21 - PRESSENTIMENTO RUIM - Estela

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Olá seus lindos! Mais um capítulo segue!

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Excelente leitura! ;)

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Ventos fortes vinham em minha direção e agradeci por estar agasalhada. Ainda assim, comecei a pressentir algo ruim.

Havia algum tempo que comecei a me afeiçoar pela Natalie. Ela estava me ajudando com algumas questões e eu sentia a necessidade, melhor, sentia vontade de ajudá-la também. Eu mal podia imaginar tudo que ela estava passando e estava para passar... A vi falar com a mãe por telefone e a vi mais chorar do que se expressar. As notícias não pareciam ser das melhores, mas infelizmente eu não pude continuar com ela. Minha tia me chamou pelo celular, a fim de acompanhá-la ao médico.

– Venha comigo – propus.

Natalie parou de chorar, respirou e se recompôs:

– Não, está tudo bem. Vou me encontrar com meu pai no clube.

– Vamos caminhando juntas então...

– Não se preocupe, Estela. Sua tia está esperando, e eu ainda vou levar tempo me arrumando.

Não parecia boa ideia deixa-la só, então falei:

– Vou chamar seu pai então...

– Não...

– Não posso te deixar sozinha assim – cortei-a!

Ela suspirou e me passou o telefone.

O pai da Natalie levou vinte minutos para chegar e eu ainda fiquei mais vinte, a fim de me convencer que tudo ficaria bem; como se eu já estivesse prevendo algo.

– Mais tarde eu vou te ligar, mas não hesite em me ligar se precisar – enfatizei.

– Obrigada – falou, apertando os olhos, e me abraçou.

Da casa da Natalie eu conseguia ir andando até o hospital, e lá, com certeza minha tia já me esperava. Claro que ela me ligou de novo e de novo. Suzi, minha tia, não tinha filhos. Foi casada uma vez, separou-se e falou que nesta não entraria outra vez. Eu também desconhecia se ela tinha algum tipo de flerte... Ela me acolheu de forma muito entusiasmada há um ano e meio. Dizia que eu era filha postiça dela e que só tinha a mim. Como eu poderia lhe negar companhia, então? Assim como meu pai, ela sabia fazer chantagens emocionais...

Chegando ao hospital, não encontrei minha boa e velha amiga Carlota; esta sendo a enfermeira que me ajudara a entrar nas vésperas da cirurgia de Adriel. Olhei em volta e minha tia já estava a poucos passos de mim:

– Ai menina! Finalmente você chegou – disse ela.

– Estava ocupada... Mas, o que você precisa fazer mesmo?

– São meus exames anuais. Irão me colocar o holter cardíaco para ver se está tudo normal.

Elevei as sobrancelhas e minha tia percebeu o susto.

– Não se preocupe. É rotina para os que já passaram dos quarenta anos – riu.

Entregaram algum cartão a ela e fomos para uma sala de espera no segundo corredor. Pensei que demoraria, mas ela logo foi chamada. Fiquei aguardando, de forma impaciente. Queria saber o que estava acontecendo com a Natalie, mas principalmente, com Adriel e os irmãos. Havia algo estranho com Natiel, algo que eu ainda desconhecia... E aquele diário que a Natalie me entregara? Ele estava na minha mochila... O que será que tem nele?

AMEDRONTADO - LIVRO 2 [COMPLETO] - Trilogia Irmãos AmâncioWhere stories live. Discover now