Vingança Fatal (Concluído)

Capítulo 36

Emilly Salvatore

Desperto-me toda dolorida e abro meus olhos tentando me acostumar com a claridade que refletia na minha retina. Quando enfim minha visão se acostuma, olho para o lado e o vejo dormindo como um anjo. Miro a minha visão em Nicolas e começo a apreciar os seus traços que o deixavam mais atraente. Sua face estava serena, em um sono tranquilo e profundo. Sua respiração estava leve e tranquila e seu coração batia em um ritmo que parecia um som suave e calmo. Seus cabelos negros estavam desarrumados e jogados pela testa. Sua sobrancelha grossa dava um contraste masculino em todo o seu rosto.O lençol cobria apenas a parte de baixo do seu corpo, revelando o seu abdômen definido. Aquele homem conseguia ser lindo até dormindo, Jamais me cansaria de apreciá-lo. Parece que foi esculpido pelos Deuses.

Na mesma hora,lembro-me que ele me pediu pra não visitar o Gabriel que estava no hospital. No entanto não posso deixar de me sentir culpada. É por minha culpa que o meu amigo está no hospital e preciso saber como ele está. Eu sei que posso irritar o Nicolas por causa das minhas atitudes, mas não posso deixar um amigo na mão. Eu não sou assim... Se eu não tivesse entrado na vida dele isso não teria acontecido.

Preciso me redimir com o Gabriel de alguma forma e nada mais justo do que visitá- lo no hospital mesmo sabendo das consequências que posso sofrer. No momento não queria pensar nisso, ou no que o Nicolas vai fazer quando descobrir. Eu não ia ficar lá o tempo todo, apenas vou ver como ele está e ir embora.

Com esse pensamento, levanto-me da cama olhando o Nicolas que ainda dormia profundamente. Posso estar cometendo um grande erro, mas preciso ajudar o Gabriel. Ele com certeza faria o mesmo por mim.

Com o coração apertado, dou um beijo casto em seus lábios e respiro fundo, tentando tomar coragem pra prosseguir com o meu plano. Sem esperar mais, saio da cama e ando pelo corredor da boate. Apenas se encontrava seguranças e empregados que estavam limpando cada parte da boate e faziam a segurança no local.

Chamo um táxi e quando o motorista para o carro, entro e sento- me, pedindo para me deixar no hospital Santa Cruz e rapidamente o carro começa a se locomover. Meu coração estava apertado em deixar o Nicolas para trás, quando ele acordar vai ficar furioso. Mas não tenho escolha, ele jamais deixaria que eu visitasse o Gabriel.

Assim que o carro chega no hospital, saio do mesmo e entrego o dinheiro para o motorista. O motorista me olha de cima a baixo e enruga o nariz em confusão.

— Moça tem algo errado, está faltando uma nota de 100

Olho pra ele, completamente incrédula com tal descaramento, com certeza o homem estava tentando me roubar. Eu tinha certeza que paguei o devido valor.

— Olha só, eu tenho certeza que paguei o valor certo, nem pense em querer me enganar. Posso ter cara de garota ingênua, no entanto eu não sou!

O motorista fica pálido e arregala os olhos todo sem graça, sabendo que não caí nas suas artimanhas.

— Ah é mesmo, o dinheiro está aqui... acho que olhei errado – Ele dá um sorriso sem graça e entra no carro correndo a toda velocidade. Idiota! Ele pensou mesmo que eu cairia nessa? Coitado!

Entro no hospital em passos firmes e decididos, no entanto minhas mãos suavam de nervoso e a todo momento olhava para trás para ver se estava sendo seguida.  Com certeza eu estava sendo uma idiota, o Nicolas não sabe se nada e tampouco desconfiou de alguma coisa.

Respiro profundamente e olho para a a secretária que estava teclando no computador e assim que me vê, para o que está fazendo e me dá um sorriso cordial.

— Boa tarde senhora, posso ajudar?

— Pode sim... eu queria saber em que quarto se encontra Gabriel Castellan. Um paciente que entrou aqui, preciso visitá-lo.