Capítulo 34

4.4K 291 33
                                    

Nicolas Campbell

Completamente puto! É como eu me sinto! Depois de finalmente admitir o que estava guardado dentro de mim e obviamente não foi fácil. Tive que engolir todo o meu orgulho e conseguir resquícios de coragem para fazê- lo. E tudo pra quê? pra ela simplesmente ir embora e não dar crédito nas minhas palavras? Que se foda também!  Nunca fui homem de fazer essas coisas, não sou o tipo de cara romântico, que compra flores, chocolates e essa baboseira toda de sentimentalismo, não combina comigo! Me sinto estranho... como se fosse outra pessoa e não gosto dessa sensação.

Quando percebo que ela foi embora, deixando o cheiro do seu perfume inebriante no meu quarto, tento me acalmar e apaziguar toda a frustração dentro de mim. Porém sem sucesso. Trinco os meus dentes furioso e pego um copo de whisky, tomando em um só gole. Quando termino de beber o conteúdo, jogo o copo na parede fazendo ele se espatifar em pedaços, caindo cacos de vidro por toda parte.

Se ela pensa que eu vou ceder as suas vontades está muito enganada! Não recebo ordens de ninguém, eu simplesmente mando e sou obedecido. Não preciso dela, buceta é o que não me falta. Mas tenho que confessar, ninguém me satisfaz como ela. Seu corpo perfeito, seus olhos que demostram inocência e ao mesmo tempo safadeza. O tempo passou-se mas ela continua linda, ousada, inocente e determinada.  Por mais que me aborrece-se, quando ela me contrariava, ao mesmo tempo gostava da sua ousadia em me enfrentar. Ninguém jamais tinha feito isso. Ninguém jamais me rejeitou como ela fez!

Só de pensar em outro homem tocando no que é meu, enfurecia-me, deixava- me louco. Não posso permitir que outro cara se aproxime dela, ela é minha! Sempre foi!

Com certeza ela não não sabe, mas a minha intenção de me aproximar foi para colocar o rastreador nela. Precisava saber seus passos, seus "amigos", enfim suas relações sociais. Até mesmo suas atividades profissionais faço questão de saber, não aceito coisas pela metade, tudo tem que ser feito corretamente. Sempre fui calculista e isso não mudou.

Logo, escuto um barulho ensurdecedor e olho para o celular, vendo uma seta se locomovendo. É ela. Isso significa que ela vai sair e já tenho idéia do local.

A maldita boate Hot Night! Eu sei porque já frequentei muito essa boate e parece mais um puteiro. Mulheres nuas rebolavam oferecendo bebida e ainda tinha algumas que faziam sexo em público. Uma tremenda sujeira. Aquele lugar tinha BDSM é só de pensar na Emilly em um local desses... fazia meu sangue ferver. Eu já fui dominador, portanto sei como eles agem. Aquilo não é lugar pra ela! Será que ela foi sozinha? Ou foi com o... Uma corrente de ódio me atingiu e apertei o celular quase esmagando ele na minha mão.Houve um tempo em que eu curtia essas coisas, sempre gostei de coisas diferentes, mas por causa da vingança tive que parar de frequentar esses lugares e ter foco no meu objetivo.

Olho para a seta se locomovendo e prenso meus lábios pensativo. Precisava ir atrás dela, claramente aquele desgraçado tinha outras intenções com ela e isso eu jamais iria permitir.

Levanto-me apressado e desvio-me dos cacos de vidro no chão. Obviamente precisava contratar uma empregada pra fazer esse serviço. Mas no momento não tinha cabeça pra isso, precisava ir atrás da Emilly e saber até onde o desgraçado iria chegar.

Pego as chaves do meu carro e saio da casa andando rapidamente, meus pés caminhavam muito rápido. Entro no carro e começo a dirigir. Não precisava mais do rastreador, já tinha noção da onde ela se encontrava. Tenho certeza que se descobrisse que coloquei um rastreador nela, ficaria furiosa. O rastreador era minúsculo e imperceptível, não tinha como sentir por ser totalmente leve e pequeno.
(...)

Quando finalmente chego na boate, percebo que se encontra muito lotada, dava pra ouvir o som ensurdecedor e luzes refletindo por todo o local. Saio do carro e começo a caminhar até a boate.

Vingança Fatal (Concluído)Where stories live. Discover now