XXXI - A Impotência de Dois Alfas e Um Perigo Iminente

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- Sam... Sam... Você está bem? - Castiel questiona o amigo e cunhado. - O que você está sentindo?

- Cas... eu... eu... acho que es-estou... sangrando... - O mais alto consegue dizer entre ofegos de dor.

Castiel olha do rosto contorcido de dor de Sam, para a parte traseira da calça de tecido fino que o maior usava. E foi com desepero que ele viu o tecido claro da calça aos poucos ser tingido pela cor vermelha e um odor metálico preencher o ambiente.

O inconfundível cheiro e o tom rubro do sangue...

Foi com desespero que Castiel via cada vez mais a mancha escura de sangue na calça de Sam aumentar. Porém, acorrentado do jeito que estava, ele não poderia fazer nada, a não ser gritar. E foi o que o moreno fez. Começou a berrar a plenos pulmões por ajuda. Pois seria impossível não haver mais ninguém ali naquele lugar com eles e não ter um pingo de compaixão.

O Novak mais novo já estava quase ficando rouco de tanto gritar por ajuda, quando a porta da prisão deles, na falta de um termo melhor para onde se encontravam, e uma jovem loira passar por ela.

Através do cheiro da jovem, Castiel descobriu que ela era uma beta e também pôde notar que ela estava claramente contrariada, como se estivesse sendo obrigada a estar ali. O moreno tentava decifrar o que ela estaria fazendo ali, quando ele percebe que ela está vestida toda de branco, fazendo o moreno imaginar se ela seria alguma espécie de médica ou enfermeira.

Suspeitas essas confirmadas ao ver a reação da jovem ao ver a poça de sangue que se formava aos pés do mais alto. Mais do que depressa, ela estava junto dele, fazendo algum tipo de exame preliminar e fechando a cara em desprezo, vendo o que aquele ser odioso fez ao jovem.

- Aquele miserável... Ele não tem coração? - A jovem exclama furiosa, antes de sair da sala. - Que cafajeste!

Castiel estava meio confuso com a atitude da moça, porém ele não teve tempo nem de sequer tentar entender quando a jovem volta acompanhada por um homem corpulento, carregando uma espécie de maca. Assim que os dois chegam perto de Sam, a jovem manda o homem ao seu lado montar a maca e abrir as correntes que prendiam o rapaz, o deixando quase suspenso.

Assim que é obedecida, a jovem pede ajuda e os dois juntos, colocam o Winchester mais novo deitado na maca. Mais do que depressa, a jovem misteriosa começa a despir Sam, para saber qual é a gravidade de seu estado. Quando o seu acompanhante fez menção de ajudá-la, a jovem se recusou e ordenou que ele fosse buscar o resto das coisas que ela precisava.

A jovem então, termina de despir Sam e com um pano que ela trouxe dentro de um balde, que Castiel pôde perceber pela ligeira fumaça que saía de dentro do recipiente, era de água quente ou morna, começa a limpar o sangue em excesso do corpo do mais alto. Após ela remover uma quantia considerável do líquido espesso rubro, ela mergulha mais uma vez o pano no balde e após torcê-lo bem, a jovem o coloca na entrada de Sam, tentando estancar o sangue que teimava em sair dali em uma profusão absurda.

Incicialmente, junto com a confusão que estava sentindo, Castiel também sentia receio por medo da jovem machucar ainda mais Sam, mas ao perceber o cuidado com que ela estava cuidando do companheiro do seu irmão, ele se permitiu relaxar um pouco. Ainda mais quando ele, graças à sua audição apurada, ouviu a jovem sussurrar ao ouvido de Sam que tudo ficaria bem e que ele teria que ser forte por ele e pelo filhote que ele estava esperando, enquanto enxugava o suor da testa do moreno com outro pano que ela tinha trazido consigo.

O barulho da porta sendo aberta novamente, assustou o Novak que tinha toda a sua atenção voltada para a garota que estava cuidando de Sam. Virando o rosto em direção ao barulho, ele viu alguns homens carregando algo que o moreno deduziu como sendo aparelhos e instrumentos médicos e outras coisas próprias para se tratar da saúde de alguém. Ao ver que o quer tinha pedido tinha chegado, a jovem cobre o corpo de Sam cuidadosamente com um lençol fino e prontamente começa a instruir os recém-chegados onde cada coisa deveria ficar.

Encontro de Almas GêmeasWhere stories live. Discover now