AMEDRONTADO - LIVRO 2 [COMPLETO] - Trilogia Irmãos Amâncio

12 - EU PRECISO DA NATALIE - Natiel

Olá seus lindos!!!

Enquanto estão lendo, não esqueçam de dar o "play" no vídeo que está no topo da página!!!

Excelente leitura!

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Por que Natiel precisou aparecer em meio a narrativa da Natalie?

Eu poderia estar numa boa agora... Poderia estar desfrutando de cada momento célebre que me tem sido oferecido, mas... Por que eu envolvi a Natalie nos meus problemas? Logo ela? Eu poderia ter chamado qualquer outra pessoa no mundo, mas eu me deixei levar pelo meu estado frágil devido à recente perda de memória e pela sua preocupação paternalista.

Graças a ela eu ganhei uma agenda de shows; e não estava nada satisfeito com isso. Teria que cumprir uma programação, ocupando o meu tempo com os tratamentos, os ensaios e apresentações, não sobrando tempo para mais nada... Eu tentei negar, mas a vocalista da banda não poderia voltar tão cedo devido a uma infecção na garganta e insistiram muito para eu ficar. Claro que, também, me tocaram em pontos fracos, como a aproximação do público feminino. Acabei concordando e isso era uma droga; tudo por culpa da Natalie! Não sei o que se passa na cabeça dela para pensar que algo tão grave, que envolva a banda, tenha ocasionado meu lapso. Era uma teoria boba e infantil!

Porém, apesar de estar temporariamente de molho, e ainda, d'eu ter prometido a mim mesmo que nunca mais subiria em um palco na vida, eu tinha motivos para agradecer. Minha memória já não era tão importante, pois o clima estava ficando tenso em casa novamente...

Nunca pensei que o bom humor de Adriel, meu irmão mais velho, duraria tão pouco. Para piorar ele voltara ao modo de pouco falar, então, nem Daniel ou eu sabíamos o que estava acontecendo. No entanto, eu tinha as minhas próprias teorias a respeito e, para confirma-las, eu precisava mesmo da Natalie.

Após o ensaio da tarde, fui ao encontro de Jadir que estava no balcão do clube "enchendo a cara". Fazia algum tempo que não íamos as baladas para azarar o mulheril juntos, mas eu bem sabia que algo estava errado com ele... mais errado do que o normal, talvez, e eu o testaria naquela noite mesmo.

– E aí, cara? O que tem feito além de se embebedar? – Perguntei quase gritando, forçando o humor, enquanto me sentava no banco alto ao lado.

– Ah, o sujeito da touca... – resmungou para mim, sem fala ébria aparente. – Vi você cantando com a banda, meus parabéns! A Natalie adorou!

É... ele estava bêbado! Ainda assim isso poderia dar certo...

– A Naná não é muito crítica... Sabe que ela gosta de fígado acebolado, nem "Doug Funnie" gosta desse prato!

Jadir riu, e logo acentuou:

– Naná... Naná... Sabe que ela nunca gostou que eu a chamasse assim?

Aliviei bem pouco a expressão. Se tudo desse certo, eu sairia sem alguns dos meus dentes daquela conversa... Ele continuou:

– Ela dizia: "Eu detesto que me chamem assim! Meu pai sabe disso e fique sabendo você também! Eu não sou mais criança!"

Jadir riu e eu o acompanhei na imitação de "Natalie" dele. Ela, muitas vezes, agia como uma pré-adolescente e isso era, realmente, adorável. Porém logo ele parou para puxar o ar e ficou mais sério, enquanto falava: