Diário de Um Sobrevivente

Від LucianoJnior

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No ano de 2018 um tipo de praga ou infecção atacou a humanidade e nós nem ao menos sabemos de onde isso surgi... Більше

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Agradecimentos

24/04/2018

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Від LucianoJnior

Droga, que loucura aconteceu hoje, esses desgraçados são realmente perigosos..Droga, ainda estou com adrenalina nas veias por causa disso.

Estávamos fazendo o de sempre como um dia qualquer até que sem percebermos as garotas entraram na droga do carro e apertaram aquela maldita buzina, foi muito rápido aquele barulho irritante que soou por duas ou três vezes e foi o suficiente pra atraí-los pra frente do portão. Eu estava no quarto com a Ana e demorei um pouco pra notar a gravidade da situação, só me dei conta da merda que estava acontecendo quanto escutei meu pai gritando pela arma e ouvi as mulheres gritando pras meninas entrarem logo pra casa.

Saí em disparada em direção a garagem e me deparei com aqueles animais se amontoando do lado de fora e forçando o portão, Kleber e Edinho estavam fazendo de tudo pra não deixar o portão ceder mas não era o suficiente e eu logo corri para ajudá-los. O portão balançava bastante e com um barulho alto, a ferrugem já tinha castigado bastante aquele pedaço de ferro que não ia aguentar por muito tempo, eu estava desesperado e as feições no rosto dos outros não era muito diferente.

Meu pai demorou alguns segundos pra chegar, ou minutos não sei, na verdade pareciam ter se passado horas naquele sufoco, ele veio com uma arma na mão, um revolver 38 velho que tínhamos em casa, eu nem sabia que aquilo ainda funcionava e talvez nem ele.

Ele gritou pra que aquelas coisas saíssem dali ou ele atiraria, já tínhamos feito isso, aqueles bichos desgraçados não davam a mínima pro que dizíamos, nunca deram, não sei porque ele pensou que com uma arma na mão seria diferente, e entre gritos e grunhidos de todos os lados ele puxou o gatilho pela primeira vez.

Um estampido alto bem perto dos nossos ouvidos e o primeiro dos desgraçados caiu e os outros nem deram a mínima, continuaram a empurrar o portão como se nada tivesse acontecido, alguns segundos pra engatilhar a arma e mais um tiro na cabeça de outro filho da mãe. Me afastei um pouco do portão pra ver e ainda tinham quatro em pé, as mãos deles passavam pela parte de cima que era vazada, um deles até arrancou o boné da cabeça de Kleber.

Meu pai se aproximou mais do portão e a maldita arma travou, por mais que ele tentasse engatilhar e atirar a arma não respondia, os desgraçados ainda forçavam o portão com a mesma força de antes enquanto nós já estávamos exaustos e num impulso desesperado eu corri pro carro de Kleber que estava a poucos metros na nossa frente, gritei pra que todos largassem o portão mas acho que nem me escutaram, entrei no carro o mais rápido que pude a chave estava no painel, liguei, buzinei e acenei com a mão para que saíssem da frente e botei o carro por cima do portão e dos zumbis.

Matei dois esmagados de uma única vez, um ficou preso embaixo do carro e ainda assim se mexia como o que ficou em cima do capô. Antes de conseguir sair do carro vi meu pai, Edinho e Kleber batendo neles com barras de ferro, batiam em todo o corpo mas eles só morreram de uma vez quando tiveram a cabeça esmagada.

Respirei aliviado dentro do carro e retomei o fôlego mas do lado de fora o cheiro era horrível, quase vomitei com aquele odor de podre e sangue. Sorte que não havia mais deles na rua, então tivemos tempo de por o carro pra garagem da outra casa, levantar os restos do portão e soldá-lo com algumas placas de ferro, fixamos umas vigas na horizontal e apoiamos com mais alguns caibros que tínhamos lá.

Agora nada entra ou sai por lá, mas por precaução travamos também a porta de entrada e antes de eu voltar pro quarto vi meu avô falando sobre abrir um buraco entre a parede das duas casas pra facilitar o acesso entre os dois lugares.

essa foi a primeira vez que encaramos esses canibais e tivemos sorte em sair com vida, se tivessem mais deles não sei o que aconteceria.


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