Capítulo 43

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Emilly Salvatore

Contemplei um jardim, em que começava a caminhar lentamente por ele. A cada passo, ouvia-se o barulho da cachoeira que jorrava água. Encontrava-me sozinha ali, mas não importava-me. Tudo naquele local transmitia paz pro meu coração. As gramas verdes, as flores apenas enfeitavam mas ainda aquele lugar. parecia o paraíso. E eu não queria acordar nunca.

Começo a rodopiar, abrindo os meus braços feliz, fechando os meus olhos. Me sentia livre. Sem dor. Meus cabelos ondulados esvoaçavam com o vento. Era uma sensação única e muito boa.
Ainda de olhos fechados, começo a ouvir passos e rapidamente abro os meus olhos.

Contemplo a minha mãe parada na minha frente, ela encontrava-se de vestido branco e seus cabelos castanhos batiam na sua cintura. Ela estava linda. Como um anjo.
Completamente emocionada, saio correndo até ela e abraço-a firmemente. Sinto suas mãos delicadas me abraçando de volta. Seu cheiro doce era muito familiar. Dava uma sensação de conforto.

- Mãe, como senti sua falta, você não sabe tudo o que eu passei. Eu te amo demais! - Sussurro com a voz embargada ainda abraçando a minha mãe.

Sinto a sua respiração bater nos meus cabelos e escuto sua voz doce e serena no meu ouvido, como um som suave, capaz de acalmar qualquer pessoa.

- Meu amor, eu também te amo muito, mas infelizmente não podemos ficar juntas. Você tem uma filha pra cuidar, a minha netinha e tem o Nicolas que precisa de você.

- Mãe eu não quero mais voltar, eu já sofri tanto, só quero que isso pare. Mas eu entendo, vou voltar pela minha filha, porque minha bebê não pode ficar sem uma mãe.

- Eu entendo que esteja com raiva do Nicolas, mas entenda filha,apesar de tudo ele te ama e está sofrendo por você estar nesse estado.

- Eu dúvido! Foi ele mesmo que me colocou nessa situação. - Falo friamente, olhando pra minha mãe amargurado.

- Tenho certeza que se arrependeu e além do mais, tenho certeza que ele tem uma grande surpresa pra você. Filha, ele não é totalmente cruel, talvez seja bastante cabeça dura e orgulhoso mas ainda pode salvá-lo. Seu amor por ele pode salvá-lo.

Respiro profundamente, ela está certa. Não posso desistir assim da minha filha e do Nicolas. Não sei se ele se importa de verdade comigo, mas ao menos sei que se importa com a nossa filha.

Olho pra minha mãe e lágrimas descem lentamente pelo meu rosto. De alguma forma, sempre soube que minha mãe estava perto de mim, ajudando-me mesmo que distante.

- Vou sentir muito a sua falta mãe, mas preciso ir... não posso abandonar a minha família - Falo firme, tentando ser forte.

- É assim que se fala filha, você sempre foi uma menina guerreira, desde o pouco que te tive em meus braços. Você nunca foi culpada pela minha morte. Seu pai me matou. Colocou veneno no soro que me hidratava.

Arregalo os meus olhos surpresa. Em todo esse tempo, sempre acreditava que matei minha mãe, por nascer. Jamais iria imaginar que o meu próprio pai havia matado a minha mãe.

- O que??? Aquele homem é um monstro! Como ele fez isso com você? Ele sempre me culpou dizendo que eu havia te matado. Sempre me batia. Me humilhava.- Falo coma voz embargada pelo choro preso na garganta.

- Tudo isso foi apenas um pretexto pra te fazer mal. Ele nunca me amou. Sempre teve essa obsessão pela mãe do Nicolas. Mas aquele homem já está pagando tudo o que mereceu. Só fico triste de saber que você sofreu muito nas mãos dele.

Vingança Fatal (Concluído)Where stories live. Discover now