na equipe, o que significava que teria que perder Paul.

-Can, você está bem? - Perguntou Courtney se aproximando dela acompanhada por Santana e Giovanna.

-Espera ela se acalmar e tentamos enfrentá-la juntas. - Disse Giovanna com um sorriso simpático.

-Não. - Disse Candy seca. - Não vou perder meu lugar. Eu vou terminar com o Paul. - Candy saiu em disparada.

-Candy, espera! - Gritou Giovanna. - Eu não acredito que ela vai desistir assim. - Disse Giovanna encarando-a correr em direção a saída do prédio.

-Sabe que ela nunca faria nada que a tirasse das cheers. - Santana bufou. - Que droga. - Suspirou.

https://www.youtube.com/watch?v=K0-ucWKiTps - Escute The one that got away, cover by Tiffany Alvord & Chester See

Candy correu em direção a Paul assim que o avistou com o violão em mãos, sentado no gramado do campo. Ele sorriu ao avistá-la o que a fez sentir uma dor ainda maior. - Meu amor! - Ele se levantou para abraçá-la, mas ao perceber sua feição entristecida logo abaixou os braços. - O que houve, Can? - Ele franziu o cenho.

-Precisamos conversar. - Candy disse entre os dentes.

-Precisamos conversar - Paul riu. - Sabe que essa frase nunca é acompanhada de uma coisa boa, não é? - Ele pôs as mãos nos bolsos da calça. - O que houve? - Suspirou.

-Já viu isso? - Ela entregou o jornal nas mãos de Paul que o pegou e apertou os olhos para ler.

-Espera, Candy, então isso quer dizer que não precisamos mais nos escondermos, isso é maravilhoso! - Paul rapidamente correu para abraçar Candy que o parou. Ele a encarou friamente. - O que está acontecendo, Candy? - Perguntou.

-Não podemos continuar juntos. - Ela encarou o chão.

-Como é que é? - Paul riu. - Tá brincando não é, Candy? - Ele cruzou os braços na frente de si.

-Bella ameaçou tirar minha vaga na equipe, e eu não posso perder essa vaga, você sabe! - Candy se pôs a chorar.

-Mas pode me perder, perder o que temos? - Paul deu uma volta e meia com as mãos na cintura enquanto Candy apenas chorava.

-Paul, tenta entender, eu não posso... - Ela tentou se explicar, mas Paul rapidamente a interrompeu.

-Não pode. Essa é sua desculpa pra tudo, Candy! - Ele disse raivoso. - E a noite de ontem? Aquilo não teve significado nenhum pra você? - Ele perguntou indignado.

-É claro que teve, Paul, mas eu não posso ficar com você se isso me fizer perder a torcida! - Candy disse agoniada, mas antes que pudesse dizer qualquer outra coisa ele a interrompeu.

-Sabe o que mais me dói? É que eu amo você, e realmente pensei que aceitar essa palhaçada de namoro às escondidas nos levaria para um relacionamento de verdade, assumido, e olha agora! Olha aonde chegamos! - Paul a encarou.

-Eu não queria que fosse assim. - Candy disse cabisbaixa.

-Você escolheu. Escolheu sozinha. Simplesmente decidiu. - Ele disse com raiva.

-E o que você queria que eu fizesse? Que droga, Paul, é a minha vida, é o que eu amo fazer! Eu não vou abrir mão da torcida pra ficar com ninguém, nem mesmo com você. - Candy levantou o tom de voz ainda chorando. Suas palavras fizeram Paul ficar paralisado. - Não quis dizer isso, eu só quis dizer... - Ela tentou se explicar em vão.

-Eu entendi o que você quis dizer. Não sou o suficiente pra te fazer deixar de ser essa líder de torcida egoísta e prepotente que você sempre foi. - Ele riu. - Sabe o que é pior? É que eu realmente acreditei que você tinha algo de bom, mas você só sabe usar e descartar as pessoas conforme a sua vontade e necessidade. - Disse.

-Isso não é verdade. - Candy falou sem forças.

-É sim a verdade, Candy. Quer saber? Fique com a torcida, fique com a Bella, porque vocês se merecem, você não percebe, mas é igual a ela. - Disse. - Ontem foi especial para mim, sabia? Aquilo era importante pra mim, e fez ver o quanto eu sou louco por você e agora você simplesmente me descarta e pisa no que tudo isso significou pra mim! - Paul deu as costas para Candy, mas antes de andar voltou a falar. - Eu juro que tentei entender, mas sua ambição foge ao meu entendimento. Não acredito que confiei em você. - Ele riu sarcástico. - Divirta-se com a sua torcida idiota! - Ele saiu andando.

-Paul! - Candy chamou, porém foi ignorada. - Paul, espera, eu não sou assim. - Ela se pôs a chorar, mas ele logo sumiu de sua vista. - Droga! - Esbravejou ao vento. Ela se sentou no pequeno banco sobre o gramado onde não conseguiu manter-se calma, apenas chorava mais. Enquanto isso Paul em fúria adentrou o colégio.

-Paul! - Jenny chamou-o, mas ele apenas ignorou e saiu correndo na direção do estacionamento.

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https://www.youtube.com/watch?v=OmHvLCbcwtw - Escute The Scientist, Glee.

Harry estava sentado no sofá de sua casa. Ele tinha os olhos vazios e não encaravam diretamente nenhum objeto fixo, apenas vagavam perdidos em seus pensamentos que a essa hora eram muitos. Duan adentrou sem bater, sabia que Harry a essa hora já havia terminado com Dianna e o esperava pra falar sobre, e apesar de estar parcialmente decepcionado com ele agora, sabia que precisava dele.

-Hazz... - Duan chamou fazendo-o encará-lo.

-Pode dizer que eu sou um babaca. - Harry disse antes de bufar.

-Não vou dizer, apesar de ser o que eu to pensando. - Duan sorriu torto fazendo Harry rir por um leve segundo. Logo suas mãos estavam coçando seus olhos, demonstrando o quanto se sentia acabado por dentro e por fora. - Como foi? - Duan perguntou ao se sentar ao seu lado, apesar de já saber a resposta.

-Eu já me sentia mal antes de fazer, mas depois de ver os olhos dela, e a expressão dela quando eu disse aquelas coisas horríveis, eu me senti a pior pessoa do mundo. - Harry ofegou. - Ela não merecia passar por isso, não merecia ouvir o que eu tive que dizer. - Completou.

-Com certeza ela não merecia... - Duan suspirou. - Como ela ficou? - Perguntou.

-Ela ficou arrasada, não era pra menos, eu tive que ser insensível e grosseiro, e ela me disse coisas horríveis, e ela chorou tanto, que eu nem sequer tive coragem pra encará-la, ou pra conferir como ela ficou depois que eu caminhei pra porta. - Explicou-se. Duan torceu os lábios.

-E qual o próximo passo? - Ele indagou Harry que parecia perdido se lembrando do ocorrido.

-Eu não faço ideia. - Ele reclamou jogando a cabeça pra trás. - Só queria poder ficar com ela, mas sou agora a última pessoa que ela quer ver no mundo. Eu não sei nem o que vou fazer da minha vida, não sei como eu vou olhar pra ela todos os dias e não poder nem sequer chegar perto pra saber como ela está. - Disse tristonho.

-Hazz, infelizmente as coisas vão ser assim agora... - Duan tentou confortá-lo.

-Me prometa que vai fazê-la ficar bem, e que sempre vai me dizer como ela está, porque sinceramente eu preciso saber mesmo que eu não possa fazer nada. - Disse. Duan assentiu.

-Eu sinto muito, Hazz... - Duan disse sincero, fazendo com que Harry se deixasse dominar pelo que sentia e começasse a chorar compulsivamente, fazendo com que Duan precisasse consolá-lo em um abraço. - Eu sinto muito mesmo, meu irmão. - Ele disse de novo enquanto Harry soluçava abraçado a ele.

-Eu a amo tanto, Duan... - Ele disse em meio a lágrimas. - Eu não queria perde-la, eu não queria. - Harry disse aos prantos.

-Eu sei, Hazz, vai passar, eu juro, vai passar... - Duan disse antes de torcer os lábios.

-Como eu vou viver sem ela? - Ele perguntou demonstrando o quanto estava fora de si naquele momento, o que só fez Duan suspirar e se entristecer junto a ele enquanto via o mesmo soluçar abraçado a si. Não havia o que dizer, tampouco o que fazer. Nem sempre a vida dava escolhas para que realidades como essa pudessem ser mudadas, mas de uma coisa Duan sabia, nunca pensou que veria Harry naquele estado que estava agora. Harry parecia ter voltado aos oito anos de idade quando viu seu primeiro monstro debaixo da cama e correu para o colo do pai buscando conforto, buscando que dissesse que era apenas uma mentira e o colocasse de volta na cama, mas infelizmente, aquela era a realidade. Duan apenas o abraçou com mais força, deixando-o despencar em lágrimas. - Vai passar... - Duan repetiu pra ele, mas a essa altura nem ele mesmo sabia se acreditava naquilo.

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No refeitório os comentários ainda eram frequentes. Belatrix andava lançando olhares cruéis e repressores que faziam todos pararem de falar rapidamente. - Quero todas no ginásio agora. - Belatrix disse ao se aproximar da mesa onde todas as cheers estavam, inclusive Candy de olhos inchados. Todas apenas se entreolharam e se levantaram para seguir Bella, chamando a atenção de todos no refeitório. Courtney foi caminhando abraçada a Candy que ainda deixava transparecer o quanto tudo aquilo ali a consumia. Bella abriu as portas do ginásio dando passagem a todas que caminharam até o centro e se sentaram no chão. Belatrix deu uma volta sobre elas até que parou na frente com um sorriso vitorioso e angelical.

-Acho que precisamos esclarecer algumas coisas. - Ela disse com um tom simpático e ao mesmo tempo assustador. - Pelo visto vocês andam se esquecendo das regras básicas que eu estabeleci ao me tornar capitã, ordens invioláveis que prometeram honrar a partir do momento em que entraram para a equipe. - No momento em que Bella terminou aquelas palavras Dianna adentrou o ginásio com uma expressão tão ruim quanto a de Candy. Belatrix a encarou. - Como não chegar atrasada para os ensaios. - Ela encarou Dianna com raiva que apenas se sentou no meio das outras meninas. - Eu estava falando, Dianna, sobre as regras básicas que estabeleci e que vocês se comprometeram a cumprir. - Disse.

-Desculpe, Belatrix. Tive um imprevisto. - Dianna disse sem encará-la.

-Querida, pouco me importa se seu imprevisto alto de cabelos e olhos castanhos e você estavam curtindo por aí, o que eu quero é que você esteja aqui na hora que eu determinar. - Disse. Dianna apenas assentiu. - Bom, como eu ia dizendo, acho que vocês estão esquecendo dessas regras e precisam de um estimulo para se lembrar. - Bella riu.

-Aonde você quer chegar, Bella? - Perguntou Giovanna confusa.

-Quero chegar, cunhadinha, no ponto chave dessa torcida: Eu sou a capitã. A partir de agora as coisas vão ser assim: Um deslize equivale a uma advertência, um segundo deslize equivale à expulsão da equipe. - Ela sorriu.

-Como é que é? - Giovanna arregalou os olhos. - Isso é um total absurdo. - Disse.

-Até porque os deslizes vão ser julgados por você, Belatrix, ou seja, tudo o que não for aceitável pra você no Maravilhoso Mundo de Bella você vai julgar como deslize. - Santana rolou os olhos.

-Exatamente, mexicana. - Belatrix sorriu. - Ah e, Candy, você já fez o que eu mandei? - Bella perguntou se aproximando de Candy.

-Sim. - Candy disse baixinho.

-Ótimo. Porque você já teve um deslize, e o próximo, bom, você já sabe o que vai acontecer. - Bella riu. - Aliás, espero que todas vocês tenham entendido o que comportamentos rebeldes podem ocasionar, não é mesmo, Candy querida? - Belatrix deu as costas para todas. - Estão liberadas por hoje. - Disse seca. Todas apenas se levantaram e caminharam até a saída.

-O que você tem? - Santana perguntou se aproximando de Dianna.

-Harry terminou comigo. - Dianna disse abaixando a cabeça enquanto caminhava em direção a saída do colégio acompanhada das meninas.

-Como é que é? - Giovanna arregalou os olhos.

-Desculpem, meninas, mas eu não quero falar disso agora. - Dianna disse finalmente chegando em frente ao seu carro e entrando no mesmo pra dar a partida deixando-as ali sem reação inicial.

-Não acredito. - Disse Santana assustada. - Filho da mãe! - Falou enquanto Giovanna encarava o vazio como se buscasse alguma resposta para o que acabara de ouvir, mas na verdade não tinha nenhuma.

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Penny e Rachel estavam com alguns papéis da campanha em cima de uma das mesas do grêmio junto a outros participantes da chapa. Todos debatiam algumas ideias, mas Penny só conseguia encarar John e Spencer do outro lado da sala sentados juntos com alguns papéis em mãos e entoando sorrisos frouxos um para o outro, algo que de fato a incomodava demais.

-Penny! - Um dos garotos chamou-a, mas ela não respondeu. - Penny! - Ele chamou agora mexendo em seu braço. Ela rapidamente despertou para encará-lo.

-Oi? - Perguntou confusa.

-O que está acontecendo com você? - Ele perguntou irritado. - Estamos há uma hora aqui debatendo sobre a campanha e você no mundo da lua, precisamos aprovar o slogan da campanha e tirar cópias, sem contar que precisarmos das suas assinaturas nos projetos que debatemos, mas agora vai demorar mais porque você vai ter que ler todos já que não prestou atenção em nada. - Ele foi grosseiro chamando a atenção de John.

-Desculpem tá legal? Eu não estou num bom dia! - Ela disse irritada. - Deixem a droga dos projetos aí eu posso passar a noite em claro revisando-os e amanhã estarão assinados e entregues na Xerox. - Ela respondeu seca antes de sair da sala deixando-os para trás. No caminho ela esbarrou com Matthew que sorriu pra ela.

-O que houve, meu amor? - Ele perguntou segurando-a em seus braços.

-Estou tendo uma crise de nervos com a campanha. - Ela disse choramingando.

-Tem que manter a calma. - Ele disse fazendo-a suspirar. Nesse momento John saiu da sala chamando seu nome, fazendo ela e Matthew virarem para encará-lo.

-Vim ver se está bem, se precisa de algo. - John disse encarando diretamente a Matthew agora que riu irônico.

-Ela não é idiota de falar dos problemas dela pro maior concorrente. - Ele respondeu por Penny.

-Acho que ela pode falar por si mesma. - John disse seco se aproximando deles. - Além disso, eu e ela somos amigos e ela sabe que pode confiar em mim, eu só quero ajudá-la. Não é mesmo, Penny? - Ele a encarou. Ela estava confusa. Via-se totalmente envolvida por ele, mas os números indicavam que ele já estava passando sua frente e precisava reagir. Se aproximar dele e se distrair ao vê-lo tão sorridente ao lado de Spencer estava atrapalhando seus planos e ela não podia permitir isso. Seu futuro dependia disso.

-Desculpe, John, mas não posso falar da minha campanha pra você. - Ela disse fazendo-o franzir o cenho. Sem dizer uma só palavra ele riu irônico e deu as costas pros dois adentrando novamente a sala do grêmio.

-Não se preocupe, meu amor, vai dar tudo certo. - Matthew disse fazendo-a encostar no peito dele para choramingar.

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Candy caminhava com poucas forças e ânimo quase nenhum na direção de seu armário, onde Jennifer a esperava encostada ao mesmo. Ela sabia o que estava por vir e sabia que isso a faria sentir pior ainda o que a arrancou um suspiro. Ela continuou caminhando, deixando Jenny ver o quanto ela estava afetada pelo que havia ocorrido.

-Olá. - Jenny disse quando ela finalmente a alcançou.

-Vá em frente... - Candy disse quase que num sussurro. - Pode me xingar, gritar comigo, dizer que eu sou a pior pessoa do mundo porque quer saber, você vai estar certa. - Ela disse voltando a chorar. Jenny respirou fundo.

-Eu não posso dizer que não estou decepcionada com você, Candy. - Jennifer disse séria. - Sabe, Paul e eu somos melhores amigos, e eu nem sequer sabia que vocês tinham ficado juntos e que estavam juntos. - Completou.

-Pedi a ele pra não contar a absolutamente ninguém. - Candy explicou.

-Eu imaginei, e se quer saber, isso me surpreendeu, porque não há nada da vida dele que eu não saiba e se tem uma coisa que eu sei dele é que ele nunca deixaria de me contar isso, principalmente isso, algo que ele quis todos esses anos. E se ele fez isso, Candy, é porque ele realmente queria fazer tudo pra dar certo. - Jenny disse fazendo Candy suspirar.

-Eu prefiro que você grite e me diga coisas horríveis, isso doeria menos do que o que está falando. - Ela a encarou.

-Eu sei e justamente por isso não vou gritar. - Jennifer sorriu. - Eu nem consigo imaginar como ele está agora, mas queria ter certeza de como você estava. - Disse.

-Eu não sou o monstro que vocês pensam, sabia? Eu to sofrendo como nunca sofri na minha vida, eu amo o Paul, da maneira que eu nunca amei ninguém e foi muito difícil pra mim ter que fazer isso principalmente depois de ontem. - Ela disse deixando escapar. Jennifer arregalou os olhos.

-Vocês... - Ela disse, mas Candy de antemão respondeu.

-Sim. - Ela sorriu. - Fizemos amor ontem. - Completou. - Mas eu o decepcionei demais, e acho que essa palavra não existe mais pra nós dois. Ele me odeia e tem toda a razão. - Disse.

-Meu Deus, Candy... - Jennifer disse e a puxou pra um abraço. - Eu não sei porque você não pode enfrentar a Belatrix e ficar com ele...seriam tão felizes! - Ela disse enquanto Candy chorava em seu ombro.

-Eu não posso, Jenny, eu só queria poder explicar pra ele isso tudo, queria poder ser amiga dele, e pelo menos poder ver ele sorrir pra mim uma vez ou outra, mas como eu disse, ele me odeia agora. - Falou. - Eu só te peço que por favor o faça ficar bem, e quem sabe quando ele se acalmar ele não me escute. - Candy disse.

-Eu espero que tudo fique bem entre vocês. - Jennifer disse sincera.

-Obrigada. - Candy disse antes de abraça-la novamente.

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https://www.youtube.com/watch?v=JyXHzdzStaw - Escute I'm not the only one, Sam Smith.

Ao chegar à casa, Dianna apenas conseguiu tomar um banho quente e se jogar na cama com uma calça larga e uma regata velha. O tempo estava chuvoso e começava a esfriar. Ela se encolheu debaixo do cobertor. Era difícil não chorar lembrando daquelas palavras duras ditas por Harry tão repentinamente. Não fazia sentido a forma como ele mudou de decisão. Só havia uma resposta plausível para tudo aquilo: Harry a enganou o tempo todo, e ela caiu como uma menininha idiota e apaixonada. Dianna não conseguia não chorar. Sentia seu rosto quente e os olhos inchados. De repente o telefone tocou fazendo-a pular. Preferiu não atender, afinal, realmente não importava quem era.

-Alô, Di. - O recado entrou na secretária eletrônica. A voz era de Santana. - Eu imagino como você deve estar, não deve querer falar disso. Mas não pode ficar presa no quarto pra sempre, e eu sei que você está me escutando, então acho bom me retornar ainda hoje senão eu vou aí e te arranco dessa cama. . - Aquelas palavras fizeram Dianna rir um pouco. - Beijos e eu amo você. - Santana desligou. Dianna permaneceu ali imóvel, a essa altura sua cama já estava repleta de lenços de papéis e alguns chocolates proibidos por Bella por causa da "super dieta das cheerleaders". Novamente o telefone começou a tocar e mais uma vez Dianna preferiu deixar cair na secretária eletrônica.

-Didi! - A voz de Giovanna soou baixinho. - Eu acho que você deve estar me ouvindo. Olha eu imagino como você está, Duan também está louco de raiva disse que vai matar o Harry, ai desculpa, sei que esse é o último nome que você quer ouvir. - Disse.

-Com certeza... - Dianna sussurrou antes de colocar um travesseiro em cima do rosto.

-Eu sei que talvez não adiante falar nada disso agora, mas você não pode ficar calada, precisa conversar e estamos aqui pra isso, pra te ouvir, te ajudar e aconselhar, então me liga quando achar que está pronta, podemos sair, comer algo, que tal um Milk-shake de chocolate duplo bem grande pra afogar as mágoas? - Giovanna riu de leve. - Ainda são seis horas então dá tempo pra darmos uma volta. Eu amo você. Beijos. - Giovanna desligou como sempre fofa. Dianna tirou o travesseiro que cobria seu rosto e encarou o teto.

-Ela está certa! - Dianna tirou a coberta de cima de si e pegou o telefone para fazer a chamada dupla para Santana e Giovanna.

-Alô. - Disse Santana.

-Oi, Sants, sou eu Dianna. - Dianna disse com a voz rouca.

-Oi? - Giovanna atendeu em seguida.

-Meninas, sou eu Dianna, eu ouvi os recados de vocês e acho que estão certas eu preciso sair e falar sobre isso, então será que vocês podem me encontrar no Outback da rua 13 em uma hora? - Dianna perguntou.

-Mas é claro, eu to louca pra comer uma costela mesmo. - Disse Santana rindo.

-Ainda bem que você ligou, Di, estávamos muito preocupadas. - Giovanna disse carinhosa. - E a Santana já estava querendo ir aí te arrancar da cama de verdade. - Ela riu fazendo Dianna rir também.

-Não gosto desses climas depressivos. - Disse Santana antes de rir. - Bom, nos vemos lá em uma hora, besos, chicas! - Se despediu Santana antes de desligar.

-Adiós, Santana! - Disse Giovanna rindo. - Já nos vemos, Didi, beijos! - Se despediu e desligou também. Dianna rapidamente correu para o chuveiro, tomou um novo banho. Ao sair pegou uma calça verde claro acompanhada de uma blusa branca florida e um casaco fino branco. Prendeu o cabelo com um grampo verde e saiu.

-Can... - Disse Giovanna ao telefone. - Você está bem? - Perguntou.

-Na verdade não, eu estou péssima, Gio. - Candy respondeu tristonha.

-Bom, acho que você e a Dianna precisam conversar. - Falou.

-O que houve com a Di? - Candy perguntou confusa.

-Harry terminou com ela...- Giovanna torceu o lábio.

-Nossa, não acredito nisso, que dia ruim né... - Comentou ainda chorosa.

-Bom, é, eu e a Santana combinamos de ir com ela no outback, pensei em chamar você pra todas nós conversarmos. - Giovanna disse fofa.

-Obrigada, Gio, mas eu vou visitar minha avó com os meus pais, vamos sair daqui a pouco, aproveitar o fim de semana em Holly. - Disse. - Chamei a Court pra ir comigo, assim eu tenho uma companhia pra me distrair. - Sorriu torto.

-Tudo bem então, se você precisar de algo ligue, ok? - Perguntou Giovanna.

-Pode deixar, Gio, manda um beijo pra Sants e melhoras pra Didi. - Candy se despediu e desligou.

Já dentro do restaurante Dianna, Santana e Giovanna estavam sentadas numa mesa repleta de doces, achocolatados e hambúrgueres. O rosto de Dianna parecia completamente abatido, com olhos inchados e nariz avermelhado na ponta. Com um rabo de cavalo bem alto como penteado e um casaco que lhe cobria as mãos seu aspecto de cansaço só aumentava. Santana e Giovanna a encaravam com um semblante tão triste quanto.

-O que foi que ele disse? - Santana arregalou os olhos.

-Que eu era uma criança e que o que vivemos foi uma bobeira adolescente, que eu não devia ter confiado nele porque um homem de verdade não iria querer uma garotinha pra um relacionamento. - Dianna bufou. - Ah, e ele citou uma nova mulher madura pra viver um relacionamento de verdade. - Seus olhos encheram d'água.

-Nova mulher? - Giovanna franziu o cenho. - Não, isso com certeza é mentira, você foi o primeiro relacionamento que o Hazz teve em anos, ele só vive com a cara enfiada nos livros de química, não está com outra, tenho certeza. - Afirmou.

-Bom de qualquer maneira isso não interessa. - Dianna bufou novamente.

-O que queremos entender é o por que disso, ele mudou assim do nada. - Santana a encarou.

-Ele já estava distante há alguns dias, meio ausente, sabe? - Dianna disse antes de dar um longe gole no Milk-shake de chocolate. - Achei que eram coisas do trabalho, provas pra corrigir, não pensei que ele estava simplesmente de saco cheio de mim. - Ela abaixou a cabeça.

-Isso não é verdade, Dianna, eu sei que não quer ouvir isso, mas o Harry é meu irmão e eu conheço ele, e isso não faz o tipo dele, alguma coisa aconteceu. - Giovanna disse. - Desculpe. - Pediu.

-Tudo bem... - Disse Dianna. - Eu entendo seu lado, é difícil e eu não quero que você fique entre nós dois. - Dianna suspirou.

-Bom, meninas, já está tarde, vamos? - Perguntou Santana.

-Vamos sim, já tá quase fechando. - Giovanna riu. - Eu deixo vocês em casa. - Deu uma piscadela. Após saírem do restaurante e cruzarem a esquina tiveram uma surpresa. Harry estava ali parado na frente delas com um sorriso em semblante. Ao lado dele uma mulher encantadoramente linda, alta, com belos cabelos castanhos curtos. Sua pele era estonteantemente branca e fina. Ela parecia uma boneca de cera, encaixada perfeitamente em cada forma. Os olhos também castanhos tinham um brilho especial, assim como sua roupa extravagante, porém ainda assim belíssima. Dianna ficou sem reação ao ver aquela cena, assim como Harry ao vê-la ali em sua frente.

-Ah, oi... - Harry disse entre os dentes.

-Olá, professor. - Disse Santana sarcástica. - E então, que engraçado te encontrar aqui com essa moça, não sabia que tinha namorada. - Santana não perdeu a oportunidade de alfinetar Harry que mordeu os lábios.

-Pois é, essa é a Chloe, uma velha amiga de faculdade. - Ele disse fazendo com que Chloe abrisse um enorme sorriso.

-A melhor amiga. - Ela se auto intitulou fazendo Dianna corar de raiva. - É um prazer. - Ela estendeu a mão para Dianna que respirou fundo antes de cumprimentá-la.

-Chloe, essas são Dianna Allen, Santana Martinez, minhas alunas e a Giovanna, minha irmã. - Harry sorriu pra Giovanna que a essa altura estava com um bico enorme.

-Ah então você é a famosa Giovanna, ele falava muito de você e do Duan! - Chloe sorriu pra Giovanna que apenas torceu o lábio.

-Pois é né, mas ele nunca me falou absolutamente nada de você. - Ela falou grosseira, fazendo Chloe e Harry engolirem a seco. - Desculpe, mas agora nós temos que ir, um idiota sem sentimentos partiu o coração de uma amiga minha sem nenhum dó ou piedade. - Giovanna encarou Harry com raiva. Chloe apenas franziu o cenho sem entender. - Boa noite. - Disse dando as costas pros dois acompanhada de Dianna.

-Divirta-se. - Santana disse grosseiramente antes de dar as costas também.

-Sua irmã parecia meio chateada. - Chloe comentou caminhando até a porta de um bar.

-Não liga, ela deve ter brigado com o namorado. - Harry sorriu torto.

-Eu fiquei surpresa quando você me ligou. - Chloe sorriu antes de se sentar numa das mesas.

-Pois é, eu andei pensando muito em você. - Harry disse e se sentou ao lado dela. Chloe abriu um sorriso que não cabia em si.

-E então, o que tem em mente? - Ela se aproximou de Harry de um jeito sedutor. Harry conhecia aquele olhar. Chloe nunca escondeu o quanto era apaixonada por ele na época da faculdade e aquele gesto típico de sua conquista só demonstrava que ela ainda guardava aquele sentimento. Era sim errado usar Chloe para esquecer Dianna e mantê-la longe, mas era necessário, e ele a conhecia e sabia da mulher maravilhosa que ela era, sem contar na parte profissional, a melhor professora de artes que ele conhecia. Nunca havia tentado nos anos de faculdade dar uma chance a ela, tentar se apaixonar por ela, mas quem sabe agora se tentasse não poderia realmente desenvolver um sentimento forte por Chloe que acabasse por fazê-lo esquecer Dianna. Era unir o útil ao agradável, e estava disposto a dar o melhor de si para Chloe.

-Bom, eu confesso que senti sua falta e queria saber se podemos sair. - Harry sorriu.

-Hazz, não precisa ser tímido, sabe que eu sempre quis ficar com você então vamos direto ao ponto. - Chloe se inclinou e beijou Harry da forma mais intensa que pôde.

-Você é bem direta, não é? - Harry riu sem graça.

-Você quer que fiquemos juntos? - Ela perguntou com um olhar intenso.

-Quero. - Ele disse seco.

-Eu topo... - Chloe apenas riu e voltou a beijá-lo. Harry não sentia nada.

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Paul estava sentado em sua garagem com seu violão em mãos, tocando algumas notas soltas, sem sentido ou melodia aparente. Ele encarava o vazio, e sua expressão era totalmente vazia, dolorida, como se não conseguisse colocar aquilo pra fora. Pensava em Candy, e sentia raiva por não ter percebido antes que no final ela não o escolheria se fosse necessário decidir. Nesse momento Jenny adentrou a garagem e se aproximou dele.

-Paul... - Ela chamou enquanto ele continuava encarando o chão.

-Oi, Jen. - Ele disse sem muita empolgação.

-Como você está? - Jenny se aproximou dele e se sentou ao seu lado, numa espécie de sofá que dava direto pra uma janela aberta, onde a lua brilhava forte.

-Como acha que estou? - Ele disse seco.

-Sou sua melhor amiga, você pode se abrir comigo, Paul. - Ela o encarou.

-Foi você quem me meteu nessa, melhor amiga, muito obrigado. - Ele disse seco.

-Ah, então está me culpando por ter desistido? - Jennifer se colocou de pé na frente dele que a encarou com uma expressão raivosa.

-Desistido? - Ele riu irônico. - Foi a Candy quem desistiu, Jennifer, e não eu, foi ela quem escolheu assim. - Ele bufou e logo se levantou. Jenny o seguiu ainda tagarelando.

-Ela ficou assustada, e você nem sequer a ajudou a pensar um pouco sobre isso, gritou coisas horríveis e foi embora, nossa, que coragem, vocês dois desistiram! - Ela disse fazendo-o se virar pra ela agora com ainda mais raiva.

-Dá pra calar a boca, Jennifer? - Ele disse com raiva. - Ela já chegou até mim com a decisão tomada, me perdoe se eu não engoli o meu orgulho e fiquei de joelhos implorando uma chance da linda líder de torcida! - Ele bufou. - Me deixa sozinho. - Pediu.

-Paul, eu só quero ajudar... - Ela disse, mas logo foi interrompida por Paul.

-Vai embora, Jennifer. - Ele disse. Jenny bufou ainda o encarando, mas logo pegou sua mochila.

-Tudo bem. - Ela disse aparentemente sem ressentimentos. - Quando você estiver pronto pra falar disso me chame. - Jenny caminhou até a porta de saída, deixando-o ali sozinho. Paul despencou sobre uma cama antiga que havia em sua garagem, e novamente pegou o violão para tocar suas notas soltas.

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https://www.youtube.com/watch?v=ir0FaK757Vw - Escute If I were a boy. Beyoncé.

Dianna choramingava no colo de Santana no banco de trás do carro de Giovanna. Santana parecia querer estrangular alguém, e pensava realmente em fazê-lo.

-Vocês viram aquilo? - Dianna disse com raiva. - Ele já estava mesmo com outra, e ela é linda. - Ela se levantou passando a mão nos olhos para limpar as lágrimas.

-Eu vou matá-lo. - Disse Giovanna com raiva estacionando na frente da casa de Dianna.

-Meu pai tem que trabalhar eu ainda vou ficar com a Annie, só queria deitar e dormir. - Dianna disse ainda deixando algumas lágrimas caírem.

-Eu posso dormir aqui hoje? - Santana perguntou. - Ligo pros meus pais, falo que vou ficar de babá, você dorme e eu cuido da Annie e de quebra ainda fico com você. - Ela sorriu ao receber um abraço de Dianna.

-Eu quero muito que você fique. - Dianna disse baixinho. - Você também fica, Gio? - Dianna perguntou enquanto Giovanna encarava a janela.

-Não dá, amiga, desculpe. - Disse. - Tenho algo a resolver hoje. - Giovanna sorriu.

-Tudo bem. - Dianna sorriu de volta. - Vamos entrar, Sants. - Disse enquanto as duas saíam do carro. Giovanna apenas balançou uma das mãos se despedindo das duas e logo acelerou o carro para depois de alguns minutos estacionar em frente a sua casa, onde o carro de Harry já estava. Giovanna desceu do carro com raiva e logo caminhou até a casa de Harry onde adentrou sem nem sequer bater. Ele estava sentado em seu sofá sem camisa e levantou assustado ao ver Giovanna ali na sua frente.

-Que isso, Giovanna? - Ele perguntou com os olhos arregalados.

-Eu que te pergunto, Harry, o que é isso? - Giovanna bufou. - Qual o seu problema? O que deu em você? Tem noção do quanto a Dianna está sofrendo? - Ela perguntou raivosa.

-Olha só, Giovanna, é a minha vida, e eu não quero que se meta nisso. - Disse grosso.

-É a vida dela também, da Dianna, lembra? Minha melhor amiga. - Giovanna se aproximou dele. - Eu dei força a vocês dois, encobri vocês, aconselhei os dois, Harry, eu disse a ela que podia confiar em você e você faz isso? - Giovanna balançava a cabeça em sinal negativo desaprovando a atitude de Harry que apenas a encarava. - Eu não faço a menor ideia de quem você é agora, mas não é o meu irmão. - Giovanna suspirou.

-Gio, por favor, tente entender que não ia dar certo, ela vai ficar bem. - Ele disse entre os dentes, tentando conter as inúmeras emoções que queria pôr pra fora, mas não podia confiar isso a Giovanna, era melhor então deixá-la com raiva agora, para que assim ela apoiasse Dianna a esquecê-lo completamente.

-Espero que saiba que terminando com ela hoje terminou comigo também. - Giovanna disse seca. - Não quero que fale comigo, não quero que se aproxime de mim e muito menos dela, e espero também que alguém te acerte um enorme soco na cara. - Ela disse agora levantando o seu tom de voz.

-Vai ficar de mal comigo então? - Ele perguntou encarando-a.

-Eu nunca pensei que você pudesse ser tão imbecil, tão canalha e sem escrúpulos! O que você fez é imperdoável. - Giovanna disse raivosa.

- Você está sendo infantil, Giovanna! - Disse seco.

-Quer saber? - Giovanna riu irônica. - Você é quem é a criança imatura da história. Não teve sequer coragem de olhar nos olhos dela e agora não tem coragem de olhar nos meus olhos. Você foi um moleque, Harry. Pode fingir que não tem mais uma irmã. - Ela disse e logo deu as costas para Harry, batendo a porta fortemente atrás de si. Harry suspirou antes de se pôr a chorar de novo, mas agora mais raivoso do que triste.

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Alguns dias depois, numa quinta-feira, dia onde comumente Paul dava aula de álgebra para Candy em sua casa, ela esperava poder conversar com ele melhor sobre o que houve. Estava nervosa, queria vê-lo, sentia sua falta, e a essa altura sua barriga parecia que ia explodir de tanto nervoso só de pensar que a qualquer momento ele chegaria e ela poderia tê-lo perto nem que fosse a última vez. Ela se encarava na frente do espelho até que a campainha de sua casa tocou fazendo-a pular de susto. Ela abriu um sorriso um tanto desesperado, como se sentisse dor só de pensar em vê-lo como um mero tutor. Candy ainda assim correu para a porta e parou na frente da mesma. Ela passou as mãos nos fios soltos do cabelo e respirou fundo antes de girar a maçaneta, mas quando abriu a porta seu sorriso logo se desfez ao avistar Jennifer com um enorme livro de álgebra apoiado nos braços finos.

-Jenny, o que faz aqui? Cadê o Paul? - Candy perguntou enquanto seu olhar buscava encarar todo o redor de Jenny a procura dele. Jennifer suspirou antes de dizer qualquer coisa.

-Desculpe, Candy, mas ele não quis vir. - Ela torceu os lábios demonstrando que se entristecia com isso também.

-E quando ele vem? - Candy perguntou como se não acreditasse no que Jenny havia acabado de lhe dizer.

-Candy, ele não vem mais...Me pediu pra ser sua tutora agora. - Jenny suspirou enquanto encarava os olhos azuis de Candy se encherem d'água. Quando Candy finalmente se deixou desabar e chorar, Jennifer apenas lhe estendeu o braço para que a mesma pudesse se aconchegar nele e chorar e ela assim o fez. - Sinto muito. - Jenny sussurrou enquanto Candy apenas chorava com o rosto afundado no colo dela.

*******************

O sol brilhava naquela segunda de manhã. O colégio estava todo concentrado no auditório principal onde ocorreria o debate entre os candidatos a presidência do grêmio estudantil. Presentes ali estavam os alunos e professores, assim como o diretor. Os alunos lotavam o local não por seu enorme interesse em decidir um futuro presidente de classe, mas pelos inúmeros conflitos que costumavam surgir quando dois candidatos acabavam batendo de frente, o que nunca aconteceu com Penny, é claro que sempre fora muito educada em suas respostas e perguntas. Todos se posicionavam em seus lugares e na primeira fileira de cadeiras do auditório os participantes das chapas se acomodavam.

-Bom dia, alunos e professores. - O diretor saudou a todos - Fico feliz com o comparecimento sempre pontual e numeroso dos alunos para o debate entre os candidatos do grêmio. Hoje é mais um dos momentos antes das eleições onde vocês poderão avaliar qual candidato mais lhe agrada e votar com consciência para a melhor representação dos seus direitos como alunos. É com prazer que eu inicio o debate. - Ele sorriu e todos rapidamente aplaudiram. - Vamos começar com a reapresentação dos candidatos. - Ele sorriu. - Da direita para a esquerda temos os candidatos: John Hill. - Ele disse fazendo todos aplaudirem. - Adam Holiday. - Poucas pessoas aplaudiram. - Rebecca Montoya. - Novamente alguns aplausos foram ouvidos - E Penny Robinson. - Agora todos aplaudiam novamente. - Nós deixamos uma caixa com sugestão de perguntas e as sortearemos para cada candidato nesta ordem. - Ele explicou fazendo gestos com as mãos. Robert logo retirou de uma enorme caixa com cadeados um pedaço de papel sorteado. - Primeira pergunta para a senhorita Robinson: Quais seus principais projetos para a melhoria estrutural do colégio? - Ele perguntou. Penny respirou fundo e sorriu.

-Minha chapa quer continuar melhorando o colégio estruturalmente através de projetos já anteriormente lançados, porém agora melhorados, quero investir na troca dos armários, pois alguns já estão velhos, arrecadar dinheiro através dos bailes e eventos para comprarmos cadeiras mais confortáveis para termos um melhor desempenho em sala de aula, assim como reformar as salas e os locais de uso pessoal como os vestiários e banheiros. - Ela respondeu pontual e logo foi aplaudida.

-Agora a pergunta para o senhor Holiday: O que pensa sobre o tempo de intervalo? - Ele perguntou antes de soltar uma risadinha.

-Essa é moleza. - Ele disse com um sorriso amarelo. - Acho que é pouco, nós precisamos aumentar isso aí, ninguém merece ter apenas meia hora pra comer, ir ao banheiro, paquerar, beber uma água, dar um role no campo, dar em cima de uma gata e não ter um tempo de sobra pra descansar antes de voltar pra aula. - A resposta dele fez todos os alunos e até mesmo alguns professores rirem.

-Obrigado, senhor Holiday, seu interesse é instigante. - O diretor falou entre os dentes. - Senhorita Montoya, o que nos diz sobre os uniformes de líder de torcida? - Ele perguntou, mas logo balançou a cabeça em sinal negativo enquanto todos os alunos caíam na gargalhada.

-Acho eles demais. - Ela disse fazendo todos encararem-na com o cenho franzido. Robert apenas suspirou.

-Tudo bem... - Ele disse entre os dentes. - Senhor Hill. - Ele chamou John que sorriu enquanto algumas garotas gritavam seu nome. - O que acha sobre as atividades propostas pelo colégio? - Perguntou.

-Bom, eu admiro o quadro de honras e medalhas do colégio, assim como admiro a diversidade de atividades, o que nos da um campo amplo de escolhas. Isso é essencial, principalmente para nós que estamos no último ano, pois as extracurriculares certas podem pesar no nosso currículo para a faculdade. - Ele sorriu ao término de sua resposta.

-Muito bem, senhor Hill. - O diretor sorriu pra ele. - Bom, agora vamos para a rodada onde vocês podem vir ao microfone e perguntar diretamente ao candidato de sua escolha. - Rapidamente alguns alunos formaram fila para a rodada de perguntas diretas. Uma menina doce subiu ao palco. - Penny, eu queria saber qual a importância que as atividades de arte têm pra você. - Ela perguntou fazendo Penny sorrir leve e encarar John.

-Bom, eu acho as artes pontuais para o extravasamento das emoções e da criatividade dos alunos, elas nos permitem estar aonde quisermos e viajarmos para lugares só nossos. As artes nos permitem isso, e por isso eu simplesmente apoio e até acho que precisamos investir mais nisso. - Ela sorriu ao responder. John não pôde conter o sorriso também.

-John, você acha que é importante investir nos alunos estrangeiros? - Perguntou um rapaz.

-Claro que sim, afinal temos que ser amigáveis, isso nos lembra a política da boa vizinhança. - Ele sorriu. - Além disso, nós temos alunos brilhantes que vem de intercambio e nos ensinam muito no que diz respeito a cultura e a língua, então eu acho ideal investirmos nisso. - Ele respondeu.

-Você tem algum projeto pra isso? - Um outro garoto perguntou.

-Sinceramente não, mas essa pergunta me fez perceber que isso é algo para se trabalhar. - Disse.

-E você, Penny, estamos acostumados com suas promessas. São sempre as mesmas, o que tem de novo? - Perguntou o mesmo rapaz.

-Bom, eu compreendo sua frustração por ver projetos parecidos, mas o importante é quando os projetos são postos em prática e é isso o que eu tenho não somente buscado, mas feito nesses três anos em que tive o privilégio de ser presidente. - Ela respondeu num tom firme que lhe rendeu longos aplausos.

-Isso aí, Penny! - Ela ouviu um grito vindo da plateia e acenou para todos com um enorme sorriso.

-Agora, conforme o nosso regulamento, os candidatos com maior número de votos vão fazer um debate entre eles, onde ambos farão respostas um para o outro. - Ele disse. Logo Penny e John se posicionaram ficando frente a frente.

-John, qual a sua posição no que diz respeito a importância do grêmio? - Ela perguntou pontual.

-Bom, Penny, certamente é importante que os alunos sejam bem representados. - Ele disse seco.

-Não acha que isso já estava acontecendo nesses três anos em que sou presidente de turma? - Ela perguntou.

-Não. - Ele disse sem dar importância. Logo Penny franziu o cenho. - Me desculpe, mas acho que o grêmio precisa de mais do que uma candidata que só pensa em si mesmo. - John disse lendo seu papel em mãos. Não fora ele quem escreveu aquilo, e sim seus parceiros de chapa e ele era obrigado a levar em consideração os pontos de todos. Não era assim, nunca diria isso e estava se odiando tendo que dizer. Por mais irritado que estivesse com Penny naquele momento nunca falaria tais coisas, sabia o quanto era importante pra ela vencer e respeitava isso. - Vai me dizer que não é verdade que o que te importa é conseguir vencer pra ir pra faculdade e por isso alguns de seus projetos nunca foram verdadeiramente levados a frente como, por exemplo, as tais mudanças dos armários. - Disse.

-Não é tão simples assim. Nem todos os projetos que fazemos são aprovados pelo diretório acadêmico e pelo diretor, por isso estamos nos aperfeiçoando da melhor maneira possível. - Ela se explicou.

-E sobre sua resposta em relação as artes no colégio, eu quero perguntar: A quantas exposições de semana das artes do colégio você veio prestigiar os alunos que se envolvem e dão tudo de si para desenvolver projetos incríveis? - Ele disse fazendo-a ficar assustada.

-Bom... eu, eu... - Ela gaguejou e ele logo a cortou.

-Eu e minha chapa respondemos pra você: Nunca. - John disse sem encará-la diretamente. - Sua campanha é totalmente baseada na sua zona de conforto e no seu futuro. Se bem me lembro é isso que Cambridge exige para direito. Participação em atividades políticas do ensino médio. - Completou fazendo os olhos dela se encherem d'água.

-Pra quem disse que isso não era importante pra você como era pra mim, você está se saindo muito bem me atacando pra vencer. - Ela disse e logo voltou para seu lugar deixando algumas lágrimas lhe escorrerem pelo rosto.

-Obrigado senhores. - Disse o diretor enquanto John voltava para o seu lugar. - Cada um dos candidatos pode vir fazer suas considerações finais. - Ele disse. Os dois candidatos menos votados foram a frente e fizeram um discurso breve que renderam apenas algumas gargalhadas por parte do publico. John foi a frente finalmente.

-Eu quero agradecer a todos que tem demonstrado confiança em mim através das pesquisas e dizer que irei me empenhar para ser um bom presidente de turma para todos vocês. Espero poder continuar agradando e mostrando a vocês que meus projetos serão postos em prática da melhor maneira possível. Enfim, obrigado. - Ele disse e logo recebeu aplausos. Calmamente Penny se dirigiu ao púlpito e respirou fundo.

-Bom, primeiramente eu queria esclarecer as acusações feitas pelo meu concorrente. Eu estou sim pensando no meu futuro, mas não apenas isso. Penso no meu futuro tanto quanto penso em vocês e neste colégio. Eu amo esse lugar, e não é a toa. Eu vivo numa família perfeita que exige de mim ser a melhor em tudo, o que me tornou controladoramente competitiva. Aqui é o único lugar onde não me sinto pressionada, onde posso sentar e conversar, onde posso sorrir, contar piadas, ser quem eu sou. Esse lugar se tornou mais a minha casa do que a minha casa de verdade, e as pessoas do grêmio se tornaram a minha família. Eu quero melhorar esse lugar como gostaria de melhorar o meu quarto, quero agradar vocês como quero agradar meus pais e meus irmãos mais velhos. - Penny sorriu. - Eu espero que isso fique claro e que vocês possam novamente confiar em mim para me reeleger como sua presidente. Muito obrigada. - Ela disse e logo uma chuva de aplausos soou no auditório.

-Muito obrigado a todos. - Disse o diretor. - Encerramos assim o debate e agora podemos todos, alunos e professores retornar as aulas. - Ele disse e ouviu uma grande vaia vinda dos alunos. - Silêncio. - Pediu. Aos poucos todos os participantes do debate iam saindo do ginásio. John correu até Penny que o encarou com lágrimas nos olhos.

-Quero deixar claro que fui forçado a dizer aquelas coisas. - Ele disse fazendo-a rir ironicamente.

-Tudo bem, John, eu vou fingir que acredito. - Ela disse seca antes de lhe dar as costas, mas ele logo segurou seu braço fazendo-a se virar pra ele novamente.

-Por favor, acredite em mim, você sabe que eu nunca faria nada pra te magoar, você sabe que eu gosto de você demais pra isso. - Ele explicou fazendo a expressão dela se conformar um pouco.

-Eu sei. - Ela disse. - Tudo bem, olha, me desculpe é que você pegou pesado, mas acho que depois do modo como eu falei no dia daquela confusão eu até mereci que você me tratasse como sua adversária apenas, como eu fiz com você. - Ela sorriu torto.

-Nunca vou te ver como minha adversária, tem muita coisa que conta pra mim antes disso. - John sorriu.

-Você se saiu bem hoje, e está na frente nas pesquisas. - Penny sorriu sincera. - Bom trabalho. - Disse.

-Depois de hoje devem me achar um imbecil e você conquistou a todos com seu discurso final. - Ele sorriu.

-Penny! - Matthew disse se pondo atrás dela. John rapidamente fechou a cara num gesto irritado. - Que perfeito imbecil que você é, cara, se eu tivesse em cima do palco quebrava a sua cara pelas coisas que disse. - Ele falou diretamente pra John que franziu o cenho.

-Para, Matthew! - Disse Penny tentando se soltar dele para acalmá-lo.

-Não, meu amor, ninguém fala assim com a minha namorada e sai ileso. - Disse.

-E você vai me bater? - John perguntou antes de rir ironicamente com as mãos no bolso. - Como pode namorar um cara desses? - Perguntou.

-Ela tem bom gosto, Hill, e você realmente acha que ela me largaria pra ficar com você? - Matthew agora riu fazendo John partir pra cima dele. Rapidamente os dois estavam em meio a socos, atracados no chão enquanto Penny gritava por ajuda. Rapidamente alguns garotos apareceram e seguraram ambos. - Você é um babaca! - Matthew disse irritado enquanto sentia o sangue escorrer de seu nariz machucado.

-Já chega! - Penny disse irritada. - Matthew, eu não preciso da sua defesa, tá legal? E John, por favor vai embora. - Ela disse fazendo John franzir o cenho.

-Quer saber, ele está certo. - John disse fazendo Penny encará-lo. - Sou mesmo um idiota de pensar que você poderia ficar comigo. - Completou agora se soltando dos braços que tentavam controlá-lo. Ele caminhou até a saída do auditório dando uma corridinha. Penny tentou chamá-lo em vão e bufou. Ela se virou pra Matthew que sorria.

-Ele me machucou. - Disse irritado. - Mas tudo bem, meu amor, eu machuquei ele também. Vamos sair daqui, que tal irmos a um bom restaurante, não se esqueça que temos que listar as melhores faculdades de direito e economia do país, temos que mandar os nossos currículos pra todas, pra podermos escolher Cambridge e deixar as outras morrendo de inveja. - Ele riu fazendo Penny se irritar.

-Já chega. - Ela disse fazendo ele encará-la. - Eu não sou sua namorada, eu não sou seu amor, eu não quero sua defesa, e nem quero pensar no nosso futuro porque eu e você não temos futuro. Acabou. - Ela disse seca fazendo ele franzir o cenho.

-O que deu em você? - Ele perguntou confuso. - Nem parece a Penny que eu conheço. - Ele disse.

-É talvez você esteja certo, Matt, eu não sou mais essa garota, eu to cansada dessa pressão toda que você, meus pais e seus pais colocam nos meus ombros. Eu amo o grêmio, eu amo essa escola e estou fazendo isso por ela e não por mim mais. - Ela discursou fazendo-o rir irônico.

-Esse discurso pode colar em cima do palco, mas eu te conheço e sei que você realmente só quer isso pra poder passar pra faculdade. - Ele disse fazendo-a rolar os olhos.

-Você está errado. Não me conhece, nunca me conheceu, porque eu passei esses quatro anos com você fingindo ser quem eu não sou, sendo quem meus pais queriam, quem você queria, mas admita, Matthew, eu não sou a garota perfeita, não teremos um emprego e uma família perfeita, porque nada é perfeito, e eu acho que o melhor que eu tenho a fazer agora é viver um dia após o outro. - Ela disse fazendo-o gargalhar.

-Penn... - Ele chamou fazendo-a encará-lo. - Pare com isso, meu amor, vem cá, sei do que está precisando, você precisa distrair sua mente, que tal pegar mais uma extracurricular, fiquei sabendo que o clube de história geral está precisando de ajuda na feira da renascença, você sabe que esse baile seria ideal pra você se manter na frente das pesquisas. - Ele disse e agora quem riu foi Penny.

https://www.youtube.com/watch?v=XKiUcTvr-TQ - Escute Give your heart a break, Glee.

-Me deixa em paz. - Ela disse dando as costas pra ele. - E me faz um favor, avisa aos seus pais que eu odeio bolo de carne e que aquele purê de frutas cristalinas da sua mãe é nojento e ao contrário do que vocês pensam, sim ele engorda porque leva batata. - Ela rolou os olhos antes de suspirar aliviada. - Eu sempre quis dizer isso. - Ela riu. - Outra coisa e essa é pra você, para de cortar seu cabelo assim, parece uma cópia ridícula do Justin Bieber com topete e seu corte de cabelo não vai ser levado em conta na hora da entrevista pra faculdade. E caso você vá relatar isso pros meus pais avisa a eles que a filha perfeita foi embora, e que a partir de agora quem decide o meu futuro sou eu. Eu nunca quis fazer direito, eu sempre quis fazer relações internacionais, por isso que eu sou louca por história, geografia e línguas estrangeiras, ou vocês acham que eu precisava de tudo isso pra direito? - Ela riu. - O grêmio é ideal pro meu futuro sim, mas não por conta do direito e sim porque embaixadores precisam saber algo sobre liderança e tomada de decisões. - Completou.

-Você está irreconhecível. - Ele disse fazendo-a sorrir. Ela caminhou até ele e estendeu sua mão.

-Prazer, meu nome é Penny Marie Robinson, mas a verdadeira. - Ela disse antes de sorrir e correr até a porta de saída do auditório. Ela agora procurava por John em todos os lugares onde seus olhos alcançavam. Era difícil, tinha muita gente passando e querendo cumprimentá-la pelo debate, mas ela apenas queria passar por cima de todos e falar com ele. Quando ela passou pela porta do clube de artes, parou na frente do mesmo, mas antes de abrir a porta ouviu a voz de Spencer falando com John.

-Então vai mesmo desistir dela? - Spencer perguntou sorrindo torto.

-Se ela não me aceita dessa forma então chega de insistir. Não gosto de ficar dando murro em ponta de faca. - Ele sorriu.

-Então é oficial... - Spencer disse se sentando ao lado dele. - John Hill vai partir pra outra finalmente. - Ela riu fazendo-o rir também.

-Estou conformado, na verdade to até começando a achar que não era exatamente ela que eu queria, tem tantas opções até melhores por aí. - Disse. Spencer estava atenta as palavras dele, assim como Penny que tinha lágrimas nos olhos agora. Burra. Pensou ela de si mesma. Demorou demais pra perceber que ele tinha razão, e agora ele tinha desistido dela. Antes de se mover ou fazer qualquer coisa ela voltou novamente seus ouvidos e sua atenção para aquela conversa.

-Por que você não me dá uma chance então? - Spencer riu enquanto John a encarava. - Posso te mostrar exatamente o que está procurando só que com menos confusões. - Completou.

-Foi exatamente o que eu pensei. - Ele disse fazendo os olhos de Penny se arregalarem. - Quer dizer, você sempre me deu essa hipótese e insistiu nisso, eu fui burro de não ter tentando, acho que foi essa droga de zona de conforto, mas é a minha melhor escolha. - John disse carinhoso fazendo Spencer sorrir.

-Isso alegra meus ouvidos. - Ela riu e ele também. - Você sabe que precisa dar essa chance, me dê essa credibilidade você merece isso, merece ter tudo isso que sente e expõe sendo reconhecido e correspondido, como você disse, chega de bater cabeça numa coisa que não vai dar certo. - Ela passou a mão no rosto dele apertando suas bochechas, o que o fez rir.

-Pois é, você tem razão e eu confesso que to curtindo a ideia. Estou oficialmente em outra agora. - Ele sorriu antes de se levantar e abraçar forte Spencer que acariciou suas costas. - Obrigado por fazer isso por mim, não imagina como é importante pra mim! - Ele sussurrou agora. Penny apenas secou as lágrimas e saiu caminhando do jeito mais silencioso que pôde. Não olhou pra trás, não voltou, não buscou entender, apenas queria ir embora.

-Vai ser importante pra mim também, acho ideal entrar na faculdade já conhecendo alguém, e sendo você vai ser divertido, faremos artes juntos. - Spencer deu uma piscadela marota pra ele.

-Pois é, eu já devia ter te ouvido mesmo, agora vejo isso claramente, a Columbia tem um programa incrível de artes. - Ele disse empolgado.

-Pode deixar que eu vou falar o mais rápido possível com esse amigo dos meus pais e ele com certeza virá na exposição de arte então temos que nos empenhar muito porque se ele gostar você estará dentro. - Ela sorriu.

-Você é incrível, Spencer, por que não te ouvi antes? - Ele riu.

-Você faz o estilo cabeça dura. - Ela riu também. - Agora eu tenho que ir, tenho um encontro, e não é com os livros. - Ela agora deixou uma gargalhada escapar contagiando ele. Sem se aproximar dele ela apenas lhe acenou e caminhou até a saída. Deixando-o ali sozinho.

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https://www.youtube.com/watch?v=IPWpRwWTnh0 - Escute Wherever you will go, The Calling.

No dia seguinte Duan adentrou cuidadosamente a casa de Harry. Tudo estava zoneado. Livros e revistas jogados pelo chão assim como algumas peças de roupa. A TV estava ligada num volume alto e a cozinha, particularmente estava de pernas pro ar. Cuidadosamente, Duan subiu as escadas para finalmente chegar diante do quarto de Harry onde o mesmo estava jogado sobre a cama, acordado, porém com uma expressão péssima.

-Hazz - Chamou Duan fazendo-o encará-lo.

-Não dormi a noite toda, briguei com a casa inteira porque queria ligar pra ela e me desculpar, dizer que a amo e que já estava com saudades. Eu tentei beber, mas bebi tanto que passei mal, então tentei comer uns doces, mas quase incendiei a cozinha porque entrei num transe vendo uma comédia romântica na TV e esqueci uma torta no forno. - Ele disse fazendo Duan sorrir de leve.

-Eu disse que se arrependeria. - Duan se encostou no batente da porta.

-Grande coisa, isso só piora tudo, antes eu fosse um canalha imbecil e não desse a mínima pra tudo isso. Não estaria sofrendo tanto. - Harry disse se levantando.

-Você está com um cheiro péssimo. - Duan comentou levando uma das mãos ao nariz para tapá-lo.

-Devo ter esquecido de mencionar que vomitei todo o meu banheiro. - Completou antes de soltar uma risada. - Eu sou bizarro mesmo. - Disse fazendo Duan rir.

-Giovanna te odeia. - Duan disse fazendo-o bufar.

-Eu sei, ela veio aqui e deixou isso bem claro, isso é uma merda porque a verdade é que um número enorme de pessoas me odeia agora. - Ele disse.

-Mamãe quer saber o que você fez, ela disse que há anos você e Giovanna não brigavam desse jeito a ponto dela dizer pra não te deixarem entrar no quarto dela. - Duan riu.

-Ela me delatou pra mamãe? - Harry franziu o cenho. - Ela quer me queimar mesmo. - Completou. - Você falou com a Dianna? - Perguntou.

-Ainda não. - Duan torceu os lábios. - Eu to criando coragem pra fazer isso pra ser sincero. - Completou.

-Preciso saber como ela está. - Harry disse coçando os olhos.

-Péssima. - Duan respondeu fazendo-o bufar. - Giovanna disse que ela chorou demais ontem e por isso que ela está tão irritada com você, porque viu o quanto ela está sofrendo. - Duan disse.

-Queria morrer. - Harry disse. - Causaria menos sofrimento pra ela. - Se jogou novamente na cama.

-Não tenho tanta certeza, você sabe que ela ama você, e eu tenho certeza de que ela não consegue te odiar nem mesmo depois disso tudo. - Ele sorriu.

-De que isso adianta, Duan? - Harry riu irônico. - Eu vou ter que olhar pra ela todos os dias nas aulas e tratá-la com indiferença, como se eu não a amasse, isso é torturante pra mim, eu não consigo nem imaginar em não chamá-la de meu amor e tocá-la e beijá-la. - Ele disse fazendo Duan suspirar.

-Você escolheu, Hazz, infelizmente vai ter que fazer isso agora. - Duan sorriu torto. - Eu tenho que ir agora, depois a gente se fala, irmão, qualquer coisa me ligue, eu quero ver se passo na Dianna ainda hoje e te digo tudo o que conversarmos. - Ele piscou pra Harry que sorriu torto.

-Obrigado, irmão. - Harry disse sorridente.

-Agora vê se vai tomar um banho e dá um jeito nessa casa. - Duan riu fazendo-o rir também. - Está deplorável. - Completou.

-Cale a boca! - Harry gritou quando Duan já estava do lado de fora do de seu quarto, descendo de forma barulhenta as escadas. Ele então se jogou novamente sobre a cama para encarar o vazio. Não conseguia ligar pro seu estado, tampouco para o da casa, só queria saber dela, só queria ter o poder de ler a mente dela, mas talvez em meio as circunstancias isso seria uma opção potencialmente ruim. Era difícil pensar que ela podia odiá-lo agora, mas ainda assim levaria isso adiante.


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Notas do capítulo:

E aí pessoal? Gostaram? Choraram? Como foi???

Eu fico particularmente desolada com o fim de Candy e Paul e de Dianna e Harry, mas vamos ver o que nos reserva depois!
E a Penny e o John ein? Será que vão se entender.

Conforme eu havia dito, depois desse capítulo eu vou dar um tempo até postar os próximos. Vou dar um espaço de tempo maior entre eles, mas prometo que vou continuar postando! Usem a imaginação de vocês, como eu disse o próximo capítulo que vem por aí é "Surprise, I love you!" Será que vai ter gente declarando seus sentimentos? O que vocês acham? Pensem, e aguardem até eu postá-lo. Nesse período, não deixem de recomendar aos amigos para que leiam The Last Year! Pois quanto mais visualizações, curtidas, etc tiver a história, mais empolgada eu fico pra continuar logo postando os capítulos, então cheguem nos amiguinhos e digam "vai ler agora The Last Year, e curte e comenta os capítulos tambéeeeeeem!!!!" hahaha, brincadeirinha, mas se estiverem gostando, não deixem mesmo de interagir pelos comentários (eu respondo a todos com o maior prazer), não deixem de curtir pois isso me ajuda muito a ter uma noção do que estão achando, e não deixem de recomendar e indicar as pessoas que vocês conheçam e que acham que gostem desse estilo de história.

Espero que tenham gostado desse capítulo. Curtam e Comentem!!!

Nos vemos em breve!!! Até o próximo capítulo (que ainda não sei quando vou postar, mas vai demorar um tempinho)

Beijooooooos a vocês e MUITO MUITO MUITO obrigada aos que estão acompanhando e se emocionando junto com The Last Year. Vocês são essenciais! Bjoooos da Yaaaas!!!


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