61ºCapítulo - Parte 1

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Gatilho: ataque de pânico.

Após aquele encontro desastroso com os advogados do Terry eu fui levada ao meu quarto pela Suzy, ela chamou o doutor Wilson para me examinar pois viu viu que eu não estava bem. 

Eu ainda tremia e quando ele chegou para me examinar, Phil mediu minha pressão e me deu água com açúcar perguntando o que havia acontecido. 

Ele está solto!

Ele vai vir me pegar!

-Kassandra, preciso que você me explique o que aconteceu, está bem?- Ele pergunta calmo mas ainda sinto meu coração acelerado. Olho para o lisianto azul que foi colocado em cima do armário ao meu lado e me sinto tremer por dentro.

-D-Dois homens...- Gaguejo ainda tremendo sem conseguir terminar a frase. A flor que eles me deram foi colocada em cima do pequeno armário ao meu lado. -Po-Por favor, eu preciso falar com a minha família!

-Claro, eu vou pedir para ligarem imediatamente. Enquanto isso tente se acalmar e me conte o que aconteceu.- Respiro fundo e tomo mais um gole da água. 

-Eram dois homens... el-eles disseram ser advogados... me chamaram pelo nome...

-Você os conhecia?!

-Não.- Respondo um pouco mais firme apos mais um gole d'água.

-Precisamos conversar com a segurança, isso é inaceitável.- Doutor Wilson suspira cansado e me olha. -Sinto muito por esse transtorno, conversarei com o diretor do hospital sobre o ocorrido. Com licença.- Ele rapidamente do quarto e me deixa sozinha com a Suzy. 

-Vou ficar aqui com você até sua família chegar. 

-O-Obrigada.

******

Meu olhar oscila entre a flor em cima do pequeno armário e o relógio de ponteiros que a cada barulho meu coração dava um salto. 

E se ninguém vier?!

Após uma hora a porta do quarto é aberta com pressa me assustando. A primeira pessoa que vejo é meu pai, ele me encara com tantos sentimentos que me sinto ficar inerte.

Um bolo se forma em minha garganta, sinto um frio na barriga e meus olhos se encherem de lágrimas mal contidas.

Ele ao me ver não tenta conter seu choro, apenas se aproxima de mim observando cada reação que eu possa ter, ao ficar ao meu lado na cama apenas nos olhamos.  Meu pai parece estar em transe ao me observar, analisando cada detalhe do meu rosto como seu eu fosse sumir a qualquer momento.

Ele deve ter ficado tão preocupado!

Abaixo meu olhar sem saber o que dizer, apenas querendo que esses sentimentos, de peso e culpa, vão embora. 

-Pai, e-eu...- Olho para as minhas mãos e fecho os olhos com força. -Me perdoa!-Sou surpreendida quando ele simplesmente me abraça forte cheirando meus cabelos. 

Travo sentindo meu corpo se contrair pelo susto, a sensação de estar sendo tocada tão de repente foi muito como uma onde de emoções e lembranças desagradáveis, fecho os lhos tentando acalmar minha respiração. 

Porém meu coração e minha mente se acalmam quando ouço sua voz sussurrando. 

-Sou eu, sou seu pai!- As lágrimas caíram mais fortes dos meus olhos e finalmente retribui o gesto de carinho sentindo como se um peso tivesse sido tirado das minhas costas. -Você não sabe o quanto é bom te ver, filha!- Beija o topo da minha cabeça e suspira, consigo sentir seu sorriso, inspiro seu cheiro familiar que me remete a casa e involuntariamente sorrio também.

A.S.P: True Love (Amor Verdadeiro)Where stories live. Discover now