Encontro de Almas Gêmeas

I - Prólogo - Explicações

     Muito têm se debatido se realmente existem mundos paralelos parecidos com o mundo em que vivemos. Foram tantos debates, hipóteses e suposições, que em pelo menos uma coisa, os tais "cientistas especialistas" concordam: dizem que nesses mundos paralelos, a Terra-planeta seria a mesma, com os mesmos climas, florestas, montanhas, vulcões, etc. Porém, a vida que ela abrigaria, em alguns aspectos poderiam ser tanto quanto iguais quanto diferentes da nossa.

    
     Teorias à parte, hoje vamos conhecer um mundo parecido com o que vivemos, com árvores, rios, montanhas e animais, porém com uma diferença: a humanidade vive separada em três classes distintas, parecida com a hierarquia de uma matilha de lobos. Essas classes são alfa, beta e ômega.
    
     Os alfas, que tanto podem ser homens quanto mulheres, são o topo da hierarquia, sendo por natureza, os líderes. Em sua maioria são brutos, bons de briga e têm todos os sentidos extremamente apurados. Os alfas possuem um tom de comando em sua voz que quando usado, chegam a intimidar ou obrigar a pessoa a obedecê-los, tirando a sua vontade própria. Em um consenso quase geral de alfas, forçar sua voz de comando nos membros de sua própria matilha, era considerado covardia, porém muitos o faziam mesmo assim.

     Como vários alfas podem fazer parte de uma mesma matilha, haveria o problema de briga pela liderança da mesma, certo? Errado! Pois, cada matilha tinha o seu alfa-superior, que como o próprio nome já diz, era mais forte, rápido e sua voz de comando subjulga até mesmo os outros alfas, que não conseguem resistir a qualquer comando dado através dela. É um status que geralmente o primogênito de uma matilha adquire ao nascer. Uma característica interessante dos alfas, sem excessão, é o nó, uma espécie de glândula que fica na base dos genitais masculinos, que no ápice do ato sexual, se infla e ata o alfa dentro do seu companheiro enquanto este consuma o ato, garantindo assim chances maiores de consumar uma gravidez. Alfas podem se relacionar entre si, porém não se sabe se uma gravidez entre eles é possível, visto que a relação mais comum é alfa-beta ou alfa-ômega.

     E para criar o elo com seu companheiro, o que equivale a um casamento convencional, ambos mordem o seu parceiro em um ponto perto da clavícula, no clímax da relação sexual, formando assim um vínculo permanente, impossível de ser quebrado, vínculo esse que dependendo da intensidade do amor de ambos, os faz saber quando um não está bem, se está preocupado, em perigo... E isso só ocorre na relação alfa-ômega. E de um modo um pouco mais difícil, mas não impossível de acontecer, as mulheres alfas podem engravidar o seu parceiro ômega.
Os betas, são os humanos normais que conhecemos. Não têm muitas habilidades relevantes, porém em constituição física são quase tão fortes quanto os alfas. Não têm cios, não se atam com ninguém e não precisam morder ou ser mordidos para criar um elo. Podem se envolver tanto quanto alfas, betas e ômegas, porém na sua relação com alfas, não o satisfarão plenamente quanto os ômegas. Por isso em sua maioria, se envolvem normalmente entre si, vivendo uma vida normal em centros urbanos, fora aqueles que são aceitos em uma matilha e vivem afastados das cidades.

     Já os ômegas, pode-se dizer que são os submissos, em sua maioria. Podem se relacionar tanto com alfas e betas. Se com alfas os betas são difíceis de se relacionar e satisfazer, com os ômegas seria ainda mais complicado, porque durante o seu cio, um ômega só pode ser satisfeito e satisfazer plenamente junto com um alfa. Pode-se dizer que a relação alfa-ômega é a relação perfeita.

     Além das mulheres, homens podem nascer ômegas, mesmo que isso seja raríssimo. E sendo um ômega, pode ocorrer a gravidez masculina também.

     E para alfas, não importa se seu companheiro ômega é um homem ou uma mulher, pois quando um alfa é atraído pelo cheiro de um ômega, ele apenas visa aplacar a sua necessidade e a necessidade do ômega que está no cio. Ele pode ou não formar o elo entre eles, sendo mais comum o elo entre almas gêmeas. Não se sabe como um reconhece o outro dessa maneira com exatidão, mas muitos acreditam que o cheiro do ômega para o alfa destinado é diferente do que os outros alfas sentem.

     E hoje vamos conhecer a história de duas almas gêmeas que enfrentaram várias adversidades para poderem se conectar e ficarem juntos e serem felizes.