Doce como Amora ✔️

Af escritoraludmila

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Amora, filha de um dos meus melhores amigos, é quente como brasa e eu, após negar suas investidas, finalmente... Mere

PLÁGIO É CRIME
PRÓLOGO
PERSONAGENS E PERSONALIDADES
EPÍGRAFE
1 - Amor? Nunca mais
2 - Como ela se tornou tão... vistosa?
3 - Acho que meus pais estão ficando loucos
4 - A Mônica deu em cima de mim
5 - Quero a cerveja azul
6 - ELA É FILHA DO IGOR
7 - O que Amora estava fazendo no seu quarto, Henrique?
8 - Oi chefinho
9 - Aquilo tinha tudo para dar errado (+18)
10 - NÃO ACONTECEU NADA ENTRE NÓS DOIS
11 - Sabe que isso vai dar uma merda do caralho, né?
12 - Quer saber? Foda-se (+18)
13 - Está atrasada, Amora
14 - Estava falando dos gemidos dele
15 - Amora, feminino de amor
16 - Esqueci uma coisa (+18)
17 - Tinha que ser com esse filho da puta?
18 - Eu te quero além da cama
19 - Pai, preciso muito que me mude de setor
20 - A única coisa capaz de me acalmar era uma dose de tequila (+18)
21 - VOCÊ FALA QUE TEM SENTIMENTOS POR MIM E FODE COM PRIMEIRA QUE APARECE?!
22 - Meu aniversário
23 - Noite dos rapazes
24 - Porra, Henrique! É a Amora!
25 - Agora Lázaro sabe da verdade
26 - Eu vou para Nova Iorque
27 - É, vou voltar para o Brasil
28 - Ele estava de volta
29 - Por que ninguém me avisou?
30 - Você não tem roupa decente em casa não?
31 - Isso foi... Intenso (+18)
32 - Caralho, o que está acontecendo comigo?
33 - A doida da calcinha
34 - Beleza, aquilo foi surpreendente
35 - Ei, baby girl
36 - Porra, que inferno de vida
37 - Amora? O que você está fazendo aqui?
38 - Eu deveria ter lutado por nós (+18)
39 - O que está fazendo aqui?
40 - Amora, eu posso te explicar
41 - E o que nós vamos fazer?
42 - Thousand Miles
43 - MC Mike se fodeu
44 - É, chegou o momento do bendito Baile de Gala
45 - A vida é uma caixinha de surpresas
47 - Ele vai voltar para os Estados Unidos
48 - Que comece a festa!
49 - O tempo passa
50 - Esse filho da puta estava me traindo
51 - O que acha de fazermos uma parceria?
52 - Quem morreu?
53 - Estou precisando muito desabafar com você
54 - Você é tão ingênuo às vezes...
55 - AMIGA, NÓS VAMOS PARA A PORRA DA GRÉCIA
56 - Terminou o show?
57 - O que Henrique fez?
58 - Cara, mantém a calma (+18)
59 - Apanemo
60 - QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI?
61 - Quem ela pensa que é?
62 - SE PERDER, VAI SER BEM FEITO!
63 - Uma gostosa não daria bola para uma garotinha irritante
64 - Era impossível não surtar com aquilo (+18)
65 - Ingrid, pare de se humilhar
66 - Não quero morrer carbonizada!
120 - Quase amigas, né?
67 - Você é um gênio!
68 - Nosso casamento chegou ao fim (+18)
69 - Promete que não vai fazer nenhuma merda?
70 - Se aproxima dele de novo que te deixo careca!
71 - Era o início de um sonho!
72- Para de me fazer rir, senão vou mijar nas calças! (+18)
73 - O que está fazendo aqui, sua maluca?
74 - Acontece que o Ivanov é IRMÃO da Ingrid
75 - Você pode ter matado ela com esse golpe!
76 - Sou grata por ter vocês em minha vida! (FIM)

46 - Sinfonia do adeus

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Af escritoraludmila

HENRIQUE

Precisei reunir toda coragem que tinha dentro do corpo para realizar o que estava prestes a fazer. Muitas coisas estavam em jogo, principalmente minha amizade com Igor e integridade física.

Subi lentamente no palco, pedi o microfone para o DJ, que prontamente cedeu, afinal, quem era ele para negar um pedido do CEO, certo? Pois bem. O fiz desligar a música, deixando silêncio total no ambiente.

Dei três passos à frente, ficando bem na ponta do palco. O foco de luz estava ligado sobre mim, chamando ainda mais atenção à minha presença ali.

- Peço atenção de todos - respiro fundo - eu tenho que me declarar para uma mulher dentro desse salão.

Como resposta, todos da plateia começam a gritar, inclusive meus amigos. Igor, super discreto, subiu em cima da cadeira e gritou.

- AI DANI, O MOLEQUE TÁ APAIXONADO MESMO.

Todos caíram na risada, mas continuei sério, o encarando.

- Não é dela que estou falando - falo no microfone, tentando não ter uma crise de vergonha.

A plateia fica em silêncio e, antes que perdesse a coragem, dou de costas e peço para que o DJ coloque a melodia de "Sinfonia do adeus", do Baco Exu do Blues, um dos grupos preferidos de Amora.

(nota: a versão que Henrique cantou é menor do que a música normal)

Você não vai mais aparecer por aqui
Mas quero que você saiba, meu amor, te amo

Desculpa, a culpa é minha
Ainda não sou forte o suficiente pra proteger você
'Tô me sentindo tão sozinho, onde 'tá você?
Eu penso tanto no seu rosto, eu quero te ver
As dores no meu peito deixam um infinito tão pequeno
Agora entendo por que Romeu bebeu veneno
Sussurrando minhas noias no ouvido de Vênus, ouvido de Vênus

A saudade que mais dói
É a do abraço não dado
E do "Te amo" não dito
O "Te amo" não dito
O "Te amo" não dito

Esses problemas são de mentira
Meus inimigos são de mentira
Só minhas lágrimas contêm verdade
Eu sou motivo da minha própria ira
Eu me engasguei com minha vaidade
E eu não aguento saber que te perdi
Não tem mais volta
Aprendiz de Cartola, eu falei com flores mortas
'Tô conquistando o mundo
Mas toda conquista tem um sabor de derrota

Eu 'tô em minha casa, me sinto sozinho
Eu sou um estranho no ninho
Escravo do que sinto
O amor não faz nenhum sentido

Isso parece um pesadelo
Eu só queria te tocar
E sentir seu cheiro

A saudade que mais dói
É a do abraço não dado
E do "Te amo" não dito
O "Te amo" não dito
O "Te amo" não dito

Quando termino, todos aplaudem, e ficam em silêncio logo em seguida, aguardando o nome da "sortuda". Respiro fundo e encaro Amora, que estava próxima ao palco, com Dani de pé ao seu lado. Ambas choravam emocionadas, e algumas borboletas voaram em meu estômago. Pelo visto, haviam feito as pazes.

- Amora, eu te amo - dou um sorriso, não me importando com mais nada -... Eu sempre te amei. Desculpa Igor, mas eu amo sua filha.

Igor, que estava sentado, se levanta e grita.

- Só pode estar maluco, né? Seu filho da puta, Amora é quinze anos mais nova que você! - levanta, e vem andando em direção ao palco.

Todos os observavam em silêncio, ansiosos pelo que estava prestes a acontecer. Esse estava sendo o melhor evento do baile em anos.

Lázaro e Larissa percebem a merda que estava prestes a acontecer, então o seguem até o palco. Amora, Dani, Mahmoud e Elioth também vão atrás. Perfeito, a novela mexicana estava pronta. A sorte é que o lugar tinha grande extensão para comportar todos nós.

Assim que sobe no palco, Igor me encara e pergunta.

- Quando isso começou a acontecer? - pergunta, vermelho. Dava para ver a fúria em seus olhos.

- Há dois anos, Igor - respondo, de cabeça erguida.

- Então foi por isso que você se mudou? - pergunta Larissa, confusa.

- Foi. Não queria me apaixonar pela filha de um dos meus melhores amigos - respiro fundo.

- Então ela é a gostosa que você comia na época? - pergunta, quase rosnando. A memória do filho da puta era afiada.

O encaro em silêncio, sem saber o que responder sem ofendê-lo mais do que estava fazendo.

- Responde, seu filho da puta! - Igor se aproxima, raivoso. Larissa tenta segura-lo, mas falha.

- Igor, aqui não é lugar para discutir esse tipo de coisa... - diz Lázaro, se aproximando de mim, já prevendo uma possível briga.

- Porra, foda-se, Lázaro! Fala, Henrique, era da minha filha que você estava comendo?

Respiro fundo e balanço a cabeça positivamente.

- Fala, caralho! Fala! Usa a boca para falar!

- Sim, Igor, sim.

Igor se aproxima mais um pouco e dispara um forte soco no meu rosto. Antes que pudesse avançar mais ainda, Larissa e Daniele o seguram. Amora corre imediatamente em minha direção e se agacha ao meu lado, passando a mão no sangue que descia pelo meu nariz. Mahmoud fica ao seu lado, enquanto Lázaro fica de pé, vigiando caso Elioth também decidisse me bater também.

- Porra, Henrique! Porra, não precisava ser assim! - Amora soluça.

- Precisava, Amora. Agora todos sabem que eu te amo.

Elioth aproxima-se, mas Lázaro automaticamente coloca a mão em seu peito, o travando.

- Calma, cara. Não vou agredi-lo - afasta Lázaro.

O rapaz para em frente ao meu corpo jogado no chão e, inicialmente, encara Amora, mas depois dirige sua atenção a mim.

- Henrique... Eu não vou te agredir, nem nada do tipo - ele me encara com desdém -... Pelo que pude perceber, hoje você perdeu tudo que tinha de melhor. Duvido que Igor te perdoe ou permita o relacionamento entre vocês. De qualquer forma, tenham uma boa vida.

- Ele não tem que permitir nada, Elioth! - Amora responde, com lágrimas nos olhos.

- Amora... Por que não me falou, cara? Você sabe que tenho uma história mal resolvida com Daniele... Isso foi muito egoísmo da sua parte - dá de costas, sem se importar se a ex-namorada falaria algo ou não.

Larissa se aproxima e encara a filha.

- Amora, vamos! - coloca as mãos na cintura.

- Não, mãe! Olha como ele está! Eu tenho que ficar aqui!

- Amora, olha o estado do seu pai! - aponta para Igor, que estava em prantos, andando de um lado para o outro, sendo apartado por um dos seguranças.

- Mãe, eu amo o Henrique! Pelo amor de Deus!

Lázaro agacha-se ao lado de Amora e coloca uma das mãos em seu ombro.

- Amora, vá com a sua família. Eu e Dani vamos cuidar do Henrique.

- Isso, filha! Vamos para casa!

- Mas eu não moro com vocês!

- A partir de agora mora - a encara, com a expressão fechada.

Amora dá um beijo na minha testa e vai até sua mãe, que segura seu braço com força e a puxa até Igor. Os três andam em direção à saída, sem sequer olhar para trás, com exceção de Amora, que não parava de chorar e me observar. Mahmoud nos acompanha, afinal, passaria mais dois dias e meio na casa da amiga.

É, as coisas não estavam nada bem.

***

HENRIQUE

Cheguei em casa todo fodido. Igor era mais forte do que imaginei! O soco que me deu acabou me desequilibrando de uma forma péssima, fazendo com que caísse em cima do braço... Resumindo: provavelmente tinha deslocado essa merda. Cheguei a essa conclusão quando não conseguia sequer movê-lo.

Quando chegamos no apartamento, vou direto ao sofá, para que pudesse esticar o corpo e descansar a cabeça em alguma almofada. Lázaro parou na cozinha para pegar gelo, enquanto Dani me acompanhou, preocupada com o ferimento no meu nariz. Estava com medo de ter quebrado. Mahmoud ficou no apartamento ao lado, tentando a todo custo entrar em contato com a amiga.

- Você foi corajoso, Henri. Muito mesmo! - diz Dani, acariciando minha testa.

- Fui estúpido - encaro o teto, fazendo careta.

- Isso é verdade, mas foi corajoso. Assumir um sentimento daquela forma não é para qualquer um!

- Não mesmo! - diz Lázaro, trazendo uma bolsa de gelo à sala.

- Acha que ele - refiro-me a Igor - vai me perdoar?

- Dê tempo ao tempo! Ele pegou a tua irmã, não é de todo mal você pegar a filha dele! - Lázaro debocha.

- Isso não é uma brincadeira, cara! - Reviro os olhos.

- Estou tentando descontrair, Henrique! Pode demorar um tempo, mas cedo ou tarde ele vai te perdoar. Somos famílias, irmão! - senta-se ao meu lado e encara meu nariz de perto.

- Está muito feio? - pergunto, colocando o gelo em cima.

- Olha, desculpa a honestidade, mas está feio para um caralho. Ele acertou em cheio.

- Talvez eu tenha merecido.

- Não. Se fosse só uma foda, eu concordaria. Mas você a ama. Então não, não mereceu.

Dou um sorriso como resposta. Antes que pudesse falar qualquer coisa, ouvimos algumas batidas à porta, o que me causou um calafrio terrível na espinha. Porra, será que era Igor querendo terminar o que havia começado? Ah, pelo amor de Deus, eu nem tinha ido ao hospital ver essa merda de nariz e braço ainda!

- Eu atendo! - diz Dani, aflita - Não saiam daí, pelo amor de Deus.

Ela vai até a entrada, respira fundo e abre a porta, ansiosa para ver quem estava do outro lado.

- Elioth? O que está fazendo aqui?

- O que deveria ter feito desde que você chegou! - agarra Dani pela nuca e puxa o rosto em sua direção, dando-lhe um beijo apaixonado e demorado.

- Uou, por essa eu não esperava - Dani se afasta.

- Eu senti tanto a sua falta, Daniele!

- E eu a sua! - Aproxima o corpo do dele e o abraça com força.

- Você não deveria ter partido, Daniele Vitter. Poderíamos estar casados e com um par de pestinhas correndo pela casa!

- Você não me pediu para ficar, Elioth! Se tivesse feito, sem dúvidas teria ficado. Sabe que minha vida todinha é você! - da um selinho na boca do rapaz.

- Pombinhos, mais respeito com o enfermo da sala! - falo, tentando descontrair. Todo o ranço que sentia por Elioth se esvaiu a partir do momento em que Amora disse que me amava.

- Desculpa aí, comedor de casadas! - Elioth debocha.

- Entra aí, garoto! - falo, em tom descontraído.

Daniele agarra o braço do rapaz e o puxa em direção à sala.

- Cara, me desculpa! Minha história com Amora não é de hoje... sinceridade, se pudesse não amar tanto aquela garota, sem dúvidas não amaria.

- Não precisa pedir desculpas, meu bom! Sei que não mandamos em sentimentos... Está tudo certo. Para ser sincero, toda essa situação apenas contribuiu para algo que hora ou outra acabaria acontecendo.

- É bom que não tenha ressentimento entre os dois - Dani sorri -, porque Henrique vai ser o padrinho do nosso casamento.

- Acho que isso é um pedido de casamento, em? - brinca Lázaro.

- E é mesmo! - Daniele se ajoelha na frente de Elioth - Você é o homem da minha vida, meu Akai Ito. Sempre te amei e sempre vou te amar, pelo resto de minha existência e nas demais vidas que tenho pela frente. Aceita se casar comigo?

Elioth ajoelha-se em sua frente e beija profundamente seus lábios.

- É óbvio que sim, porra! MIL VEZES SIM!

Encaro Lázaro, e percebo que ele está chorando. Quando nota, limpa a lágrima que escorria por sua bochecha.

- Que saudade de Janna! - dá uma fungada.

- O momento está lindo, muito amável e frufruzento! Mas eu preciso mesmo que alguém me leve ao hospital! A porra do meu nariz tá latejando e a vontade que estou é de me jogar da janela por conta da dor que estou sentindo no braço.

- Eu levo! - Lázaro sorri - E vocês dois - aponta para Elioth e Dani -, aproveitem o tempo perdido! - dá um sorriso.

- Só não usem minha cama! - falo, me levantando.

- Pois vai ser o primeiro lugar! - Daniele debocha. Como resposta, levanto o dedo do meio.

Além da dor, a única coisa que se passava pela minha cabeça era se conseguiria ver Amora novamente. Talvez demorasse para que pudéssemos nos reencontrar... Ou pode ser que Igor a leve para passar um tempo na casa da avó, na Dinamarca. Meu coração ficava apertado com a possibilidade de nunca mais tê-la, e pior, de ter perdido um de meus irmãos de alma.

Fortsæt med at læse

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