Assim que nos encaminhamos para a sala de jantar, Lúcio se sentou na cabeceira principal da mesa, ao seu lado direito estava Narcisa, e no lado esquerdo papai.
Na extremidade oposta,na segunda cabeceira, estava Draco, e eu ao seu lado direito, e ao seu lado esquerdo estava Severus.
E assim cada convidado foi posicionado em seu devido lugar, os que foram trazidos por mim e Draco, ficavam ao meu lado, assim como os trazidos por Narcisa e Lúcio ficavam ao lado direito também,e no esquerdo ficava os trazidos por papai e Severus.
Logo que todos estavam sentados em seus devidos lugares, Lúcio se levantou do seu assento e começou com o seu pequeno discurso.
— Há quem diga que o Ano-Novo representa o fim de um novo ciclo e o início de uma nova fase, mas a verdade é que, para muitos, é o Natal que representa esse momento,e isso não vai ser diferente esse ano, o que nos permite fazer uma reflexão necessária sobre os caminhos que estamos trilhando em nossa vida, permitindo fazer as devidas correções de curso... Então aproveitem estes dias de união e comunhão para repensar as sua vidas e as suas escolhas... Tenham um ótimo jantar — Lúcio finalizou o seu discurso, olhando para os rostos de todos os convidados, que muito graciosamente levantaram as suas taças e deram um pequeno gole.
Draco apenas me lançou um arquear de sobrancelha pelo discurso bastante insinuante de Lúcio, o que me fez dar um pequeno sorriso de lado, já que podemos observar alguns olhares de soslaio, e alguns convidados desconfortáveis, e por assim dizer, o senhor Parkinson recebeu sua indireta com muita facilidade.
Logo a entrada nos foi servida, um delicioso brandade de bacalhau, com tomate assado e tapenade de azeitonas pretas, uma entrada tipicamente francesa, deliciosa e leve, que harmoniza perfeitamente com um belo vinho branco também francês.
— O que achou do bacalhau ? — Perguntei baixinho para Draco.
— Sabe que amo peixe, não é mesmo ? Então está maravilhoso — Draco disse com um sorriso.
— Sim — Disse piscando para o mesmo com um pequeno sorriso.
Logo que todos terminaram, os pratos sumiram da mesa, e imediatamente surgiram outros limpos, assim como as taças foram trocadas por outras limpas e novas taças com água também surgiram.
O prato principal nada mais era do que um confit de Pato ao molho de uvas do porto, com purê de cará e ratatouille, harmonizado perfeitamente com um belo vinho tinto francês.
— O que está achando de tudo até agora, padrinho ? — Draco perguntou baixo o suficiente para somente nos escutarmos, enquanto os outros convidados também conversavam em tom baixo.
— Tirando as inconveniências que fui obrigado a escutar, está tudo dando certo, ao menos para nós — Disse tomando um pouco do vinho.
— Os senhores Crabbe e Goyle nos contaram de uns boatos sobre o senhor Parkinson — Disse bem baixo, mas Seve entenderia muito bem o que estava sendo dito por mim.
Severus apenas arqueou a sobrancelha daquele seu modo inquisitivo.
— A boatos pelo ministério que o senhor Parkinson anda tendo jantares não tão executivos com o senhor Nott — Draco fala baixinho.
— Isso sim é uma informação útil, mas não vamos falar sobre isso agora — Severus disse dando um olhar discreto na direção da família Parkinson.
Nesse momento me senti orgulhosa da astúcia de Draco, de fazer esse jogo de divisão de convidados, assim Severus ficava de olho nos convidados sentados ao meu lado de forma discreta,e eu poderia ficar de olho na conversa dos convidados sentados ao lado dele sem chamar atenção.
Assim que terminamos o prato principal, tudo foi recolhido novamente, e trocado por louças, cristais e talheres limpos.
A sobremesa foi uma deliciosa torta de mousse de chocolate com calda de frutas vermelhas, harmonizado com um licor de gengibre.
Draco estava suspirando com a sobremesa, juntamente com Severus, que tinha uma paixão escondida por chocolate e tortas,o que me fazia rir internamente, já que se você perguntasse ao mesmo, ele negaria com veemência sua queda pelo doce.
Assim que a sobremesa terminou, todos voltamos para o salão de festas, onde voltaríamos a conversar agora somente servidos de champanhe.
Tive uma breve conversa com Narcisa, onde a informei da valsa por livre e espontânea opressão,que Draco e eu fomos convidados a aceitar, o que a fez rir um pouco, pelo fato de saber que Draco e eu não gostávamos de dançar.
Mas isso seria algo bom, já que éramos os anfitriões e abrir a pista de dança seria em todo caso necessário.
As conversas voltaram a fluir agradavelmente, isso incluía os elogios pelo maravilhoso jantar, e a impecável decoração de todos os ambientes pelos quais os convidados passavam.
Assim que deu dez horas da noite, Lúcio deu sinal para a banda começar a tocar a valsa que Draco e eu teríamos que dançar.
— Você dança muito bem amor — Draco disse baixinho ao meu lado, esperando a nossa deixa.
— Ainda sim,me dá extremo nervoso de valsar — Falei o olhando.
— Mantenha seus olhos nos meus, e esqueça do resto das pessoas, sim ? — Disse com um pequeno sorriso acolhedor.
Eu apenas acenei com a cabeça, já que era extremamente fácil focar nos lindos olhos de prata derretida de Draco, os olhos pelo qual eu era loucamente apaixonada.
Talvez não fosse apropriado para o momento, mas foi inevitável não dar um leve selar de lábios em Draco, ao qual me segurava com tanta firmeza,mas ao mesmo tempo com tanto zelo.
— Eu sempre vou te amar — Disse baixinho.
— Sem você eu morreria meu amor — Draco disse seriamente. — Pois meu coração só bate por você — Falou com um pequeno sorriso.
Então fomos tirados do nosso torpor,com as salvas de palmas que era dedicado a nós dois, e os suspiros das senhoras pelo casal extremamente apaixonado e bem sucedido que nós mostramos nesse exato momento.
Então uma nova valsa se iniciou,e dessa vez Lúcio e Narcisa foram os primeiros a começarem a dançar, sendo seguidos por outros casais, eu e Draco também dançamos um pouco, só para não sairmos tão descaradamente da pista de dança, mas fomos indo para o canto muito discretamente, até estarmos fora da mesma.
Então fomos para um canto um pouco mais afastado, para observar a todos.
— Fiquei sabendo que o senhor Lewis, está quase tendo êxito no seu propósito de falir a empresa do senhor Antonelli — Falei segurando o riso.
— Por Merlin Lynx, quem te contou essa maravilha ? — Draco perguntou com os olhos arregalados.
— A senhora Clint — Disse sorrindo malvada.
— Bem feito para aquele mestiço metido a sabe tudo... Com a sua queda, os negócios do senhor Lewis vão subir,e eu vou poder comprar ações com oitenta por cento de lucro — Draco disse rindo de orelha a orelha.
— A fofoca do momento é que o senhor Ferrari, pode está traindo à sua esposa com uma sangue ruim — Disse revirando os olhos. — Mas é claro que ele está negando tudo, e a senhora Ferrari fica com aquela cara de sonsa, nós olhando como se não fosse sua decadência na escala social.
— Céus, o que anda acontecendo com esse povo ultimamente ? — Draco perguntou indignado.
— Com os convidados eu não sei,mas gostaria de saber porque vocês dois não estão socializando com eles — Papai disse surgindo do nada.
O que fez eu e Draco nos virarmos assustados para o mesmo, feito duas crianças pegas no flagra fazendo coisas erradas,e de fato estávamos mesmo, já que não é uma boa escolha fofocarmos aqui e agora.
— Só matando a saudade de ficar quieto um pouco com a Lynx — Draco disse com a sua melhor cara de confiança e seriedade, como se não estivesse nem um pouco pálido com o susto que acabamos de passar.
— Certo,e eu estou morrendo de saudade de trançar os cabelos do Severus — Papai disse debochado.
— O que tem o meu cabelo Bart ? — Severus disse em um tom extremamente baixo,perto de nós três.
O que de fato fez com que nossas almas saíssem de nossos corpos agora, fazendo papai se virar rapidamente para Severus e se colocar ao lado de Draco, com os olhos arregalados de susto, poderia ser engraçado se eu não estivesse tão assustada quanto.
— Só dizendo para Draco e Lynx que a senhora Baumer está extremamente encantada com os seus cabelos escuros feito a noite — Papai disse o mais sério que podia.
Severus o olhou com os olhos semicerrados como se o analisasse,definindo se papai estava mentindo ou não, e por Salazar,eu não aguentava mais sustos,e um Severus brigando com nós três seria decadente no momento.
— Olha padrinho,o senhor Milani, ele me contou que na África desenvolveram uma poção que deixa partes do corpo de cores diferentes, dependendo do que se está sentindo — Draco disse mudando completamente de assunto.
— Isso me parece útil para os medimagos — Severus respondeu suavizando as expressões.
— A senhora Loyola está com dragonpox — Disse baixinho.
— Ela vai morrer então — Papai disse rindo.
— Por Salazar Bart — Severus disse revirando os olhos.
— Ela é uma senhora horrível, com certeza é karma — Draco disse dando de ombros.
— Não se esqueçam que se ela morrer,e o filho dela assumir os negócios, ele pode se desvincular das empresas Malfoys — Severus disse sério.
— Aquele boçal ? Fala sério Severus, a mulher dele o controla feito um imperius — Papai disse descrente.
— Pare de picuinhas Bart, você odeia ele desde Hogwarts — Severus disse cruzando os braços.
O que fez eu e Draco segurarmos os risos, pela cara de desgosto que papai fez.
— Não me tente agora, Severus — Papai disse indo em direção à um grupo de empresários e do diretor de Azkaban.
— Pronto, agora vão vocês dois também — Severus disse com um aceno de cabeça.
Draco e eu concordamos rapidamente e fomos conversar novamente com os convidados, enquanto outra boa parte dançava e bebia.
O que era de certa forma ainda melhor, já que pessoas de barrigas cheia, e se servindo de uma taça atrás da outra de champanhe, se tornam ainda mais maleáveis aos negócios e em deixar escapar pequenos deslizes cometidos.