The Last Year

By yacamacho

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O ensino médio pode trazer mais emoções e experiencias do que todos acreditam, no Seattle High School especia... More

Capítulo 1 - Welcome to High School
Capítulo 2 - Party!
Capítulo 3 - She will be loved
Capítulo 4 - The first dance.
Capítulo 5 - Trick or Treat
Capítulo 6 - Thanksgiving Day
Capítulo 8 - It's a new year!
Capítulo 9 - Broke up.
Capítulo 10 - Surprise, I love you!
Capítulo 11 - Listen to what I have to say
AVISO
Capítulo 12 - The end of sovereignty ( O fim da soberania)
AVISO/PERGUNTA
AVISO 2
Capítulo 13- A love unlike
Capítulo 14 - Like a lilies
Pedido//Aviso
Capítulo 15- Somewhere in paradise - PARTE 1
Capítulo 15 - Somewhere in paradise - PARTE 2
Capítulo 15 - Somewhere in paradise (PARTE 3)
Capítulo 15 - Somewhere in Paradise - PARTE 4
Capítulo 16 - Please, I'm sorry!
Capítulo 17 - SOS - parte 1
Capítulo 17 - SOS - Parte 2
SOS - Parte 3
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 1
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 2
Capítulo 18 - Is our queen PARTE 3
Capítulo 19 - Nationals! - Parte 1
Capítulo 19 - Nationals! Parte 2
Aviso - LEIAM POR FAVOR
Capítulo 20 - It's time to say goodbye - PARTE 1
Capítulo 20 - It's time to say goodbye - PARTE 2
Capítulo 21 - I think I wanna marry you - PARTE 1
Despedida da Ya
Capítulo 21 - I think I wanna marry you PARTE 2 - FINAL
VOCÊS SABIAM?

Capítulo 7 - A merry Merry Christmas

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By yacamacho

Santana encarava os pais com raiva nos olhos. Sentada no pequeno sofá de sua sala com uma postura um tanto rígida devido a raiva, ela parecia fingir não ouvir o discurso longo de seu pai que tentava fazê-la entender. Assim que ele terminou ela riu irônica. -Eu não aceito isso! - Disse num tom feroz mais intenso que o comum.

-Controle seu tom de voz, Santana. - Seu pai disse em fúria. - Você não tem opções, esse Natal será desta maneira, com toda a nossa família unida como sempre foi. - Ele disse com uma das mãos no ar como se buscasse pelo respeito da filha.

-Santana... - Chamou sua mãe com a voz chorosa. - Por que tanto rancor? Somos uma família. - Levou as mãos ao rosto para tentar conter as lágrimas que lhe escorriam a face cansada.

-Querem saber? - Cerrou os lábios encarando os pais que a essa altura olhavam para a filha, completamente abismados. - Não vou passar o Natal aqui. - Disse.

-Você não tem esta opção. - Seu pai se levantou na sua frente, parecendo ainda mais alto.

-Ah eu tenho sim. - Santana disse bufando.

-Já chega dessa briga, eu não aguento mais isso, me faz mal, será que você não percebe isso, Santana? - Disse a mãe aos prantos, soluçando.

-Me desculpe, mamãe, por mais uma vez fazê-la mal, como sempre. - Santana abaixou a cabeça. - Eu vou deixá-los com seu presente de Natal tão amado. - Disse caminhando em direção a porta.

-Onde você pensa que vai, Santana? - Seu pai levou as mãos à cintura.

-Vou achar um lugar pra passar o Natal. - Ela sorriu falso batendo a porta.

-SANTANA! - Seu pai tentou chamá-la em vão.

-Deixa. - Disse sua mãe afagando os próprios braços.- Quando é que isso vai acabar, Roger? - Ela correu para os braços do marido que a abraçou fortemente.

-Espero que logo, querida. - Ele respondeu com a voz tristonha, enquanto suas mãos passavam pelo cabelo da esposa.

************************

Giovanna e Duan arrumavam cuidadosamente os enfeites de natal pela bela árvore. Giovanna hora ou outra ficava nas pontas dos pés para alcançar algum lugar mais alto na árvore que era bem maior que ela. Os dois estavam distraídos e empenhados, afinal era algo que faziam com prazer e já havia virado uma espécie de tradição da família, apesar de Carol e Willian estarem muito ocupados com o trabalho, assim como Harry e os dois estivessem fazendo isso sozinhos esse ano.


-Nunca mais deixo essas coisas para a última hora. -Giovanna pôs as mãos na cintura e fitou a árvore toda enfeitada. Duan parou ao seu lado e também fitava a árvore.


-Foram essas provas todas que nos atrapalharam demais também. -Duan se justificou.

Giovanna deu um suspiro e pegou a estrela que estava faltando em cima do sofá. -Se agache. -Giovanna pediu cutucando Duan que a encarou.

-Você não está um pouco grandinha demais não? -Perguntou rindo.

-Esse é o problema, eu não alcanço o topo da árvore, nem você, deixa eu subir vai. -Giovanna pediu fazendo um beicinho. Duan riu e se agachou para que Giovanna subisse em seu ombro, fazendo-a ficar na altura da árvore.

-Você engordou do ano passado pra cá, tá comendo o que? -Duan perguntou e recebeu uma tapa de leve na cabeça.

-Eu ganhei massa, Duan, massa, eu não vou ser gorda que nem você era não, nunca fui. Agora anda, chega perto da árvore pra eu colocar logo a estrela. -Giovanna pediu e assim Duan o fez.

-Anda, Gio, você tá pesada, olha o seu tamanho, como pode? -Duan dizia enquanto Giovanna se esticava para pôr a estrela no topo da árvore.

-Só mais um pouco, Du. -Giovanna pediu e conseguiu colocar a estrela prata no topo da árvore. -Prontinho! -Exclamou e bateu palmas.

-Nossa que cena linda, digna de filme. -A voz de Santana assustou Duan fazendo-o soltar Giovanna e deixando-a cair no chão. Os dois se assustarem ao ouvir o baque de Giovanna caindo ao chão.

-QUAL É O SEU PROBLEMA, DUAN??? -Giovanna gritou caída no chão. O irmão e Santana foram logo socorrer.

-Desculpa, Gio, eu me assustei com a Santana, ela apareceu do nada. -Ele se justificou. -Você tá bem? -Perguntou passando a mão pela perna de Giovanna procurando algum machucado.

-Estou, já sou acostumada a cair. -Giovanna disse se levantando.

-Desculpa, não era essa a minha intenção. -Santana se desculpou tímida, olhando seus próprios pés.

-Não tudo bem, você já é de casa mesmo. -Giovanna disse e deu um abraço em sua amiga.

-Mas vê se bate na porta pelo menos da próxima vez. -Duan reclamou jogando-se no sofá.

-Desculpa, presuntinho. -Santana deu um sorriso falso para Duan que a ignorou e ligou a TV.-Gio, eu vim aqui pedir um favor. -Santana disse calmamente, seu tom naturalmente arrogante não estava mais ali.

-Pode pedir. -Giovanna respondeu docemente se agachando e começando a guardar os enfeites que estavam espalhados pelo chão.

-Posso passar o natal com vocês? -Santana pediu tímida, encarando seus pés.

-Mas é claro. -Giovanna respondeu feliz. -Mas por que você não vai passar com a sua família? -Perguntou curiosa.

-Ah.... Alguns probleminhas voltaram. -Santana desviou do assunto.

-Eu pensei que você não gostasse do natal - Disse Duan. - Que fosse tipo o Grinch. -Soltou uma gargalhada.

-Sabe, Duan, se eu fosse você tomava cuidado, nessa época do ano é quando os porquinhos vão parar na mesa de jantar. -Santana disse, fazendo Giovanna rir compulsivamente e Duan sair da sala com o rosto vermelho de raiva.

-Você é tão cruel, Santana. -Giovanna empilhou algumas caixas o restante de enfeites.

-Eu sei. -Sorriu de lado. -Enfim, você quer ajuda com os presentes? -Santana perguntou sentando-se no sofá.

-Claro, vamos lá em cima pegar as coisas. -Giovanna disse puxando Santana pela mão e levando-a pela escada acima.

***************

Duan ao chegar em seu quarto pegou o celular sobre a escrivaninha e discou um número conhecido para ele. Depois de alguns segundos chamando, finalmente Bella atendeu ao telefone num tom grosseiro o que o fez suspirar.

-Bella, já estamos sem nos falar direito há dois dias, quando é que você vai parar com isso? - Ele perguntou enquanto coçava os olhos.

-Isso é para que você perceba o quanto estou magoada com você, Duan, o quanto você me fez mal com toda essa história com aquela garota ridícula! - Belatrix tinha um tom tristonho.

-Vamos conversar, por favor, eu quero ficar bem e me desculpar por ter te deixado tão mal assim! - Duan disse carinhoso, despertando um sorriso maldoso em Bella.

-Não vai dar. - Bella suspirou. - Conversei com os meus pais sobre o que houve e como eu estava muito triste eles acharam melhor nós viajarmos sabe? Paris é belíssima no Natal, e eu preciso de alguns dias lá, me recuperando da sua tentativa de traição. - Bella fez uma voz falsa como se aquilo a deixasse extremamente triste.

-Então você vai passar o Natal em Paris de novo... - Duan disse como se isso fosse alguma novidade pra ele.

-Sim, e estamos indo viajar ainda hoje, então eu faltarei algumas aulas, nenhum problema pra mim que estou com notas ótimas. - Ela comentou. - De qualquer forma, ainda estou muito triste com o que houve, e espero que quando eu voltar eu não tenha nenhuma novidade suja sobre você e aquela nerd. - Completou.

-Não terá. - Duan disse seco.

-Muito bem. - Bella sorriu. - Conversaremos sobre tudo isso quando eu voltar e estiver mais calma. - Disse.

-Tudo bem, Bella. - Duan falava sem nenhum entusiasmo.

-Apesar do que você fez, eu ainda amo você. - Belatrix forçou o tom mais carinhoso que tinha.

-Eu amo você também, e de novo me desculpe, meu amor. - Duan sorriu.

-Falamos disso depois. - Bella foi grosseira e desligou, fazendo Duan bufar.

************************

Finalmente chegara o dia mais especial do ano: O natal. A neve caía forte nas ruas, bonecos de neves, pinheiros com bolas coloridas, luzes e agasalhos cobriam a cidade de Seattle. Os telhados das casas estavam infestados de pisca-pisca e o bom clima de natal espalhava sorrisos e bondade por todos os lados. Com um casaco branco de lã por cima de um belo vestido azul claro Dianna tocava a campainha da casa de Giovanna e Duan, aonde comemoraria o natal. Ela segurava a pequena mão de Annie em uma de suas mãos e na outra um bolo todo coberto de glacê. Costumavam passar o natal com o pai em Portland na casa de uma tia, mas a pedido do próprio pai que estava demasiadamente feliz com as novas amizades da filha resolveram ficar "num lugar mais divertido, onde não tenha alguém apertando suas bochechas" assim disse seu pai.

-Di! - Giovanna gritou ao abrir a porta, e logo em seguida abriu um enorme sorriso que contagiou Dianna.

-Espero não ter chegado atrasada demais, é que uma pessoa não decidia como prender o cabelo. - Dianna olhou por cima dos ombros para Annie que riu sapeca.

-Então você é a famosa Annie. - Giovanna a encarou. - Adorei seu cabelo! - Ela abraçou Annie que retribuiu sorrindo com as bochechas rosadas. - Vamos entrar, meninas. - Giovanna indicou com as mãos a sala de estar. As duas caminharam devagar, até que Duan veio na direção das duas sorrindo.

-Finalmente, Dianna, me dá esse bolo aqui! - Ele deu um beijo na bochecha de Dianna e logo depois tomou o prato de suas mãos.

-Não comece com suas gordices, Duan. Todos lembramos de quando você era uma enorme baleia e eu me escondia de você quando te via na rua com medo de que literalmente me engolisse como fazia com tudo o que via pela frente, então pega leve. - Disse Santana se encostando à porta que antecede a sala de estar. Santana trajava um belo vestido vermelho com alguns detalhes pretos, nos pés uma bota fechava um look sensual, da forma que ela gostava. Giovanna, por outro lado, também de vestido, usava uma cor de rosa bebê.

-Adoro seu espírito natalino! - Disse Duan que logo depois deu língua para Santana que revirou os olhos.

-Dianna! - Santana disse abraçando-a. - Essa é que é sua irmã? - Ela agarrou as bochechas de Annie que tentava sorrir.

-Ela mesma. - Dianna sorriu tirando o casaco e dando para Giovanna que o pendurou.

-Chato demais isso, até sua irmã é linda, será que existe alguém feio na sua família, ou que pelo menos não seja loiro de olhos claros? - Santana revirou os olhos e logo depois gargalhou de leve.

-Talvez. - Dianna brincou dando um abraço em Santana.

-Adoro o natal, é um clima tão bom. - Disse Giovanna abraçando Annie que sorriu. - Minha mãe e meu pai estão lá em cima terminando de se arrumar, se atrasaram um pouco preparando a ceia. - Giovanna sentou-se à mesa toda enfeitada, repleta de bolos, doces, frutas, comidas natalinas e vinhos.

-Que mesa linda - Disse Annie se sentando. Dianna sorriu passando a mão em seus cabelos loiros. De repente um barulho de batida veio da porta.

-Dianna, pode abrir pra mim, por favor? - Pediu Giovanna. - Tenho que pegar o peru que está no forno. - Ela sorriu.

-Deixa eu te ajudar, adoro peru. - Disse Santana maldosa.

-Eu podia dormir hoje sem ouvir isso, sinceramente. - Duan levou as mãos à cabeça. Dianna levou uma das mãos ao rosto para rir de Santana, antes de caminhar em direção à porta. Mais uma vez um barulho de batida veio da porta, o que fez Dianna apressar os passos. Delicadamente ela pôs a mão sobre a maçaneta e a girou com cuidado. Ao abrir por completo a porta se deparou com Harry que olhava pra baixo, e permaneceu muda apenas o encarando. Ao levantar devagar a cabeça com um belo sorriso no rosto, Harry ficou surpreso ao ver que era Dianna quem abrira a porta. Os dois se encararam por alguns segundos até que Harry sorriu de lado e logo Dianna retribuiu.

-Olá.... - Ele se aproximou e deu um beijo na bochecha de Dianna que corou.

-Oi.... - Ela respondeu gaguejando um pouco enquanto carregava um sorriso bobo no rosto.

-HARRY! - Gritou Duan avistando-o do outro lado da porta. - Vai ser um bom natal, não acha? - Duan o abraçou e logo em seguida passou um dos braços pelo ombro de Dianna que abaixou a cabeça sorrindo.

-Sem dúvidas, vai ser um ótimo natal. - Harry sorria encarando Dianna. - Até mesmo pra você, Duan, porque sabe, eu não estou sozinho, assim que cheguei a porta eu vi que vinha caminhando uma bela moça, e ela parecia vir na direção da sua casa. - Harry torceu os lábios.

-Não vem com essa, Bella está viajando, ela foi pra Paris com os pais e nós estamos brigados. - Ele fechou a cara e logo revirou os olhos.

-Eu não disse que era a Bella. - Assim que Harry terminou as palavras Rachel apareceu na porta com um belo sorriso no rosto enquanto encarava Duan sem graça. Instantaneamente as bochechas de Duan coraram, e ele abriu um enorme sorriso.

-Bom, vamos entrando, feliz natal. - Harry deu um tapinha nas costas de Duan e ele e Dianna caminharam em direção a sala de estar.

Duan se aproximou devagar de Rachel, e sorriu. - Eu não sabia que você ia passar o natal aqui comigo. - Ele disse sério. - Quer dizer com a gente, comigo também, mas com a minha irmã, e todo mundo, você entendeu. - Duan gaguejava descontroladamente o que fez Rachel rir.

-Sua irmã me convidou, ela sabe que eu amo o natal e que normalmente passo por ele sozinha. - Rachel dizia baixinho devido a vergonha.

-Então vamos entrar! - Duan pegou a bolsa de Rachel e a pendurou e logo a encaminhou até a sala de estar. Os dois caminhavam sem trocar nenhuma palavra, Rachel apenas mordia os lábios enquanto Duan esfregava as mãos umas nas outras.

-Harry! - Annie se levantou rapidamente para pular em seus braços. Harry a apertou forte.

-Minha princesinha. - Harry sorriu antes de passar a mão sobre o pequeno rosto de Annie. - Olha, sua testa ficou ótima, nem tem cicatriz. - Ele sorriu encarando.

-É, agora já melhorou, a minha irmã passou um remédio. - Annie sorriu enquanto Harry a carregava no colo para colocá-la em sua cadeira.

-RACHEL! - Gritou Santana sorrindo. - Finalmente chegou, Giovanna disse que te chamou, achei que não vinha mais. - Santana levantou para abraçá-la.

-Eu estava meio perdida, mas agora já sei aonde é. - Rachel sorriu se sentando.

-Que bom, assim pode vir mais. - Disse Duan se sentando ao seu lado.

-Pelo visto já estão todos aí - Disse Willian, o pai de Duan e Giovanna, descendo as escadas com os braços abertos.

-Que bom, adoro visitas! - Disse Caroline, sua esposa, seguindo-o. - Bom, acho que só conhecemos a Santana. - Ela pôs as mãos na cintura encarando Duan para que ele os apresentasse.

-Seu filho é um mal-educado, Carol, não aprendeu ainda, deixa que eu apresento. - Disse Harry abraçando-a.

-Essa é Rachel, uma amiga especial do Duan. - Ao término das palavras de Harry, Rachel se pôs de pé e cumprimentou Caroline e Willian que sorriram admirados.

-Mas que bela moça, tão educada, gostei de você, minha querida. - Caroline a abraçou simpática.

-Obrigada. - Rachel retribuiu o abraço.

-Sinta-se em casa, nós adoramos quando Giovanna e Duan trazem os amigos, ainda mais quando são mais educados que a namorada dele, aquela menina é uma nojenta, não acha? - Willian revirou os olhos.

-PAI! - Duan torceu os lábios e coçou a cabeça, envergonhado.

-É a verdade, eu gostaria que namorasse uma jovem como a Rachel, bonita e educada. - Ele sorriu deixando Duan e Rachel com as bochechas rosadas de vergonha.

-E essa é a Dianna amiga especial do Harry, e Annie sua irmã mais nova. - Duan mordeu os lábios encarando Harry como se desse o troco.

-Mas que menina linda, é a sua namorada, Harry? - Willian se aproximou de Dianna e deu um beijo em sua mão.

-Não. - Harry soltou nervoso.

-Qual é o significado de "amiga especial", então? - Perguntou Caroline fazendo as aspas com as mãos. - Estamos por fora de novo, querido, estão com gírias novas. - Ela riu.

-É um prazer conhecê-los. - Disse Dianna sorrindo. - Essa é a minha irmã Annie. - Caroline se aproximou e cumprimentou as duas com um enorme sorriso no belo rosto.

-Mas você é ou não é namorada do Harry? - Ela levantou a sobrancelha. - Ah, já sei, estão só ficando, já entendi. - Ela deu a volta na mesa para abraçar Santana. Suas palavras fizeram Harry e Dianna se entreolharam, ambos envergonhados.

-Cadê a Giovanna? - Perguntou Willian se sentando em uma das pontas da mesa. -Ah, acabei de perguntar por você. - Ele disse ao ver Giovanna entrando com um enorme prato nas mãos.

-Espero que gostem da ceia, foi tudo preparado às pressas porque o tempo acabou ficando apertado, ainda bem que Duan e Giovanna sempre nos ajudam! - Caroline sorriu olhando para Willian.

-Bom, vamos então fazer uma oração, e depois aproveitar a comida que com certeza deve estar uma delícia. - Ele passou as mãos uma na outra. - Por favor, Giovanna, faça as honras. Após as palavras de Willian, Giovanna se sentou e todos fizeram uma bela oração agradecendo a Deus pelo alimento e pelo amor que o nascimento de Jesus representava para todos ali presentes.

-Bom, vamos comer! - Disse Duan ao término da oração.

-Mas é claro que a bolinha ia ser o primeiro a atacar a comida. - Santana o encarou fazendo careta.

-Me desculpe, faça as honras, Grinch, o que quer primeiro: Crianças ao molho branco ou Brandon à bolonhesa? - Duan disse sarcástico.

-Que tal carne de porco? - Ela levantou a sobrancelha.

-Já chega vocês dois, vai, vamos comer! - Disse Giovanna pegando seu prato.

Todos se serviram, e encheram os pratos e as taças, brincadeiras e sorrisos marcaram a noite. Rachel e Duan trocavam olhares intensos a todo momento, e na mesma proporção ele e Santana discutiam por algo sem sentido. Harry segurava firmemente a mão de Dianna por debaixo da mesa, o que a fazia sorrir intensamente. Pouco antes da ceia terminar Harry ergueu sua taça.

-Quero propor um brinde, primeiro a vocês que são meus segundos pais, e cada ano que eles não podem estar aqui vocês fazem um belo papel deles, Caroline e Willian, muito obrigado. - Ele disse enquanto Giovanna batia palmas animadas. - E também quero agradecer aos melhores pirralhos da face da terra por serem meus irmãos, Duan e Giovanna, eu realmente amo vocês. - Riu com os dois fazendo palhaçadas para ele. - E agradecer por poder ter pessoas novas e especiais na minha vida. - Todos se entreolharam sorrindo e logo encararam Dianna. - Santana, Rachel, Annie e Dianna, é ótimo ter vocês aqui nesse natal tão especial. - Ele virou a taça para Dianna que estava ao seu lado e ela bateu com sua taça na dele.

-Um belo brinde, meu filho. - Disse Willian brindando com todos na mesa. - Bom, como tradição da família Young é hora dos presentes.

-É a melhor parte da nossa tradição, mamãe adora dar presentes. - Giovanna disse pegando na mão de Rachel que a acompanhou até a sala aonde havia uma enorme árvore de natal toda enfeitada com bolas vermelhas, bonequinhos e é claro, uma bela estrela na ponta.

-Vamos começar! - Disse Giovanna acomodando a todos.- Quero dar o primeiro presente pra minha melhor amiga, minha irmã, que sempre foi especial e importante na minha vida: Santana. - Giovanna caminhou até a amiga com um belo pacote nas mãos, todo embrulhado com belas fitas cor de rosa em cima. Elas se abraçavam e todos sorriam.

-É a minha vez agora! - Disse Caroline pegando um embrulho. -Bom, eu quero dar esse presente pro meu marido lindo e tão amoroso que me deu os filhos mais lindos e maravilhosos de todo o mundo. - Caroline deu um beijo em Willian fazendo com que Giovanna, Harry e Duan fizessem caretas.

-Desnecessário, mãe. - Disse Duan balançando a cabeça.

-Como se ele não fizesse isso não é mesmo, Rachel? - Disse Caroline dando uma piscadinha pra Rachel que corou.

Após todos distribuírem os presentes e brincarem com cada um deles, Willian e Caroline se despediram e foram deitar, pois estavam cansados com o dia longo de trabalho preparando a enorme ceia para todos. Santana, Giovanna e Annie subiram para arrumar as camas para as meninas no quarto de Giovanna, e também para deixar a sós Dianna e Harry, Duan e Rachel.

-Que tal darmos uma volta, Dianna? - Disse Harry se levantando e estendendo a mão para Dianna se levantar.

-Claro. - Ela sorriu pegando firme na mão de Harry que a levantou com cuidado sorrindo. - Vamos andar um pouco. - Ele sorriu abrindo a porta para Dianna passar. Antes de Harry fechar a porta ele deu uma piscada para Duan que gargalhou.

-Vamos ao terraço? - Perguntou Duan depois de alguns minutos em silêncio.

-Vamos sim. - Rachel sorriu se levantando.

-Presuntinho! - Santana chegou da escada. - Desculpe atrapalhar, mas a Giovanna pediu pra Rachel subir e pra você ir dormir, porque quem se mistura com porcos farelo come! - Santana gargalhou. - Desculpe não resisti, mas é sério, a Giovanna tá te chamando, Rachel! - Santana se encostou no corrimão da escada e observava a cara de raiva de Duan enquanto Rachel subia sorrindo.

-Escuta só, presuntinho - Ela coçou a ponta do nariz- Coloca uma coisinha nesse seu cabeção: você está com a Belatrix, e eu gosto da Rachel, ela não é dessas. - Disse Santana descendo as escadas.

-Como você? - Duan sorriu sarcástico.

-Exatamente, ainda bem que entendeu. - Ela sorriu. - Se quiser ficar com a Rachel termine com a Bella, porque se fizer essa menina sofrer eu mesma te preparo pra próxima refeição. - Santana apontou o dedo para Duan que riu.

-Sabe que não me assusta, não é? - Ele abaixou o dedo de Santana.

-Vamos ver se vai pensar assim quando eu estiver te assando junto com batatas e com uma bela maçã na boca dentro do meu forno. - Ela arregalou os olhos. - Boa noite, gaguinho, mande um beijo pro Pernalonga. - Ela deu as costas e disse enquanto subia as escadas.

-Boa noite, Satã, quer dizer, Santana. - Ele sorriu com as mãos na cintura.

****************

Candy andava com um pouco de dificuldade pelas ruas cheias de neve. Sua bota afundava fazendo várias pegadas por onde passava. Tomava cuidado para não deixar que a caixa em suas mãos com a torta dentro cair.

-Não acredito que meu pai me faz sair na véspera de natal pra pegar uma torta e comprar um presente que ele já deveria ter comprado há muito tempo. -Candy murmurava sozinha enquanto caminhava. O vento que soprava fez sua touca cair no chão. -Ah que maravilha. -Reclamou.

-Acho que isso é seu. -A voz que ela reconheceria de longe soou em seus ouvidos.

-Nossa agora você tá me seguindo? -Candy perguntou mal-humorada encarando Paul que segurava sua touca que havia caído no chão.

-Que tal: Obrigada, Paul pela ajuda! - Ele disse irônico. -Aliás, achei que era um lugar público e bom não sei se você se lembra, mas eu também moro nessa cidade e te respondendo: Não, eu tô esperando minha mãe, por que passamos o natal num restaurante e.... - Paul parou de falar e encarou emburrado Candy. -Eu não te devo satisfações. - Candy soltou uma gargalhada.

-E quem disse que eu quero saber o que você está fazendo? -Respondeu grossa. - E muito obrigada por pegar minha touca. -Candy sorriu falsamente. -Agora pode me devolver.

-Olha, eu acho que falta uma palavrinha mágica. -Paul sorriu de lado e se encostou no carro que estava estacionado na calçada. Candy bufou irritada e rolou os olhos.

-Paul, querido, você poderia, por favor, me dar a minha touca? -Pediu fazendo uma falsa voz doce fazendo Paul sorrir.

-Quase isso, só falta tirar a ironia. -Ele jogou a touca para cima e a pegou rápido.

-Não, é sério, Paul, eu preciso da minha touca, eu tenho que esperar meu pai. E ainda to com essa torta aqui. E olha só que horas já são, dez horas da noite, qual é o problema do meu pai? -Candy olhou rapidamente o relógio em seu pulso e ficou emburrada.

-E aonde você pretende esperar seu pai? -Paul perguntou.

-Aqui, na calçada ué. -Ela respondeu.

Paul tirou a chave de dentro do bolso e abriu o carro que estava encostado. -Anda, entra aí. -Segurou a porta para que Candy entrasse, porém essa continuou parada o encarando.

-Qual é o seu problema? -Perguntou. -Você quer que eu entre no seu carro? Pra que? - Franziu o cenho.

-Você prefere ficar esperando seu pai aí no frio, com a neve caindo na sua cabeça, e seus pés afundando cada vez mais na neve? Você vai acabar ficando resfriada, tirando que seus pés vão congelar. -Paul disse. Candy o fitou por alguns instantes antes de entrar no carro falando.

-Só enquanto meu pai não chega, ok? -Disse. Paul fechou a porta e deu a volta para entrar também no carro.

-Me dê aqui essa torta, vou coloca-la ali atrás. -Ele disse tirando-a da mão de Candy e colocando-a no banco de trás do carro. Não demorou muito para o silencio tomar conta do carro e ser incomodo para ambos. Paul encarava a neve caindo lá fora enquanto Candy olhava para os próprios pés. Até que o celular de Candy apitou. Ela rapidamente pegou e leu a mensagem de seu pai. "Acho que vou demorar mais que planejava, já avisei para sua mãe. Entre em alguma loja para se abrigar. Me espere" - Candy bufou irritada.

-Não acredito! -Exclamou guardando o celular em sua bolsa.

-O que houve? -Paul perguntou preocupado.

-Meu pai vai demorar mais pra chegar. -Disse cruzando os braços e olhando fixamente para a neve lá fora.

-Ah, se você quiser eu posso te levar em casa. -Paul se ofereceu para ajudar. Candy o olhou e deu um sorriso.

-Ele pediu para esperar ele. - Disse e suspirou. - É melhor você ir encontrar a sua mãe. -Ela disse.

-Ela tá presa na neve. -Paul fez uma careta de desanimo. E então novamente o silêncio tomou conta dos dois.

https://www.youtube.com/watch?v=8X-2czaa3WA - Escute Wannable, Spice girls.

-Ah ninguém merece silencio, por favor liga a rádio. -Candy pediu se animando um pouco e Paul a obedeceu feliz. A música das Spice Girls começou a tomar conta do lugar e Paul começou a cantar junto com a música e se balançar.

-Yo I'll tell you what I want, what I really really want, so tell me what you want, what you really really want. -Ele se balançava de um jeito engraçado enquanto cantava a música. Candy sem dizer nenhuma palavra o encarou com o semblante surpreso ao vê-lo tão solto e empolgado ali na sua frente. Ela riu e também se empolgou e começou a cantar alto.

-I'll tell you what I want, what I really really want, ,so tell me what you want, what you really really want, I wanna, I wanna, I wanna, I wanna, I wanna really, really really wanna zigazig ha. -Candy gritou e balançava a cabeça animada. Os dois cantaram empolgados fazendo dancinhas estranhas e quando chegaram no refrão os dois cantaram juntos aos berros.

-If you wanna be my lover, you gotta get with my friends, make it last forever friendship never ends,if you wanna be my lover, you have got to give, taking is too easy, but that's the way it is!!!! -Paul usava as mãos como se fossem um microfone. Eles cantaram a música empolgados. Candy batucava nas pernas enquanto Paul dava um show.

-If you wanna be my lover! -Candy gritou a última frase da música que conseguiu e caiu na gargalhada sendo acompanhada por Paul, antes mesmo da música acabar, pois nenhum dos dois conseguia mais cantar, mas apenas rir.

-Ha quanto tempo que eu não ouço essa música. -Candy falou depois que acabou de rir. -Não sabia que você era uma diva, Paul. -Candy disse e logo gargalhou enquanto Paul fazia uma careta engraçada.

-Ah qual é, são as Spice Girls, vai dizer que elas não são maravilhosas? -Paul se justificou.

-São mesmo. -Candy concordou. - Mas também não sabia que cantava tão bem. - Completou fazendo uma cara de dúvida.

-Tem muitas coisas que não sabe sobre mim, mocinha. - Paul sorriu. - Não sou apenas um nerd irresistivelmente atraente, que sabe muita álgebra e dá aulas em casa para líderes de torcida mimadas. - Ele disse despertando uma careta em Candy.

-Irresistivelmente atraente, claro... - Candy riu. - Bom, se é assim, por que não me fala mais sobre o que você é debaixo dessa capa de nerd sem graça? - Perguntou fazendo ele rir frouxo.

-Com prazer. - Paul mordeu os lábios. - Bom, eu sei tocar violão e piano, eu sei cantar e se quer saber sou muito bom cantando, e eu também componho as vezes, mas isso é um enorme segredo. - Ele riu. - E se quer saber, diferente do que todos pensam, meu maior sonho não é ir pra Princeton fazer medicina, na verdade isso nem passa na minha cabeça, meu maior sonho é fazer música em Julliard. - Completou.

-Nossa, eu nunca poderia imaginar isso! - Candy riu. - Quer dizer, por que está me contando isso tudo se é tão secreto assim? Afinal você mesmo disse que eu não quis ser sua amiga. - Ela perguntou com as bochechas coradas e um olhar encantador que só conseguia deixar Paul mais maravilhado com a beleza dela. Antes de responder ela ofegou como se pensasse numa resposta.

-Talvez dessa forma você me conte algo sobre você que me tire da cabeça que você é apenas uma líder de torcida mimada. - Disse Paul. Candy riu com as bochechas coradas.

-Eu quero fazer teatro em Julliard. - Disse com as bochechas ainda vermelhas. - E eu amo cantar desde que me entendo por gente. - Ela completou fazendo-o admirá-la com os olhos fixos.

-Quem sabe a gente não vai pra lá juntos um dia. - Paul sorriu. Aquelas palavras fizeram as bochechas de Candy corarem antes dela sorrir novamente.

-Eu espero que sim... - Candy disse quase num sussurro deixando seus olhos ficarem ainda mais intensos.

*******************************

Dianna e Harry caminhavam em silêncio, observando a neve cair ao redor. Dianna que se esquecera de pegar o casaco antes de sair passava as mãos nos braços, para amenizar o frio intenso. Ao perceber, Harry rapidamente tirou seu casaco e o pôs sobre os ombros de Dianna que sorriu.

-Não precisa, você vai ficar com frio. - Ela sorriu tirando o casaco e devolvendo.

-Antes eu com frio do que você. - Ele sorriu pegando o casaco de sua mão e colocando-o de volta em seus ombros.

-Obrigada. - Ela sorriu. - Onde estamos indo? - Ela parou.

-Não sei bem, eu só queria deixar o Duan e a Rachel a sós, sabe prefiro ele com ela a com a Belatrix. - Ele sorriu.

-A Bella é realmente difícil de aturar, também prefiro a Rachel! - Ela abaixou a cabeça.

-Mas eu também queria ficar a sós com você, e pedir desculpas pelos meus pais, quer dizer pelos pais da Giovanna e do Duan. - Ele riu torto.

-Os considera demais, não é? - Dianna perguntou tirando o cabelo dos olhos.

-Sim. - Ele colocou as mãos nos bolsos. - Eles sempre cuidaram de mim, antes mesmo de Duan e Giovanna nascerem. Meus pais sempre viajaram muito por causa do trabalho, e eu acabava ficando por aqui, até fiz questão de me mudar pra cá, pra ser vizinho deles. - Ele se sentou num banco.

-Parece que a Annie gostou mesmo de você. - Dianna riu. - Ela perguntou por você várias vezes desde aquele dia no hospital. - Disse.

-Sua irmã é idêntica a você. - Harry riu pegando na mão de Dianna. - Ela é uma princesa, acho que estou apaixonado por ela, é tão pequena e tão parecida com você. - Disse fazendo Dianna corar.

-Obrigada. - Ela sorriu. - Somos basicamente eu e a Annie, somos muito unidas, e faço tudo pra ela, e ela por mim. - Dianna olhou para o céu.

-Estrelado, não é? - Disse Harry mudando de assunto.

-Sim. - Ela sorriu.

-Eu tenho um presente pra você. - Harry falou e tirou de dentro de seu bolso um pequeno pacote que fez Dianna corar.

-Eu não comprei nada pra você.- Ela disse sem graça. - Não me disse que também trocaríamos presentes. - Dianna sorriu enquanto abria delicadamente o pacote.

-Quis fazer uma surpresa. - Ele falou quando finalmente abriu e tirou um pequeno ursinho que a fez sorrir.

-Eu amei. - Dianna acariciou o rosto dele. De repente o relógio de Harry apitou, alertando que já era meia noite, os dois se olharam sorrindo. -Feliz natal. - Disse Dianna encarando-o.

-Feliz Natal, meu amor... - Harry se aproximou devagar para beijá-la. Seus narizes se encostaram fazendo os dois entrarem num tipo de transe, até que seu celular tocou interrompendo-os. Harry fez uma cara feia e abriu os olhos para pegar o telefone no bolso de seu casaco que estava em Dianna. Ela mordeu os lábios e abaixou a cabeça.

-Oi, mãe! - Harry atendeu ao telefone coçando os olhos. - Sim, estou muito bem, feliz natal também! - Ele disse. Dianna se levantou e foi para dentro da casa sem que Harry percebesse. -Não, eu estou bem de verdade mãe. - Ele disse se virando para o banco e vendo que Dianna não estava mais ali. - Mãe, eu tenho que desligar, eu ligo pra senhora depois, beijo, te amo. - Disse ele desligando com pressa e correndo pra dentro da casa, porém quando chegou Dianna já estava no quarto. Ele caminhou com raiva até o quarto de Duan que estava lendo deitado na cama.

-E aí, como foi? - Perguntou Duan se levantando.

-Não foi, minha mãe ligou na hora, eu atendi, e quando me virei ela já tinha ido embora. - Harry começou a tirar a camisa.

-Uau, quem diria que a tia Geórgia ainda sabe estragar o clima dos seus relacionamentos, ela não cansa? - Duan riu.

-Cala a boca, Duan! - Harry tacou o sapato em Duan.

-Não se irrite vai, ainda tem amanhã, e eu também não consegui nada. - Duan fechou o sorriso.

-Ué, o que houve? Deixamos vocês a sós. - Disse Harry colocando uma camiseta cinza e larga para dormir.

-Santana. - Disse revirando os olhos. - Ela disse que enquanto eu não terminar com a Belatrix, não vai permitir que eu fique com a Rachel, pois não quer que eu a magoe. -Duan torceu os lábios.

-Sabe que ela não está errada, não é? - Disse Harry se deitando na cama feita de improviso no chão.

-Claro que sei, e é isso que me irrita. - Duan bufou. - Não consigo entender, eu me sinto tão preso a Bella, é como se toda vez que eu tentasse sair dos braços dela algo me puxasse de volta. - Ele encarou o teto. - Mas com a Rachel é tudo tão puro, eu nunca sei o que dizer, eu gaguejo feito um idiota. - Ele riu.

-Pobre, gaguinho. - Harry ironizou antes de rir.

-Até você cara? - Duan tacou o travesseiro em Harry que gargalhava.

-Não se preocupe vai. - Disse Harry parando de rir. - Eu também não sei bem o que eu estou fazendo. - Ele sorriu torto. - Tentei beijá-la e ela foi embora... agora não sei como vou encará-la amanhã de manhã. - Ele coçou a barba por fazer.

-Da mesma forma apaixonada de sempre, que tal assim? - Disse Duan.

-Por que ela foi embora? - Harry sussurrou. - Será que ela não sente o mesmo? Eu achei que nós estávamos caminhando mesmo pra isso... - Ele arregalou os olhos. - Mas é claro, sou um imbecil, ela está assustada, sou professor dela, e estou dando em cima dela, isso é quase pedofilia. - Harry se levantou em desespero. - O pai dela pode me dar um tiro, ou me denunciar, eu posso perder o meu emprego, Duan e ao mesmo tempo nunca ter a garota que eu amo! - Harry o encarou fazendo Duan arregalar os olhos assustado.

-Deixa de ser louco, se acalma. - Duan bateu em suas costas. - Vocês têm saído desde a festa de Halloween. Ela gosta de você também, é bem claro pra todos nós. Ela só deve estar tão confusa quanto você. - Duan deitou em cima dos braços. - Bom, pensa nisso, boa noite. - Apagou a luz do abajur que era a última iluminação do quarto.

-Boa noite. - Harry disse entre os dentes.

Enquanto isso, as meninas no quarto de Giovanna estavam acordadas conversando. Todas riam enquanto comiam uma enorme panela de brigadeiro. Giovanna com suas pequenas pantufas de urso reparou que Dianna estava quieta e foi ao seu encontro.

-Ei. - Chamou a atenção de Dianna. - O que houve? - Perguntou.

-Harry tentou me beijar. - Dianna sussurrou para que as meninas não ouvissem.

-Como é? - Giovanna vibrou. - Mas não beijou? - Ela se encolheu animada.

-Não aconteceu porque a mãe dele ligou e interrompeu o nosso quase beijo. - Dianna revirou os olhos.

-Por que está com essa cara? - Giovanna levantou a sobrancelha. - Isso deixou bem claro que ele gosta de você, devia estar feliz e pelo que você me disse não foi a primeira vez que quase se beijaram.... Você sabe, aquele dia que ele te levou ao planetário. - Ela a encarou com entortando a cabeça.

-Eu sei, e por um lado eu estou, mas por outro estou com medo. - Dianna sorriu de leve. - Não quero me machucar. - Ela abaixou a cabeça.

-Eu conheço o Harry melhor do que ninguém, ele não é do tipo que namora muito, ele está sempre sozinho. Ele nunca sequer acreditou no amor até conhecer você, pode ter certeza de que se ele está agindo assim, falando horas ao telefone com você, te levando a encontros românticos e tudo mais é porque ele está completamente apaixonado. - Giovanna sorriu. - Se ele está desse jeito, é porque te ama. - As duas sorriram.

-Vou lembrar disso na próxima vez. - Dianna encarou o chão sorrindo.

-Giovanna! - Exclamou Santana irritada. - Explica pra nossa amiga aqui que o seu irmão cabeçudo e gordo não serve pra ela. - Santana cruzou os braços.

-Por que não? - Perguntou Giovanna fazendo cara feia.

-Porque ele está namorando a Bella. - Santana revirou os olhos fazendo cara de nojo.

-Isso é. - Giovanna fez careta. - Mas ele não gosta dela, e nem ela dele. - Rachel sorriu com as palavras de Giovanna. -Sem contar que eu voto em você pra ser minha cunhada, e meus pais com certeza vão apoiar a ideia, eles te adoraram. - Giovanna gritou pulando em cima de Rachel.

-O Duan é bonito. - Disse Annie envergonhada. Fazendo com que Dianna risse e a pegasse no colo para colocá-la pra dormir.

-Era só o que me faltava, até você? - Disse Santana arregalando os olhos. - Só eu devo ter bom gosto aqui, apesar de que a Dianna tem um ótimo gosto. - Ela encarou Dianna que corou.

-Seu gosto é o Brandon, tem certeza de que pode ser considerado bom gosto? - Giovanna franziu a testa.

-Brandon é o meu sonho de consumo, você sabe disso, ele é lindo, musculoso, gostoso, e eu não vou desistir. - Disse Santana sorrindo sozinha.

-Brandon ainda gosta da Belatrix, Sants. - Disse Rachel.

-E daí? - Santana a encarou. - Gosto de concorrência, faz a vitória ser mais doce e saborosa no final. - Ela riu.

-Isso tá me enjoando. - Disse Giovanna fazendo uma careta.

-Então vai dormir. - Santana reclamou.

-Pelo visto alguém já foi. - Disse Dianna ao ver que Annie pegara no sono.

-Bom, então agora podemos falar melhor sobre o bom gosto da Di. - Disse Giovanna sorrindo.

-REALMENTE! - Exclamou Santana. - Dianna eu sempre achei que você era quietinha, mas nossa, você fisgou o homem mais lindo que eu já conheci. - Santana gargalhou.

-É verdade Di, ele é lindo, todas as alunas dele sonham com ele. - Disse Rachel apoiando a cabeça nas mãos.

-Sem contar que de uns tempos pra cá o Harry está com uns braços enormes que Dianna que se segure. - Giovanna brincou.

-Vocês estão me deixando envergonhada. - Ela gargalhou.

-Devia era estar orgulhosa, sempre pensei que eu fosse a melhor no quesito conquistar o cara que você quiser, mas quando vi que você à primeira vista conquistou o nosso belo professor de química, eu percebi que nunca chegarei aos seus pés. - Santana brincou.

-Você tem a escola toda nos seus pés, qualquer cara vai querer ficar com você, Santana. - Disse Dianna deitando em seu colo.

-Menos quem eu quero, se não consigo ter o Brandon, quem dirá um Harry. - Ela brincou. - Mas sabe o que eu realmente acho de vocês dois? - Santana a encarou, e todas permaneceram em silêncio para escutá-la.- Vocês se amam, e não sabem nem disfarçar, e isso é o que me fascina, porque eu sei que sou meio louca as vezes, mas eu admiro demais quando pessoas se amam de verdade como vocês dois. - Todas ficaram assustadas com as palavras doces de Santana.

-Acho melhor dormimos depois dessa. - Disse Giovanna pegando seu ursinho e rindo contagiando as outras.

-Você ainda dorme com isso, Giovanna? - Santana arregalou os olhos.

-Mas é claro, é o meu bebê, eu nunca vou dormir sem ele. - Ela o abraçou forte.

-Isso é idiota, tem esse urso há doze anos, e nunca nem deu um nome pra ele. - Santana riu enquanto se cobria.

-Agora eu já achei o nome perfeito pra ele. - Giovanna mordeu os lábios.

-Qual? - Perguntou Rachel sorrindo.

-Mike. - Giovanna disse apagando a luz.

-Você está de brincadeira, não é? - Santana se levantou com raiva e acendeu as luzes.

-O que houve? - Dianna arregalou os olhos.

-Vai dar o nome dele pro seu urso? - Santana arrancou o urso dos braços de Giovanna que levantou assustada.

-O que deu em você, Santana? - Ela tomou o urso de volta.

-Eu não gosto desse garoto e você sabe. - Santana se irritou.

-Qual o seu problema com ele? Nunca nem se falaram, por que o odeia tanto se nem o conhece? - Giovanna levantou o tom de voz.

-Gente, calma, por favor, vocês vão acordar a Annie. - Pediu Rachel pondo a mão delicadamente sobre os ouvidos de Annie que se mexia.

-Quer saber? - Santana engoliu a seco. - Dê o nome do seu namoradinho pra essa porcaria de urso. - Ela se deitou com raiva.

-Eu nunca vou entender qual é o seu problema, Santana. - Giovanna se deitou também. Dianna se levantou com calma e apagou as luzes. Todas dormiram rapidamente, não trocaram mais nenhuma palavra.

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Candy e Paul riam enquanto conversavam sobre a escola. Já estavam ali parados dentro do carro há algumas horas. Já haviam cantado, brigado, e falado sobre as mais diversas coisas que faziam parte de suas vidas. De repente o relógio de pulso de Paul despertou anunciando que já era natal.

https://www.youtube.com/watch?v=MuKzdZK7lZo - Escute Flashlight, Jessie J.

-Feliz Natal, Can. - Paul sorriu enquanto a olhava intensamente.

-Feliz Natal, Paul. - Candy respondeu, mas logo abaixou a cabeça com vergonha. - Parece que vamos passar a noite juntos aqui. - Ela pôs uma mecha de cabelo para trás da orelha antes de encarar Paul novamente.

-Pois é. - Paul sorriu.

-O que foi? - Candy franziu o cenho encarando-o fixamente.

-Eu acho que sou apaixonado por você. - Paul disse olhando fixamente os olhos azuis de Candy que ficou sem reação. - Eu sei que você me acha um nerd idiota e que me vê apenas como seu tutor de álgebra, mas eu sempre, desde a primeira vez que te vi na escola há quatro anos atrás com aquela trancinha e saia rodada, sou completamente apaixonado por você. - Disse fazendo Candy engolir a seco como se processasse tudo aquilo. - Desculpa! Eu... - Logo suas palavras foram cortadas por Candy que se debruçou e o beijou. Paul pode sentir todos seus músculos ficarem rígidos, e seus pelos do braço se arrepiaram. Ele logo a puxou pra mais perto. Paul sorriu. -Se eu soubesse que isso iria acontecer já teria me declarado antes. - Fez careta fazendo Candy corar.

-Eu não sei porque fiz isso, me desculpa. - Ela disse sem graça enquanto ajeitava sua touca.

-Tem certeza de que não? - Ele riu. - Parecia bem decidida, você até me deu uma mordidinha que eu senti. - Paul gargalhou ao ver que a expressão que gerou em Candy.

-Idiota! - Ela disse com raiva, mas ele logo foi se achegando novamente fazendo-a sorrir. - Eu não posso fazer isso, não agora. - Disse tentando quebrar todo e qualquer clima.

-Olha, Candy, você já fez. - Paul disse confuso.

-Eu sei, é que foi um impulso, quer dizer, eu quis, quis mesmo, mas eu não posso, Paul, a Belatrix me expulsaria da equipe na mesma hora. - Disse sem graça percebendo a irritação de Paul ao ouvir aquelas palavras.

-Então se importa mais com a torcida do que com o que está sentindo por mim? - Ele riu irônico.

-Quem disse que eu sinto algo por você? - Candy disse grosseiramente tentando não demonstrar o que realmente sentia.

-Ah, não? - Paul a encarou enquanto ela olhava pela janela a neve caindo bruscamente. - Então por que me beijou? - Ele sorriu fazendo-a olhar pra ele. - E por que toda vez que ficamos perto você acha um jeito desesperado e desajeitado de fugir? - Ele disse agora se aproximando, Candy sabia que era verdade, sentia tudo o que ele dizia agora mesmo, e dessa vez não tinha pra onde fugir. - Admite, Candy, você gosta de mim. - Sorriu se aproximando ainda mais dos doces lábios de Candy.

-Como você é convencido. - Ela disse em transe.

-Não sou. Eu só não quero desperdiçar esse momento. Estamos nós dois aqui, sem aquela escola idiota, sem panelinhas, sem a Belatrix. - Ele a encarou nos olhos. - Somos apenas eu e você, e uma linda noite de natal, admite o que sente, sabe que eu sinto também, podemos ficar juntos. - Ele disse e logo se inclinou para beijar Candy que não conseguiu resistir. Ele colocou a mão por debaixo de seu pescoço quente devido ao agasalho, puxando devagar alguns fios de sua nuca.

-Eu também to apaixonada por você. - Candy disse num impulso incontrolável.

-Eu tinha certeza disso. - Ele riu enquanto soava convencido demais pra ela que fez uma careta.

-E eu tenho certeza de que você é um bobão. - Ela riu sem graça antes de dar um selinho em Paul que parecia transbordar de tanta felicidade.

-Vamos ficar juntos? - Ele perguntou. - Quebrar os estereótipos e ser felizes? - Paul riu enquanto a beijava levemente.

-Vamos. - Ela riu de volta. - Mas eu preciso que faça uma coisa por mim. - Candy disse séria. - Eu quero ficar com você, Paul, mas até eu falar com a Bella, não quero que ninguém saiba, ok? - Ela pediu fazendo-o bufar.

-Quer que a gente fique escondido? - Ele se afastou um pouco dando um leve soco no volante.

-É só até as Regionais, por favor, e depois eu conto pra ela e assumimos. Eu juro. - Ela fez um beicinho.

-Mal estamos juntos e você acha que pode me convencer com esse biquinho aí? - Paul riu enquanto ela se aproximava dele devagar. - Tá, tá legal, eu não sou uma pessoa difícil, mas, Candy, eu quero que me prometa: Depois das Regionais vamos ficar juntos de verdade! - Ele pediu.

-Eu prometo. E você me promete que não vai contar a nenhum dos seus amigos e que não vamos dar bandeira até a Bella ouvir isso da minha boca, ok? - Pediu.

-O que eu não faço pelo amor de uma líder de torcida. - Paul riu antes de Candy pular em seus braços e dar-lhe um outro beijo agora ainda mais intenso. Ele deixou suas mãos deslizarem até a cintura dela trazendo-a pra cima de si, enquanto Candy delicadamente acariciava seu rosto. Os dois sorriram e continuaram ali aos beijos.

**************************

Era manhã de Natal, Willian e Caroline já estavam de pé arrumando a mesa para o café da manhã. Os dois tinham um extremo bom gosto, provavelmente fora deles que Giovanna herdou o dom da ornamentação. Caroline, apesar de ser médica sempre admirou tudo o que envolvia decoração, e Willian era o tipo que se orgulhava de botar as mãos na massa e fazer tudo o que lhe era imposto. Os dois sorriam e pareciam entretidos enquanto estavam ali, deixando a mesa com uma aparência mais aconchegante e acolhedora. Enquanto isso Santana e Duan disputavam o banheiro.

-Precisa de tanto tempo aí dentro, garota? - Perguntou Duan batendo com força na porta do banheiro.

-Por que não vai se defumar um pouco, presuntinho? - Gritou Santana de dentro do banheiro.

-Só se você jurar que vai depilar seus pelos, Grinch! - Ele gritou rindo.

-Morre, Duan! - Exclamou Santana ao abrir a porta. - Não sabe esperar? Até parece que gosta de tomar banho. - Ela riu sarcástica.

-Olha quem fala! - Ele virou os olhos.

-Eu não tenho cheiro de presunto! - Santana deu um tapa na cabeça de Duan antes que ele adentrasse o banheiro.

-Mas será que vocês não cansam? - Disse Harry saindo do quarto. - Vocês me acordaram. - Reclamou.

-Já estava na hora mesmo, tem alguém ansiosa pra te ver. - Santana apontou para o quarto de Giovanna. Harry sorriu e caminhou em direção à porta. -Espera! Melhor tomar um banho e escovar os dentes antes não acha, professor? - Santana riu encostada na porta do banheiro.

-Tem razão, vou ao banheiro do quarto da Caroline. - Correu Harry.

-Espera, tem outro banheiro nessa casa? - Perguntou Santana de cara feia. - Duan, seu gordo miserável, eu apressei meu banho matinal por sua causa! - Ela começou a socar a porta com raiva enquanto escutava os risos de Duan vindo de dentro do banheiro.

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-Bom dia! - Gritou Giovanna descendo as escadas.

-Bom dia, minha querida, pode pegar algumas frutas na cozinha pra mim, por favor? - Pediu Caroline.

-Claro! - Disse Giovanna adentrando a cozinha.

Ao entrar na cozinha o celular de Giovanna apitou em seu bolso, e fazendo-a largar as frutas em cima da bancada para poder ver o que era. Ao abrir o celular, Giovanna se deparou com uma mensagem de Mike, e antes mesmo de abri-la, ela sorriu de ponta a ponta. Era uma mensagem desejando feliz natal, e dizendo que estava com saudade. As palavras doces que Mike escrevera na mensagem, fizeram Giovanna corar na mesma hora, porém Santana adentrou silenciosamente a cozinha, e viu que a mensagem era dele. Com raiva ela virou Giovanna para si.

-Que meigo. - Ela cruzou os braços.

-O que é agora, Santana? - Giovanna colocou as mãos na cintura.

- Você deveria estar com o Jeremy ainda! Esse é o problema, esse garoto não serve pra você! - Exclamou Santana.

-Você quer ficar com ele, é isso? - Perguntou Giovanna confusa.

-Eca, mas é claro que não! - Santana fez cara de nojo.

-Vai me dizer que não acha ele lindo? - Giovanna sorriu como se lembrasse da fisionomia de Mike. - Os olhos castanhos, a cor morena da pele, ele é quase uma versão sua, mas masculina, e menos louca. - Giovanna brincou.

-Está me comparando com ele? - Santana demonstrou indignação na voz.

-Só estava brincando, Sants, quero que seja sincera comigo, por que não apoia o nosso namoro? - Disse Giovanna pegando as frutas sobre a bancada.

-Eu nunca ficaria com esse Mike, me dá ânsia só de pensar. - Disse Santana encostando-se à bancada. - Eu só não vou com a cara dele, algo me diz que ele não é uma boa pessoa, e eu não quero te ver sofrer. - Santana mordeu os lábios.

-Desculpa, amiga, mas eu to muito feliz com o nosso namoro, quer dizer, se tem alguém sofrendo com isso aparentemente é você, e eu não entendo. - Giovanna torceu os lábios enquanto encarava Santana que respirava ofegante.

-Me desculpe! - Santana abraçou Giovanna com força e ela retribuiu.- Amo você. - Disse Santana fechando os olhos para segurar as lágrimas.

-Também amo você, feliz natal! - Disse Giovanna sorrindo. - Bom, vamos, me ajude a levar essas frutas.

-Claro. - Santana sorriu.

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Candy abriu os olhos e pode ver Paul ali, abraçado a ela. Tomou um susto ao constatar que já era manhã. As ruas já estavam com menos gelo, e já tinham algum movimento de lojistas e alguns restaurantes. - Paul! - Ela chamou assustada. - Dormimos aqui, meu pai vai me matar! - Candy o sacudiu.

-Não foi um sonho? - Paul abriu os olhos já sorrindo.

-Preciso que me leve pra casa, meu pai vai ficar uma fera. - Ela disse nervosa.

-Tudo bem, minha mãe também deve estar uma pilha de nervos atrás de mim. - Disse. - Mas quero meu último beijo, namorada secreta, porque não sei quando vou poder te beijar novamente. - Paul caçoou enquanto Candy penteava o cabelo.

-Muito engraçadinho! - Ela riu antes de dar um beijo em Paul. - Agora vamos! - Ela disse enquanto Paul dava a partida.

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Rachel esperava na porta do banheiro sem saber que era Duan quem lá estava. Quando ele abriu a porta, os dois se olharam fixamente, e mais uma vez o gaguejo tomou conta de Duan.

-B-Bom d-dia - Disse Duan nervoso.

-Bom dia, Duan! - Rachel sorriu entrando no banheiro.

-Bom dia! - Ele repetiu fazendo-a rir antes de fechar a porta. -Que idiota, eu já tinha dado bom dia! - Duan sussurrou enquanto batia em sua própria testa.

-Ei, cara, não se maltrate, não vai resolver seus problemas assim. - Disse Harry debochando enquanto se aproximava.

-Olha quem está falando, o maluco pedófilo de ontem à noite. - Duan riu dando um abraço em Harry.

-Bom dia! - Disse Dianna saindo do quarto, já arrumada para descer. Harry se virou devagar para Dianna com um enorme sorriso no rosto.

-Bom dia, Dianna. - Ele se aproximou

-Bom, vou descendo logo, espero vocês lá embaixo. - Disse Duan dando uma piscadinha para Dianna que corou.

-Me desculpe por ontem. - Disse Harry se encostando à parede.

-Por tentar me beijar ou por sua mãe ter interrompido? - Dianna sorriu.

-Depende do que foi que te ofendeu e te fez ir embora daquele jeito. - Ele a puxou pela mão, trazendo-a para perto dele.

-Me desculpe por ter saído daquele jeito. - Pediu Dianna já perto de Harry. - Eu fiquei um pouco nervosa com toda a situação. - Ela sorriu.

-Também estou. - Ele sorriu de volta. - Mas que tal a gente tentar de novo? - Harry sussurrou se aproximando e pegando na cintura de Dianna.

-Achei que queria que fosse algo romântico. - Dianna sorriu frouxo.

-Eu já não aguento mais esperar... - Harry disse num sussurro. Ela fechou os olhos, e pôs suas mãos no rosto de Harry, porém mais uma vez foram interrompidos antes de conseguirem se beijar ao abrir da porta do banheiro, os dois deram um pulo de susto.

-Aí...Desculpa, gente, eu atrapalhei tudo, não é? - Disse Rachel encarando-os.

-Não. - Os dois coraram. - Tudo bem. - Disseram um por cima do outro fazendo Rachel sorrir.

-Desculpa mesmo... - Rachel disse encarando Dianna que corou novamente.

- Bom, então vamos descer? - Disse Harry batendo as mãos e correndo na direção da enorme escadaria. Dianna e Rachel o seguiram. -Bom dia e feliz natal! - Gritou ao descendo as escadas.

-Feliz natal, meu querido! - Disse Caroline sorrindo. - Feliz natal, queridas! - Abraçou as meninas. - Bom, o café está mais simples que o jantar, não deu tempo pra preparar muita coisa, quisemos levantar mais tarde. - Ela sorriu.

-Tudo bem, se tiver um café pra mim está ótimo. - Disse Harry sorrindo carinhoso.

-Escute Harry, é manhã de natal, e eu exijo que você tome um café da manhã de verdade, nada de "só café", sua mãe me mata se descobre que não supervisiono sua alimentação. - Caroline ralhou, fazendo Harry rir.

-Depois nós somos pirralhos, sua mãe ainda manda minha mãe supervisionar o que o senhor de vinte e cinco anos come! - Duan gargalhou.

-Duan, não me faça levantar no meio do café em plena manhã de natal para calar a sua boca! - Harry fez careta.

-Já chega! - Disse Willian num breve sorriso.

-Bom, pelo menos o Harry sabe escolher uma garota, diferente de você não é Duan, que escolheu a Belatrix. - Disse Santana pegando uma maçã.

-Pelo menos eu estou com alguém, não sou como você que fica cercando o Brandon feito uma desesperada só pra tomar patadas! - Retrucou Duan.

-Vou enfiar essa maçã na sua boca, Duan, e aí já teremos uma refeição para o jantar! - Disse Santana fazendo cara feia.

-JÁ CHEGA! - Brigou Willian dessa vez, sério. - Estou com uma enxaqueca tremenda e vocês brigando e gritando. - Reclamou. - Vou voltar a dormir. Divirtam-se. - Ele se levantou e caminhou em direção à escada.

-Não vou nem perder tempo brigando com os dois, nunca vão mudar mesmo! - Caroline revirou os olhos antes de encarar Duan e Santana. - Vou atrás do seu pai! - Ela se levantou.

-Ótimo! Vocês dois estragaram o café da manhã! - Giovanna cruzou os braços com raiva.

- Vou dar uma volta! - Disse Duan se levantando.

-Bom, eu vou subir pra acordar a Annie, senão ela não vai acordar tão cedo. - Disse Dianna se levantando, mas antes beijou delicadamente a testa de Harry que sorriu frouxo com o ato carinhoso dela.

-Santana, cadê seu espírito natalino? - Brincou Harry.

-Eu perco toda vez que olho pra cara gorda do Duan. - Ela riu. - Mas vem cá, você é bem legal fora de sala, quando não está tentando me convencer a prestar atenção na sua aula! - Ela deu um sorriso sincero para Harry.

-Bom saber! - Harry pegou um pedaço de pão e deu uma mordida. -Admiro sua sinceridade. - Ele riu.

-Bom dia! - Disse Annie descendo as escadas ainda de pijama.

-Bom dia, Annie. - Disse Harry antes de receber um abraço da doce e pequena Annie o que o fez sorrir.

-Posso te perguntar uma coisa? - Ela sorriu. -Onde você e minha irmã foram ontem? - Ela arqueou a sobrancelha fazendo Harry engolir a seco.

-Muito bem, mocinha... - Disse Santana tentando mudar de assunto. - Sua irmã e o professor são loucos por química, aproveitam até as datas festivas para falar sobre baforizadores... - Sorriu.

- Catalisadores. - Corrigiu Harry.

- Isso, catalisadores. Acredita? - Santana reformulou com um enorme sorriso brincalhão no rosto que fez Annie sorrir também.

-Acho que química deve ser bem legal. - Ela sorriu finalmente esquecendo o assunto. - Harry, será que um dia pode me ensinar química também? - Annie o encarou com um sorriso inocente.

-Acho que a sua irmã prefere que outro professor te ensine essa coisa de química. - Santana disse entre os dentes fazendo Giovanna rir.

-É verdade. - Concordou. - Annie, meu amor, o que você acha de tomarmos o café no meu quarto enquanto vemos algum desenho? - Giovanna sorriu convidativa.

-Legal - Annie sorriu dando uma piscadela para Giovanna. - Vamos, Santana? - Chamou.

-Claro, pirralhinha. - Santana sorriu. Antes de subirem, Annie retornou a Harry sem que as duas percebessem. Colocando as mãos no ombro de Harry ela cochichou em seu ouvido: - O namoro de vocês vai ser nosso segredo. - Ela sorriu, fazendo Harry corar e em seguida sorrir também.

***************************

-Giovanna! - Chamou Santana retornando ao quarto depois de tê-lo deixado para atender ao telefone.

-Sim? - Giovanna disse sorrindo ainda encarando o filme junto com Dianna, Annie e Rachel.

-Já vou! - Santana mordeu os lábios.

-Ué, mas por quê? É cedo ainda! - Giovanna levantou a sobrancelha.

-Meus pais ligaram, e disseram que é pra eu ir pra casa, disseram algo sobre "precisamos conversar" - Ela fez as aspas com os dedos.

-Sobre o tal problema? - Giovanna se virou para Santana logo após pausar o filme.

-Provavelmente. - Santana revirou os olhos.

-Está tudo bem? - Perguntou Dianna. - Você parece meio inquieta, Santana. - Disse.

-Não quer mesmo me contar o que é? Somos amigas! - Giovanna torceu os lábios enquanto Dianna e Rachel afirmavam com a cabeça.

-Aguento isso por dezessete anos, vou sobreviver sem contar, me desculpem. - Santana se encostou ao batente da porta do quarto. - Mas eu realmente não to pronta pra falar disso ainda. - Abaixou a cabeça sem graça.

-Tudo bem. - Disse Dianna sorrindo. - Apenas saiba que pode contar conosco. - Piscou antes de se levantar para lhe dar um abraço.

-Pois é. - Disse Giovanna. - Quando eu vou te ver de novo? - Perguntou também se levantando.

-Eu te ligo. - Santana a abraçou. - Não precisa me levar na porta, já sei o caminho. - Ela sorriu.

-Tudo bem. - Giovanna disse seca. - Feliz Natal, então. - Ela disse.

-Pra vocês também. - Santana deu um sorriso torto enquanto Dianna, Rachel e Annie lhe desejavam um feliz natal. - Obrigada. Então... to indo lá, tchau. - Disse encarando os pés.

-A Santana anda meio estranha. - Disse Giovanna cruzando os braços.

-Deixa ela, Gio. - Disse Dianna. - Ela esta passando por problemas e precisa de um tempo, vai passar. - Ela sorriu.

-Eu espero. - Disse Giovanna bufando. - Só queria que ela falasse o que está acontecendo. - Rolou os olhos.

-Ela vai dizer quando estiver pronta, Gio. - Disse Rachel sorrindo. - Que tal retornarmos ao filme? - Riu.

-Boa ideia! - Disse Giovanna abrindo um novo sorriso e dando play na direção do DVD.

*****************************

Mais tarde um pouco, Harry se encontrava na biblioteca da casa folheando um jornal. Annie ao seu lado apenas observava a imensidão da biblioteca extremamente rústica e colorida pelos milhares de livros que portava. Dianna adentrou com cuidado ao recinto. - Annie, papai ligou, disse que está vindo te buscar pra vocês saírem! - Disse Dianna num tom mais baixo.

-Tá, eu vou me arrumar! - Disse Annie dando uma piscadinha pra Harry antes de sair pela porta.

-Você não vai? - Ele perguntou se levantando enquanto Dianna andava em sua direção.

-É um programa dos dois, eu te disse que minha mãe morreu no parto da Annie, meu pai não a aceitava no início, foram anos difíceis, e agora eles fazem isso todo natal pra tentar recompensar tudo. - Dianna sorriu.

-Isso quer dizer que ainda tenho mais algumas horas pra tentar começar o que estou desde ontem tentando. - Ele a puxou fazendo-a se sentar sobre uma de suas pernas o que a fez sorrir antes de acariciar o rosto dele.

-Quem sabe se você arrumar um visco. - Dianna brincou.

-É uma boa ideia, assim ninguém poderia nos interromper, não acha? - Ele sorriu feito bobo. -Vamos procurar um então? - Ele pegou devagar em sua mão fazendo-a abaixar a cabeça.

-Pode ser, mas primeiro tenho que entregar a Annie para o meu pai. - Ela o encarou dando uma piscadela.

-Eu espero, não tenho nada pra fazer, talvez resolver alguns exercícios de química, nada demais! - Ele riu. Ela deu um beijo em seu rosto fazendo-o fechar os olhos.

-Te vejo daqui a pouco. - Dianna sussurrou perto de seu ouvido, o que o fez se arrepiar, e se levantou saindo da sala rapidamente com um tremendo sorriso no rosto. Aquela voz era totalmente impactante pra ele que ficou ali com um sorriso bobo.

-UAU! - Disse Giovanna entrando na biblioteca pela outra porta - Olha achei melhor até esperar um pouco antes de sair, pra não atrapalhar. - Ela riu.

-Não seria a primeira a fazer isso. - Harry riu.

-Sabe, ela gosta de você demais, não vai magoá-la certo? - Giovanna se aproximou.

-Como a magoaria sem me magoar? - Harry abraçou Giovanna.

-É, finalmente aconteceu, o meu irmão mais velho que disse que não se apaixonaria nunca, porque amor não é algo real já que a ciência não o explica ou o comprova, está amando feito um louco. - Giovanna riu.

-Agora eu entendo porque ele nunca foi comprovado. - Harry torceu os lábios.

-É mesmo? - Disse Giovanna sorrindo.

-Foi feito apenas pra sentir, acredita que é tão simples? - Ele brincou.

-Sei como é. - Giovanna encarou o teto.

-Que papo é esse, mocinha? - Harry franziu a testa.

-O que é? - Giovanna arregalou os olhos.

-Está apaixonada? É nova demais pra isso. - Harry fez careta com raiva.

-Alô, tenho a mesma idade da menina por quem você está apaixonado! - Giovanna torceu o nariz.

-Sou um péssimo exemplo pra você. - Harry colocou as mãos na cabeça.

-Escuta, não fique igual ao Duan, já chega de irmão ciumento, eu gosto de você assim, apaixonado, então esquece o que eu to fazendo. - Ela riu dando um soco leve no braço de Harry.

-Vou fingir que não sei que você está apaixonada. - Ele fechou a cara. - O Mike não é mais velho que você não né? - Harry se desesperou.

-Harry, você tem vinte e cinco anos e ela dezessete, quer mesmo me dar lição de moral? - Giovanna gargalhou.

-Giovanna, quantos anos ele tem? - Harry arregalou os olhos.

-Dezoito - Ela riu.

-Estou de olho em você. - Ele deu língua pra Giovanna enquanto ela saía do local. -Sou mesmo um péssimo exemplo. - Pensou alto.

****************************

Duan estava sentado na varanda de casa. Com a cara fechada ele quebrava um pequeno galho nas mãos, e encarava o céu claro. A neve cobria parte de seus sapatos, e o vento gelava suas mãos, porém ele parecia não se importar com isso. Rachel abriu devagar a porta e ao notá-lo sentou-se ao seu lado na escadinha da varanda.

-Tudo bem? - Perguntou Rachel.

-Não sei bem. - Duan encarou Rachel. - Sou um idiota. - Ele riu.

-Bom, talvez só esteja num dia ruim. - Ela riu também.

-Sempre dou alguma mancada. - Ele pegou em sua mão. - Me desculpe pelo que tentei ontem à noite. - Disse.

-O que você tentou? - Ela ficou séria.

-Se não fosse a Santana você teria ido inocentemente ao terraço comigo, e eu ia tentar te beijar, como venho querendo desde o baile. - Ele abaixou a cabeça.

-E sua namorada? - Ela mordeu os lábios sem encará-lo.

-Pois é. - Ele levantou uma sobrancelha.- Eu sou um merda mesmo, não é? - Duan baixou a cabeça

-Não, é apenas um idiota, mas um merda não. - Ela riu. - Acho que você pensa que eu também sou, não é? - Rachel o encarou com um olhar sério.

-Por quê? - Duan perguntou confuso.

-Porque você tem namorada, e ela já me odeia o suficiente por você ter dançado comigo no baile antes dela chegar. - Ela riu de leve. - E mesmo assim você ainda tenta ter algo comigo estando com ela, só porque eu gosto de você. - Baixou a cabeça.

-Eu não te acho idiota, Rachel. - Duan coçou a cabeça. - Eu não faço isso pensando na Belatrix. - Ele se aproximou.

-Mas deveria. Ela é sua namorada. - Ela o encarou com tristeza nos olhos. - Eu gosto demais de você, Duan, e as vezes até acho que também gosta de mim, mas você não consegue se decidir. - Rachel torceu os lábios.

-A Bella torna as coisas difíceis, um dia ela me ama e é a melhor namorada do mundo, e outro dia eu não presto e ela me trata mal, e eu fico mal, afinal estamos juntos há um ano e meio. - Duan baixou a cabeça encarando a neve.

-E você quer ser melhor pra ela, não é? - Rachel suspirou.

-Não é isso, Rachel, é que eu...Eu queria tentar te beijar, porque senti algo quando dançamos, algo real. - Ele sorriu pegando em suas mãos. - Eu queria confirmar o que era. - A encarou fixamente.

-Então quer me usar pra ver se significo algo pra você ou se realmente prefere a Bella? - Rachel franziu o cenho.

-Não é isso, eu só... - Duan tentou se explicar, mas Rachel o cortou com um tom raivoso.

-Sabe, Duan, a sua namorada é um monstro, mas nem por isso eu vou me prestar ao papel que você quer que eu faça.- Ela torceu os lábios. - Eu gosto sim de você e sim eu odeio a Belatrix, mas nunca a faria sofrer dessa maneira, porque eu não sou esse tipo de pessoa. - Bufou.

-Rachel, eu sinto algo por você, é verdade. - Disse Duan fechando os olhos. - Mas também sinto algo pela Bella. - Ele voltou a encará-la.

-Então não posso ser absolutamente nada sua, enquanto você não souber o que sente. - Rachel formou uma linha reta com os lábios. Seus olhos eram intensos.

-Me perdoa, Rach. - Disse Duan com as bochechas vermelhas de vergonha. - Eu preciso pensar direito sobre isso, eu realmente quero estar perto de você, mas algo me prende a Bella e eu preciso resolver isso. - Ele socou a madeira da grade.

-Então resolva, Duan, mas até lá eu acho melhor mantermos distância. - Rachel disse cabisbaixa. - Eu preciso ir agora...Tchau, Duan. - Ela disse fugindo de suas mãos fortes que a faziam parecer menor. De repente a porta se abriu novamente, e Duan se virou para ver que era Dianna segurando no ombro de Annie. Ela sorriu fechando a porta.

-Tudo bem? - Ela riu.

-Na verdade não. - Duan apertou a bochecha de Dianna. -Já vai embora? - Perguntou.

-Bom, eu não, mas a Annie vai, meu pai vai levar ela pra passear. - Dianna encarou Annie sorrindo.

-Vamos numa padaria muito legal, tem biscoitos em forma de árvore de natal. - Annie disse feliz.

-Traz alguns pra mim! - Disse Duan brincando.

De repente um carro preto parou em frente à casa, era Dean, o pai de Dianna e Annie que apenas acenou de longe com um sorriso curto no rosto. Dianna caminhou na direção do carro e enquanto Annie abria a porta para entrar, ela dava um beijo no rosto do pai que sorriu sinceramente. Antes do carro dar a partida Dianna caminhou em direção a Duan.

-Como estão as coisas entre você e a Rachel? - Disse Dianna se sentando.

-Não sei. Eu disse a ela a verdade, que ainda estou confuso sobre o que sinto por ela e pela Belatrix e ela me deu um fora. - Duan bateu com a mão na testa.

-Isso é egoísta da sua parte...ficar com raiva, sabe? - Dianna fez cara de sapeca e logo depois riu.

-Eu não posso simplesmente terminar assim por impulso, só porque senti algo enquanto nós dançamos. - Duan a encarou. - E se eu realmente amar a Bella, vou perdê-la à toa? - Ele bufou.

-Se fosse assim eu não saberia que estou apaixonada pelo Harry. - Dianna sorriu.

-Apaixonada? - Duan a encarou com um sorriso sincero. - E ele já sabe disso? Porque acho que ele vai ser o cara mais feliz do mundo quando souber! - Duan riu.

-To esperando o momento certo pra dizer. - Dianna riu encostando sua cabeça no ombro de Duan. - Não diga nada a ele. - Pediu.

-Claro que não, eu não estragaria o momento mais feliz da vida do Hazz! - Completou.

-Obrigada, bom, mas vamos falar de você... - Dianna o encarou. -Não foi apenas a dança, Duan. - Dianna sorriu. - Não se sente diferente com a Rachel sempre que estão juntos? - Dianna levantou o rosto de Duan.

-Sim, mas eu não sei o que é, Di. - Duan torceu os lábios.

-Então descubra, antes que magoe alguém ou se magoe. - Dianna. - Sabe, a Rachel é uma garota incrível, e desculpe, Duan, mas a Bella só te coloca pra baixo, vocês vivem brigando. - Ela sorriu torto.

-Eu sei, mas não posso resolver as coisas assim, quer dizer, a Rach é linda e incrível, eu me sinto ótimo ao lado dela, mas eu e a Bella também temos bons momentos... - Ele disse sério.

-Então pense com calma, ok? - Dianna lhe deu um beijo no rosto quando de repente a porta se abriu pondo Harry no recinto.

-Estou atrapalhando? - Ele se sentou do outro lado de Duan.

-Já vi que tenho que sair da minha própria varanda se não quiser atrapalhar. - Duan riu se levantando.

-Pensa bem viu, Duan? - Disse Dianna enquanto ele entrava. Duan apenas fez sinal de positivo com a mão.

O silêncio tomou conta do lugar. Harry encarava fielmente o casaco de Dianna que estava em suas mãos, enquanto ela enrolava as mãos uma na outra. Depois de alguns segundos Harry se aproximou devagar, fazendo-a rir.

-Pronta pra procurar o nosso visco? - Ele sussurrou em seu ouvido estendendo o casaco para ela.

-Era sério isso? - Ela gargalhou.

-Mas é claro! - Ele se levantou. - Vem comigo? - Ele estendeu a mão para Dianna que sorriu de ponta a ponta.

-Pra onde vamos? - Ela perguntou entrando no carro de Harry.

-Uma surpresa! - Disse sorrindo enquanto entrava no carro.

-Vai me sequestrar? - Ela brincou encarando-o.

-Se eu disser que não quero fazer isso seria mentira, mas não, eu não vou te sequestrar. - Ele se inclinou para Dianna. - Pelo menos não hoje. - Ele pôs delicadamente a mão sobre seu rosto fazendo-a fechar os olhos.

Harry deu um beijo na mão de Dianna e logo depois deu a partida no carro que no início se mostrava preso pela neve, porém depois de algumas tentativas, finalmente saiu do lugar. Depois de alguns minutos silenciosos dentro do carro Harry parou o carro em frente a um parque todo coberto de neve. Ele saiu do carro e abriu a porta para que Dianna saísse. Ao pôr os pés no chão sua bota afundou na neve macia, fazendo com que ela caísse nos braços de Harry que mordeu os lábios.

-Desculpa. - Ela pediu tentando achar equilíbrio na neve fofa.

-Quando quiser. - Ele a pegou pela mão. Aquelas palavras a fizeram corar.

-Onde nós estamos? - Ela perguntou encarando-o.

-Estamos num parque. - Ele riu.- Com um belo lago para pesca bem na entrada. - Ele a encarou torcendo os lábios.

-Sabe que os parques não abrem no natal, não é? - Ela riu.

-Sei. - Harry caminhou em direção a grade do parque.

-E sabe que o lago está congelado pelo frio, não sabe? - Ela o seguiu.

-Sei também. - Ele riu.

-E então? - Ela se pôs na sua frente.

-Vai me dizer que nunca foi num parque fechado? - Ele começou a escalar a grade.

-Harry, o que você tá fazendo? Ficou maluco? - Ela arregalou os olhos.

-Vem, eu te ajudo a subir! - Ele esticou a mão.

-Eu não sei. - Ela torceu os lábios.

-Confia em mim. - Harry pediu balançando as mãos.

Dianna o encarou por alguns segundos, mas logo depois segurou em sua mão e começou a escalar a grade. Ao chegar no topo da grade Harry se jogou caindo do outro lado.

-Não vou me jogar daqui, é alto! - Disse Dianna assustada.

-Eu te seguro, pode pular! - Disse Harry levantando os braços em sua direção.

-Tudo isso por um visco? - Ela riu.

-Tudo isso por nós dois. - Ele sorriu de lado.

Sem pensar duas vezes, Dianna se jogou em seus braços, onde foi segurada com força. Os dois se encararam sorrindo.

-O que vamos fazer aqui afinal? - Ela perguntou ainda em seus braços.

-Bom, me deu uma vontade louca de patinar. - Ele disse estendendo o braço que arrancou um visco da árvore. Dianna mordeu os lábios o encarando. -Não tem ninguém pra interromper, e estamos embaixo de uma árvore cheia de viscos, então... -Ele sussurrou se aproximando de Dianna que sorriu. Porém quando eles se aproximaram, um bocado de neve caiu na cabeça de Harry fazendo-o cair junto com Dianna.

-Ai meu Deus, você está bem? - Ela disse tirando a neve de seu rosto.

-Acho que estou amaldiçoado a nunca conseguir te beijar. - Ele riu.

-Acho que sim, vem deixa eu te ajudar! - Ela começou a puxa-lo pelo braço.

-Eu to bem, vamos patinar? - Disse ele sentado na neve.

-Eu não trouxe patins. - Ela se sentou ao seu lado.

-Eu trouxe pra você, mas não tenta me beijar, tá? Senão vai que o gelo se quebra e eu caio na água e congelo. - Ele disse sério e logo depois soltou uma gargalhada quando ela fez cara feia para ele.

-Vamos logo então. - Disse pegando os patins na mochila de Harry que ria observando-a.

-Vamos! - Ele disse pegando seus patins também.

Os dois se levantaram e começaram a brincar enquanto patinavam no lago congelado. Harry tinha uma seção de tombos que faziam Dianna gargalhar. Ele ficava admirado com o equilíbrio de Dianna em cima daquele gelo tão escorregadio. Ela sorria se exibindo pra ele, fazendo até mesmo alguns passos de patinação artística.

-Você não é muito bom nisso, não é? - Ela riu se agachando perto dele que parecia ter desistido de tentar para permanecer ali encarando-a cheia de graciosidade.

-Falta de prática. - Ele disse deitado no gelo. - Tá eu nunca fui bom nisso, mas eu to melhorando. - Ele riu.

-Então por que me trouxe aqui? - Ela se sentou.

-Sua irmã me disse que você ama patinar, mas que desde que sua mãe faleceu você não patinou mais, que era algo que vocês faziam juntas, pensei que seria bom pra você. - Ele se levantou pegando em sua mão.

-Foi bom mesmo, eu me lembrei dela quando peguei os patins. - Ela sorriu encarando o gelo.

-Me desculpe se fui inconveniente. - Pediu.

-Não, você está sendo ótimo, nas tentativas claro, porque na patinação você é péssimo. - Ela gargalhou. - Obrigada. - Disse.

-Aé? Vamos jogar na minha área então. - Ele se pôs de pé. - Que tal um problema enorme de química? - Ele riu.

-Quer saber? - Ela se levantou também. - Eu topo, afinal, Stanford me espera. - Ela pôs a mão na cintura. - Mas sabe que eu sou sua melhor aluna, então cuidado pra eu não te humilhar. - Ela tirou os patins.

-Um aluno superando o mestre? - Ele fez bico. - Acho que não. - Riu.

-Está com medo? - Ela se aproximou.

-Um pouco, sempre que você se aproxima acontece alguma coisa. - Ele a pegou no colo.

-Vai me deixar mal acostuma, Harry Evans. - Ela se balançou em seu colo.

-Vamos ver. - Ele a rodou em seu braços. - Bom, vamos pra onde agora? Vou te deixar escolher. - Ele riu colocando-a no chão.

-Que tal fazermos um boneco de neve bem aqui? - Ela esticou os braços mostrando o lugar.

-É uma boa. - Ele sorriu. - Enquanto isso, pode colocando seu cérebro pra pensar porque eu já sei qual problema eu quero que resolva! - Completou fazendo-a rir.

****************

-Cheguei. - Disse Santana abrindo a porta de casa. - Vamos começar logo com a palhaçada de família unida. - Ela revirou os olhos encarando os pais.

-Tem que parar com isso, Santana, seu comportamento está inaceitável. - Sua mãe, Elena, levantou-se.

-Sempre foi assim, você não tinha se dado conta ainda? - Santana riu sarcástica. -Sempre fui eu a problemática, a filha rebelde. - Ela cruzou os braços.

-Não aguento mais tanto drama, Santana, é melhor tomar jeito, senão eu mesmo vou te dar um jeito. - Disse Roger, seu pai, já exaltado.

-Vai me bater? - Ela riu.

-Como chegamos a esse ponto? - Elena levou as mãos ao rosto.

-Se vocês tivessem me dado mais atenção, e dado valor ao que eu sabia fazer, e me amado, não teríamos esse problema, mãe. - As lágrimas tomaram conta de seus olhos.

-Só queremos o seu bem, minha filha, sempre quisemos, mas você sempre se põe na defensiva, sempre nos deixa sem escolhas, como podemos ajudá-la se você faz isso? - Roger se sentou. -Tentamos melhorar as coisas marcando um natal em família e você nem sequer tentou, foi embora pra casa de outras pessoas. - Roger a encarava.

-Para ter que aturar ele falando das suas realizações e vocês dois babando e dizendo "por que você não é como ele? " - Santana revirou os olhos. - Eu dispenso. - Ela secou as lágrimas.

-Nunca fizemos isso. - Disse Elena.

-Sempre deixaram claro. - Disse Santana.

-Você está fazendo uma tempestade em copo d'água, Santana, vai ter que parar com isso, porque ele vai voltar a morar aqui com a gente, como era antigamente, e você vai ter que ser agradável querendo ou não. - Roger se levantou berrando as palavras com grosseria.

-Ele vai voltar a morar aqui? - Ela arregalou os olhos carregados de raiva.

-Vai, e aí de você se não se comportar. - Gritou seu pai.

-Eu não sou obrigada a aturar isso. - Ela caminhou em direção ao pai levantando seu tom de voz.

-Enquanto estiver debaixo do meu teto você vai ter que aturar o que eu quiser que você ature. - Ele a encarava com raiva enquanto Elena soltava um suspiro ofegante de tristeza.

-Sabe que eu posso sair daqui não sabe? Foi o que eu sempre quis mesmo, estaria me fazendo um favor. - Santana riu irônica em meio a berros.

-Sabe que eu posso te dar uma surra ainda, não sabe? - Roger levantou a mão.

-JÁ CHEGA! - Gritou Elena. - Quando esse inferno vai acabar? Somos uma família, Santana você é nossa filha, nós te amamos, por que tanto rancor? - Elena levantava o tom de voz descontroladamente.

-Porque ele voltou! - Gritou Santana chorando também. - Agora que estava tudo melhor, agora que eu estava finalmente conseguindo ter um pouco da atenção de vocês dois, ele voltou pra estragar tudo como ele sempre fez. - Ela gritava.

-Cala a boca, Santana. - Disse Roger tentando consolar Elena.

-Eu odeio ele, e eu odeio vocês dois. - Santana gritou fazendo com que Roger desse um tapa em seu rosto. Santana levou as mãos ao rosto assustada com a reação do pai.

-Santana, eu, eu não queria minha filha. - Ele gaguejava. - Você não me deu escolha. - Ele se ajoelhou ao lado de Elena que observava tudo com os olhos arregalados.

-Você já tinha me machucado de muitas formas, pai, mas essa doeu demais. - Santana choramingava ainda com a mão no rosto. - Essa foi a que mais doeu. - Ela se levantou correndo e pegando sua bolsa.

-Santana! - Gritou Elena tentando ir atrás de Santana que bateu a porta.

*************

Harry e Dianna estavam sentados ao lado de seu boneco de neve todo torto que quase desmontava de tão mal feito. Os dois riram encarando os defeitos do boneco e tentavam encontrar um bom nome para ele.

-Que tal tortinho? - Disse Harry.

-Não é legal realçar o defeito dele, vamos ser mais sutis. -Ela sorriu encarando o boneco. - Que tal George? - Ela riu.

-Que tal Harianna? - Ele riu.

-Que nome é esse? - Ela arregalou os olhos.

-A mistura de Harry com Dianna, não é tão ruim vai. - Ele se aproximou de Dianna que se ajeitou em seus braços.

-Que tal Hanna? - Ela o encarou. - É uma combinação melhor pros nossos nomes... - Completou.

-Só se ele for ela! - Ele torceu os lábios. - Tá, gostei de Hanna. - Ele sorriu.

-Então será Hanna! - Ela riu. Em seguida tirou uma foto do boneco pelo celular. Harry a encarou sorrindo.

-Achei que iria querer tirar uma foto comigo. - Harry brincou a encarando.

-Hanna vai se desfazer em breve, então quero achar uma forma de eternizá-la. - Dianna riu.

-Tudo bem, mas... - Harry tirou seu celular do bolso e o estendeu em mãos para tirar uma foto dos dois. Dianna sorriu pra câmera. - Eu quero eternizar esse momento também. - Sorriu.

- Acho melhor irmos né? - Perguntou Dianna sorrindo, após ver a foto que ele havia tirado.

-Tá bom aqui. - Harry a abraçou com força.

-Também acho. - Ela se virou para ele.

-Já te disseram que os seus olhos são lindos? - Ele mordeu os lábios. -Você é linda. - Ele sussurrou passando a mão em seu rosto. - Mas não vou tentar te beijar mais hoje. - Ele riu.

-A escolha é sua. - Dianna riu de volta. -Já está tarde, amor, vamos embora. - Ela se levantou.

-Você me chamou de que? - Ele riu se levantando. Dianna deixou as bochechas corarem. - Eu estou te chamando de amor há dias e estava ansioso pra ouvir você dizer isso também. - Ele completou fazendo Dianna rir.

-Meu amor... - Ela falou de forma intensa fazendo ele suspirar. - Vamos? - Dianna deu uma piscadela e estendeu a mão para ele que logo segurou para caminhar junto a ela. Os dois caminharam até a grade e começaram a escalá-la para chegar do outro lado onde estava estacionado o carro de Harry. Mais uma vez Dianna pulou nos braços de Harry para não cair ao descer da grade. Os dois entraram no carro sorrindo e Harry deu a partida no carro levando-a para a casa dos Young. Quando eles chegaram, Harry estacionou com cuidado em frente à sua casa.

-Será que aqui é seguro? - Ele perguntou fazendo careta.

-Pra que? - Dianna riu.

-Pra tentar te beijar. - Ele se aproximou de Dianna que sorriu também se aproximando.

-HAZZ! - Gritou Duan interrompendo. -Cara, minha mãe tá surtando atrás de você, seus pais ligaram umas dez vezes, porque não conseguiam ligar no seu celular. - Tagarelou Duan sem perceber. Harry bufou.

-Já to indo, Duan.- Disse entre os dentes saindo do carro.

-Eu atrapalhei vocês, né? - Disse Duan para Dianna que encostava a cabeça na janela do carro.

-Sim, mas nada que não tenha acontecido até agora. - Ela riu. -Mas, e aí, como estão as coisas com a Rachel? - Perguntou.

-Não nos falamos mais. - Ele colocou a mão no bolso. - E nem vamos nos falar tão cedo, Bella acabou de chegar de viagem e quer que eu vá à casa dela. - Duan sorriu torto.

-Bom eu já vou. - Dianna pulou para fora do carro. - Boa sorte. - Ela riu.

-Mas e o Harry? - Perguntou Duan.

-Falo com ele depois, deixa ele conversar com a mãe dele. - Ela riu sincera. - Mas se puder avisa pra ele que estou ansiosa pra tentar de novo... - Dianna disse com as bochechas coradas fazendo Duan rir e logo caminhou para seu carro.



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