The Last Year

By yacamacho

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O ensino médio pode trazer mais emoções e experiencias do que todos acreditam, no Seattle High School especia... More

Capítulo 1 - Welcome to High School
Capítulo 2 - Party!
Capítulo 3 - She will be loved
Capítulo 4 - The first dance.
Capítulo 5 - Trick or Treat
Capítulo 6 - Thanksgiving Day
Capítulo 7 - A merry Merry Christmas
Capítulo 9 - Broke up.
Capítulo 10 - Surprise, I love you!
Capítulo 11 - Listen to what I have to say
AVISO
Capítulo 12 - The end of sovereignty ( O fim da soberania)
AVISO/PERGUNTA
AVISO 2
Capítulo 13- A love unlike
Capítulo 14 - Like a lilies
Pedido//Aviso
Capítulo 15- Somewhere in paradise - PARTE 1
Capítulo 15 - Somewhere in paradise - PARTE 2
Capítulo 15 - Somewhere in paradise (PARTE 3)
Capítulo 15 - Somewhere in Paradise - PARTE 4
Capítulo 16 - Please, I'm sorry!
Capítulo 17 - SOS - parte 1
Capítulo 17 - SOS - Parte 2
SOS - Parte 3
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 1
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 2
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 3
Capítulo 19 - Nationals! - Parte 1
Capítulo 19 - Nationals! Parte 2
Aviso - LEIAM POR FAVOR
Capítulo 20 - It's time to say goodbye - PARTE 1
Capítulo 20 - It's time to say goodbye - PARTE 2
Capítulo 21 - I think I wanna marry you - PARTE 1
Despedida da Ya
Capítulo 21 - I think I wanna marry you PARTE 2 - FINAL
VOCÊS SABIAM?

Capítulo 8 - It's a new year!

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By yacamacho

Sr Robert andava pelos corredores, acompanhado de um ilustre senhor de cabelos brancos, e óculos grandes que escondia as rugas. Os dois adentraram a sala do quarto ano que fazia no momento a aula de química. O traje formal do senhor fez com que a atenção de todos os alunos, inclusive a de Harry se direcionassem a ele.

-Bom dia, alunos, bom dia, professor Evans! - Disse Sr Robert, sorrindo encostado na porta.

-Bom dia! - Harry respondeu sozinho - Onde fica a educação? - Perguntou aos alunos distraídos.

-Bom dia. - Responderam em coro baixo, ainda prestando atenção no senhor grisalho.

-Bom esse é o Sr Andrews, ele é o novo psicólogo do colégio, e está fazendo um trabalho com todas as turmas, e é claro que eu quis começar pela turma mais problemática, o último ano - Sr Robert sorriu cruzando os braços - Se importa que eu interromper a aula, professor Evans? Gostaria que também participasse, é importante para o bem da escola! - Completou o diretor se aproximando de Harry que apenas balançou a cabeça em sinal positivo.

-Bom dia turma, meu nome é Edward Andrews, podem me chamar de Sr. Andrews, e eu sou o novo psicólogo do colégio como disse o diretor. Bom, eu gostaria de avisar a todos que estou a disposição para falar de qualquer tipo de problema, desde os que considerem mais fúteis e pequenos como brigas com o namorado popular, amores não correspondidos, até problemas com os pais e entre professor e aluno. - Ele riu fazendo Dianna e Harry arregalarem os olhos por um minuto. - Tudo bem, professor Evans?

-Eu? É, tudo bem. - Harry sorriu sem graça.

-Como se sente agora? - Perguntou Edward.

-Bom, me sinto feliz e bem, acho que é isso. - Harry sorriu de lado.

-Parece nervoso. - Sr Andrews sorriu para Harry como se fosse possível perceber algo no ar.

-Bom. - Harry gaguejou olhando para Dianna que abaixou a cabeça. - Eu estava pensando que esqueci de levar a prova deles pra tirar cópias. - Harry riu tentando disfarçar.

-Entendo. - Sr Andrews disse ainda desconfiado.

-Isso é uma bobeira. - Disse Belatrix. - Não sei pra que precisaríamos de terapia, eu pelo menos tenho uma vida ótima. - Ela sorriu angelicalmente.

-A terapia pode ajudar muito a encarar a vida de uma forma melhor, ser mais sociável. - Edward disse sorridente.

-Acho que eu não preciso disso. - Ela riu. - Assim como acho que psicólogos são coisas pra malucos sensíveis. - Ela falou de forma ignorante fazendo Edward ignorá-la.

-É sempre difícil lhe dar com jovens. - Ele sorriu para Harry.

-Me desculpe por isso. - Pediu Harry.

-Tudo bem não há importância. Já foi o suficiente por hoje. Obrigado pelo tempo e pela ajuda, Sr Evans. - Edward apertou a mão de Harry e deu adeus aos que ainda permaneciam em sala.

-Bom, o nosso tempo se esgotou então não tem mais como dar aula hoje, vocês estão liberados. - Harry sorriu. Todos começaram a se levantar para sair da sala. As meninas saíram juntas, conversando e Dianna saía logo em seguida, porém Harry chamou-a antes dela conseguir pisar fora da sala.

-Dianna! - Exclamou Harry com os olhos brilhando.

-Sim... - Dianna sorriu antes de se virar para Harry.

-Quero aproveitar esse tempo pra te levar num lugar, será que você gostaria de vir? - Perguntou Harry se aproximando fazendo com que Dianna sorrisse.

-Claro. - Ela mordeu os lábios.

-Então vem! - Harry pegou Dianna pela mão e antes de sair da sala olhou para os lados para ver se o corredor estava vazio. Ele levou Dianna pela mão até uma escada empoeirada na ala pouco visitada do colégio, onde ficavam apenas os aparatos antigos de bailes, cadeiras e mesas quebradas, materiais de limpeza, dentre outros objetos pouco utilizados.

-Que lugar é esse? - Perguntou Dianna assustada enquanto observara tudo a seu redor.

-Aqui embaixo é realmente assustador, mas não é o que eu quero te mostrar ainda. - Harry sorriu subindo o primeiro degrau da escada.

Os dois subiram alguns longos lances de escada até que chegaram a uma pequena porta amarelada devido à poeira e a umidade. Harry com apenas uma das mãos empurrou-a. Ao abrir da porta Dianna avistou um lindo jardim a céu aberto, com milhares de flores de diversas espécies e cores.

-É o telhado? - Dianna sorriu, com os olhos observando tudo com graciosidade.

-Sim, descobri isso no primeiro dia de aula quando me perdi na hora de ir embora, e desde então gosto de vir aqui pra pensar, refletir, estudar, enfim, é o meu espaço secreto. - Harry sorriu se aproximando de Dianna.

-E por que queria me trazer aqui? - Dianna sorriu quando ele pegou em suas mãos.

-Pra ser sincero, é porque eu conheci uma linda jovem na segunda semana de aula, e me encantei por ela, passei o natal e o fim de ano todo tentando beijá-la, mas não consegui. - Harry riu fazendo Dianna corar. - Pensei que esse lugar era especial pra falar algumas coisas que sinto a ela. - Disse.

-Ela vai gostar de ouvir. - Dianna soltou-se das mãos de Harry e caminhou até a ponta do telhado.

https://www.youtube.com/watch?v=qU4wxPw6t_g - Escute Lego House, Ed Sheeran.

-Desde que eu te vi pela primeira vez eu simplesmente não queria parar de olhar pra você de estar perto de você. Eu não consegui conter a enorme vontade de saber mais sobre você, de ter a oportunidade de mostrar pra você quem eu sou. Eu me apaixonei desde o primeiro momento em que te vi, Dianna e isso só aumentou cada vez mais quando eu fui vendo a mulher maravilhosa que você é. - Harry sorriu de lado mexendo em algumas flores.

-Você disse que era insano! - Dianna riu sem olhar Harry.

-Você é a minha insanidade. - Harry se aproximou por trás de Dianna que se virou para ele.

-Sabe o significado de insanidade? - Dianna levantou a sobrancelha fazendo uma careta engraçada.

-Insanidade: ação que revela falta de juízo, de bom senso. - Harry sorriu de lado se aproximando ainda mais de Dianna, porém com as mãos para trás.

-Insano significa aquele que não tem saúde mental, que está alienado, doido, louco. - Dianna o olhou com intensidade, fazendo-o retribuir com um belo sorriso.

-Insensato, doido, pode me chamar do que for. Talvez você afete minha saúde mental. - Harry tirou uma rosa vermelha de trás das costas e deu para Dianna. - O que importa é que isso é a melhor coisa que eu já senti na minha vida! - Harry sorriu e vagarosamente se aproximou de Dianna e acariciou seu rosto. - Eu amo você. - Disse sorrindo agora com seu nariz encostado no dela. Dianna sorriu.

-Eu também te amo, Harry. - Dianna podia sentir um arrepio percorrer em todo o seu corpo ao sentir as mãos de Harry descerem pelo seu braço até alcançarem sua cintura. Ele puxou seu corpo para mais perto do dele enquanto sua outra mão subia vagarosamente até a nuca de Dianna. Ela delicadamente ergueu os dois braços, abraçando seu pescoço. Ele estava em transe. Aqueles olhos verdes e brilhantes olhavam diretamente nos dele, e parecia que ela tinha o poder de dominá-lo na palma de sua mão. Finalmente depois de tocá-la com todo o seu amor Harry deixou seus lábios encostarem no dela. Eles finalmente se beijaram.

**************************

Penny estava na sala do grêmio, remexendo alguns papéis. Ela encarava o relógio ansiosamente. Não entendia bem o porque, mas queria ver John. O natal havia sido completamente insuportável pra ela, tendo que ouvir seus pais assim como os pais de Matthew falarem sobre o quanto era importante eles estarem juntos, pois eram perfeitos um para o outro. Ela ainda gostava dele, era verdade, mas não sabia exatamente o que significava pra ele. Quando o viu no baile pisando em seus sentimentos começou a se questionar sobre o que ele realmente esperava dela, amor ou uma mera aprovação de seus pais. Quando John finalmente entrou na sala ela se levantou animada pronta para cumprimentá-lo, mas seu sorriso logo se fechou ao avistar uma menina com ele. Era Spencer Logan, uma menina linda de cabelos cacheados e negros, e olhos claros. Os dois riam em meio a uma conversa confusa demais para Penny que apenas os encarava.

-Boa tarde, Penny. - John sorriu simpático.

-Oi. - Ela disse encarando Spencer que lhe sorriu também.

-Essa é a Spencer, ela vai ser minha secretária de campanha. - Ele explicou fazendo Penny sorrir falso em cumprimento a Spencer.

-Que legal. - Ela disse seca

-Você vai adorá-la ela é incrível super organizada, como você. - John sorriu fazendo Spencer sorrir.

-Vai me deixar mal acostumada! - Spencer disse com as bochechas coradas.

-Você sabe que é verdade. - John respondeu num tom carinhoso. Penny encarava tudo aquilo com uma expressão incomodada. Aqueles sorrisos, aquelas palavras e elogios cheios de "puxa-saquismo" eram irritantes demais pra ela.

-E então, vocês se conhecem a muito tempo? - Penny perguntou enquanto encarava Spencer de cima a baixo. Não podia negar, ela era linda e aparentemente inteligente, também não podia dizer que elas duas não tinham características em comum, a começar pelo modo independente de falar. Spencer com aquela saia xadrez e uma blusa despojada em cima de seu salto alto escarpam parecia ainda mais charmosa que Penny em seu look presidencial. Sempre odiou secretárias, eram sempre as amantes dos grandes chefões em filmes e não estava disposta a enfrentar isso agora. Droga, estava com ciúme?

-Nos conhecemos do clube de artes. - John disse sorridente. - Penny você devia ver as pinturas que ela faz, isso quando ela não serve de modelo para alguns quadros nossos. - Ele levou as mãos aos bolsos encarando Spencer que sorria.

-Ele está exagerando. - Spencer explicou.

-Ela está sendo modesta. - Ele riu.

-Imagino que sim. - Penny disse entre os dentes.

- Bom, agora que vocês já se conhecem podemos ir, Spence. - Ele disse fazendo-a assentir.

-Aonde vocês vão? - Perguntou Penny franzindo o cenho.

-Vamos verificar alguns números da campanha. - Spencer respondeu por John que apenas sorriu. - Tchau, Penny, foi um prazer conhecê-la. - Ela disse enquanto Penny ainda os encarava. John apenas acenou pra ela que permaneceu ali furiosa. Ela olhou a porta para constatar se não havia ninguém ali para poder pegar a ficha curricular de Spencer dentro das pastas de John. Ela leu com atenção cada linha. - Clube de artes, extracurricular de biologia, geopolíticas e física, clube de teatro e clube de história greco-romana. - Ela arregalou os olhos enquanto lia aquilo. - Nem eu faço tanta coisa, essa garota é a mulher maravilha? - Ela disse irritada.

-Penny? - Rachel apareceu fazendo-a pular.

-Oi, Rach... - Ela rapidamente guardou as folhas nas pastas de John.

-Penny, não me diga que estava olhando a campanha do John. - Rachel disse franzindo o cenho.

-Não, eu só estava procurando uns contatos de uma gráfica pra fazer o meu slogan, ele disse que estava ali, mas eu não achei, depois peço pra ele pegar. - Penny sorriu.

-Entendi. - Rachel sorriu. - Eu só vim perguntar se você vai precisar que eu faça alguma coisa pra campanha hoje... - Rachel disse fazendo cara de sabida.

-Você é mesmo a melhor secretária de campanha do mundo, não é? - Penny sorriu fazendo Rachel corar. - Mas não, eu já adiantei a papelada e entreguei pro diretório acadêmico, também já preparei meu discurso para o debate da semana que vem e estou treinando pras perguntas que possivelmente serão feitas. - Penny suspirou. - Só preciso que você mande os folhetos com os ideais da nossa campanha pra gráfica o quanto antes. - Completou.

-Tudo bem. - Rachel sorriu. - Estamos bem adiantados, não é? - Perguntou se sentando ao lado de Penny.

-Pois é, ainda bem que eu usei as férias para deixar tudo esquematizado, ah e você se lembrou de pegar os números da campanha? - Perguntou.

-Claro. - Rachel respondeu. - Estão aqui. - Ela tirou da bolsa. Penny deu uma olhada e logo bufou. - Ainda estamos empatados. - Reclamou.

-Relaxe, se continuar neste ritmo estamos garantidos. - Rachel disse carinhosa. - Eu vou agora levar isso pra gráfica. - Disse se levantando. Ela estava caminhando até a porta, mas Penny a chamou fazendo-a se virar pra ela com o olhar atento.

-Você acha que eu faço muitas coisas? - Penny perguntou.

-Faço sua campanha há quatro anos e sinceramente nunca conheci alguém que faz tanto quanto você. - Rachel riu. - São quantas atividades mesmo além do Grêmio? - Perguntou.

-Quatro. - Penny sorriu. - Mas o clube de francês não conta porque é um hobbie. - Respondeu.

-Ta, mas e a extracurricular de história, geopolítica e o clube de debate? - Perguntou Rachel sorrindo.

-É talvez você tenha razão. - Penny riu.

-Agora eu já vou indo, se precisar me ligue. - Rachel deu uma piscadela pra Penny que apenas sorriu e logo saiu fechando a porta atrás de si.

****************

-Can! - Paul chamou-a quase num sussurro.

-Oi! - Ela o abraçou e em seguida depositou um beijo em seus lábios finos. - Estava com saudade. - Ela disse olhando ao redor. - Vamos pra onde? - Perguntou entrando rapidamente no carro dele que estava estacionado há duas esquinas do colégio para que ninguém os visse.

-Pensei em irmos ao Hard Rock Café do outro lado da cidade. - Paul deu uma piscadela antes de beijá-la novamente.

Nesse momento Melanie e Lucy passavam juntas conversando. - É sério, esse ano está uma droga, parece que ninguém tem nada a esconder de mim. - Melanie disse até avistar o carro de Paul parado. - Ei...espera. - Ela disse.

-O que houve? - Lucy arqueou a sobrancelha.

-Aquele ali é o carro do Paul? - Ela perguntou. Lucy apenas balançou a cabeça em sinal de positivo. - Quem está no carro com ele? - Melanie se aproximou de forma disfarçada para poder olhar mais de perto e tentar identificar a pessoa que estava com Paul dentro do carro.

-Melanie, vamos embora, deve ser uma namorada, e dai? - Lucy disse.

-Espera! - Melanie disse arregalando os olhos. - Eu vi alguém usando aquela pulseira hoje. - Melanie disse ao ver a mão de Candy para fora da janela. - Candy. - Ela disse como se fosse atingida por alguma coisa.

-Candy Thompson? - Lucy franziu o cenho. - Está louca? Candy não faria nada contra as regras da Bella. - Disse enquanto Melanie tirava fotos.

-Mas ela fez. - Melanie riu. - Eu vi essa pulseira no braço dela hoje, achei linda, perguntei onde ela tinha comprado. - Ela sorriu vitoriosa.

-Outra pessoa pode ter uma pulseira igual a ela, qual o problema nisso? - Lucy riu.

-A resposta dela foi "meu pai a fez. É um modelo único, feito especialmente pra mim." - Melanie gargalhou como se não acreditasse no que estava vendo.

-Então você vai publicar que eles estão tendo um caso às escondidas? - Lucy perguntou a Melanie que ainda tirava fotos.

-Sim, mas no momento certo. - Ela sorriu. - Agora vamos! - Disse.

-Aonde vamos? - Perguntou Lucy confusa.

-Vamos segui-los. Eu quero algo ainda mais concreto. - Ela disse puxando Lucy para dentro de seu carro.

************************

Dianna estava abraçada a Harry no alto do telhado, agora eles encaravam o belo pôr do sol amarelado, com belos tons riscados de laranja. As flores pareciam estar ainda mais cheirosas devido à brisa leve que soprava do sul.

-No que você está pensando? - Dianna o encarou com um sorriso encantador enquanto suas pequenas mãos acariciavam as dele.

-Queria poder ficar aqui pra sempre. - Ele acariciou seu rosto antes de dar-lhe um novo beijo. - Aqui agora é o nosso lugar secreto. - Harry riu.

-Seremos como Romeu e Julieta? - Dianna riu também.

-Nessa analogia nossos pais seriam o meu trabalho. - Harry bufou. Dianna segurou firme seu rosto. A luz que vinha do pôr do sol a deixava ainda mais bela. Harry podia sentir que estava com seus olhos fixados nela. - Como consegue ser tão linda? - Ele perguntou fazendo-a corar.

-Está me deixando sem graça. - Dianna sorriu.

-Mas e então, Dianna Allen, meu amor... - Harry se aproximou dela. - Acho que seu Romeu tem direito de saber o que você achou desse lugar e bom...dos beijos... - Harry fez uma careta que contagiou Dianna.

-O lugar é o mais lindo que eu já vi. - Dianna disse esperta enquanto se pôs de pé. Harry a observava caminhar tão cheia de postura e tão delicada. - Quanto aos beijos... - Ela se virou pra ele. - Já tive melhores. - Dianna disse e logo gargalhou ao ver a expressão de Harry.

-Ah melhores? - Ele riu. - Então acho que eu vou ter que te beijar até você mudar de ideia. - Harry disse correndo até Dianna que apenas correu para fugir dele. Ele finalmente a alcançou deitando-a no meio das flores. Ele se apoiou sobre ela e a beijou. Dianna sorria estonteante. Era um sonho estar ali com ele.

-Amor! - Dianna disse assustada. - Já são cinco horas eles vão fechar a escola! - Dianna arregalou os olhos.

-Minha nossa! - Harry levantou assustado. - Você me fez perder a noção do tempo. - Ele disse ajudando-a a levantar. Dianna apertou delicadamente o nariz dele.

-Vamos. - Dianna o puxou, mas Harry a segurou firme para trazê-la de volta para ele, chocando-a contra seu peito forte. Ela acariciou o rosto dele sentindo sua barba espetar seus dedos.

-Quero te dar mais um beijo antes de irmos. - Harry se inclinou para beijá-la. Ele sorria entre cada beijo. - Não consigo parar. - Ele brincou fazendo-a rir.

-Não quero que pare. - Ela sussurrou enquanto ele apenas depositava alguns leves selinhos em seus lábios rosados. - Temos que ir, senão vamos ficar presos aqui! - Dianna disse rindo antes de puxá-lo atrás de si.

********************

Candy e Paul estavam sentados sobre o sofá de Candy. A casa como de costume estava vazia, e isso não era novidade para nenhum dos dois a essa altura, afinal os pais de Candy tinham trabalhos de carga horária extensiva e, às vezes até noturna, sendo seu pai designer de uma grande empresa da qual ele era tratado como um escravo, e sua mãe advogada do governo, o que também lhe custava muitas horas fora de casa na maioria das vezes. Paul estava atento agora, corrigindo um exercício de Candy, mas ela logo o distraiu se levantando e indo na direção de seu quarto. Quando ela retornou um violão estava em suas mãos e ele franziu o cenho enquanto via um sorriso sapeca se formar no rosto dela.

-Achei que não sabia tocar nenhum instrumento. - Paul disse deixando o caderno dela de lado para agora encará-la fielmente.

-E eu não sei. - Candy sorriu. - Eu quis aprender quando era pequena e meu pai me deu esse violão. - Ela completou.

-Então por que não sabe? - Paul a questionou fazendo-a rir frouxo.

-Bom, o meu pai tentou me ensinar, mas ele também não sabia muito, e eu sou um pouco elétrica demais, fui me sentindo frustrada por não conseguir e acabei desistindo, até porque logo depois eu entrei pra ginástica e encontrei um novo amor. - Candy riu.

-Você ama mais a ginástica ou a música? - Ele perguntou pegando o violão em suas mãos.

-Eu vou ser ginasta pro resto da vida de uma maneira ou de outra, a ginastica é como uma terapia sabe? Me faz sentir bem, é um bom exercício, mas a música me domina, me arrasta, me comanda. - Candy sorriu. - Quando eu fizer teatro eu quero fazer musicais e cantar em cima dos maiores palcos desse mundo. - Ela completou enquanto Paul sorria admirando-a. - Mas por hora, pensei que você poderia tocar algo pra mim, já que disse que sabe. - Disse.

-Só se você me acompanhar. - Paul sorriu arriscando umas notas soltas. - E se depois me deixar te ensinar a tocar. - Completou.

-Eu topo. - Candy disse com as bochechas coradas.

https://www.youtube.com/watch?v=crJZX0Ay77Y - Escute Little Things, Cover by Alyssa Shouse and Jonah Marais

Paul então começou a deixar seus dedos deslizarem delicadamente sobre as cordas do violão enquanto os olhos de Candy atentavam com cuidado para cada movimento que produzia um som suave.

-Your hand fits in mine like it's made just for me, but bear this in mind It was meant to be. And I'm joining up the dots with the freckles on your cheeks and it all makes sense to me. - Ela cantou antes de sorrir e encarar o sorriso envergonhado que se formava no rosto dele também. - I know you've never loved the crinkles by your eyes when you smile. You've never loved your stomach or your thighs, the dimples in your back at the bottom of your spine, but I'll love them endlessly. - Ele falou. Candy suspirou e fechou os olhos para deixar sua voz aparecer.

-I won't let these little things slip out of my mouth, but if I do It's you, oh it's you they add up to. I'm in love with you and all these little things. - Paul não pôde deixar de sorrir com a voz suave dela. - You can't go to bed without a cup of tea and maybe that's the reason that you talk in your sleep. And all those conversations are the secrets that I keep, though, it makes no sense to me. - Ela sorriu.

-I know you've never loved the sound of your voice on tape. You never want to know how much you weigh. You still love to squeeze into your jeans, but you're perfect to me. - Paul soou de forma carinhosa.

-You'll never love yourself half as much as I love you. You'll never treat yourself right darlin', but I want you to. If I let you know I'm here for you, maybe you'll love yourself like I love you. - Os dois cantaram juntos enquanto se encaravam fixamente. - I've just let these little things slip out of my mouth 'Cause it's you, oh it's you, It's you they add up to and I'm in love with you and all these little things. - Eles sorriam ainda entoando suas vozes juntas de uma maneira delicada. - I'm in love with you and all your little things. - Eles fecharam a música para agora Candy como num impulso incontrolável pular nos braços de Paul para beijá-lo da forma mais intense que podia.

************************

Giovanna segurava firme o telefone enquanto caminhava de um lado para o outro em seu quarto. Seu rosto carregava uma expressão um tanto rígida, como se algo verdadeiramente lhe incomodasse. Nesse momento, Dianna adentrou o quarto dela e acenou como se avisasse que estava ali. Giovanna apenas lhe sorriu de volta e logo voltou a escutar atentamente a voz que ao telefone lhe falava. Dianna se sentou e ficou folheando uma revista.

-Eu entendo isso, eu só não sei porque isso impede que eu conheça os seus pais. - Giovanna disse se sentando ao lado de Dianna que passou a encará-la. - Mike, eu entendo que sua casa está em obra e que seus pais estão ocupados, mas já estamos juntos há três meses e eu ainda não conheci seus pais, nem sequer sei onde você mora. - Giovanna bufou fazendo uma careta para Dianna que riu.

-Gio, tenta entender que é um momento difícil, os meus pais estão com dificuldade de organizar as coisas, mas eu prometo que logo você vai vir e conhecê-los. - Mike explicou antes de bufar.

-Bom, se o problema é a casa, que tal vocês virem jantar aqui em casa, assim meus pais podem conhecê-los, o que acha? - Ela fez cara de sabida. - Ah, Mike, qual é, você conheceu os meus pais, e parece que não quer que eu conheça os seus. - Ela disse irritada, mas logo olhou pra Dianna que fazia sinal para ela se acalmar. - Quer saber, tudo bem, eu entendo, mas quando eles puderem, marque algo, eu quero muito conhecer seus pais. Tudo bem, eu também te amo, tchau. - Ela disse antes de desligar.

-Problemas? - Dianna perguntou com um sorriso breve.

-Eu não sei bem. - Giovanna bufou. - Quer dizer, é que eu não entendo, sabe? Eu e o Mike nos damos super bem, meus pais, o Hazz e o Duan adoram ele, mas ele faz um mistério imenso com a família dele. - Ela franziu o cenho.

-Vai ver tem medo de que o envergonhem, ou que você não goste deles. - Dianna disse tentando confortá-la.

-É, talvez, mas não é motivo o suficiente. - Giovanna bufou. - Bom, mas e aí, novidades? - Giovanna riu ao lembrar de perguntar o motivo de Dianna estar ali com aquele sorriso bobo. Nesse momento Santana adentrou o quarto também.

-Estavam mesmo reunidas sem mim? - Ela perguntou balançando a cabeça em reprovação.

-Desculpa, Sants, eu não avisei que vinha. - Dianna riu. - Tenho uma coisa pra contar! - Ela vibrou de forma animada. - Eu e o Harry nos beijamos, e ele disse que me ama. - As bochechas de Dianna coraram enquanto ela dizia cada uma daquelas palavras. Santana e Giovanna apenas arregalaram os olhos e logo começaram a gritar em comemoração.

-Como foi? - Santana perguntou animada. - Eu quero cada detalhe! - Disse como uma ordem.

-Bom, ele me levou até o telhado do colégio. - Dianna começou a dizer. - Lá é incrível, um jardim lindo, cheio de flores coloridas, e ele se declarou e me beijou, ficamos lá até agora. - Dianna disse envergonhada.

-Ele beija bem? - Santana franziu o cenho.

-Isso é nojento. - Disse Giovanna rindo.

-Foi o melhor beijo da minha vida. - Dianna disse antes de se jogar sobre a cama. - E as mãos dele acariciando o meu rosto... - Ela disse como num transe.

-Tem certeza de que ele acariciou só o rosto? Está totalmente em transe... - Santana comentou maldosa.

-Santana! - Giovanna ralhou. - Ai, Di, eu fico tão feliz por vocês, mas como vai ser? Estão namorando? - Giovanna perguntou animada.

-Bom... - Dianna se levantou. - Eu não sei como vai ser....quer dizer, eu sei que teremos que nos encontrar escondidos, mas quanto ao namoro... - Dianna fez mistério enquanto se levantava e caminhava no quarto com cara de sabida. - É, estamos juntos. - Ela riu enquanto as amigas comemoravam.

-Isso é incrível! - Giovanna disse antes de abraçá-la.

-Eu tenho que repetir, como você é incrível, Dianna Allen, quando eu crescer quero ser como você! - Santana deu uma piscadela marota pra Dianna que riu.

Duan estava deitado sobre sua cama, distraído enquanto ouvia música pelo celular. Se sentia em completo tédio, mas para sua felicidade, Harry bateu na porta, fazendo ele rapidamente se sentar para manda-lo entrar. Ele tinha um sorriso gigante no rosto o que logo fez Duan franzir o cenho.

-Está feliz por me ver? - Duan perguntou brincando enquanto Harry se aproximava e puxava uma cadeira pra se sentar.

-Aconteceu. - Harry disse antes de corar.

-Seja mais específico. - Duan riu. - O que aconteceu? - Perguntou.

-Eu beijei a minha namorada Dianna Allen. - Harry deu um riso frouxo totalmente incontrolável pra ele. Duan arregalou os olhos.

-Ah, eu não acredito, Hazz, isso é incrível! - Duan comemorou com ele.

-Duan, foi incrível, ela é incrível, é maravilhosa, eu quero ficar com ela pra sempre. - Harry disse antes de sorrir novamente. - Eu disse a ela que a amava. - Ele riu bobo.

-É claro que ama. - Duan riu. - Estou feliz por você e pra comemorarmos isso vou pegar um Milk-shake pra gente. - Duan disse animado dando espaço para Harry passar. Quando Harry abriu a porta, Dianna apareceu em sua frente saindo do quarto de Giovanna junto a esta e a Santana. Eles se encararam e logo ambos sorriram corados.

-Meu amor... - Harry disse se aproximando, aquelas palavras fizeram todos sorrirem animados. - Não me disse que vinha pra cá. - Ele acariciou seu rosto.

-Acho que esqueci que você praticamente mora aqui. -Dianna riu.

-Bom, vamos deixá-los a sós um pouco agora porque vamos pegar um Milk-shake. - Disse Duan piscando pra Santana e Giovanna.

-Light, pro Dudu, é claro. - Santana riu antes de sair junto com todos. Harry sorriu e logo ele e Dianna adentraram o quarto de Giovanna.

-Eu já estava com saudade. - Ele disse antes de beijá-la intensamente.

-Eu também. - Dianna riu enquanto ainda o beijava suavemente.

-Eu te amo tanto. - Ele riu encarando-a, mas os dois logo foram despertados de seu transe quando Caroline adentrou o quarto, fazendo-os se assustar. - Espero que tenha entendido o exercício, senhorita Allen. - Ele disse assustado.

-Ah, claro, senhor Evans, e obrigada por ter me explicado. - Ela sorriu.

-Não sabia que estavam aí, queridos. - Caroline sorriu.

-Pois é, eu vim falar com a Gio, mas já estava indo embora. - Dianna riu pra ela que sorriu de volta.

-Eu também quero falar com ela. - Caroline riu. - Bom, vou lá embaixo procurá-la. - Avisou e logo se retirou também.

-Quase morri do coração. - Harry disse assustado.

-Vai ser sempre assim, né? - Dianna torceu os lábios encarando-o.

-Só até você se formar. - Ele sorriu. - Depois eu prometo que falarei com seu pai, mostrarei que minhas intenções são as melhores e pedirei pra que ele me deixe ser seu namorado e aí assumiremos publicamente. - Completou fazendo as bochechas dela corarem.

-Tudo bem. - Dianna sorriu também. - Eu tenho que ir, a babá da Annie já deve estar querendo ir embora. - Dianna disse antes de se equilibrar na ponta dos pés para depositar um novo beijo nos lábios de Harry que apenas sorriu. - Eu te amo! Até amanhã. - Dianna deu uma piscadela pra ele que o fez corar. Harry desceu logo em seguida, caminhando até a cozinha onde todos estavam. Giovanna e Santana o encararam prendendo o riso.

-Olá, meu amor... - Duan disse numa voz sedutora fazendo com que as duas não conseguissem mais prender as gargalhadas.

-Vocês são uns imbecis! - Harry gargalhou junto. - Eu estou completamente apaixonado por essa mulher, podem rir de mim, sou um bobo apaixonado. - Harry completou.

-Eu estou tão feliz por vocês! - Giovanna disse o abraçando.

-Eu também, só espero que se comporte, eu posso esquecer que é meu professor e bater em você caso aja como um idiota. - Santana comentou.

-Ela é maravilhosa, não é? -Harry riu. - Quer dizer, aqueles olhos e aqueles lábios, a voz dela é como a de um anjo, ela é completamente perfeita. - Ele tagarelou fazendo todos arquearem as sobrancelhas.

-Ele está amando mesmo né... - Santana comentou encarando Duan que assentiu.

-Vou preparar um milk-shake de chocolate duplo pra você, Hazz. - Giovanna riu.

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No dia seguinte, Harry andava pelos corredores em direção à sala dos professores. No caminho cruzou com Dianna e deu um sorriso disfarçado que ela retribuiu antes de se virar para seu armário. Ainda olhando para Dianna, Harry sem querer esbarrou no novo psicólogo da escola, Sr Andrews que sorriu com o esbarrão.

-Olá, Sr Evans. - Edward sorriu e estendeu a mão para Harry cumprimentá-lo.

-Sr Andrews, perdão, eu estava distraído e acabei esbarrando no senhor, está bem? - Harry apertou sua mão.

-Não tem problema, meu jovem. - Ele disse sincero. - Como está? - Edward perguntou enquanto eles adentravam a sala dos professores ainda vazia. Edward encheu um copo de café para ele e outro para Harry que sentou em uma das mesas antes de responder.

-Estou ótimo. - Harry sorriu pegando o copo da mão de Edward que sorriu de volta.

-Sr Evans... - Andrews começou a dizer, mas logo foi interrompido por Harry.

-Pode me chamar de Harry. - Disse simpático.

-Pois bem, Harry. - Edward sorriu. - Eu ontem o procurei depois de sua aula para conversarmos, mas não o encontrei. - Disse antes de dar uma golada no café.

-Ah, é que eu fui resolver umas coisas, sai daqui rápido. - Harry deu uma longa golada também. - Mas sobre o que queria falar comigo? - Perguntou.

-Percebi que o senhor estava muito animado ontem e pensei se não poderíamos falar disso na minha sala, como paciente e psicólogo ao invés de colegas de trabalho. - Sr Andrews sorriu fazendo Harry arquear a sobrancelha.

-Quer marcar uma consulta pra mim por que eu estava feliz demais? - Harry riu sarcástico. - Isso é errado? Ser feliz é errado, Sr Andrews? - Harry o encarou.

-Não. Estar feliz não é errado, Harry, até o ponto de que sua aluna é o motivo da sua felicidade. - Edward jogou a cabeça um pouco para o lado fazendo Harry morder os lábios. Naquele momento, Harry pôde sentir sua espinha se congelar dentro de si, fazendo-o respirar cada vez mais ofegante.

-Não sei do que está falando, senhor. - Mentiu já sentindo o suor escorrer pela testa devido ao nervosismo.

-Está apaixonado pela sua aluna, Sr. Evans, uma jovem de dezessete anos, uma criança. - disse Edward sério. - Não é correto um aluno e um professor se relacionarem além do profissional, ela deve ficar com rapazes da idade dela, assim como senhor deve procurar uma mulher e não uma menina. - Edward baixou o tom de voz para que ninguém ouvisse.

-O que? - Harry riu nervoso - Não sei mesmo do que está falando. - Engoliu a seco. - Não estou apaixonado por nenhuma aluna, seria um absurdo, não é? - Riu forçado.

-Podemos ser sinceros um com o outro, Sr. Evans. - Edward sorriu. - Foi nítida a forma como a olhava a cada momento na sala e o modo como sorriram um para o outro agora pouco, antes do senhor "por distração" esbarrar em mim. - Sorriu. Harry hesitou um minuto encarando o chão. Suas mãos suavam e ele sentia um nó na garganta que parecia sufocá-lo, o que o fez dizer logo aquilo que tanto o torturava.

-Não sou tão velho, Sr Andrews, tenho vinte e cinco anos, acabei de me formar, acabei de arrumar minha própria casa, é meu primeiro emprego, nossa diferença é de apenas oito anos, não é tanto assim. - Harry disse desesperado.

-Sei que é um professor jovem, Harry, mas não tem o direito de colocar a vida desta menina em jogo, se isso chega ao conhecimento do diretor, ou do conselho ela será mandada para algum centro de reabilitação de traumas psicológicos, assim como o senhor não lecionaria em mais nenhum lugar, podendo ainda ser acusado de abuso de menor. - Edward balançou a cabeça, e abaixou-a.

-Não faria nada para o mal dela, eu... - Harry fez uma pausa. - eu a amo. - ele sorriu como se o rosto de Dianna viesse em sua mente.

-Vai ter que esquecer o que sente se quiser o bem dela, e se quiser ter um emprego. Pense nisso para conversarmos mais na segunda, Sr Evans. - Edward saiu andando e Harry de longe permaneceu olhando para o chão pouco antes de levar as mãos a cabeça e bufar.

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- Belatrix vai se atrasar, meninas. Ela me pediu pra assumir o treino, mas não levo jeito pra dar ordens, então Santana pode assumir, por favor? - Giovanna pediu sorrindo. Santana apenas assentiu.

-Bom, eu amo dar ordens então vamos começar. - Santana riu fazendo todas sorrirem também. - Dianna em posição! - Santana gritou ao vê-la entrar no ginásio.

-Pode deixar, capitã. - Dianna gritou de longe fazendo sinal de continência.

-Vamos começar aquecendo. - Santana disse se virando para colocar uma música.

-Bom dia, flor do dia. - Giovanna sorriu pra Dianna. - Você parece radiante hoje. - Giovanna comentou enquanto puxava sua perna no alto. Santana se aproximou delas e começou a exercitar-se também.

-Eu estou tão feliz. - Dianna riu também puxando sua perna no alto.

-Deve estar mesmo, tem um cara lindo com você, eu realmente não iria querer mais nada. - Santana riu.

-E eu não quero. - Dianna sorriu. - Mas confesso que fico um pouco triste toda vez que penso que temos que ficar as escondidas. - Ela bufou antes de encará-las novamente.

-Dianna, não me leve a mal, mas estando com um homem como o Harry não importam as circunstâncias. - Santana disse num tom maldoso e brincalhão ao mesmo tempo, o que fez todas rirem.

-Sou obrigada a concordar. - Dianna riu como se tentasse convencer a si mesma.

-Muito bem, agora eu quero todos aqui, por favor. - Santana chamou a equipe. - Acho que todos sabem que a Belatrix em sua tamanha prepotência e orgulho nunca ouvirá opções que fujam ao balé clássico. - Santana rolou os olhos enquanto todos concordavam. - Pensando assim, acho que é uma boa ideia fazermos algo diferente já que ela não está aqui. - Santana sorriu maldosa.

-O que tem em mente? - Candy a encarou curiosa.

-Ginástica bem destacada pra começar, afinal temos um potencial imenso aqui, todas até mesmo as bailarinas sabem muito de ginástica artística, isso nos dá vantagem. - Santana disse enquanto todos prestavam atenção em cada palavra dela. - Segundo, é explorar tipos diferentes de dança, algo fora do padrão Belatrix, que nos permita sair da zona de conforto. - Sorriu.

-Eu acho sapateado algo legal. - Courtney sorriu.

-Podemos incrementá-lo e achar uma maneira de adicionar a coreografia. - Santana disse.

-Que tal um pouco mais de jazz? - Dianna sugeriu.

-Sim, ótimo! - Santana levantou as mãos como se comemorasse. - Vamos começar então. - Disse ligando o rádio numa música animada. - Quero Dianna e Courtney aqui na frente ao meu lado, e Giovanna você fica aqui. - Ela posicionou Giovanna na diagonal de Dianna. - Candy você fique no mesmo lugar, só que do lado oposto. - Disse. - Vamos começar pelo jazz.- Ela sorriu. - E um, dois, três, quatro, cinco, sete e oito. - Santana improvisou um passo. - O que acham? - Perguntou.

-Ficou ótimo. - Giovanna vibrou.

-Então de novo, me sigam! - Santana repetiu os passos enquanto todos buscavam realizá-lo da mesma maneira, agora de uma forma organizada. Aos poucos uma nova coreografia bem atípica se formava. Todos pareciam se divertir inventando diferentes e novos passos de diversos estilos musicais, unindo conhecimentos. Santana liderava como ninguém. Nascera para aquilo, e sabia disso. - Quero tentar algo novo! - Ela disse rindo. - Meninos, quero que erguem em uma reta horizontal eu, Dianna e Giovanna. - Pediu. Assim eles o fizeram. - Deixem a Giovanna no meio. Dianna, quando eles a pararem ali quero que você coloque sua perna no ombro da Giovanna, eu farei o mesmo. - Disse.

-Ok. - Dianna disse já em cima de um dos rapazes do time.

-Em um, dois, três, quatro! - Santana disse e as duas executaram o que Santana havia dito com perfeição. - Agora quero que nos ajudem a descer numa pirueta única. - Pediu. Os meninos seguraram firme em suas mãos e as rodando para executar a pirueta. As três bateram no chão juntas e perfeitamente. - Muito bom, agora vamos começar o sapateado. - Santana disse e todos se posicionaram para começar o passo ensaiado anteriormente. Nesse momento Bella adentrou o ginásio e com os olhos arregalados encarou aquela cena. Ela bufou.

-O que pensam que estão fazendo? - Perguntou raivosa.

-Ensaiando. - Giovanna respondeu como se fosse óbvio.

-Ah que gracinha, e eu posso saber em que lugar isso se tornou uma coreografia? - Bella levou as mãos à cintura enquanto se aproximava. - Estavam...sapateando. - Ela fez cara de nojo.

-Sim, pensamos em fazer algo diferente. - Santana sorriu irônica pra Bella antes de também levar as mãos à cintura.

-E eu posso saber por que essa mexicana estava comandando o treino da minha equipe? - Bella lançou um olhar raivoso pra Giovanna. - Achei que tinha sido clara que era pra você comandar o treino, cunhadinha. - Ela sorriu.

-Eu pedi pra Santana assumir, porque não sou muito boa nisso. - Giovanna disse sorridente.

-Então da próxima vez cancele o treino. - Bella bufou. - Quero todos em suas posições originais. - Ela mandou. - Ah e Santana por que não fica lá atrás hoje? - Ela sorriu irônica fazendo Santana corar de raiva. - Não se sinta mal, eu não vou te deixar sozinha, Dianna querida, fique lá atrás com sua amiga. - Disse Belatrix fazendo Dianna rolar os olhos antes de obedecer. - Quero uma pirueta dupla terminando na postura que as ensinei no último treino. - Ela disse as bailarinas. - Vocês eu quero uma acrobacia no ar. - Ordenou.

-Balé clássico de novo? - Santana ironizou.

-Exatamente. - Bella sorriu. - Vocês precisam entender que somos uma equipe de classe, e o balé clássico bem marcado é a nossa marca registrada há anos. Não quero e não vou permitir que minha equipe faça coisas e danças da periferia, ou idiotas como sapateado. - Bella riu fazendo todos bufarem. - Agora, no três eu quero um salto duplo de vocês quatro, cada um em um canto. - Ela ordenou aos meninos da equipe. - Vamos começar o ensaio de verdade. - Disse antes de lançar um olhar de repúdio para Santana.

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No dia seguinte Harry estava no telhado encarando o céu, que portava um belo pôr do sol agora. Se sentia tenso, assustado e confuso, e as palavras de Edward rodeavam sua cabeça fazendo-o sentir dor. Quando Dianna apareceu atrás de si tampando seus olhos com suas pequenas mãos Harry sorriu.

-Adivinha quem é? - Dianna sussurrou em seu ouvido.

-Oi, Dianna. - Ele disse num tom tristonho que fez Dianna franzir o cenho. Ela tirou a mão dos olhos dele e se sentou ao seu lado.

-Está tudo bem? - Ela o encarou.

-To com um pouco de dor de cabeça. - Harry respondeu seco. Dianna suspirou.

-Acho que você quer ficar um tempo sozinho. - Ela se levantou, mas Harry rapidamente pegou em sua mão.

-Me desculpe é que eu to com a cabeça cheia. Vem cá. - Ele a puxou para sentar em seu colo. Antes que Dianna pudesse dizer qualquer coisa ele a beijou ainda mais intensamente. Ela sorriu.

-Está preocupado com alguma coisa? - Dianna perguntou acariciando levemente os cabelos de Harry enquanto ele permanecia de olhos fechados.

-Queria te perguntar uma coisa. - Harry a encarou. - Acha que o que estamos fazendo é errado? - Perguntou. - Quer dizer eu sou seu professor, tenho oito anos a mais que você e isso pode te prejudicar. - Ele disse sério fazendo Dianna rir.

-Bom, eu acho que não teriam prejuízos pra mim. - Dianna disse agora ficando séria. - Eu amo você e você também me ama, e isso aconteceria mesmo se você não fosse meu professor. - Dianna sorriu, mas Harry permaneceu sério.

-É. - Ele disse seco antes de abrir um sorriso torto pra Dianna. - Vamos descer? - Perguntou.

-Tudo bem. - Dianna desfez seu sorriso e caminhou até a saída.

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Peter sorria sentado numa mesa no café no centro de Seattle. Quando Courtney adentrou o local ele não pôde conter um sorriso enquanto a admirava. Courtney antes de se sentar depositou um beijo na bochecha de Peter que automaticamente corou. Ele riu frouxo nesse momento, mas logo fez questão de fechar o sorriso que não sabia bem porque deixara se formar. Ele limpou a garganta antes de proferir qualquer palavra.

-Então o que tem pra mim? - Ele perguntou fazendo-a franzir o cenho.

-Como assim? - Ela perguntou confusa fazendo-o rir.

-O que tem pra me ajudar com a Santana? - Perguntou. Courtney riu enquanto fazia uma careta como se fosse óbvio.

-Bom... - Ela sorriu. - Acho que devemos começar com coisas que meninas gostam. - Courtney deu uma piscadela pra ele que apenas riu. - Pra começar, meninas não gostam de caras galinhas. - Ela o encarou com um olhar esperto.

-Já estou resolvendo isso. - Peter disse sem graça.

-Ótimo! - Ela comemorou. - Bom, meninas amam que as levem em lugares românticos e falem abertamente sobre seus sentimentos. - Courtney começou a falar diversas coisas enquanto Peter apenas a encarava num tipo de transe. Ele achava incrível como ela podia ser tão doce e inocente ao mesmo tempo, e achava engraçada a forma como ela gesticulava com as mãos para expressar o que queria dizer, assim como seus olhos brilhavam ao falar de amor. Ele riu fazendo-a parar. - O que foi? - Ela franziu o cenho.

-Gosto de te ouvir falando. - Ele sorriu antes de pegar na mão dela fazendo-a encará-lo de uma maneira intensa. - Ah, bom... - Ele rapidamente soltou a mão dela. - Bom...contando com o desastre que foi tentar me aproximar dela na festa de Halloween e em todas as outras vezes eu não sei se saber dessas coisas vai ajudar muito. - Ele se explicou fazendo Courtney sorrir.

-Você só precisa demonstrar sua sinceridade, Pet, ela precisa sentir que você pode ser um cara bom pra ela. - Courtney falou sabida. - Anda, tenta comigo, finge que eu sou a Santana e me fala o que sente. - Ela pediu fazendo-o rir.

-Não, eu não consigo fazer isso! - Ele riu fazendo-a rir também.

-Anda, Peter, vai, fala logo, eu sei que consegue, é só fingir que sou a Sants. - Courtney sorriu pra ele que corou.

-Tudo bem. - Peter disse e respirou fundo antes de segurar a pequena mão de Courtney. - Santana...Bom... eu, é que eu... - Ele gaguejou fazendo Courtney rir.

-A Santana não tem paciência para gaguejos. - Ela riu. - Anda, seja direto e corajoso. - Ela pediu fazendo-o expressar uma careta.

-Santana, eu quero que saiba como me sinto. - Ele disse ainda segurando a mão de Courtney que o encarava atentamente. - Eu gosto de você, como nunca gostei de ninguém antes e penso em você o tempo todo, penso em como eu quero te ter pra mim. - Ele encarou os olhos de Courtney que brilhavam para os dele. Por um momento foi como se entrasse em transe e esquecesse de pra quem aquelas palavras deveriam se dirigir. - Quando eu estou com você me sinto tão bem. Você tem se tornado minha melhor amiga e esses seus olhos...Eu não consigo parar de olhar pra eles. - Peter disse antes de dar um sorriso bobo. Courtney logo torceu os lábios e soltou sua mão da dele.

-Parece que você a ama mesmo. - Ela riu torto enquanto Peter parecia acordar de seu transe. - Bom, eu esqueci que a Sants não é muito romântica, mas acho que vai dar certo. - Ela completou num tom um tanto nervoso. - Eu tenho aula de balé agora, Pet, desculpa, mas eu tenho que ir. - Ela sorriu.

-Quando nos encontramos de novo? - Ele perguntou. - Digo...pra falar disso. - Ele riu se explicando.

-Bom, que tal deixarmos por sua conta. - Ela sorriu. - Me leve num lugar romântico, o lugar ideal para se declarar pra ela pra eu ver como você se sai escolhendo os encontros. - Courtney riu.

-Ótimo. - Ele comemorou. - Vou te surpreender e mostrar pra Santana que ela pode me amar. - Ele completou antes de abraçar Courtney. -Obrigado por me ajudar. - Disse no ouvido dela fazendo-a sorrir.

-Não tem de que. - Courtney sorriu de volta e caminhou na direção da saída. Quando entrou em seu carro ela suspirou. - Ele gosta mesmo dela... - Sussurrou pra si mesma antes de abrir um sorriso curto como se estivesse se forçando a gostar daquilo. Ela balançou a cabeça como se buscasse agora mandar aqueles pensamentos embora e em seguida deu partida no carro.

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Dois dias depois Harry andava pelo corredor distraído. Dianna estava com Candy e Giovanna conversando na frente de uma das salas e ele passou direto por elas sem olhar pra Dianna que engoliu a seco.

-Tudo bem, Di? - Perguntou Candy.

-Tudo sim. - Dianna sorriu.

Quando ele passou de volta Dianna andou rapidamente atrás dele. Ele pareceu perceber sua presença, mas não desacelerou os passos o que a fez apressar ainda mais os seus para poder alcançá-lo.

-Professor Evans! - Ela chamou assim para que ninguém prestasse atenção. Ele parou a força para se virar pra ela sem sorrir. - Tudo bem? - Dianna perguntou baixinho.

-Desculpa, Srta Allen, mas eu estou com um pouco de pressa agora. - Harry bufou antes de dar as costas pra Dianna que franziu o cenho. Ela se voltou e deu de cara com Giovanna que a encarou sorrindo.

-Tudo bem? - Giovanna perguntou.

-Espero que sim. - Dianna respondeu sincera. - Vamos? - Perguntou antes de sorrir e caminhar ao lado de Giovanna em direção a uma das salas.

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Penny caminhava pelo corredor quando passou de repente por um dos auditórios, aquele mais especificamente pertencia ao clube de artes. Devido ao enorme tamanho da escola, poucos eram os grupos que precisavam dividir salas ou auditórios entre os horários e dias da semana disponíveis. Olhando pela vidraça da porta ela pôde ver John ali sozinho mexendo em potes que pareciam possuir tinta e num pequeno pedaço de uma substância marrom que provavelmente deveria ser argila. Ele parecia atento o que a fez pensar duas vezes em entrar, mas algo a puxou pra isso e ela simplesmente caminhou até ele sem ser notada.

-Então esse é o seu mundinho? - Ela perguntou fazendo-o se virar pra ela. Ele sorriu.

-Pois é, seja bem vinda ao meu grêmio. - Ele disse animado fazendo-a sorrir.

-Te conheço há anos e nunca vi nenhuma das suas grandes obras. - Ela disse agora encarando uma escultura delicada que parecia de uma menina. Ela estava aos poucos ganhando cores.

-Pra começar não acho que sejam grandes. - Ele disse carismático. - E isso se deve ao fato de você sempre ter sido presa aos seus clubes brilhantes e nunca ter tirado um tempo pra semana da exposição das artes do colégio. - Ele riu. - Somando ao fato de nunca ter me dado a mínima. - Aquelas palavra fizeram Penny encará-lo com uma careta.

-Você é cruel. - Ela disse agora voltando a encarar a escultura. - É lindo, deve ser incrível ter essa sensação de fazer algo totalmente próprio e original. - Ela sorriu.

-Está me dizendo que nunca fez nada parecido? - Ele perguntou.

-O mais perto que eu cheguei de fazer algo artístico foi colorir um livro das princesas que meu pai me deu quando eu tinha três anos. - Ela riu fazendo-o rir também. - Deve ser relaxante. - Completou fazendo-o admirá-la.

-É sim, e se quiser eu posso te ensinar. - Ele falou fazendo-a arregalar os olhos.

-Não, eu não sou boa nessas coisas. - Ela disse rindo.

-Penny, como a presidente de turma que sabe absolutamente tudo de história, geografia, noções básicas de direito, fala francês e italiano e se prepara uma vida inteira pra se tornar uma grande advogada pode não conseguir fazer pelo menos uma pintura? - Ele perguntou fazendo-a expressar uma careta.

-Como sabe de tudo isso? - Ela perguntou encantada.

-Presto muita atenção em você, há anos... - John sorriu de uma forma sedutora fazendo-a corar.

-Você é o artista do grêmio e não eu. - Ela riu voltando ao assunto. - Eu sou muito boa em tudo isso que você disse, mas é só isso. Quando trata de me expressar, deixar fluir de dentro de mim os meus sentimentos eu sou uma catástrofe, sem contar que não tenho nenhum equilíbrio senão eu até poderia tentar ser líder de torcida. - Ela riu fazendo-o rir também.

-Tem que ser menos séria e controladora. - Ele disse fazendo-a franzir o cenho.

-Não sou controladora. - Ela disse em sua defesa.

-Você quer ter certeza de tudo que vai acontecer mais a frente, quer decidir seu futuro passo a passo ao invés de simplesmente sonhar e ir vivendo. - Ele disse.

-Isso não é ser controladora e sim precavida. - Penny encarou o chão.

https://www.youtube.com/watch?v=bGrNakQ7iLg - Escute So far away, Glee.

-Anda, eu vou te mostrar como as coisas são pro desprevenido aqui. - Ele disse ligando um pequeno rádio e deixando uma música suave tocar. Pegou um avental e amarrou na frente da roupa de Penny que mantinha seus olhos fixos nele. - Está vendo isso aqui? - Ele perguntou enquanto ela apenas afirmou com a cabeça. - É uma tela especial, ela absorve melhor a cor e deixa o desenho mais realista, só precisa do pincel certo que no caso é este aqui, ou então os dedos. - Ele sorriu.

-O pincel. - Ela disse como se estivesse escolhendo, mas ele balançou a cabeça em sinal de negativo.

-Vai usar as mãos pra sentir o que é relaxar de verdade. - Ele disse fazendo-a rir. - Feche os olhos. - Ele pediu. Ela hesitou por um segundo, mas depois resolveu obedecê-lo. John então puxou uma cadeira e colocou atrás da cadeira onde ela estava agora sentada. Ele levou suas mãos até a cintura dela enquanto deixava seu corpo se encostar no dela, e sua voz agora sussurrava suavemente em seu ouvido. - O que é o paraíso pra você? O melhor lugar do mundo? - Perguntou fazendo-a sorrir.

-Um campo de girassóis, num dia de sol intenso e brisa suave. - Ela respondeu.

-Então apenas desenhe o seu paraíso agora. - Ele disse levando sua mão até a de Penny e enfiando-a num ponte de tinta azul claro fazendo-a gargalhar. - Vamos começar pelo céu. - Ele agora levou a mão dela até a tela onde deixava os dedos dela deslizarem fazendo o desenho do céu parecer realista. Ela encarava a tela com atenção e seu sorriso era estonteante agora. Aos poucos novas cores iam sendo acrescentadas ao desenho que ganhava a forma esperada por Penny. Não estava tão bom quanto um original de John Hill, pensou Penny enquanto ele a ajudava a riscar o céu com tons de amarelo e laranja dando um toque de fim de tarde, mas nunca se sentiu tão leve, principalmente este ano, quanto agora. O quadro tinha sim uns rabiscos feitos por Penny quando John rapidamente soltava sua mão deixando-a pintar sozinha, mas ainda assim estava claramente belo. Quando finalmente estava pronto os dois encararam fielmente a tela. - Ficou ótimo. - Ele disse fazendo-a sorrir.

-Qual é o seu paraíso? - Ela perguntou agora se virando pra ele. John sorriu e abaixou a cabeça.

-É um segredo, mas logo você saberá. - Ele respondeu fazendo-a rir.

-Tudo bem, eu espero. - Ela disse encarando-o com um sorriso bobo. - Está sujo de tinta. - Ela disse levando sua mão já limpa ao queixo dele. John suspirou ao sentir a pele fina de Penny lhe acariciar o rosto, o que o fez se aproximar dela de forma delicada deixando seu nariz encostar no dela fazendo com que ambos entrassem num tipo de transe, e até mesmo a ponta de seus lábios se encostaram, mas antes que ela pudesse fazer qualquer coisa Spencer entrou na sala fazendo-os se afastar um do outro em um susto.

-Olá. - Ela saudou com um olhar suspeito. - Eu atrapalhei algo? - Perguntou.

-Não. - Penny respondeu tirando rapidamente seu avental. Spencer apenas sorriu como resposta e caminhou pra mais perto de John.

-John, meu Deus o toque que você deu na minha escultura ficou lindo. - Ela disse caminhando até uma das esculturas sobre a mesa.

-Só precisava de um pouco mais de cor naquele pedaço, isso deixou mais real, mas está pronto pra expor na semana de arte. - Ele disse com um sorriso sincero. Penny não conseguia fingir que não estava muito feliz com aquilo.

-Fazem peças juntos? - Ela perguntou encarando Spencer diretamente.

-Ele me ensinou quase tudo que sei, é um ótimo professor. - Ela sorriu fazendo Penny suspirar.

-É sim. Eu só não sabia que ele tinha o hábito de ensinar e que tinha tantas alunas. - Ela respondeu. - Vai expor seus trabalhos também? - Ela perguntou.

-Sim, vamos expor juntos, mas ainda é um segredo nosso o tema, vai ser surpresa e acho que você vai gostar. - Ela disse fazendo Penny encarar o chão.

-Acredito que sim. - Ela disse mais séria agora. - Eu tenho que ir, ainda tenho que terminar um trabalho de italiano e treinar pro debate. - Ela disse seca já começando a caminhar.

-Espera, Penny! - John disse se levantando. - Não quer pintar mais um pouco? - Ele perguntou.

-Eu não tenho tempo pra perder. - Ela disse grosseiramente fazendo-o franzir o cenho. - Preciso pensar no meu futuro. - Penny sorriu torto antes de dar as costas. - E pelo visto vocês precisam trabalhar pra sua exposição. - Ela disse agora encarando Spencer que não demonstrava nenhum sentimento em semblante.

-Não quer pelo menos levar seu quadro? - Ele perguntou.

-Não, ficou horroroso, eu não tenho talento pra isso então pode jogar fora se quiser. Nem se compara com as esculturas de vocês. - Completou já saindo da sala. Spencer caminhou até o lado de John.

-Ela pareceu irritada. - Disse fazendo-o rir de leve.

-Não consigo entendê-la. - Ele disse retirando o quadro do apoio e colocando-o num canto da sala. - Deixa pra lá, vamos começar a escultura, eu quero terminar tudo logo pra poder focar na campanha. - Sorriu. Spencer apenas assentiu e se sentou ao lado dele pondo o seu avental.

****************

No dia seguinte Dianna pegou o celular e discou o número de Harry. Estava confusa. Já faziam quatro dias em que ele parecia querer evitá-la a qualquer custo. Estava seco e distante, o que a fazia tremer, pois ele estava tão diferente do Harry que a beijou e que disse que a amava com tanto carinho.

-Alô. - Harry respondeu seco.

-Harry, eu... - Dianna engoliu a seco. - Queria saber se você está bem. - Disse.

-Eu estou ótimo, Dianna. - Harry disse curto e grosso.

-Tudo bem. - Dianna suspirou. - É que há quatro dias você parece pensativo e distante e eu queria entender se tem algo te incomodando. - Dianna torceu o lábio.

-Dianna... - Harry riu irônico. - Eu tenho trabalho e responsabilidades, não posso ficar o tempo todo andando atrás de você e ligando, nem nada. - Ele disse sentindo dor no coração por ter que tratá-la assim, mas sabia que no dia seguinte na consulta com o Sr Andrews ele o ameaçaria se continuasse com Dianna, e Harry precisava fazê-la querer se afastar dele para que não fosse tão difícil ter que terminar tudo o que eles estavam construindo.

-Está certo. - Dianna disse seca. - Boa noite, Harry. - Ela desligou. Harry apenas bufou com raiva.

************************

Sr Andrews estava em sua nova sala mexendo em alguns papéis sobre a mesa. Antes de se sentar ele olhou o relógio enorme que havia na parede, perto da porta. Ao se sentar ouviu um barulho de batida na porta e sem demora se levantou para abri-la. Era Harry quem batia, ele chegara para sua primeira consulta na terapia, e mantinha uma expressão de tristeza e seriedade em seu rosto.

-Bom dia, Harry, como está? - Sr Andrews disse dando espaço para que Harry entrasse.

-Um pouco desconfortável com tudo o que disse. - Disse Harry entrando devagar. - Pensei a semana inteira sobre, não consegui dormir nada nas últimas noites, tenho me sentido péssimo, e não consegui me aproximar da Dianna nenhuma vez porque mil coisas passavam pela minha cabeça. - Harry se sentou pondo a cabeça abaixada apoiada apenas pelas mãos.

-Não se sinta assim, Harry, meu jovem, você tem muita vida pela frente, muito tempo para encontrar uma mulher para amar, casar, construir uma família de verdade. - disse Edward se voltando para Harry.

-Por que eu não posso amar, casar e construir uma família "de verdade" com ela? - Harry se pôs de pé e começou a andar pela sala.

-Você tem que entender que não é possível um aluno e um professor independente da idade de ambos se relacionarem. - Ele sorriu.

Harry permaneceu em silêncio andando pela sala antes de voltar seus olhos para Edward. - Então o que eu devo fazer? - Ele riu torto e forçado, tentando de todas as maneiras disfarçar tudo o que sentia.

-Harry... - Edward tossiu para limpar a garganta. - Não quero que me leve a mal, eu gosto de ser amigo dos meus pacientes. - Disse fazendo Harry encará-lo fielmente. - Mas sou um profissional, e não posso desmerecer os valores que me levaram a este diploma. - Sorriu torto.

-O que quer dizer com isso, Sr Andrews? - Harry o encarou com dor nos olhos.

-Você terá que dá um fim nisso, senão... - Ele disse vagarosamente fazendo uma breve pausa.

-Senão... - Harry disse em tom de dúvida prevendo a resposta do psicólogo.

-Senão terei que denunciá-lo ao conselho de professores de Seattle por assédio a menor. - Ele disse num tom sério fazendo Harry bufar de raiva. - Me perdoe, Harry, mas preciso agir conforme manda a ética, e zelar pelo bem estar dos alunos e dos professores. - Edward levou uma das mãos ao ombro direito de Harry que mantinha a cabeça cabisbaixa. Depois de um minuto silencioso Harry levantou a cabeça para encarar o psicólogo que o olhava fielmente. - Eu darei um fim. - Disse curto e grosso. Edward apenas assentiu, dando-lhe um breve sorriso em apoio.

********************

Estava ventando lá fora devido ao inverno rigoroso. Duan esfregava as mãos uma na outra enquanto procurava por Rachel nos corredores amontoados. Quando ele finalmente a avistou mexendo em seu armário distraída correu em sua direção.

-Rachel! - Ele chamou fazendo-a olhar para ele.

-Oi. - Ela disse seca antes de voltar a encarar o armário.

-Sei que você está com raiva de mim, e eu sei que errei com você no natal, mas, por favor, me perdoe. - Ele pediu.

-Olha, Duan, eu acho melhor mesmo a gente ficar longe por um tempo. - Rachel disse grosseiramente antes de fechar o armário. - Depois da publicação do jornal falando que temos um caso, e do que aconteceu na sua casa no natal eu realmente preciso de um tempo. - Ela disse sem graça. - Até porque imagino que a Belatrix queira você bem longe de mim. - Rachel sorriu torto.

-Rachel, não precisa ser assim, por favor, eu não quero me afastar de você, eu não consigo. - Ele disse segurando em sua mão.

-Não faz assim, Duan, por favor. - Rachel soltou sua mão da dele. - Sabe que não posso ser só sua amiga... - Ela disse tristonha antes de se virar. - Tchau. - Ela disse e logo se pôs a caminhar deixando Duan ali parado observando-a.

-Droga! - Duan bufou se virando e esbarrando em Harry que carregava uma aparência totalmente pálida. - Hazz? - Ele perguntou. - O que houve? - Perguntou.

-Preciso conversar. - Harry disse puxando-o até sua sala. Duan entrou logo depois dele e fechou a porta atrás de si.

-Harry, tá me assustando, o que você tem? - Duan perguntou encarando-o.

-O novo psicólogo da escola descobriu sobre mim e a Dianna. - Ele engoliu a seco antes de coçar os olhos.

-E agora? - Duan arregalou os olhos.

-E agora que eu vou ter que dar um fim nisso. - Harry bufou.

-Dar um fim? - Duan franziu o cenho. - Como assim? - Se aproximou para encarar melhor Harry.

-Vou ter que dar um fora na Dianna de uma forma que ela me odeie tanto que fique longe. - Harry disse com a voz tremula.

-Espera... eu achei que estava amando. - Duan disse num tom incomodado.

-Eu estou, Duan, eu a amo loucamente, mas eu não tenho escolha, sou professor dela, se eu permanecer nessa loucura eu perderei meu emprego. - Disse cabisbaixo.

-Harry, que se dane seu emprego! Encontrou a mulher da sua vida e vai abrir mão dela por causa disso? - Duan bufou com raiva.

-Não me diga o que fazer, Duan, não consegue nem se decidir se ama sua namorada ou a Rachel. - Harry disse com raiva. - Eu não posso perder meu emprego, não dessa forma, não poderei lecionar nunca mais, você sabe disso. - Ele disse nervoso.

-Você é mesmo um covarde não é. - Duan riu. - Ela ama você, e você vai partir o coração dela depois de envolvê-la como envolveu. - Duan disse irritado.

-Eu sei, Duan, e eu me odeio por isso. Eu me sinto a pior pessoa do mundo, e ainda nem sei como vou conseguir olhar nos olhos dela e fingir que eu não a amo porque a verdade é que ela é a mulher da minha vida! - Disse e logo em seguida fez uma breve pausa para se acalmar. - Pode fazer uma coisa por mim? - Perguntou enquanto Duan o encarava. - Cuide dela. Ela vai precisar de alguém forte ali, protegendo ela de mim. - Pediu.

-Farei isso. - Duan disse seco antes de dar as costas e sair da sala.

*******************

Alguns dias depois, Peter estava com seu carro estacionado na frente da casa de Courtney que ao avistá-lo correu para seu encontro. Ele sorriu ao vê-la. Ela estava linda, e ele só conseguia pensar nisso naquele momento. Os cabelos loiros voando enquanto ela corria e aqueles olhos azuis que brilhavam toda vez que ela sorria, coisa que fazia constantemente. Ela era incrível, mas ele preferia não pensar muito sobre o assunto.

-Então aonde vamos? - Ela sorriu encarando-o.

-É uma surpresa. - Ele disse antes de depositar um beijo em sua bochecha.

-Começou bem. -Ela disse ainda com as bochechas coradas. - Meninas amam surpresas, apesar de algumas dizerem que não. - Ela riu.

Peter dirigiu alguns minutos antes de chegar a um campo aberto onde havia um parque montado colorido de cores vivas. Courtney sorriu ao avistar o lugar. Ele estacionou com cuidado em uma das vagas e deu a volta no carro para abrir a porta pra Courtney que apenas sorriu como se aprovasse a atitude dele para um primeiro encontro fictício. Ela segurou firme sua mão e desceu do veículo para encarar fielmente cada detalhe dos brinquedos montados, das barracas coloridas. O lugar era lindo, totalmente a céu aberto, iluminado naturalmente pela luz que emanava do sol que parecia um pouco mais quente hoje apesar da estação invernal. A brisa era suave o que faziam os cabelos de Courtney voarem delicadamente, o que Peter amava observar.

-Esse lugar é lindo. - Ela disse sorrindo antes de encará-lo. - E você está lindo, eu adorei essa blusa. - Ela riu se aproximando e colocando a mão sobre o peito dele para abotoar um dos botões que havia se soltado. Ele suspirou encarando-a. - Mas não me parece ser um dos lugares favoritos da Santana. - Ela sorriu antes de encará-lo também.

-Na verdade, eu pensei que esse seria um dos seus lugares favoritos. - Ele disse. - Afinal, ainda que seja treinamento, é com você esse encontro e não com ela. - Peter sorriu fazendo Courtney rir frouxo. -Bom, eu pensei em brincarmos um pouco. - Ele disse. - Vamos na montanha russa? - Perguntou. Courtney apenas sorriu sapeca assentindo a oferta dele. Conforme o dia fora se passando, eles foram em todos os brinquedos do parque, sem deixar faltar nenhum se quer. Algumas peças de teatro também foram assistidas, e Peter até conseguiu alguns ursinhos nas barracas de prêmio que fez questão de dar a ela. Os dois riam descontraídos em cada local onde iam, e a cada algodão doce ou maçã do amor uma guerra de comida se iniciava entre os dois. Era engraçado pra Peter conseguir se sentir tão bem com ela. Courtney realmente estava se tornando alguém que ele amava ter por perto, uma amiga sem igual, que nenhuma outra pessoa poderia substituir. E nossa, como ele amava vê-la sorrir, e ela fazia isso como ninguém, parecia sempre estar feliz e isso o deixava encantado. Admirava cada movimento dela, cada ação pura como dar um de seus três cachorros de pelúcia que Peter ganhara pra ela pra uma pequena menina que chorava por não ter conseguido ganhá-lo. Como ela conseguia ser tão especial sem nem sequer se esforçar? Ele não sabia responder, mas gostava daquilo.

De repente um senhor se aproximou deles com um pequeno violão em mãos, entoando uma canção conhecida. Sua voz era suave, e ele parecia estar apenas conversando, sem dar realmente início a melodia pelo seu violão. Ele encarou Peter e proferiu:

https://www.youtube.com/watch?v=8lbzdhdSkPo - Escute Isn't she lovely, Glee

- Isn't she lovely? Isn't She wonderful? - E apontou para Courtney que sorriu com as bochechas coradas. - Isn't she precious? Less than one minute old. I never thought through love we'd be making one as lovely as she, but isn't she lovely made from love. - Disse fazendo Peter sorrir enquanto a observava com os olhos fitados nele. Não demorou muito para que ele começasse a usar o violão, dando início a melodia, sendo acompanhado por outros músicos que tocavam também em violões enquanto sapateavam no ritmo da música, cantando junto ao senhor. Courtney sorriu e logo começou a sapatear junto a eles, e ainda que sem os sapatos especiais ela fazia-o com perfeição. O sorriso em seu rosto enquanto executava aqueles passos deixaram Peter em um tipo de transe, enquanto um sorriso bobo se formava ao ouvir cada palavra cantada pelo grupo e via Courtney rindo enquanto dançava descontraída agora com algumas crianças junto a ela. Ela ria segurando nas mãos de uma pequena menina e girando-a no ar enquanto Peter se mantinha ali, encarando atentamente cada movimento descompassado e natural dela.

https://www.youtube.com/watch?v=uzgp65UnPxA - Escute We can't stop, Boyce Avenue.

Quando a música finalmente terminou ele se aproximou dela e ainda continha o mesmo olhar bobo de admiração. Courtney estava sem graça, ela sabia que se empolgava facilmente com este tipo de coisa, mas quando ele a elogiou por isso, ela realmente se sentiu feliz. Eles foram caminhando para a sala de espelhos. Caminhavam lado a lado encarando suas imagens refletidas em vários ângulos e formas diferentes sem dizer uma só palavra.

-Eu amei o dia de hoje. - Ela disse enquanto Peter sorria com as mãos nos bolsos, a fim de quebrar o gelo que por motivo nenhum aparente se instalou ali. - Obrigada pelos ursinhos, eu adorei mesmo. - Ela riu.

-Também adorei o dia de hoje. - Peter riu de volta. - Fui aprovado então? -Ele perguntou parando na frente dela algo que a fez rir frouxo antes de responder.

-Com honras. - Courtney sorriu e logo em seguida mordeu um pedaço da maçã do amor que Peter havia dado a ela sujando sem perceber seu nariz. Peter riu ao encará-la. - O que foi? - Ela arregalou os belos olhos.

-A mocinha sujou o nariz de melado. - Ele riu se aproximando ainda mais e passando seu dedo na ponta do nariz dela para limpá-la, enquanto os olhos dela focavam fielmente cada movimento das mãos dele e seus lábios formavam um sorriso bobo.

-Obrigada. - Ela disse num sussurro. Ele estava perto e sorria enquanto olhava pra ela. Peter não sabia exatamente o que estava fazendo agora, só sabia que queria continuar daquele jeito com ela, encarando seus olhos azuis que brilhavam intensamente toda vez que ela sorria pra ele. As mãos dele então escorregaram pelo braço de Courtney que se sentia totalmente gelada agora.

-Obrigado você por ser tão incrível. - Ele sorriu.

-Não sou incrível. - Courtney sorriu antes de abaixar a cabeça.

-É sim, você é maravilhosa. - Ele sorriu fazendo as bochechas dela corarem, mas percebendo isso ele achou melhor mudar de assunto. - Eu refiz minha declaração daquele dia, será que é um bom momento pra falar? - Ele perguntou fazendo-a corar.

-Claro, acho que é o momento ideal. - Ela sorriu torto. Peter rapidamente com seu corpo junto ao dela segurou firme em suas mãos e encarou seus olhos.

-Santana... - Ele sorriu enquanto Courtney apenas o encarava. - Nunca fui do tipo que se apaixona muito facilmente, e sim, eu sei que a minha fama é péssima e que uma garota incrível como você quer um príncipe e não um sapo, mas acredite quando eu digo que estou me transformando porque eu te amo. - Ele disse. Courtney sentiu um arrepio lhe percorrer a espinha. Ela se sentiu incomodada por ouvir aquilo, e só conseguia se perguntar o motivo de estar se sentindo assim. - Eu espero que me dê uma chance de provar a você que eu posso ser muito mais do que isso. - Ele sorriu e sem perceber se aproximou ainda mais agora tirando uma mecha do cabelo dela que caía sobre seu rosto. Sua mão em seguida escorregou pelo seu rosto. Os dois suspiraram se encarando de forma intensa e nenhum deles sabia exatamente o porquê daquilo e o que sentiam ao fazer isso, mas logo se afastaram ao ouvir um senhor informando que o parque ia fechar naquele momento. Ela se afastou tentando despertar de seu transe. - O que você achou, Court? - Ele sorriu perguntando.

-Ela vai se apaixonar. - Courtney disse séria e ainda um pouco ofegante, fazendo-o franzir o cenho. - Com certeza. - Completou.

-Acha mesmo? - Ele sorriu frouxo. - Quer dizer, eu sei que foi meio cafona, mas... - Ele disse, mas logo fora cortado por Courtney.

- O amor é clichê. - Ela riu. - Bom, eu preciso ir pra casa agora, será que você pode me levar? - Ela pediu. Peter assentiu e os dois caminharam até o carro. Depois de algumas horas estavam na casa dela. Courtney sorriu pra ele e agradeceu por tudo, mas rapidamente correu para dentro de sua casa. Peter encarou o vazio e sorriu ao pensar no que acabara de acontecer. Os olhos de Courtney pareciam estar mais fortes do que nunca em sua mente e ele só conseguia sorrir, mas de repente como se pensasse na loucura que isso era preferiu ligar o motor do carro e dar a partida para sair logo dali. Da varanda de seu quarto, Courtney o observava indo embora e suspirava com medo do que acabara de sentir. Peter era apaixonado por Santana, ela já tinha conseguido perceber isso e não podia de maneira alguma sentir algo além de amizade por ele, e não iria.

****************

Candy e Paul se beijavam intensamente no sofá da casa dela. A casa estava vazia, e os dois não haviam tido oportunidade essa semana para ficarem juntos da maneira que queriam. Ela estava a essa altura deitada sobre Paul que segurava firme em seu quadril puxando-a pra mais perto enquanto beijava intensamente seu pescoço.

-Paul... - Candy sussurrou com as bochechas coradas.

-Sim... - Ele disse ainda beijando seu pescoço.

-Quer ir pro meu quarto? - Candy perguntou fazendo-o encará-la com um semblante confuso.

-Que tipo de proposta é essa? - Paul perguntou confuso.

-Exatamente a que está pensando... - Candy riu frouxo ainda sem graça. Ela já havia feito isso antes, apenas uma vez na verdade, e queria ter isso com Paul, já que a primeira vez não fora marcada com muito amor como seria agora com ele. Paul sorriu e se sentou sem graça.

-Você já fez isso alguma vez? - Ele perguntou com um semblante um pouco incomodado.

-Bom, já, mas só uma vez e se quer saber eu odiei. - Candy sorriu.

-Eu nunca fiz isso... - Ele se levantou e começou a caminhar pelo local. - Pode rir de mim, mas é a verdade, eu sou um nerd e não sou muito desejado. - Reclamou. - Nossa como isso é humilhante! - Completou.

-Humilhante? - Candy perguntou ainda o encarando. - Por que isso é humilhante? - Perguntou.

-Vai ser a minha primeira vez, Candy, e não vou ser eu quem vai estar tentando te ensinar as coisas, ou tentando fazer da noite perfeita, e sim você! - Ele disse bufando. -Não me entenda mau, eu não sou machista, e eu quero muito ter isso com você, mas eu queria que estivéssemos aprendendo isso juntos, queria ser especial pra você. - Disse.

https://www.youtube.com/watch?v=g5gsFuHibmQ - Escute Leave a Kiss, Meghan Trainor.

-Paul... - Candy se levantou e caminhou até ele. - Você vai ser especial. - Ela acariciou seu rosto. - A minha experiência não é tão vasta assim. - Riu fazendo ele soltar uma risada leve também. - E se quer saber, foi horrível a primeira vez, eu bebi demais e deixei acontecer com um cara que não significava nada pra mim e que não se preocupou nem um pouco em me fazer sentir bem e especial naquela noite. - Candy disse. - Mas você vai ser diferente porque eu te amo, e sei que vai cuidar de mim com todo o carinho que tiver. - Completou. Paul suspirou antes de encará-la e sorrir. Ele logo voltou a beijá-la da forma mais intensa que pôde e os dois ainda em meio aos beijos caminharam para o quarto. Candy logo tirou a blusa de Paul que junto a ela se deitou sobre a cama estando por cima dela. Ele logo começou a beijar seu pescoço e aos poucos foi descendo até seu busto. Candy rapidamente tirou sua blusa ficando apenas de sutiã, coisa que Paul logo fez questão de tirar também. Aos poucos os dois iam se envolvendo numa espécie de transe que tornava do momento simples, desajeitado e inusitado o mais especial que podiam imaginar. Logo eles tiraram os restos de peças que ainda lhe cobriam os corpos, e Paul delicadamente beijava cada pedaço do corpo dela que sorria a cada toque dele. Ele também sorria a cada vez que Candy deixava suas mãos deslizarem sobre ele, o que lhe causava um arrepio desde a espinha. Alguns longos minutos depois, ele estava nela, com todo o cuidado que tinha. Paul sentia seu corpo ficar cada vez mais quente enquanto ouvia a voz dela em meio ao momento. Ele deixava suas mãos percorrerem o corpo dela enquanto fazia movimentos delicados que a deixavam em transe. Ele aos poucos ia aumentando a velocidade de seus movimentos fazendo-a deixar escapar alguns gemidos incontroláveis assim como ele. Candy suspirava em meio a sensação que tinha agora, que era de longe a melhor que já havia tido. Paul era cuidadoso, e apesar de não ter feito aquilo antes a fazia sentir como se soubesse exatamente o que estava fazendo e o que deveria fazer depois. Ele parecia perfeito. Tão perfeito que era como se ela estivesse tendo essa experiência pela primeira vez. Depois de pouco mais de uma hora os dois estavam deitados juntos um ao outro. Candy tinha sua cabeça no peito de Paul que acariciava levemente seus cabelos.

-Fui um bom aluno? - Ele perguntou sem graça. Candy o encarou e sorriu.

-Estava mais pra professor. - Ela riu. - Tem certeza de que não fez isso antes? - Perguntou.

-Acredita que não fiz? - Paul riu falando em tom de brincadeira. - Foi a melhor noite da minha vida, Candy, e eu amo você. - Ele disse. - Eu não quero mais me esconder de todo mundo, eu quero ser seu namorado oficialmente, quero poder andar de mãos dadas com você na frente de todos. - Ele disse antes de beijá-la intensamente levando-a para cima dele.

-Eu sei e eu também quero isso, e sei que está sendo difícil ficarmos escondidos, mas eu prometo que após as Regionais eu vou falar com a Bella e vamos ficar juntos publicamente. - Candy acariciou seu rosto. Paul torceu os lábios.

-Tudo bem, mas não falta muito pra esse regional, não é? - Ele perguntou fazendo-a rir.

-Na verdade faltam três meses... - Candy sorriu sapeca.

-Ahhh, Candy, três meses? - Ele perguntou incomodado. - Isso é muito tempo. - Completou.

-Eu sei, meu amor, mas eu juro que vou falar com ela, e aí vai ficar tudo bem, e eu também prometo que até lá teremos muitas aventuras com nossos encontros as escondidas. - Ela fez cara sensual que o fez corar. - Ou vai me dizer que não está achando excitante nossos encontros proibidos? - Ela riu fazendo-o rir também.

-Como você consegue me convencer assim? - Ele perguntou e logo voltou a beijá-la.

**********************************************************************************


Notas do capítulo:

E aí, pessoal!!! O que acharam ein?

Será que a Court está começando a sentir coisas pelo Peter? E a Melanie, será que ela vai entregar o romance da Candy e do Paul para o monstrinho da Belatrix? E pobre Dianna... ela e Harry vão passar por momentos difíceis.

Curtam o capítulo! Não deixem de comentar também! Lembando que eu respondo a tudo, então não se acanhem, podem me perguntar o que quiserem!

Espero que tenham gostado!

bjbjbjbj <3


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