AMEDRONTADO - LIVRO 2 [COMPLETO] - Trilogia Irmãos Amâncio

26 - CONSEQUÊNCIAS DE NATIEL - Segunda Parte

Olá seus lindos! ;)

Enquanto estão lendo, ouçam o clássico no vídeo, que está no topo da página!!!

Excelente leitura! ;)

~~~~~~~~~~~~~~

Mal pude dormir.

Apesar de ter recebido liberação médica, eu não me sentia totalmente assegurada. Meu incômodo recomeçou assim que saí do quarto de Jadir. Mas, ele estava bem, não estava? O que me acontecia? Culpa? É claro...

Após sairmos, acredito que Natiel tenha me falado alguma coisa, porém, não me atentei. Também não dei muita atenção a Adriel e Estela, cujos, quando notei, já haviam ido. Meu pai me falara qualquer coisa, das quais também abstraí.

Num determinado momento, decidi abrir os olhos. Ainda estava escuro ou era minha visão problemática outra vez? Virei-me de lado, para me levantar usando da ajuda do braço, e me senti com um pouco de náusea. Abaixei a cabeça e a segurei com uma das mãos, enquanto a outra se mantinha firme me amparando na cama, ainda que eu já estivesse sentada. Então, percebi. Levantei-me com a ajuda dos braços e segui para o que sabia que teria que fazer.

***

Coloquei os dois lírios que comprara em um vaso, que conseguira com a ajuda de Denis. O nome do auxiliar de enfermagem me fez lembrar do controlador do som do clube, seu xará, embora, fisicamente não parecessem nada. Era domingo e, com certeza, em outra época eu iria mais tarde para lá. Ainda era cedo. Na verdade, meu pai, que não voltou para o clube naquela noite por minha causa, não havia acordado ainda. Eu deixei um recado e voltei para o hospital. Ele ainda não me ligara, então era possível que ainda estivesse dormindo. Apesar de focada, eu estava atenta ao aparelho que, fora algumas ligações da operadora, não havia recebido chamadas ainda.

Alguns raios começaram a invadir o ambiente. Virei-me para ver, por certo seria um belo dia. Talvez afastasse todo o esfriamento dos últimos e os pássaros pudessem voltar a cantar na minha janela...

– Natalie?

Fui despertada e voltei minha atenção, de súbito. Logo, aliviei minha expressão e, sorrindo, cumprimentei:

– Bom dia.

– O que você faz aqui? – Jadir tentou se levantar, mas o mal-estar parecia não lhe ter deixado ainda.

Apressei-me ao seu encontro e disse:

– Não se esforce muito. Ainda não está recuperado. – Ajustei-lhe os travesseiros e o fiz repousar novamente.

– Mas... – Jadir parecia confuso, mas antes de completar o que ia dizer, Denis apareceu.

– Precisamos trocar a bandagem e os curativos – falou, trazendo um carrinho com os acessórios.

Vi sua expressão exausta e franzi o cenho.

– O que houve? – Lhe perguntei.

– Não se preocupe, é só cansaço. Trabalhei a noite inteira e ainda tenho todo o corredor para atender.

– Ah, é isso – falei penosa por seu estado. Uma ideia então me iluminou e lhe propus: – Deixe que eu cuide daqui.