Meia-Noite (ROMANCE GAY)

By VinnyWalker0

1.4M 109K 78.1K

Will Clark começa mais um ano na mesma escola, o mesmo lugar, os mesmos professores, as mesmas pessoas e os m... More

Prólogo
1. Trocado novamente
2. Papai
3. Visita para Will
5. Meia-Noite
6. Apenas um sentimento
7. Reconexão
8. Momentos
9. Amigo de Ali
10. I Miss you
11. O efeito das palavras
12. Aquele olhar
13. Será?!
14. A Festa
15. Coração partido
16. Segunda-Feira
17. Furtivamente
18. Sal na Ferida
19. Quarto de Hospital
20. O Professor
21. Eles não vão parar
22. Amizade Verdadeira
23. Vai pela sombra
24. Momentos Inimagináveis
25. Estrada de Sentimentos
26. Novo lar, Nova irmã
27. Dia sem Will
28. Querida Irmã
29. Noite Passada
30. Provocações
31. Fast-Food
32. Frente a Frente
33. Novo Vizinho
34. Ciúme
35. Amiguinho
36. Acredite em mim
37. Presente de Boas-Vindas
38. Finalmente
39. Mãos dadas
40. Um Aviso
41. A Máscara caiu
42. Teorias
43. A Sogra
44. Diga que me ama
45. Fotos
46. Batidas de um coração
47. Epílogo
AGRADECIMENTOS
???

4. Waterfront

48.9K 3.3K 3.9K
By VinnyWalker0

Eu não estava acreditando na cena, parecia que os dois ainda eram casados e nem casados minha mãe fazia aquilo por ele. Fico ali parado e observando aquilo até minha querida Ana dizer:

-Will vem cá comer o bolo que eu preparei especialmente para você e seu pai! -Diz ela já pegando a faca na gaveta para fatiar o bolo.

-O que? -Falo caminhando devagar para perto dos dois.

-Estava com saudades filho. -Diz ele me olhando sentado na cadeira entre a mesa com centro de vidro.

-E eu quero saber se você está ou não com saudades?! Você nunca se importou e não é agora que vai se importar!

-Filho estou arrependido de tudo que eu já fiz. Vim aqui especialmente para te pedir perdão!

Não acreditava naquilo, ele nunca me pediu perdão por nada nesse mundo, nunca falou naquele tom calmo e suave comigo. Ele vira o rosto e olha para minha mãe que observa aquilo e se manifesta dizendo:

-Vocês são pai e filho e um dia terão que se entender! -Diz ela olhando diretamente para mim.

-Eu não fiz nada de errado, já ele... -Digo olhando para o Sr. Andrew.

-Will?! -Mamãe chama minha atenção.

-Até depois.

Depois daquela curta discussão, abandono os dois e vou para meu quarto como se nada estivesse acontecido, abro a porta e fecho normalmente.

"Eu não posso me esconder! Não posso ficar sempre nesse quarto como antes! E não vou continuar aqui, vou sair antes que fico louco! "

Penso em minha mente e logo após isso, levanto da cama disposto e vou me trocar. Abro a gaveta do meu guarda roupa, escolho uma camisa branca e um shorts preto. Após escolher a roupa casual, tiro minha camisa do colégio e após isso arranco minha calça jeans preta junto com o tênis branco e as meias também brancas. Após isso, visto a roupa escolhida e calço meus pés tamanho 40, com chinelos azuis.

Olho para meu celular que estava ao lado do meu computador ao lado da escrivaninha, decido não o levar, para minha mãe ou o Andrew não tentar me incomodar. Saio pela porta e andando pelo corredor dou de cara com Andrew que diz em tom baixo:

-Ei, espera filho!

-Com licença! -Digo avançando e desviando de seu caminho.

Saio pela porta e sinto o ar puro e o vento gelado batendo em minhas pernas e meus braços pelados, em um tempo ensolarado aquilo era muito bom como andar pela rua e bater um frio e se esconder nele na sombra do sol.

Saio sem direção, sem ter para onde ir, andando pela calçada debaixo do sol. Estava cansado de tudo, cansado da cidade urbana e dos barulhos do carros e sentia que teria que me refugiar em algum lugar com mais grama e longe das ruas de asfalto e me lembro do Waterfront Park que ficava um pouco longe dali. Caminho para em direção ao parque devagar e sem me apressar.

Eu não podia e não deveria voltar a querer ter um pai presente em minha vida, pois já havia me costumado com as coisas do jeito que são. Vejo flashbacks em minha mente, me lembro do dia em que ele foi em minha reunião de escola da quinta série e Andrew vendo minhas notas com cara de surpreso, na frente de todos os alunos e pais e professores me diz:

-O que é isso William? Que notas são essas? Você não estudou garoto? Eu disse para você sair daquele vídeo game e se dedicar mais aos estudos! Uma semana sem ver TV. - Eu queria sumir da sala de vergonha e em meus olhos acumulava gotas de água, porém não as deixo cair.

E por uma semana e vivi em meu quarto com os fios do computador escondidos por Andrew e de noite, quando na TV passava filmes ótimos no horário das 9 da noite, todos os sábados, eu abro a porta e colocando metade de minha cabeça para fora e vejo a família toda reunida. Papai, mamãe, irmã e eu... eu não estava lá, estava apenas com vontade de ir lá pois meu pai sempre quando saia de seus castigos, ele me colocava de volta.

Me lembro também dos dias em que saia com uma amiga, todas as vezes que dizia que iria sair com uma "amiga" ou com "amigas", ele mandava eu pegar alguma. Eu me sentia mal e as vezes dava vontade de contar a verdade sobre minha sexualidade e depois sumir.

Mais tarde, no parque, vejo eu ando pelo chão de asfalto e vou a caminho da grama. Estava indo para um lugar isolado do parque pois lá me trazia lembranças de quando mãe Ana me trazia para brincar depois da separação dois dois e também, sem falar que eu amo intensamente coisas ao ar livre como andar na grama, sentir o vento, ficar debaixo de árvores entre outras coisas que envolve a natureza.

O lugar é lindo, a grama bem cortada, árvores por perto e um rio pela frente. Me sento no chão de costas para o parque em si, pois estava quase fora dele e fico observando o Sol que bate em meu rosto em um tempo frio. Fico ali por 5 minutos apenas admirando aquela paisagem até sentir uma mão quente e suave tocando em meus ombros. Estava perdido em meus pensamentos, que me virei rapidamente. Olho para o rosto daquele homem de bermuda vermelha e regata. Era Christian que senta ao meu lado dizendo:

-Te encontrei! -Ele diz se sentando ao meu lado.

-O que faz aqui? -Digo sem tirar os olhos para frente.

-Eu sempre corro por aqui todas as tardes, faz bom para o corpo sabe?!

- Haha diz isso só por que eu não tenho esse hábito. -Dessa vez abro um sorriso de leve e viro a atenção ao seu rosto.

-E você? O que aconteceu para você estar aqui?

-Nada! -Digo com tanta certeza que soava mentira.

-Hum... -Ele me olha e penetra seu olhar nos meus. -Sei que aconteceu algo! - Christian sorri.

-Nada de mais!

-Nada de mais quer dizer que aconteceu! Mesmo não sendo grande coisa. -Ele diz sorrindo e eu retribuo o sorriso temendo que ele perguntaria o que ocorreu.

-O que aconteceu? - Ele diz parecendo estar lendo minha mente.

-Meu pai está na minha casa!

-E??

-E que eu não suporto aquele cara, tudo que ele fez...

-Como assim não suporta? -Christian interrompe.

-Eu não quero falar disso tá legal?

O clima parecia estar pesado. O tom da minha voz começou a se exaltar. Viu como meu pai sempre estragava tudo? Só de vir a tona o assunto sobre ele, me fez agir como um idiota com Christian.

Christian olho para os lados e para frente. Viro meu olhar para ele e digo:

-Meu pai sempre me odiou e eu sinto isso.

-Como você pode ter certeza disso?

-Eu sempre fui o excluído da familia, apenas por ele.

Me sentia na obrigação de contar a ele depois de deixar o clima pesado.

- E não era só comigo, ele... -Decido não envolver minha mãe na conversa e não completo a frase.

-Ele?

-Deixa pra lá, já disse que o problema é meu pai e que não quero o ver, é isso! - Digo levantando da grama e encostando na árvore grande que se encontra no lado direito, do lado que Christian estava sentado.

-Pode continuar sua corrida!

-Não, eu não quero...

-Por que não?

-Porque estou sem disposição!

-Nossa você chegou aqui sorrindo e com tanta disposição e agora não está mais? Que estranho! -Digo mudando o tom da voz, tentando transmitir alegria.

-As pessoas nunca confiam em mim!

-Ah para de fazer drama Christian.

-Bem eu...

-Eu preciso ir!

-Tudo bem! -Diz Christian ainda olhando a paisagem.

-Até depois! - Digo caminhando para algum lugar que não fosse ali, pois por dentro estava morrendo de vergonha.

Caminho devagar e meu coração aperta ao olhar para trás e ver Christian sozinho e onde eu estava a poucos minutos. Paro e andar e fico olhando fixamente para Chris por 10 segundos até ele se levantar. Volto a andar sem rumo, apenas para frente e sinto que Christian me olha, viro meu olhar para trás rapidamente e vejo que estava certo, pois Christian estava parado me olhando fixamente que parecia que mesmo de longe, conseguia enxergar seu olhar penetrando o meu. Eu queria ser amado por aquele cara naquele momento, e nos dois segundos que virei meu rosto para o olhar, senti algo forte dentro de mim, quando avistei aquele olhar de longe, parecia que mil coisas tinha acabado de passar em minha mente na velocidade da luz e eu conseguia apenas lembrar de duas coisas... Eu achava aquele cara lindo e eu queria seu abraço naquele momento.

E foi quando virei meu rosto e segui andando orgulhosamente sem olhar para trás, não queria acreditar que ele ainda estava me olhando, ou que queria algo comigo pois me decepcionei muitas vezes e ele não parecia gostar de garotos.

Eu nunca tive sorte com garotos, apenas beijei um com 12 anos de idade, meu melhor amigo, aliás ele me beijou e foi quando iria fazer uma viajem sem volta, para morar em Boston. Jake me beijou tão forte que eu não consegui sentir nada, nenhum amor ou tesão como dizem hoje em dia. As pessoas dizem que gays de hoje se tornam gays por influência de algum parente ou por ver um lindo beijo de um casal do mesmo sexo na TV. Isso é mentira, mesmo recebendo um beijo na infância por um amigo meu a traz do colégio, eu não me tornei gay por isso. Vivi sem sentir nada de especial por ambos sexos até os 14 anos de idade, em que eu tive minha primeira paixão platônica por um amigo de minha amiga, um cara moreno lindo que usava sempre um topete coberto por gel, bermuda jeans azul e tudo nele me fazia bem. Saíamos juntos, ficávamos juntos no intervalo e almoçamos juntos, eu, Junior e Alissa. Nunca tive a oportunidade de chegar em Junior e confessar uma paixão que durou por 2 anos.

Uma coisa eu sei, quando estamos carentes gostamos de todos, principalmente foi assim comigo, bastava um olhar desconfiado de um garoto eu me derretia todo e o pior, as vezes eu tentava fazer isso dar certo como por exemplo:

*Demonstrava ciumes por Junior falando mal das meninas que queriam ficar com ele.

*Ficava na minha esperando o cara falar comigo. E o pior que isso chegava a deixar dúvidas em minhas colegas. Deveriam se perguntar o por que de eu querer ficar sozinho em um canto na escola se tinha elas para me acompanhar.

*E o pior... Já cheguei a pedir para uma de minhas amigas entregar cartinhas feitas por mim, anônimas, para Junior.

Pois é, essas foram poucas das merdas que eu já fiz e que me arrependo hoje em dia. Junior foi o cara que eu amei na adolescência, pois nossa relação nunca passou de apertos de mão e abraços apertados, oque me fazia ficar mais próximo dele e consolar suas decepções amorosas por garotas, enquanto eu estava querendo ter lo para mim, ele nem desconfiava disso.

Junior acabou tendo o mesmo destino de meu amigo Jake, ele se mudou e foi estudar em outra escola em uma cidade vizinha. Aquilo me doeu bastante, eu chorei de mais e tendo esperança que em algum dia ele voltaria, porém já passou um ano, está no último ano do colégio e nada dele. Foi bom ter passado por isso, a vida nos ensina que nem tudo é um grande mar de rosas, em que tudo termina com um final feliz com tudo se resolvendo. Faz tempo que já esqueci Junior, pois sei que ele não voltará e hoje em dia vivo evitando me apaixonar.

Sem meu celular, eu pergunto a hora para para o senhor dono de uma mercearia da esquina.

-2:16 garoto! -Diz o senhor olhando para seu velho relógio cinza.

-Obrigado senhor!

-De nada!

O senhor continua varrendo o chão, acumulando folhas que caiam da árvore que se localizava do lado de sua mercearia, rodeada de uma cerca.

Eu não queria voltar para casa, ver meu pai junto com minha mãe como se fossem amigos é a pior coisa que poderia imaginar, ainda mais ele aparecer na casa de minha família e agir como se fosse parte dela. Ele não era mais parte dela por arrogância e intolerância de sua parte, pelo menos para mim ele deixou de ser a muito e muito tempo.

Me sento em um pequeno muro, que em si é composto por terra, coberta de grama e preenchido por 3 árvores que estão derramando folhas de tão rápido que elas caem.

Sem rumo, ali sentado, sem um amigo para desabafar ou uma pessoa para confiar, eu escorrego minhas mãos em meu rosto e com uma mão, na minha testa tampo a visão dos meus olhos para cima e olho para o chão.

" Não sei para onde ir, não sei oque fazer... Não quero chegar lá e dar de cara com Andrew e muito menos discutir com ele! Na verdade eu não quero ver sua cara!!"

Meus pensamentos estavam a mil e começo a lembrar de quando tinha 8 anos, quando ouvia do meu quarto, minha mãe e Andrew discutindo. No começo as discussões eram poucas, de tom baixo, mas depois, Andrew batia em minha mãe, a empurrava e eu não podia fazer nada, mamãe não deixava eu tomar nenhuma atitude. Naquela época eu não ligava se tinha 8,9 ou 10 anos, eu queria fazer algo e foi a partir daquelas brigas e da agressão que ele começou a cometer, que eu comecei a pegar raiva do mesmo.

Nos dias seguintes em que Andrew estava trabalhando, minha mãe colocava a mesa para o café e eu perguntava o que tinha acontecido na noite passada, apesar de saber muito bem o que havia ocorrido, e ela responde todos os dias.

"Não foi nada filho. Seu pai e e eu só estávamos discutindo sobre algumas coisas, isso é coisa de adultos meu amor!... Quer mais biscoitos? "

Era incrível o jeito que minha mãe tinha o dom de mudar de assunto na hora errada, e é isso que me irrita nela até hoje.

Uma noite, meu pai a agrediu novamente, e foi nesse dia em que os vizinhos chamaram a polícia. Vi meu pai sendo levado algemado e pela janela as luzes do carro policial piscando. Minha mãe chorando baixo, logo que me viu de pijama na sala presenciando aquilo, ordenou:

-Vai para seu quarto William!

-Mas mãe... - Digo com um olhar preocupado.

-Vá!! -Ela interrompe.

Aquilo não sai de minha cabeça, a imagem que tenho do senhor Andrew hoje, é de um monstro.

Logo que tiro a mão de meu rosto, olho ao redor tranquilamente e olhando vejo Christian do outro lado da rua.

-Não, não precisa dizer nada! Se for para me mandar embora nem fale! -Diz ele sorrindo.

-Ah Christian, eu quero ficar sozinho... - Digo olhando para o lado.

-Sei que não quer, vejo isso em seus olhos. - Diz ele se aproximando e sentando ao meu lado. -Pode confiar em mim Will!

-Por que você insiste em me convencer a dizer algo da minha vida pessoal a você? Estranho, eu não sou importante para muitas pessoas! -Digo também sorrindo.

-Não precisamos ser importante para todos a nossa volta. Você é importante sim e não deve saber disso!-Christian diz olhando fixamente para meus olhos.

Meu coração bate forte depois de Christian ter dito aquilo.

- Não fica assim, eu sei que aconteceu algo e você não quer me contar porque acabou de me conhecer, eu entendo, é difícil confiar em alguém desconhecido.

-Não disse que você é desconhecido! - Digo rindo.

-Aee!!! -Christian grita levantando, como se estivesse comemorando algo. -Pensei que nunca iria conseguir arrancar um sorriso seu!

Sorrio de lado enquanto ele me olha com um sorriso do tamanho do mundo. Logo ele diminui o tamanho do sorriso, porém, ainda com um na cara.

-Porém eu consegui! - Ele diz sem aquele enorme sorriso, me olhando fixamente.

-OK, você conseguiu! - Digo dando um sorriso de canto.

-Então... -Christian se senta novamente no pequeno muro do tamanho abaixo de suas coxas, ele olha para frente e ao mesmo tempo diz:

- O que você curte?

-Eu curto? - Digo sem entender, também olhando para frente.

-Sim! O que Will Clark curte!? - Ele me olha.

-Como por exemplo?

-Não sei, eu que te fiz a pergunta!

-Então vou te fazer a mesma pergunta e você responde primeiro! -Digo olhando para frente e vendo os poucos carros da rua vagando. -O que Christian Collins curte? -Logo fazer fazer a pergunta viro meu rosto para ouvir a resposta de Christian.

-Primeiro... Isso não vale, eu te fiz a pergunta primeiro! Segundo... Pode me chamar de Chris se quiser! Terceiro... Curto nadar, amo jogar vídeo-game, amo o frio, gosto de correr as tardes de semana como você já sabe e a matéria que mais gosto é biologia - Ele diz sem tirar os olhos de mim, parecendo engraçado - Sua vez agora!

-Uau Chris! Que legal também curto Biologia e gosto de vídeo-game.

-Sua vez! - Chris me olha atentamente esperando minha resposta.

-Bem... Eu gosto de teatro, adoro músicas como pop Rock, românticas e rock eu curto, menos os mais pesados, nada contra mas não curto! - Lanço um leve sorriso de lado.

-Ah ele é romântico!! - Chris me olha sorrindo como se estivesse deboxando de minha cara.

-Posso continuar?

-Claro! - Diz ele voltando a sua postura de origem.

-Curto filmes de terror, zumbis entre outras coisas!

-Tanta coisa escondida na vida de Will Clark!

-Haha, nada de mais!

-Nossos gostos são iguais... - Ele parecia ter gostado das coisas que eu curtia.

Chris se levanta lentamente, olha para o outro lado da rua, e depois de segundos se vira em minha direção e se aproximando ele diz:

-Olha Will, eu sei que você não quer falar para mim o que me aconteceu... e... desculpa por ficar insistindo, eu sou assim. Olha eu só queria te animar pois percebi que você tem algo escondido aí dentro. -Chris diz em tom baixo olhando dentro de meus olhos. - Eu quero te mostrar uma coisa hoje.

-Que coisa? -Meu coração dispara e eu sem mostrar o nervosismo que estava sentindo.

-É surpresa!

Eu odiava surpresas, e admito que comecei a ficar curioso e querer saber sobre o que se tratava.

-Como assim surpresa? -Pergunto curiosamente.

-Então pode me passar seu endereço?

-Hã? Por que o endereço?- Digo levantando.

-Eu vou te buscar de noite.

-De noite?

-Sim de noite! Ou se não saber me passa seu número, aí quando quando se lembrar me manda mensagem. -Ele ri novamente.

-Haha, mas é claro que eu sei meu endereço!

-OK, então me passa o endereço e o número vai!

-O número da casa? -Tento me fazer de desentendido, mas não funciona.

-O número do seu celular!

-Tá...

Novamente nos sentamos e eu digo o endereço e passo meu número a Chris, que anota o atentamente.

Continue Reading

You'll Also Like

4.2K 414 8
Viva a vida o máximo que puder.
91.3K 10.9K 17
A vida de Isabella Miller é um autêntico turbilhão: cursa direito por influência dos pais e divide o apartamento com uma amiga. No entanto, sua rotin...
14.7K 1.3K 40
O que acontece quando um adolescente se muda para uma nova cidade longe de todos os amigos e familiares? O que acontece quando ele tem que recomeçar...
12.9K 790 11
O que você faria se um dos meninos mais lindos da escola viesse falar com você, ou pior, batesse a porta no armário na sua cara e te usasse como desc...