43 - A ALEGRIA EM SEUS OLHOS - Estela

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Olá queridos!!! Sei que este é o capítulo mais esperado desde muito tempo por vocês! Por isso, o dedicarei para alguns leitores aqui neste capítulo e para todos os demais que amam tanto Adriel & Estela!!!

Enquanto estão lendo, ouçam a música clássica, que está no vídeo no topo da página!

Maravilhosa leitura!!! 

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O dia não estava tão ventoso quanto nos últimos, porém o sol ainda se intimidava e se escondia por detrás de grossas camadas de nevoeiro quase que palpáveis. Com o tempo assim, eu ainda precisava usar de um agasalho, ainda que leve, e era algo que eu realmente não gostava muito. No entanto, detalhes e lamúrias como essas não eram mais importantes, nem me afetariam naquele dia. Havia muito o que pudesse me afetar de verdade e, sem sorte, isso seria logo.

Eu sabia que seria perigoso prorrogar o que eu já deveria ter contado ao Adriel. Era óbvio que ele desconfiava e que essa desconfiança poderia ser a pior possível, visto que eu ainda esperava o momento certo em falar, não conseguindo assim disfarçar algum desconforto.

Mas, aquele dia seria diferente.

Eu estava esperando o dia da festa para lhe contar, mas a Natalie me alertara de que eu não deveria mais me alongar. Além dela, eu notara as atitudes estranhas do Jadir e, quando o pressionei, ele me alarmara de certo modo.

O cenário da academia me parecia mais familiar do que a casa da minha tia e foi ali que, mais uma vez, o encontro foi marcado. A agenda do Adriel era menos flexível do que a minha e, dada a urgência, ele mesmo achou por bem de nos encontrarmos no café dali. Não posso dizer que estava tranquila... Na verdade, eu estava impaciente e, ao mesmo tempo, esperando que ele demorasse para aparecer. O clima não estava bom, eu podia sentir.

Ao chegar na recepção, diminuí os passos e comecei a contar as batidas do meu coração. Como se estivesse em câmera lenta, pude olhar para a minha direita e ver Helena que acenava, para mim, solícita. Estranhei a atitude, mas me esforcei para retribuir o cumprimento. Ainda pude ver alguns conhecidos, o instrutor de natação irmão da Natalie, até chegar ao atendente do local de encontro.

Confesso não o ter ouvido falar e nem me ouvir perguntar, mas ele sabia quem eu procurava e eu sabia que Adriel já estava por lá antes mesmo dele me apontar, pois assim anunciou meu descompassado coração.

Adriel estava mais impaciente do que eu, assim pude notar. Ele estava sério, fitava algum ponto invisível em sua semi lateral direita e, claramente, não estava de bom humor. Apesar de não ter focado em mim, eu sabia que ele tinha ciência da minha presença.

Aproximei-me, ainda em lentidão, foi quando ele olhou diretamente para mim. Senti-me como da primeira vez em que ele fez isso, o momento em que houve alteração em meu termostato corporal, causando-me calafrios, tremuras, suor frio, taquicardia, taquipnéia, possível midríase e uma ligeira vontade de urinar. A sensação não era de todo o ruim, mas eu temia muito a perda da cumplicidade e compatibilidade. Naquele momento, éramos quase como dois estranhos.

Sentei-me a sua frente e tentei falar algo, mas me interrompi. Somente Adriel era capaz de me fazer esquecer das palavras. Obviamente não consegui calcular o tempo de silêncio e, como de se esperar, foi rompido por ele:

– O que está acontecendo com você Estela?

Adriel abrandara um pouco a expressão... Não, não... Era pior do que isso! Ele parecia triste. Antes que eu pudesse responder, ele prosseguiu, fitando o saleiro que estava na mesa:

AMEDRONTADO - LIVRO 2 [COMPLETO] - Trilogia Irmãos AmâncioWhere stories live. Discover now