AMEDRONTADO - LIVRO 2 [COMPLE...

By LiaCordeiro

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No segundo livro da "trilogia dos irmãos Amâncio", Natiel, o segundo irmão, aparece com sua alegria, sua disp... More

ATÉ AQUI...
IMPORTANTE: ANTES DA LEITURA
PLAYLIST
PRÓLOGO 1/3 - Natiel
PRÓLOGO 2/3 - Natiel
PRÓLOGO 3/3 - Natiel
1 - APRESENTANDO NATALIE
2 - O DIÁRIO DE NATIEL
PRIMEIRO PROJETO DE MÍDIA
3 - A DOENÇA DE NATIEL
4 - O REENCONTRO COM NATIEL
5 - COMO EXPLICAR NATIEL?
6 - A MEMÓRIA DE NATIEL
7 - PARADAS CARDÍACAS - Jadir
8 - PARADA RESPIRATÓRIA - Jadir
9 - A NAMORADA DE NATIEL - Natalie
10 - A BRONCA DE NATIEL
11 - A BANDA DE NATIEL
12 - EU PRECISO DA NATALIE - Natiel
13 - PRECISO ENFRENTAR MEU IRMÃO - Natiel
14 - AMIZADE ALÉM DE NATIEL - Natalie
15 - O CELULAR DE NATIEL
16 - HÁ ALGO DE MUITO ERRADO AQUI - Adriel
17 - PERDENDO O CONTROLE - Natiel e Estela
18 - DESNORTEADA POR NATIEL - Natalie
PRIMEIRA NOTA - PROJETOS & AFINS
19 - MENTINDO PARA NATIEL
20 - HORMÔNIOS A FLOR DA PELE - Jadir
21 - PRESSENTIMENTO RUIM - Estela
22 - EM DEFESA DE NATIEL - Natalie
23 - SUA AFEIÇÃO ME FAZ ENVERGONHAR - Adriel
24 - EU AINDA DEVO ESTAR DELIRANDO - Jadir
25 - CONSEQUÊNCIAS DE NATIEL - Primeira Parte - Natalie
26 - CONSEQUÊNCIAS DE NATIEL - Segunda Parte
27 - O QUE ERA AQUILO NO DIÁRIO? - Estela
28 - CONSEQUÊNCIAS DE NATIEL - Terceira Parte - Natalie
29 - SUSPEITOS DO DIÁRIO DE NATIEL
30 - CONSEQUÊNCIAS DE NATIEL - Quarta Parte
31 - EM BUSCA DO DIÁRIO DE NATIEL - Primeira Parte
32 - EM BUSCA DO DIÁRIO DE NATIEL - Segunda Parte
33 - ENTRE NATIEL E JADIR
34 - O DELÍRIO DE NATIEL
35 - O PEDIDO TÃO ESPERADO DE NATIEL
36 - EM BUSCA DO DIÁRIO DE NATIEL - Terceira Parte
37 - CONFISSÕES DE NATIEL
38 - SIMPLESMENTE AMO NATIEL.
39 - UM INCÔMODO QUE NÃO TEM FIM - Jadir
40 - MANHÃ COM NATIEL - Natalie
41 - A VOLTA DO DIÁRIO DO NATIEL
42 - MEUS SENTIDOS SÃO POR NATIEL
43 - A ALEGRIA EM SEUS OLHOS - Estela
44 - A MAIS PERFEITA FELICIDADE - Natalie
EPÍLOGO 1/3 - Natiel
EPÍLOGO 2/3 - Natiel
EPÍLOGO 3/3 - Natiel
AMEDRONTADO NA AMAZON COM VERSÃO INÉDITA
LIVRO 3 - FRAGILIZADO
[EXTRAS] NOVAS HISTÓRIAS DOS IRMÃOS
ELES ESTÃO ME DEIXANDO LOUCA!!!
DESVENTURAS NO CLUBE DO CZAR - Parte 2
DESVENTURAS NO CLUBE DO CZAR - Última Parte

CONTO EXTRA - DESVENTURAS NO CLUBE DO CZAR

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By LiaCordeiro

Pela primeira vez, disponibilizo o conto extra de Amedrontado para vocês! Muito grata por ainda estarem conosco!

***

Estela

Aquela era a pior hora do dia...

– Tem certeza que você vai ficar bem?

Ainda me era estranho ver Adriel sorrir, o que dificultava ainda mais as nossas despedidas.

– Está tudo bem, Estela... Você tem que ir para a faculdade.

– Eu sei – murmurei cabisbaixa.

– Eu te amo.

Sei que meus olhos brilhavam quando voltei a focá-lo, ainda pouco acreditada em receber tanto afeto da parte dele. Apesar de ouvi-lo tanto falar nos últimos cinco meses, sempre era como se fosse a primeira vez.

– Ah, e agora? – Reclamei. – Como vou me afastar de você?

Foi sufocando um riso que passei eu a ser sufocada com o beijo de despedida daquela tarde. Eu o amava demais!

Ainda pensava, enquanto caminhava a última quadra para o campus, em mais aquele dia. Ah, era sempre muito bom ficar com o Adriel, e cada vez era mais difícil me separar dele. Apesar de descrenças, nós quase nunca discutíamos, ainda que ele nem sempre concordasse com as coisas que faço. Sempre ficávamos bem e estávamos bem. O processo de recuperação e a reabilitação, pelas quais ele tem passado, tem tido resultados positivos e poucas vezes, nesse tempo em que estamos juntos, a saúde dele foi abatida. Enfim, tudo parecia muito bom, se não contarmos as tiradas avessas do meu pai e também as recepções geladas do irmão do meio do meu Adriel.

Quanto ao meu pai, eu sempre soube que seria assim. Apesar de o sangue oriental ser o da minha mãe, ele é o mais conservador radical da família. Ainda bem que tenho a dona Ayumi para dar uma equilibrada, afinal se dependesse do coronel aposentado Alves, eu nem teria saído de casa.

Destarte, o que mais me preocupava naquela momento era a indiferença do Natiel, irmão do meio do Adriel, quanto a mim ou a relação que eu tenho com o irmão dele. Sempre disseram que ele era meio desregrado, extrovertido, animado e até galanteador. Quando fomos apresentados, ele até foi muito simpático, mas depois que Adriel e eu nos assumimos, as coisas mudaram.

Naquele dia mesmo, na casa deles, estávamos Adriel e eu na varanda e ele apareceu sem nada dizer ou fazer. Apenas se sentou do nosso lado oposto e ficou por ali, com uma expressão bem sisuda. Não que eu me importasse com "velas", mas era estranho. Não era a primeira vez que ele agia daquele jeito... Adriel dizia que não havia problema algum, porém não dava para crer. Eu precisava fazer algo quanto a isso, só não sabia ainda o quê.

– Pelo menos você podia fingir interesse na aula, né Estela?

Ainda distraída, voltei a minha atenção ao Carlinhos que sentava ao meu lado naquele curso. Por que eu havia topado participar daquelas aulas extras?

– É uma disciplina importante... Você parecia tão empolgada na época das inscrições. Não é todo mundo que pode compartilhar de uma disciplina de uma disciplina de "direitos criminais na internet" – continuou.

– Eu sei, eu sei – respondi entediada. Eu estava mesmo empolgada no início, mas quando algo me preocupa, nada me tira do foco.

Vasculhando os olhares atentos dos da maioria daquele curso como tentativa de distração não pude deixar de reparar que, realmente, pareciam interessados no exposto. Quanto a mim as palavras do palestrante não me faziam muito sentido naquele momento... No entanto, algo me chamou atenção assim que o vi.

– Ei! Aquele ali não é o garçom que trabalha no clube do Czar?

Acho que minha pergunta, a princípio direcionada ao meu companheiro de turma, foi alta o suficiente não apenas para os demais do círculo, como para o próprio palestrante, que aliás era o próprio individuo a quem me referia. 

***

– Rapaz, eu não acredito que é você! – O interpelei assim que a aula terminou. – Não se preocupe que não falarei para ninguém a respeito da sua cara de tomate durante a aula.

– Ai, Estela – cutucou Carlinhos. – Você também o interrompeu daquela forma. A sala inteira sentiu "vergonha alheia".

– Ah, que isso... Nada a ver. Mas, é você mesmo, não é? Você trabalha com o pai da Natalie, certo?

– É, sou eu – falou vexado.

– Não sabia que você estudava aqui...

– Penúltimo ano em direito.

– Você deve ser muito bom no curso para terem te escolhido para monitorar nossa turma nessa disciplina extra.

– Pois é... Eu preciso voltar pro clube e...

– Espera um pouco, homem – o interrompi quase exaltada, mas tentando manter certo humor. – Eu posso te dar uma carona até lá.

– E você está de carro, Estela? – Se intrometeu Carlinhos, outra vez.

– Eu não, mas você está – não resisti o sorriso sátiro.

– Eu? Mas, nós temos outras aulas agora e...

– Não são importantes. – Voltei para o nosso palestrante. – Nós te levaremos, hum...

– Eu sou o Sérgio e não precisa, Estela...

– Claro que precisa. Vamos logo Carlinhos.

– Mas, e as duas aulas...

– Já disse que não importam – insisti.

Eu estava convencida que poderia descobrir algo naquela noite e o Sérgio poderia me ajudar.

Sabia que não teriam meios para parar o que eu tinha em mente e tinha certeza que, caso Adriel descobrisse o que eu estava fazendo, ele não iria gostar muito... Mas era uma necessidade que eu tinha! Eu precisava descobrir ou ao menos tentar entender melhor o que se passava na cabeça do Natiel... Será que ele achava que eu não era adequada para o irmão dele? Que não era uma boa pessoa?

Eu sabia que ele frequentava aquele tal clube do Czar com frequência. Então, era só dar um jeito de me esconder enquanto eu observasse tudo. Eu era boa nisso.

– Posso saber por que você nos arrastou para cá?

Estávamos no clube, em uma mesa de canto próxima ao balcão d'onde o Sérgio já estava trabalhando com as bebidas.

– Ah Carlinhos, deixa de ser chato. Matar algumas aulas não farão mal... Depois a gente pega as anotações da Monique e tudo vai ficar bem.

– Posso saber por que você está sussurrando e com esse boné, falando com a cabeça baixa? Tá se escondendo?

– Você poderia falar mais baixo também – bronqueei entredentes. – Fica de olho no Sérgio enquanto dou uma observada por aí.

– Eu falaria que você é doida, mas já estou acostumado – tentou ser engraçado. – Depois me explique tudo isso.

Erguendo pouco a cabeça e a aba do boné notava já as várias presenças naquele lugar. Mesmo sendo meio da semana, as pessoas não perdiam tempo em armar suas distrações. Mas, não havia ninguém de touca ali... Suspirei. Levantei a cabeça e disse:

– Continue observando o Sérgio que eu vou ao banheiro.

Carlinhos fingiu bater continência e saí cabisbaixa. Será que eu havia perdido tempo?

Estava quase tirando o boné quando percebi que estava desistindo cedo demais. Eu o vi, finalmente! Escondi-me na mureta que dava para os banheiros e fiquei observando. Ele estava animado falando com várias pessoas. Não parecia estar com alguém em particular, mas com certeza estava bem diferente de como ficava quando me via com o Adriel.

Ainda estava reparando em suas ações, pouco me preocupando com quem passava próximo de mim. Não me reconheceriam com aquele boné mesmo. Quando notei que a expressão do Natiel mudou drasticamente ao olhar para um outro lugar, que não as várias pessoas com quem estava. Era óbvio que segui o olhar dele que, para minha surpresa, estavam sobre o Sérgio. Eu sabia! Meu faro não havia me enganado. Sérgio era uma chave para aquilo tudo!

***

Continua...

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