GOLDWING

By melwhowrites

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"Sabe, se apaixonar por uma pessoa que você não tem intenções de se apaixonar é das formas de 𝘢𝘮𝘰𝘳 mais... More

introduction
dedicatória
chapter 1
chapter 2
chapter 3
chapter 4
chapter 5
chapter 6
chapter 7
chapter 8
chapter 9
chapter 10
chapter 11
chapter 12
chapter 13
chapter 14
chapter 15
chapter 16
chapter 17
chapter 18
chapter 19
chapter 20
chapter 21
chapter 22
chapter 23
chapter 24
chapter 25
chapter 26
chapter 27
chapter 28
chapter 29
chapter 30
FLASHBACK - In The Midnight Hour
chapter 31
chapter 32
chapter 33
chapter 34
chapter 35
FLASHBACK - Let The Angels Commit
chapter 37
chapter 38
chapter 39
chapter 40
chapter 41 - Sometimes a Fantasy
FLASHBACK.- Us.
chapter 42
chapter 43
chapter 44
chapter 45
chapter 46
chapter 47
chapter 48
chapter 49
chapter 50
chapter 51
chapter 52
FLASHBACK - Melodrama
FLASHBACK - iris
chapter 53
chapter 54
FLASHBACK - illicit affairs
FLASHBACK - My Little Love
chapter 55
chapter 55.5
epílogo
nota da autora

chapter 36

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By melwhowrites

VICTORIA'S POV

Depois de alguns dias, acordei de novo, em um quarto com portas transparentes. Sim, eu estava na UTI.

Uma simples cesariana que deveria levar menos de 1 hora levou 3 horas e meia. Um corte na parte inferior do meu abdómen evoluiu para uma hemorragia gigante e outro corte maior. E uma dor abdominal insuportável que poderia não passar de um movimento da bebê levou ao seu nascimento, durante o mesmo dia. Me sentia toda dolorida, e não conseguia me mover, para não falar que o meu peito estava muito inchado. Quando me toquei pela primeira vez, senti um penso e uma fralda no lugar que sentia a minha pequena. E tudo o que eu sabia fazer era chorar, chorar muito.

A primeira pessoa que vi depois de acordar sem ser um monte de cirurgiões e médicos foi Nica, junto com Dam. Estavam bebendo um café, e quando me viram abrir os olhos começaram a chorar junto comigo. Me contaram que já viram a bebê, e que ela era linda. Não esperava pelo momento que a pudesse ver, mas nesse momento isso não era possível. Mesmo com um equipamento gigante para respirar por ela cobrindo a sua cara, conseguia ver os seus traços físicos por uma foto no celular de Dam. Ela tinha o nariz marcante do Dam, e os meus lábios. Como eu sempre sonhei.

"Lembra do quê que um dos nossos colegas do X Factor disse uma vez?" ele perguntou.

"Que os nossos filhos iriam ser muito bonitos? Sim, lembro."

"Bem, parece que ele estava certo," respondi, rindo.

"Quem diria... David e De Angelis, juntos," disse o irmão do Damiano, entrando no quarto.

"Não existe nenhum limite de visitantes aqui?" Damiano solta um riso ligeiro.

Pouco depois, chega a mãe do Dam ao quarto. Mal me vê, vem para o meu pé, me dá um beijo na testa e me abraça. Para essa gente, eu pareço uma mártir, ou uma santa. Ela me abraçou fortemente, como uma mãe abraça a sua filha. Como a minha mãe costumava me abraçar.

Do nada, o quarto ficou cheio de gente. Do lado da cama estavam Dam e Nica, e a nossa volta estava os pais e o irmão do Dam, Ethan, Thomas e Leo. Devido a uma tempestade, a minha família não conseguir vir, mas é para isso que as videochamadas foram inventadas. Do ecrã do Ipad do Leo, conseguia se ouvir o meu pai, a minha tia e a minha prima pequena, falando. "O tio disse que você teve um bebê. É verdade?", a minha prima perguntou. "Sim, é verdade.", eu respondi. 

Depois de uns bons momentos de carinho e conversa, a minha médica chegou ao quarto, pedindo para todo o mundo sair do quarto, para falar connosco. Era a mesma que me operou. que me viu nas urgências me encolhendo de dor e com Dam limpando o meu próprio suor.

"Bem, antes de mais, você foi muito forte, Victoria. E o Damiano também."

"A gente não teve outra escolha sem ser ser fortes," ele suspirou.

"Então, vamos falar da bebê?"

"Sim, claro," respondemos os dois, em simultâneo. "Podem sair por agora, pessoal?" Eles acenam com a cabeça.

"Ela já tem nome? É que ela é chamada de 'mini de Angelis" na UTI neonatal."

"Oh bem... a gente não pensou em um nome. Quer dizer, poderia ser..."

"Angel," Damiano disse.

"Eu estava a pensar nisso."

"Obrigada pela informação, as enfermeiras irão passar com a papelada daqui a pouco. Eu sei que isso é díficil, mas a Angel sofre de Síndrome de Desconforto Respiratório Neonatal. Que basicamente, consiste na dificuldade de respirar normalmente. De uns dias para cá, andamos a notar que a sua respiração é quase superficial, a sua produção de urina estava baixa e a sua pele ficava por vezes com uma cor azulada. Por isso, há uns minutos atrás, tivemos de a colocar em um ventilador. Isso significa que..."

"Que a máquina está a respirar por ela. Eu já estive em um desses, 2 vezes," eu suspirei, não surpresa, mas também infeliz.

"Bem, lamento ouvir isso... Ela vai ter que ficar internada aqui por muito tempo, visto que ela nasceu 14 semanas mais cedo do que o suposto, e está em alta vigilância por causa da sua condição, que tem estado a agravar, mas estamos a tentar a controlar. Entendido?"

"Doutora, ela vai sobreviver? Não me dê uma resposta falsa. Eu aguento," a minha voz estava tremendo.

"Eu não posso responder a essa pergunta claramente agora, ela só tem 1 semana de vida. Mas eu posso assegurar que vamos fazer tudo o que está no nosso alcance."

Quando ela saiu, ficámos sozinhos os dois, no quarto, olhando um para o outro. Ele fez comigo a mesma coisa que ele faz sempre: se deita na minha cama atrás de mim, de forma que eu fique confortável com a cabeça no seu peito. Realmente, a gente parecia mesmo um casal. Mas não. Éramos amigos que tinham uma filha. 


DAMIANO'S POV

Cheguei às portas da UTI neonatal, como sempre. Já de longe, avistava a Angel, que ficava sempre no canto superior direito da sala. Ao meu redor, estavam pais na mesma situação que eu, mães em cadeiras de rodas. Ai, como eu queria que a Vic estivesse aqui também.

Vesti a bata descartável rosa clara que uma enfermeira me deu e fui até perto dela, da minha pequena. Notei que ela tinha um aparelho novo, o ventilador. O seu pequeno gorro era amarelo, mas mudava de cor todos os dias. Aquela era das suas únicas roupas. Por vezes era agoniante ver ela cheia de fios, levando medicação pela sua pequena mão e pelo seu pequeno pé. Agora, uma fita média tapava a sua boca, que colava o tubo que respirava por ela. Se eu pudesse, conseguia aguentar ela só com a palma da minha mão.

Cada momento que olhava para ela, pensava na Vic. Em todos os momentos felizes que vivemos juntos, em todas as aventuras. Aquela era a minha garantia de que, se eu viesse a perder a Vic, iria ter sempre uma parte dela comigo. Mas,  os médicos estavam começando a me preparar discretamente e lentamente para o que poderia a acontecer. Ela poderia ter imensas complicações quando crescesse, e poderia não aguentar a tanta coisa e problemas devido à sua prematuridade. É verdade, eu não afastei a possibilidade de ela vir a falecer. Mas preferia não pensar nisso.

De um momento para o outro, as máquinas começaram a apitar, os médicos a chegar, os enfermeiros a me afastar dela. Acho que o momento que tudo mudou foi quando eu dei de conta que eu "merecia" isso. Que isso não estava acontecendo PARA mim. Isso estava acontecendo POR mim. A gente a amava muito, mas Deus a amava mais.

-

oi gente! 

por favor, preciso muito do vosso feedback dessa parte da história! foi muito difícil eu encarar uma situação tão delicada enquanto escritora.

thanks for reading <3,

mel.

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