AUTORA P.O.V.
Depois de uma viajem longa de carro até Lua Clara, as duas tiram um tempo pra descansar.
Falta menos de um mês pra começar o segundo ano da faculdade. Ter que lidar com aquela treinadora folgada, as aulas da Adora e agora uma empresa pra tomar conta.
Sim, Adora resolveu assumir a empresa.
As duas estão sempre ocupadas resolvendo os papéis dessa tal empresa.
Parece que o tempo que elas tinham uma com a outra, sumiu.
CATRA P.O.V.
- Sim, uma festa surpresa. Não sua idiota, ela não pode saber. - Mas que garota lerda. - Se é uma festa SURPRESA ela não pode saber né, Entrapta. Tá tá, beijo. Te amo também.
Liguei para Entrapta querendo saber se estava tudo certo para sábado, que é aniversário da Adora.
Tudo bem que estamos um pouco distantes mas eu queria fazer alguma coisa, não é o primeiro aniversário que eu estou mas o outro não teve festa. Agora que a Rizz se foi, imagino o quanto vai ser difícil comemorar o primeiro aniversário sem ela.
Adora está na faculdade resolvendo a carga horária do curso, provavelmente ela irá menos para as aulas agora. Não vai fazer muita diferença, final desse ano a faculdade já acaba. Dois anos aprendendo sobre esportes, acho que não aguento mais.
***
- Oi, cheguei.
Adora deixa as coisas em cima da mesa e coloca as mãos no rosto.
- Tá tudo bem?
Ela me olha pensativa, cansada e parece triste. Ela não tem conversado muito comigo, fica guardando as coisas pra si. Isso não é bom.
- Pode me contar, Dora. - Me sento ao seu lado.
- Só estou cansada, não sei se consigo. Eu não sou forte como minha mãe era, Catra. É melhor eu deixar isso de lado.
- Princesa, você é a pessoa mais forte que eu já conheci! Você vai conseguir. Claro que é uma grande responsabilidade, mas sua mãe confiou em você quando te deixou responsável por tudo isso.
Abraço a maior e sinto sua respiração ficar mais leve.
Ajudo ela a se vestir e deito com ela.
***
Passou uma semana desde a nossa conversa. Deixamos o tempo nos reaproximar, e agora está tudo bem. Ela parece mais confiante e eu feliz por vê-la assim.
Hoje é o dia. Como tem sido de costume, Adora vai até a empresa resolver as pendências de documentos, isso me dá o tempo necessário para arrumar tudo.
Recebo a Mara e a esposa em casa pra começar as decorações.
- Sabe se ela vai demorar? - Trice pergunta.
- Ela só chega daqui umas 3 horas.
Eu não tenho fôlego pra encher tanta bexiga.
A surpresa vai ser no meio da tarde. De noite eu vou levar ela em um lugar diferente.
- Vou buscar o bolo. - Mara pega as chaves do carro e vai até a confeitaria que não é muito longe.
A decoração não é muita coisa. Só uns balões e uma faixa de feliz aniversário. Não é sempre que se faz 19 aninhos, minha loirinha.
- Amor, tô voltando já, não tinha muita coisa pra fazer lá, mas tá muito trânsito, jaja eu chego, te amo.
O QUE?
Depois de ouvir o áudio da garota, corro para ligar pra Mara. Ligo para as meninas e a Elize.
Apresso todo mundo e vou me arrumar, ou tentar porque não dá tempo.
O tempo de prender um coque e colocar uma bermuda com um blusão é o tempo que todo mundo chega.
- Uau mana, como você está elegante. - Scórpia sendo irônica, nunca vi essa.
- Haha, besta.
Abraço ela, nossa, quanto tempo eu não a via. Abraço minha cunhada e minha mãe.
- Meu anjo, como você cresceu. - Ela coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
- Onde isso, mãe? Se a gente olhar bem, ela até diminui.
- O garota, eu vou te expulsar da minha casa.
Foi no calor do momento, olhei pra Mara com a cara vermelha de vergonha, a casa nem minha é, eu só meio que moro aqui agora.
Vou até a mesa roubar um brigadeiro e Mara chega bem perto.
- Não era eu que deveria contar isso, mas Adora colocou seu nome na escritura dessa casa, então é sua sim, sua boba.
Olho assustada pra ela, como eu não sabia disso? Ela deveria ter me contado. Não sei tomar conta nem da minha própria vida, imagine uma casa.
Falo com Perfuma e Entrapta antes de pedir pra todo mundo ficar nos lugares que planejamos.
- Demorou mas chegou né. Se perdeu no caminho? - Recebo Jenny na porta.
- Eu também estava com saudade de você, gata agressiva. - Ela me abraça forte.
Vou até a garagem e fico esperando a Adora que não demora muito pra chegar.
- Aconteceu alguma coisa? - Ela abaixa o vidro do carro preocupada.
- E por que aconteceria? - Grito.
- Você nunca abre a garagem pra mim, amor.
- Só entra logo.
Tento não mostrar animação mas é difícil, ela mal sai do carro e eu encho a cara dela de beijo.
- Cheguei já, mimada. - Ela me dá um selinho demorado.
- Mimada por quem? Ata. Não reclama.
Puxo a loira até a porta, cruzando os dedos para que as meninas estejam prontas.
- SURPRESA!!! - Gritamos todas juntas em sincronia.
Adora arregala os olhos, não faz questão em esconder o sorriso. Ver ela feliz desse jeito me deixa mais feliz ainda.
- Feliz aniversário minha Capricorniana quase Aquariana. - Dou um selinho nela e fecho a porta atrás de mim.
Todo mundo vem abraçar Adora. Mara ficou por último e tinha algo nas mãos.
- Esse presente não é meu, Dorinha. - Uma lágrima escorrega no rosto da mais velha.
Adora pega o papel das mãos da irmã e senta no sofá para ler:
- Adora, minha doce Adora. Eu sei que não vou estar presente nesse seu aniversário e me perdoa por isso. Eu só queria desejar um aniversário feliz e cheio de comemoração pra você, minha princesinha com olhos de oceano. Você e sua irmã foi tudo o que eu sempre sonhei em ter e sua mãe teve a coragem de me presentear com vocês duas. Garota mais corajosa eu desconheço. Vi como você está feliz e não deixe essa sua felicidade ir embora. Pega a felicidade pelo braço e bate nela se ela falar que vai embora. Eu te amo Adora. Amo sua irmã, amo vocês duas e digo a sua mãe que vocês amam ela.
- Ela escreveu quando estava internada e pediu pra te entregar quando chegasse seu aniversário. - Mara fala abraçando Adora, que já está chorando.
Ficamos um momento em silêncio enquanto as duas se abraçavam.
- Uhul, é meu aniversário putas, vamos comemorar. Menos a senhora, sogra. - Adora vai correndo abraçar minha mãe. Minha mãe ama mais minha namorada do que eu.
Nos ajeitamos para cantar parabéns pra Adora.
Foi tudo perfeito, ela parece uma criança quando está feliz, seus olhos brilham de felicidade.
Ficamos bebendo por um tempo até escurecer, foi quando todo mundo foi para suas casas.
Adora ganhou várias garrafas de bebida de presente, certeza que ela vai tomar tudo em menos de uma semana.
- Obrigada amor, de verdade! - Ela entra no chuveiro.
- Que isso meu amor, mas vai logo que vamos sair.
Ela me olha confusa.
- Vamos?
- Claro que vamos.
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como vocês estão? <3
atualizando esse cap mais soft e curtinho pra vocês não ficarem sem nada por muito tempo. vou estar meio ausente já que estou terminando a escola e está tudo bem corrido.
bjs da autora
bebam água <3