60ºCapítulo

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Gatilho: chantagem emocional.

Jack 

Sinto minha cabeça latejar antes mesmo de abrir os olhos, parece que tem milhões de baterias no me crânio. Finalmente crio coragem para abrir os olhos, mas os fecho segundos depois em completo arrependimento pois a claridade parece aumentar minha dor e arde meus olhos. 

Me arrasto até o banheiro e paro em frente ao espelho reparando estar apenas de cueca, começo a me lembrar de ontem e fico desesperado. 

Não! Não! Não! 

Eu não posso ter transado com a Rebecca!

Saio do banheiro praticamente correndo indo em direção à cozinha e a encontro em frente ao fogão fazendo alguma coisa com a frigideira, sinto o cheiro de bacon. 

-Rebecca?!- Ela se vira e só agora reparo que ela está com a minha camisa e aparentemente nada por baixo. 

-Bom dia, vejo que está melhor.

-Melhor é uma palavra muito forte.- Ela se senta na bancada muito confortável. -Rebecca, a gente não...?

-Não, pode ficar tranquilo, eu só troquei de roupa porque dormir de calça jeans é muito desconfortável, e você está de cueca pois tive que lhe dar um banho e colocar pra dormir.- Explica e toma um gole de café. 

-Eu não me lembro de nada.

-Claro que não, bebeu mais que um carro velho.- Suspira indiferente. 

-Por que você ficou?

-Porque precisamos conversar, Jack, esclarecer algumas coisas. Mas primeiro vai tomar um banho decente pois ontem eu apenas te joguei embaixo da água.- Fico confuso mas aceito a proposta sem contestar. 

Vou até o banheiro, tomo um banho gelado para acordar e talvez me punir um pouco por ter bebido tanto e agora ter a minha amante semi nua no meu apartamento. 

Cada dia mais eu me afundo nessa confusão.

Saio e visto apenas uma calça de moletom e volto para a cozinha onde encontro Becky comendo calmamente bacon e ovos. 

-Você ficou bem a vontade. 

-Eu mereço uma recompensa por ter ficado cuidando de você e te ouvindo reclamar até dormir.- Fala pegando uma garfada de ovos e levando à boca. -Tem mais na frigideira, você já deve estar bem o suficiente para se servir sozinho.- Arqueio as sobrancelhas diante de sua fala e consigo ver que ela sorri e me olha de canto. -Come rápido, precisamos conversar.

Eu mais uma vez não contesto, apenas me sirvo e começo a comer, depois tomo um remédio para dor de cabeça.

Rebecca vai até o meu quarto e depois de um tempo volta vestida com suas roupas. 

-Tomei a liberdade de usar o seu enxaguante bucal. 

-Onde você dormiu?

-No quarto de hóspedes.- Dá de ombros e se senta novamente na minha frente. 

-Bom, o que você queria tanto falar comigo?- Pergunto ficando desconfortável por tê-la mais uma vez no apartamento em que vivo com a Kass. 

-O que eu tenho para falar não é fácil e vai mudar muita coisa entre a gente.- Admite e suspira.

Minha mente já começa a rodar por milhões de possibilidades, uma mais absurda que a outra, até que chega a uma que não é tão absurda assim, na verdade poderia ser possível de algum jeito.

Sinto meu coração acelerar forte contra o peito e meus pulmões ficarem sem ar. 

-Rebecca, vo-você está...grávida?!- Pergunto de uma vez pensando em como isso foderia de vez com tudo. 

A.S.P: True Love (Amor Verdadeiro)On viuen les histories. Descobreix ara