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POV's Alexandre
Ser o supremo alpha não é nada fácil, preciso sempre lidar com grandes responsabilidade.
Cuidar de alcateias e de lobos, gerenciar uma enorme fortuna responsável por facilitar nossa passagem quando necessária, pelo mundo humano, lutar contra os submundanos, impedir lutas internas, aceitar desafios de lobos que acham que podem tomar meu lugar e cuidar de minha pequena Alexa.
A vida nunca foi fácil, mas de toda a minha existência era mais fácil quando eu conheci Maria aos 24 anos.
Aquela ruiva belíssima que se apresentou como minha companheira.
Eu era tão novo e ela encantadora! Era três anos mais velha que eu, mas não me importei, éramos companheiros e nos amávamos, era o que importava.
Até que ela se foi, oito anos após o fruto do nosso amor nascer.
Fiquei arrasado, todos ficaram e as desgraças de minha vida começou ali.
Alexa não era mais a mesma, muito menos eu.
Não sei ao exato o que aconteceu a 80 anos atrás, mas sei que Lexy não envelhecia mais, ela estava parada no tempo antes mesmo de atingir a primeira transformação.
"-Acalme-se supremo, a sua próxima companheira pode te ajudar com a criança." Eu estava desesperado e o conselho do meu primeiro beta, pai de Tiago, caiu como uma luva.
Nos primeiros anos eu esperei por ela enquanto ia atrás de diversos seres, até submundanos eu procurei para ajudar minha Lexy, prometi diversas coisas a eles e apesar da tentativa de todos, ninguém nunca obteve êxito.
Então eu tinha apenas uma alternativa.
Eu precisava correr, ir atrás da minha próxima companheira, ela iria me livrar daquele horrível sentimento de perda e quem sabe... traria minha Lexy de volta.
Naquele dia eu estava indo visitar os alphas da alcateia do norte, o filho deles iria assumir o posto em plena data de aniversário, sem companheira e era isso o que me preocupava.
Para assumir um posto tão importante é preciso não ser apenas um, ele precisa ter companheira.
Eu só assumi o posto antes de encontrar minha companheira porque meus pais morreram, mas no caso da alcateia do norte que os alphas anteriores ainda são vivos, não tem por que entregar ao garoto o cargo antes.
Uma aglomeração estava em volta da casa, muitos jovens bebendo e som alto, vi uma movimentação no interior e então um cheiro forte me atingiu.
Maxsuel ficou agitado.
Quando vi Lia pela primeira vez não fazia ideia de que ela era realmente minha companheira, passei tanto tempo procurando que era difícil acreditar que ela estava ali.
Percebi que em um canto uma morena discutia feia com um ruivo que segurava seu braço com força, deviam ser companheiros, assim que a garota viu a loira sair da casa ela tentou ir na direção da outra, mas a que saía da casa correu e jogou algo no gramado.
Ela foi pra floresta, era Lia.
Alguém se aproximou.
-O que houve? Por que estão todos aqui?-perguntou uma mulher atrás de mim a outra que segurava uma bebida.
-A festa mal começou e já temos entretenimento. A estranha da alcateia foi rejeitada pelo alpha.-estranha da alcateia? Entretenimento?
Senti a raiva me consumir.
Por que estão dizendo essas coisas dela?!
E por que eu estava reagindo daquele jeito?
Naquela hora eu não sabia.
Fechei as mãos em punho ciente de que tinha que ir atrás dela o quanto antes, aquelas pessoas ficariam para depois, principalmente aquele merdinha que a rejeitou.
Depois de resolver com a loira o motivo de ela ter me chamado atenção daquela maneira, eu farei ele pagar!
Fui até a floresta e farejei o ar.
"Ela já se afastou muito, você precisa se transformar ou vamos perder seu rastro." Tirei minhas roupas concordando com Max e me transformei.
Corri por aquela floresta escura a procura da lobinha com o cheiro tão forte.
Ela despertava algo em mim.
Eu estava usando camuflagem para me esconder dela enquanto a seguia, sua loba era belíssima, eu conseguia ver de longe uma pelagem branca igual a lua.
A pelagem que indicava que era uma Luna, ela nasceu pra ser Luna, mas aquele babaca a rejeitou!
Quando ela pulou no lago eu parei de correr e me transformei me vestindo logo depois.
Fiquei observando ela por vários estantes.
Estava se sentindo culpada, eu conseguia ouvir a conversa horrível que ela tinha com sua loba, meu outro dom me possibilitava escutar a conversa com o lobo interior de qualquer outra pessoa, mas a sua maior limitação é que durava apenas alguns estantes.
Ela se sentia péssima, eu sentia de longe o quanto estava abalada e chateada e isso me incomodava.
Por que me incomodava? Eu também não tinha a resposta.
O que me fez querer dar um passo foi sua próxima ação, ela começou a se machucar, socava a pedra com tanta força que estava maltratando sua própria mão.
Uma dor cortou meu coração naquele exato momento.
Fiquei tentado a dar um passo em sua direção.
"Acalme-se lobão, ela precisa desabafar, precisa esfriar a cabeça." Max me chamou atenção me fazendo estacar no mesmo lugar, sem fazer movimentos bruscos, apenas a observando de costas.
Meu olhar correu por todo o seu corpo, ela era marcada por cicatrizes, algumas tão grandes que pareciam ter sido feitas a espada.
Algo em mim se moveu.
Por que alguém faria coisas tão ruins com ela? Com aquela mulher inocente?
Max? Sabe de algo?
"Nada, nunca ouvi falar dela e nem tenho ideia do que te aconteceu, mas Gabriel talvez descubra." Revirei os olhos. Eu e Gabriel já fomos amigos muito próximos, mas hoje falamos apenas o básico, é assim desde que minha amada falecida primeira companheira se foi.
Graças a um de seus olhos prateados ele conseguia ver a magia das pessoas e as vezes até sugá-las.
Ele brigou comigo um pouco antes de Maria morrer por que afirmou que nela tinha magia negra e depois disse a mesma coisa de minha pequena Lexy.
Eu não confio nele.
Ele só pode ver a magia das pessoas, como saberia quem fez estas coisas com aquela mulher?
"É o nosso melhor palpite." Respondeu.
Ela arrancou algo do pescoço, senti o forte cheiro de prata se misturar com o cheiro do seu sangue e então soube o que ela ia fazer, estava prestes a me mexer em silêncio quando ela se colocou de pé virada para mim.
Eu ainda estava na escuridão ela não podia me ver, mas eu conseguia enxergar bem suas feições.
Ela era tão... linda e apesar da postura hostil parecia ser tão indefesa...
-Saia! Eu sei que está ai!-sua voz doce e agressiva me tirou do estorpor em que estava, hipnotizado por tamanha beleza daquela mulher.
Saí com as mãos para cima, deixei a camuflagem ainda em ação, não podia deixá-la me reconhecer ainda.
Vi ela farejar o ar provavelmente tentando sentir meu cheiro.
-Calma, não vou lhe fazer mal.-falei me aproximando lentamente, fiquei grato por ela não esta se afastando.
-Pare onde está!-rosnei.-Sei que está sob um feitiço, não é um humano.
Aquele foi nosso primeiro contato direto, ela era tão esquentada e ao mesmo tempo tão... doce.
Acho que gostei dela.
Eu precisava protegê-la, eu queria protegê-la de qualquer um que tentasse lhe marcar novamente.
Quando ela fugiu de mim, eu sentia vontade de segui-la, mas achei melhor tentar por outro caminho, foi ai que decidi interceptar o Oficial e ir com ele a casa dela.
Depois daquela demonstração de desafio eu soube que ela não era apenas uma loba e que eu teria que fazer de tudo para descobrir o que realmente era aquela mulher e por que me despertava tanta a atenção.
Quando ela praticamente recusou a seguir minha ordem, mesmo depois de sua tentativa falha de disfarçar eu percebi que não lhe afetava tanto quanto afetava os outros lobos e por isso eu tive que agir.
Deixei Tiago cuidando das coisas mais superficiais da alcateia, apenas minha filha e o que era realmente urgente na alcateia tinham minha atenção, meu tempo passei a gastar na casa das rejeitadas, observando e procurando maneiras de me aproximar dela, até eu mesmo descobrir que ela era minha companheira, quando a vi se transformar na noite em que uma besta do campo atacou uma das meninas da casa.
Naquele dia Maxsuel disse as palavras que eu tanto quis ouvir nesses 80 anos.
"Minha! Minha Amélia!" Engraçado como não percebi da primeira vez, eu só tinha percebido naquele momento.
Depois daquele dia eu não conseguia ficar muito tempo longe dela, se antes eu já era tão "próximo" agora eu seria muito mais.
Ela era minha companheira!
Sua recusa no entanto só duro até ela descobrir que éramos companheiros, depois disso passou a aceitar 2% a mais minha presença por perto, o que já foi um avanço.
Eu pretendia compra-la no leilão, mas enquanto ela não se decidisse sobre o que fazer com nosso relacionamento somente eu ou Tiago poderíamos comprá-la, não iria envolver outra pessoa nisso.
Eu acabei sendo preso por Cartelis um dia antes do leilão e o idiota do Tiago invés de comprar ela e depois vim atrás de mim, ele apenas veio correndo tentar me socorrer e acabou preso também.
"O que vale é a intenção, não é?" Perguntou Max rindo.
Calado Maxsuel.
Só pude encontrá-la de verdade depois de quase um mês e consegui apenas por que ela agiu.
Minha bela companheira.
Quando a vi no dia em que tentaram acusá-la quase não me segurei.
Ela parecia tão indefesa, mas quando a vi lutando com os seguranças lobos, me recordei que ela brigava melhor que qualquer outro lobo, talvez até melhor do que eu.
Não posso mensurar o tamanho da minha felicidade ao tê-la ali por perto, nos meus braços, aceitando estar perto de mim.
Não sei exatamente o que ocorreu, mas quando retornei tinha algo diferente nos meus sentimentos por ela, pareciam estar mais intensos, quase incontroláveis e ela estava mais receptiva comigo, teria ela me aceitado?
Não importava naquele momento, eu apenas queria olhá-la e olhá-la por muito tempo.
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Estavamos caminhando pelo jardim, eu tinha acabado de fazer um tour pela casa para mostrar tudo a Lia, ela ficou calada durante todo o percurso, o que me assustava.
Lexy iniciou o tour conosco e depois foi se arrumar, eu iria levá-la a um parque onde pudesse tomar sorvete.
Felizmente o tour foi tranquilo, Lexy ficou quieta depois que eu dei um basta no almoço quando ela me desafiou. Eu sei que ela tem um temperamento ruim, mas eu sou seu pai e seu alpha, e Lia é sua futura luna, ela nos deve respeito!
Agora que as coisas tinham se acalmado, eu parei em uma parte do jardim me sentando em um banco e trazendo Lia comigo.
Assim que ela se sentou eu a puxei na minha direção, não conseguia ficar muito tempo longe dela.
Passei minha mão por cima do seu ombro e agarrei a sua mão que estava gelada.
Ela estava pensativa e também nervosa, eu sentia isso.
-O que foi, Lia?-atraí sua atenção.
Ela sorriu sem mostrar os dentes, seus olhos também sorriram e suas bochechas ficaram mais redondas e vermelhas.
Eu amava olhar tudo em seu rosto.
E quando ela sorri então... eu me perco naquele sorriso.
Ela colocou o cabelo para trás, coisa que percebi que ela fazia muito desde que parou de amarrá-los, ontem quando nos encontramos.
É estranho que faça apenas um dia desde que cheguei, já passou tantas coisas que parece que foram dias.
-Não é...
-Eu sei que é algo.-a interrompi fazendo-a ficar séria.-Preciso que me conte, só assim posso te ajudar.
Ela se virou para mim saindo de meu aperto, o que me deixou apreensivo.
-Qual o problema com sua filha e por que ela tem oitenta e oito anos?-fui pego completamente de surpresa.
Como ela soube?
Não foi algo que eu comentei com ela e nem permiti que alguém falasse.
-Como descobriu?-perguntei sério.
-Ela revelou sem querer quando te desafiou, mas a questão não é essa.-se virou para mim endireitando a coluna, respirou fundo. Eu sabia que queria respostas e sabia que aquilo estava a incomodando. Seus olhos ficavam menores quando ela estava incomodada.-Como isso é possível e... por que não me disse nada?-uma sobrancelha erguida.
Droga, estou mais encrencado do que imaginei.
Minha companheira estava irritada comigo, por eu não ter lhe dito esse detalhe do meu passado.
Não é que eu não confiava nela, mas é que não queria preocupá-la, conheço sua natureza, sei que não iria descansar até me ajudar e ela já fez muito esforço ultimamente.
Peguei em sua mão a apertando levemente.
-Desculpe, Lia, é só que...-respirei fundo.-Maria, a mãe de Alexa, morreu a oitenta anos atrás quando ela tinha oito anos e desde então ela não envelhece, nem ela e nem eu.-revelei me sentindo por um momento um pouco vulnerável.
Carinho... foi isso que acessei dos sentimentos de Lia.
Carinho? Como assim?
Ela sorriu fraco segurando minha mão com suas duas mãos, como se tentasse me passar conforto.
-Eu não queria te envolver nisso, sei que se preocuparia muito ao ponto de se exaustar tentando fazer algo e nós já tentamos com tantas pessoas.-ela sorriu.
-Mas nenhuma delas foi eu.-afirmou. Não senti mágoa em sua voz, mas senti determinação.
Ela emanava coragem e autoridade e eu amava mais ainda isso nela.
-Lia, você se exaustou muito tentando me ajudar.-ela ergueu ambas mãos como se estivesse rendida.
-Falta apenas 3% da minha energia e então estarei 100% recuperada.-se aproximou mais como se fosse me contar um segredo.-Eu posso tentar ajudar.
Respirei fundo olhando bem pros seus olhos cinza que antes pareciam ser mais cintilantes que eram agora.
Ignorei esse detalhe por aqueles estantes.
-Não quero que se exauste nisso.
-A loba dela tem 88 anos também.-afirmou, mas isso era algo que eu já sabia.-Tem noção do que vai acontecer se ela não crescer?-sua pergunta me causou um temor.
Eu não tinha ideia, era muitas opções de coisas horríveis que podiam acontecer. Infelizmente essa é a primeira vez que isso ocorre com alguém, normalmente todos os lobos passam pela primeira transformação pelo menos.
Não tem nada documentado.
-A loba dela é uma loba suprema e ela está lutando para tomar o controle, sabe o que vai acontecer na próxima lua cheia?-senti um pesar no meu peito.
Assenti.
Iria acontecer o que vem acontecendo nas luas cheias desde de alguns meses atrás.
-Ela vai sentir muitas dores.
-Exato!-concordou Lia.-A loba dela vai fazer de tudo para sair até que mate Alexa.-olhei de olhos arregalados para Lia.-Seu corpo precisa desenvolver mais dois anos pelo menos e após isso podemos fazer uma transformação "precoce" e salvá-la.-tentei digerir suas palavras.
Eu estava começando a me sentir desesperado. Todos tentaram! Alexa... ela pode morrer?
Tentei manter a calma.
-Espera, como pretende ajudá-la? Todos os bruxos e feiticeiros que conheci disseram que não tinha maneiras de curá-la.-ela mordeu o lábio inferior e então respirou fundo, parecia pensativa, mas então senti hesitação.
Ela estava hesitando fazer algo, provavelmente dizer alguma coisa.
-Pode falar.-ela olhou pros meus olhos.
-Eu apenas vou descobrir qual é o problema e depois pensamos na solução.-disse desviando os olhos.
O sentimento de hesitação estava lá o que significava que ainda tinha outra coisa para dizer.
-Não se preocupe, Lia. Só me conte.-segurei sua mão atraindo sua atenção.
-Lex, a Alexa...
-Estou pronta papai!-dizia Lexy se aproximando de nós. Percebi que ainda olhava feio para Lia.
Sorri para Lexy, ela teria que se acostumar com sua madrasta, de acordo com Lia isso iria demorar um tempo.
Me levantei ainda de mãos dadas com ela.
-Vamos, me conta no caminho.-segurei a mão de Lexy e puxei Lia, mas ela não se moveu.-O que foi?
-Esse é um momento de pai e filha, vai ser melhor se eu não for.-ela soltou minha mão.
-O que? Você agora faz parte da família também, Lia.-ela sorriu e olhou rapidamente para minha filha e depois voltou a olhar pra mim.
-E eu também preciso me recuperar 100%, então... divirtam-se.-se aproximou me dando um selinho rápido.-Te vejo na volta.-e saiu andando me deixando igual um tonto parado, olhando para ela se afastar.
O que ela pretende fazer?
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Hiiii! Quase 1000 palavras a mais só pra esse bonus!
Como estão?
Vocês ultrapassaram a meta passada! Aeee! Obrigada pelo apoio!
Link do grupo no perfil.
O que acharam? E esse problema de Alexa, alguém tem um palpite?
Perceberam que eu dei uma corridinha? Foi pra não repetir muito do que vocês já viram com Amy/Lia narrando, eu queria apenas que vocês tivessem o gostinho de como funciona a mente do Supremo ^^
Espero que tenham gostado! Beijos!