Eu amo Você!
Essa frase não sai da minha cabeça, é como se ela estivesse fazendo eco. Começo a pensar em todos os meus momentos com a Samantha: Quando na minha vida eu estive com tamanha paz de espírito quando estava com uma mulher? Quando na minha vida eu ouvir de uma mulher que ela me ama foi tão importante para mim? Quando que eu me senti vazio por estar longe de uma mulher antes?
Para todas essas questões, apenas uma resposta: Nunca.
Foi então que de uma vez por todas eu consegui ver aquilo que estava a menos de um palmo do meu nariz e que só eu não via. Samantha Avelar era a mulher da minha vida.
Ela não era só uma mulher gostosa, ótima de cama, que me fazia bem... Definitivamente não. Ela é a mulher que eu amo, amo cada parte dela, amo o seu jeito de me olhar quando está tímida, amo a boca dela na minha, amo quando ela está na empresa completamente profissional e focada, amo quando ela está em casa, cabelos presos, sem maquiagem completamente a vontade.
Nossa como eu amo essa mulher. Descobrir isso me deu uma liberdade que jamais imaginei que fosse possível.
Eu tinha que fazer alguma coisa para demonstrar isso para ela, e simplesmente mandar uma mensagem e disser que eu também a amava era muito pouco, eu queria mais, queria algo que a fizesse sentir a mais especial de todas as mulheres, algo que eu nunca tivesse feito para nenhuma outra.
Foi então que me deu um estalo, me lembrei da conversa que tivemos no jardim da minha mamma no resort da Flórida, eu disse a ela que nunca havia mandado flores para ninguém, então essa com certeza era a primeira forma de demonstrar para ela o quanto estava entregue, como era verdadeiro o que eu sentia.
Pesquisei na internet uma flor que significasse pelo menos um pouco do que eu estava sentindo, foi então que eu achei a Lisianthus, o mais expressivo significado dessas flores é o da entrega amorosa. Segundo estava dizendo aqui, ela transmite o desejo que a pessoa que as envia, tem de se envolver profundamente com a pessoa que as recebe. Pronto essa é perfeita!
Ligo imediatamente para a Sophie, peço para ela comprar um enorme buquê, escrevo um cartão e mando para o email da minha secretária para que fosse escaneado.
Pedi para Sophie que entregasse para a Samantha no outro dia quando ela estivesse na Stalden. Queria muito ser eu a entregar para ela essas flores, mas ao mesmo tempo eu não conseguia esperar.
Pouco dormi naquela noite, fazia mil planos na minha cabeça, queria levá-la para a Itália apresenta-la a minha mãe, ao meus amigos, levá-la para conhecer meus lugares preferidos, mostrar a minha casa, a minha cidade, o meu país. Queria que Samantha a partir daquele momento, participasse da minha vida e eu da dela, depois poderíamos ir a Boston, queria conhecer os pais dela, o irmão que aliás eu já sentia uma certa afinidade, enfim Samantha era definitivamente o que eu queria para mim.
Sem conseguir dormir, eu levantei cedo e fui para o resort, a melhor coisa que eu podia fazer era adiantar o máximo as coisas. Liguei na Stalden, Larissa me informou que a Samantha estava em uma reunião, achei melhor não interromper, só perguntei se ela tinha recebido as flores, Larissa me disse que sim e que a Sam estava muito feliz.
Aquilo para mim era o suficiente, pelo menos foi o que eu pensei na hora, ledo engano, quarenta minutos depois eu já não aguentava mais de ansiedade, queria, queria não, necessitava ouvir a voz dela. Interrompi o engenheiro que falava a quase dez minutos sem parar, e eu não prestava a mínima atenção, pedi licença e fui falar com a mia dea.
Ouvir a voz dela, ouvir seu sorriso, tudo isso só me fez ver que eu tomei a decisão certa. Samantha era sim a mulher da minha vida.
Enquanto eu falava com ela, Susan chegou, me avisou que ela, a Mel e o Evan, estavam na área das piscinas. Disse que já ia. Sam ouviu eu falando com Susan e claro, não escondeu que não gostou, mas fiz questão de especificar que até aquele momento eu estava ali sozinho e que a Susan acabou de chegar com o Evan e a minha irmã.
Tudo bem que eu não sabia o que ela estava fazendo ali, todas as suas reuniões eram fora do resort, mas enfim eu não queria saber. Já tinha deixado bem claro onde era o lugar dela na minha vida, e até agora ela tinha respeitado.
Fui para uma sala onde seriam as reuniões do dia, seria muitas aliás, o dia ia ser longo e cansativo mas ia valer a pena, amanhã a essa hora eu estaria voando de volta para a Flórida, mas especificamente para a Samantha.
Coloco minha carteira em cima da mesa e as chaves, abri o meu notebook. Damares a minha secretária abriu a porta e colocou a cabeça para dentro da sala, me avisando que a Mel estava me chamando queria que eu fosse ver o spa que estava na fase de decoração, olhei em volta e deixei tudo lá mesmo em cima da mesa, só peguei meu celular para o caso da Sam me ligar.
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A tarde eu estava em uma reunião com o engenheiro, o encarregado de obras e alguns ajudantes, estávamos vendo as plantas do prédio. Foi quando meu celular tocou, dei um sorriso logo de cara quando vi que era uma mensagem da Sam. Me sentei e ainda bem que eu fiz isso, na tela do meu iphone apareceu a imagem da Sam com um decote lindo, aparecendo um lado do seu sutiã vermelho e um pouco do seu rosto, junto com uma mensagem que deixava claro as suas intenções:
"Quero deliciar-me do teu corpo, ter em mim sua fragrância, entorpecer-me de desejos, embriagada de beijos. Quero sentir-me toda aquecida ao tocar sua pele macia, beijar cada parte sua enfervecida de prazer. Excitada por uma gula insaciável de você!"
Caralho essa mulher vai me enlouquecer, meu pau fica duro na hora. Os homens ao meu redor me olham de um jeito curioso. Eu finjo que não vejo e respondo a mensagem dela.
Meu amor, o que você está tentando fazer comigo? Estou cercado de marmanjos aqui. Meu pau ficou duro na hora. ainda bem que estou sentado e tive como disfarçar. Quero você, preciso de você alucinadamente.
O resto da tarde se passa e, eu não paro nem para comer, ainda tive uma reunião com o Evan e os outros diretores, depois uma com a Mel e os arquitetos e urbanistas. Sei que terei que voltar aqui antes da inauguração, mas com certeza dessa vez a Samantha estará comigo. Dei mais uma volta pelo resort e já estava anoitecendo quando voltamos para o hotel.
Subo direto para a minha suíte, quando chego em frente a porta e abro a minha carteira para pegar o cartão chave, eu não o acho, mas que droga, eu tenho certeza que eu coloquei na minha carteira. Olho no bolso do meu paletó e no da calça mas nada, então eu desço para a recepção a fim de pedir outro.
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Tudo que eu quero agora é um banho e cama. Esses dias aqui na Grécia estão corridos e cansativos e além disso, amanhã eu enfrento uma viagem estressante de volta para Flórida.
Quando eu estou saindo do banho eu escuto a Mel me chamar:
- Lui?
Me enrolo na toalha confuso, que merda está acontecendo eu tinha certeza que eu tinha trancado a porta quarto quando eu entrei.
- Oi Mel, que foi? Como entrou?
A Mel está com uma cara horrível, me olhando como se eu fosse a pior pessoa da face da terra.
- Mas que merda você aprontou Luigi?
Olho para ela e não entendo o que aconteceu, do que ela está falando. Sua cara é de raiva e Mel quase nunca me chama de Luigi.
- Como assim Melyne? - sorrio nervoso - Eu estava tomando banho, não tenho nem ideia do que você está falando.
- Tem certeza? Então porque eu acabei de ver aquela tal de Susan sair da sua suíte com um sorriso triunfante nos lábios?
Olhei em volta não entendendo nada.
- Como assim acabou de sair daqui, eu estava no banho e não tinha ninguém aqui comigo Melyne.
- Ela estava aqui Luigi, pode ter certeza.
Então eu me dei conta de que foi ela que pegou o cartão chave da minha carteira, mas com que propósito? Será que...
- Espera um pouco Mel, ela te viu?
- Claro que me viu, ela ficou assustada e depois tentou disfarçar, mas ela estava fechando a porta quando eu cheguei.
Passei as mãos pelos cabelos, tentando imaginar o que ela queria. Peguei o telefone e liguei para a recepção.
- Por favor o quarto de Susan Smith.
- Só um momento senhor.
Alguns minutos se passaram. - sr. Stalden, ninguém atende no quarto da srta Smith.
- Está bem. Obrigado.
- Droga o que essa mulher queria aqui? - Olho em volta e tudo estava com eu tinha deixado.
Isso não faz o menor sentido para mim
- Está tudo como eu deixei, acho que ela não pegou nada.
Eu não sei o que se passa pela cabeça da minha irmã, mas Mel olha ao redor e diz: - Cadê o seu celular Lui?
- Está aqui junto com a minha carteira e o cartão chave que eu tive que pedir outro porque aquela cadela me roubou o outro hoje mais cedo. Porque Mel?
- Não sei mas é que ela tinha um celular na mão, pensei que poderia ser o seu, mas já vi que não é. E seja lá o que ela queria fazer aqui, a única coisa que ela iria precisar era de um celular, mas porque? Se eu quisesse seduzir um cara, eu não iria me lembrar de pegar o meu celular. - Mel fixa os olhos em um ponto aleatório, seus pensamentos estão longe e ela balança a cabeça, está tão nervosa quanto eu.
Passo as mãos pelo cabelo andando de um lado para o outro, um monte de coisas começam a passar na minha cabeça, desde espionagem industrial até... espera um pouco, ahh não seria muito sórdido ela fazer uma coisa dessas.
Pego o meu celular e ligo para a Samantha, o celular dela toca até cair na caixa postal. Tento de novo e de novo e mais um monte de vezes, ela não me atende. Ligo para o telefone fixo e nada também, começo a me desesperar, ando de um lado para o outro mais uma vez.
- Luigi o que você está fazendo?
- Preciso falar com a Sam mas ela não me atende. - Tento mais uma vez. - Estou ficando preocupado.
- Porque você não tenta falar com os seguranças dela, se aconteceu alguma coisa eles vão saber.
- Claro, como não pensei nisso antes.
Pego o meu celular e ligo para o Alek que atende no segundo toque.
- Alô, como vai senhor Stalden?
- Alek, onde está a Samantha, pelo amor de Deus me fala que ela está bem. - Pulo a cordialidade.
- Sim sr Stalden ela está bem, estava sorrindo quando eu a ajudei a colocar as flores que o sr. mandou para ela dentro do apartamento hoje mais cedo.
- Alek, bate na porta, arrombe se for preciso, mas vá ver se a Samantha está mesmo bem. Estou tentando falar com ela e Samantha não me atende.
- Certo senhor.
Seu tom de voz muda. Agora seu modo alerta e profissional está completamente ativados.
Escuto ele bater na porta, primeiro devagar mas depois seus punhos ganham força e em seguida ele começa a chamar por ela. Escuto quando ele pergunta se está tudo bem, e só de saber que ela segura em casa eu já sinto alívio, mas porque ela não me atendeu?
A resposta de Samantha para Alek quando ele diz que eu quero falar com ela é curta e quase grossa. Ouvi quando disse que está com dor de cabeça e que fala comigo amanhã, logo depois ouço a porta sendo fechada. Quando Alek volta ao celular para me passar o recado eu respondo simplesmente.
- Certo Alek, eu ouvi. Obrigado.
Olho para a Mel que parece que não sabe o que fazer.
- Você acha que a Susan aprontou alguma coisa para fazer com que a Samantha não queira falar com você grandão?
- Eu tenho certeza que sim Mel, seja lá o que ela tenha feito, ela fez para foder com a minha vida com a Sam e, pelo visto está conseguindo porque ela não está querendo falar comigo.
Pego o celular de novo e ligo novamente para a casa dela e da primeira vez o telefone toca até cair a linha, depois nem isso, acho que ela acabou desligando-o.
- Grandão eu vou falar com o Evan, quem sabe com ele consegue falar com a Sam. - Mel chega até a mim e me da um beijo no rosto.
- Faz isso Mel e aproveita e fala para ele achar a Susan.
- Tá bom grandão, mas mantém a calma por favor. - Ela me da um beijo e sai fechando a porta.
Coloco uma roupa, mas não me preocupo com detalhes. Estou apavorado com o que possa estar acontecendo sem eu saber.
Encho um copo de uísque e tomo quase tudo de um gole só. Preciso achar a Susan, preciso saber que merda ela fez.
Pego o telefone e ligo para o piloto do jatinho. Quero tudo pronto para ir embora o mais rápido possível.
-Está confirmado o nosso voo para amanhã? - pergunto
- Sim senhor, está tudo certo.
- Ótimo, estarei aí na hora marcada.
- Certo.
Coloco mais um pouco de uísque no meu copo, mas dessa vez eu tomo aos pouco olhando a vista pela janela e me perguntando que merda está acontecendo.
Depois de um tempo, ouço bater na porta e de onde eu estou, eu só grito para que entre.
Evan aparece na sala com uma cara de preocupado.
- E ai cara, a Mel me contou tudo, que grande merda hem?
- Nem me fale, mas se eu pegar a Susan eu nem sei do que sou capaz.
- O que você acha que ela fez, Lui?
- Eu não sei cara, eu estava tomando banho eu não à vi aqui, aliás se a Mel não estivesse encontrado com ela, eu nunca saberia.
- Bom meu amigo, eu estou tentando falar com a Samy, já faz um tempão e nada, todos os telefones dela estão desligados, e conhecendo a Samy como eu conheço bem, ela não vai falar com você e nem com ninguém agora. Samantha precisa de um tempo para colocar os pensamentos em ordem antes de tomar uma atitude seja ela qual for. - Evan me olha com pena - Sinto muito.
- Tudo bem Evan, mesmo assim obrigado por tentar. - olho para a noite que cai lá fora - Você precisa saber que eu adiantei a maioria das coisas que eu tinha para fazer aqui, mas ainda falta algumas coisas que eu não pude colocar na frente, será que você pode cuidar disso pra mim? Posso te passar tudo por email. Vou embora logo cedo, já liguei para Filipo avisando.
- Claro, só me diga o que precisa e, não se preocupe com nada.
- E quanto a Mel, você toma conta da Mel, você cuida dela?
Evan sorri.
- Claro que sim, pode deixar que eu cuido de tudo, inclusive da Mel.
As horas passam e eu não consigo mais falar com a Samantha, nada nem sinal dela. Seus telefones continuam desligados, e os emails que eu mando não são respondidos.
Não consigo dormir absolutamente nada. A noite está pesada, é como se eu carregasse no ombro, toneladas.
Falo com o Alek mais uma vez, e ele me diz que Samantha continua dentro de casa, mas não tem som nenhum vindo de lá.
Será que ela ao contrário de mim conseguiu dormir mesmo estando evitando falar comigo?
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As três e meia da manhã aqui em Atenas, às oito na Flórida eu ligo para a Sophie. Preciso fazer um grande esforço para que a minha voz que está presa na minha garganta ganhe vida e consiga sair.
- Alô.
- S-Sophie... - Minha voz falha.
- Bom dia sr. Luigi, tudo bem? Deseja alguma coisa?
- Na verdade eu não estou bem Sophie, você falou com a Samantha essa noite?
- Falei no começo da noite e ela estava bem, mas depois eu sai com o Matheus e não falei mais com ela, porque qual é o problema?
- ... Eu, eu, eu não sei Sophie eu estou tentando falar com ela a noite inteira e ela não me atende, só estou sabendo dela pelos seguranças, eu não estou aguentando de preocupação. Que droga, será que ela não entende que fazendo assim ela vai conseguir me enlouquecer? - Bato a mão com tudo na mesa a minha frente.
- Olha, eu vou tomar um banho, me trocar e vou descer até o apartamento dela. Vou saber o que está acontecendo.
- Tá bom Sophie eu te agradeço, e por favor me ligue assim que conseguir falar com Samantha e, me desculpe por ligar tão cedo.
- Não se preocupe, assim que souber de alguma coisa eu te aviso.
Falta pouco para eu entrar em total desespero. Não sou muito de beber, mas essa noite, com Sam me ignorando desse jeito, eu preciso de alguma coisa para me anestesiar. Vou até o bar e coloco o copo quase cheio de uísque e o viro. Sinto o líquido queimar a minha garganta.
Coloco a cabeça para funcionar, o que Susan pode ter feito?
Eu não demorei no banho, então ela ficou por pouco tempo dentro do meu quarto.
Olho em volta mais uma vez tentando buscar em qualquer lugar, uma só coisa que indique a presença de Susan naquele lugar, e nada.
Não aguento mais esperar e ligo para a Sophie de novo. Só que ela me fala que a Samantha está no banho. Claro que eu sei que ela continua sem querer falar comigo e eu não posso esperar que a Sophie a force a fazer isso, então eu só concordo e aviso que eu já estou indo embora para o aeroporto e, que eu preciso falar com ela e peço para que Sophie a avise disso.
Começo a arrumar as minhas coisas, jogo tudo na mala sem me preocupar. Coloco uma calça jeans preta, uma camisa preta e um tênis de couro também preto. Olho para o relógio, são pouco mais de quatro da manhã.
Ligo para o celular de Filipo e ele me atende logo em seguida, Será que como eu ele também não consegue dormir?
- Desculpe te incomodar a essa hora Filipo, mas não dá mais para esperar, preciso voltar para voltar para a Flórida o quanto antes.
- Não me incomodou senhor. Eu durmo pouco. Quanto a voltar para Flórida, por aqui está tudo certo.
- Então estou indo para o aeroporto.
Ligo para a recepção e peço para eles deixarem o carro que eu reservei em frente a portaria.
Escrevo um bilhete para a Mel, sei que ela vai me procurar assim que acordar. Pretendo deixá-lo na recepção. Peço para ela cuidar de tudo e digo que mando mensagem assim que as coisas se resolverem.
Pego as minhas coisas, e desço para a recepção. A essa hora o local está quase deserto e apenas alguns funcionários estão a postos para atender a algum hospede que chega fora de horário, ou um cara atormentado como eu que precisa fechar a sua conta e ir em busca de respostas com a mulher da sua vida.
Passo o cartão para acertar as minhas contas, deixo o bilhete para a Mel e vou para o aeroporto. Uma hora e meia depois estamos voando.
A viagem foi longa demais. Consegui falar com a Samantha quando o Filipo parou para reabastecer.
O telefone foi rápido e estranho, foram poucas palavras nas quais Samantha so deixou claro que só falaria comigo, quando eu chegasse na Flórida.
Pronto se eu tinha alguma dúvida de que Susan tinha aprontado para mim, agora eu tinha certeza: Não tinha outra explicação.
Aproveitei para falar também com a Sophie, dei a ela o horário da minha chegada e pedi para ela que avisasse ao motorista da Stalden, para que fosse me buscar no aeroporto.
Respirando fundo, eu volto para o jatinho e peço uma dose dupla de uísque sem gelo, e durante o restante do voo eu me prendo tentando achar uma explicação para o que está acontecendo.
Uma coisa é certa: Eu vou acabar com Susan.
Quando aterrissamos na Flórida eu logo pego meu celular. Ligo para Alek, já que não adiantaria nada ligar para a Samantha, ela não vai me atender de qualquer forma.
- Sim senhor Luigi.
- Alek, onde está a Samantha? - Pergunto logo, sem perder tempo, mas sinto o Alek um pouco estranho.
- Senhor. Luigi, estamos aqui no restaurante Meridell, a srta Samantha está sentada na mesa do lado mas... - Percebo ansiedade e até preocupação na voz dele - Ela está com um homem.
Homem? Que homem? Quem pode ser?
- Que homem Alek, quem é o cara? Você não perguntou?
- Não senhor, eu não perguntei. Como ele não faz parte da pessoa proibida, - Alek está se referindo ao Andrey é claro - eu achei que não deveria perguntar porque o senhor mesmo disse que deveríamos preservar a intimidade da senhorita Samantha. Mas olha, eu posso ver claramente que os dois se conhecem. Aliás eles são bem íntimos.
Íntimos? Eu não acredito, que droga, quem é esse cara?
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Eu não posso acreditar...
Estou parado, olhando para aquela cena de longe e, parece que eu estou vendo um filme de péssimo gosto.
Samantha, conversa com um cara distraidamente sorrindo.As vezes ela passa a mão no rosto dele e ele retribui também fazendo carinho nela.
Porra, nem parece que ela está se preocupando com o fato de eu estar longe, e ela fazer questão de não falar comigo mesmo me deixando nervoso e apreensivo.
Meu sangue parece borbulhar nas minhas veias, eu não acredito no que eu estou vendo.
Saio dos meios da sombra quando eu assisto ela deitando a cabeça no ombro dele, depois ela levanta um pouco e da um beijo em seu rosto e volta a encostar nele.
Não tenho controle e nesse momento eu não resisto e falo mais alto do que deveria.
- É isso então Samantha? É isso? Esperou eu ir para a Grécia para ficar se esfregando com o primeiro cara que aparece?
A princípio ela ainda sorri ao me olhar, mas quando ela realmente me vê, sua sobrancelha se ergue e ela me encara como se eu estivesse atrapalhando.
O cara que está com ela se levanta e vem em minha direção.
- Oi, você deve ser...
- O babaca. - Samantha completa
Olho para ela. Não é possível.
- Samy, vamos com calma... - o homem olha para Samantha que continua sentada.
Samantha se levanta, coloca a mão no peito dele e diz: - Hey, pode parar, você não precisa se explicar Dy, deixa as coisa assim com estão, é melhor.
Ela segura a mão do cara e começa a puxar ele para fora do restaurante.
Samantha vai embora sem olhar para trás e sinto um aperto no peito.
De repente eu não sei o que dá em mim, então eu falo alto não me importando com as pessoas ao meu redor.
- Per l'amor di Dio, non mi lasciare qui in questo modo solo. Scusate se provo a insistere , ma io ti amo e ho bisogno di sapere cosa sta succedendo , ho bisogno di sapere Samantha ...
"Pelo amor de Deus, não me deixa aqui desse jeito sozinho. Desculpa se tento insistir, mas é que eu te amo e eu preciso saber o que está acontecendo, eu preciso saber Samantha..."
Ela se vira para mim. Seus olhos me examinam e por uma fração de segundos eu vejo neles o amor que eu sei que ela sente por mim, o problema é que foi mesmo por apenas alguns segundos, depois eles se tornaram frios e sem vida, em nada lembrando os olhares quentes que ela me lançava antes.
- Então é assim Samantha, é isso que eu mereço de você? Eu quase enlouqueci desde ontem pensando o porque de você não querer falar comigo. Tive que ligar para o Alek para saber onde você estava, então descobri que você está aqui com um homem, que por sinal vejo que vocês são muito íntimos, já que está abraçada nele e, eu não mereço nenhum tipo de explicação.
Ela solta a mão do cara, olha em volta para as pessoas que nos observam curiosas e volta até onde eu estou.
- Eu não fiz nada de errado Luigi, já você eu não posso dizer a mesma coisa não é mesmo? Espero que tudo tenha saído como esperado na Grécia, mande lembranças minhas para Susan. Até logo.
Ela volta, pega na mão do cara, passa pelo metre fala alguma coisa e sai puxando o cara para fora.
Susan... Maldita Susan, assim que eu encontrá-la eu vou acabar com ela.
Mas que droga, tudo parece piorar a cada segundo. Entro de novo no carro e peço para o motorista me levar até o apartamento da Samantha, mas esse motorista é tão lerdo que minha vontade e de tirar ele da direção do carro e eu mesmo dirigir.
Quando eu chego na portaria do apartamento dela sou parado por um porteiro que eu nunca tinha visto ali, ele deve ser novo no serviço, falo que eu sou o namorado da Samantha e que eu tenho autorização para entrar mas ele não cede, então peço para ele entrar em contato com a Samantha vai ser improvável que ela me atenda mas eu tenho que tentar.
Como imaginei é em vão, ele me diz que ninguém atende no apartamento dela.
Pego meu celular e ligo para o Alek que atende logo.
- Alek, onde vocês estão? Estou aqui em baixo na portaria.
- Sr. Luigi, estamos aqui no apartamento da srta. Samantha, chegamos à pouco.
Que droga, ela está em casa e não quer me atender.
- Certo Alek.
Ligo para o celular da Sophie mas só cai na caixa postal.
Caralho, não é possível.
Ouço o bip da porta do elevador e quando ela se abre a segurança Janelle sai, e vem em minha direção.
- Sr. Stalden o Alek e o Blaine, estão lá me cima e eu vou ficar aqui em baixo. Ainda não sabemos quem é o homem, mas já mandamos averiguar, sabemos que ele apareceu hoje e é só. Já pedimos todos os detalhes dele para a nossa agência, mas o que está dificultando as coisas é que nem sabemos o nome dele.
Olho para ela, eu estou mais perdido e sem ação do que antes. Quando me viro para sair ela me chama de volta.
- Sr. Luigi espera.
Eu me volto para ela.
- Quando eu já ia descer a srta Samantha abriu a porta e me pediu para que te entregasse isso.
Ela então me estendeu as chaves do meu carro que está estacionado na garagem do seu prédio.
Meu coração se parte em mil pedaços, então ela queria mesmo me ver fora dali. Pego as chaves da mão da Janelle, incapaz de falar, eu agradeço com um gesto de cabeça.
Desço as escadas que levam ao estacionamento subterrâneo, entro no meu carro e antes de sair dali, mando para ela o link da música Imbranato de Tiziano Ferro para o celular de Samantha.
Ela não quer falar comigo, mas vai ter que me escutar nem que seja em forma de música.
Scusa sai se provo a insistere, divento insopportabile, ma ti amo...ci risiamo..vabè, è antico, ma ti amo.
"Desculpa se tento insistir, eu fico insuportável, mas te amo... nós sorrimos... tudo bem, é antiquado, mas te amo...
Então, dou partida no meu carro e saio dali a toda a velocidade, nem me lembro do carro e, do motorista que me esperam.
Oi meninas, mais um capitulo, obrigada por tudo, estou muito feliz com o carinho de vocês. Aproveitem lindas! E por favor deixem seus comentários e estrelinhas. Beijos