55ºCapítulo

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Gatilho: arma, tiro, estupro, pedofilia.

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Eles me levam para cômodo da casa que eu não sabia que existia, parecia um porão. Ele é todo sujo e mofado, colocaram um colchão velho no canto mais escuro e uma cadeira surrada no centro do cômodo que está apenas iluminado por uma luz amarelada. 

Me lembra muito da sala onde Terry e eu fazíamos nossas sessões

-Senta.- Manda, minha pernas parecem não quererem me obedecer, mas as forço. Me sento na cadeira e logo Mônica vem e amarra minhas mãos e pés. -Você está uma delícia assim.- Terry lambe os lábios, não consigo conter a careta de nojo. 

Vejo Patrick retirar um celular de seu bolso, parece ser barato e está completamente novo. Ele o entrega a Mônica que se posiciona à minha frente.

-Sério que armaram todo esse circo só para parecer que eu estava sofrendo em cativeiro? Vocês são ridículos.- Eles me ignoram e ela começa a gravar. 

Me sinto imensamente desconfortável, vulnerável. Tenho vontade de gritar e chorar, mas é isso que eles querem. Não vou dar mais pano para esse circo que eles estão fazendo, não quero desesperar mais as pessoas que amo. 

-Assim não vai dar! Ela está quieta demais, não parece desesperada.- Patrick reclama, não contenho e rio com deboche e nojo. 

-Estou presa em uma casa com dois lunáticos, apanhei e estou toda machucada, quase fui estuprada, quase levei um tiro. Acredite, eu estou desesperada, mas não vou contribuir para essa idiotice!- Terry para ao meu lado e só agora percebi que colocou uma máscara tipo de esqui. 

Ele me encara e depois desfere um tapa muito forte, não sei como a cadeira não virou e caiu. Cuspo sangue no chão e algumas lágrimas escapam dos meus olhos por conta da dor. 

Percebo que ele sorri satisfeito, me deixando transbordando de raiva. 

-Agora sim, perfeito.- Mônica começa a me filmar de perto, viro meu rosto tentando impedir. 

Me sinto humilhada.

Me sinto suja. 

Quando ela tenta novamente filmar meu rosto, cuspo na câmera do aparelho.

-Ai, que nojo! Sua porca idiota!- Ela faz uma careta, pega um pano velho e começa a limpar a lente. 

Mônica me desamarra, tento correr mas sou segurada. Me debato e mordo o braço dele. 

-Ai! Porra florzinha!- Me solto, sou encurralada pelos três. -Você está ficando muito agressiva! Até que estou gostando disso.- Não falo nada, apenas o encaro me preparando para me defender caso ele se aproxime. 

-Vigia ela enquanto eu edito o vídeo. Ainda precisamos ligar para aquele imbecil e com certeza ele vai querer ouvi-la.- Patrick diz enquanto faz algo no aparelho, depois de uns dez minutos acho ele terminou e sorrio orgulhoso. -Pronto acabei de enviar para o email dele. Será uma questão de tempo para obtermos uma resposta e...- O celular começa a tocar incessantemente. Meu coração acelera em ansiedade. 

-É ele?!- A voz de Mônica se faz presente em tom de animação. 

-Sim.- Patrick começa a suar de nervosismo sem saber o que fazer. Se eu não estivesse em uma posição tão deplorável, até riria da situação. 

-Atende, seu idiota!- Quando Terry percebe que nada será feito, ele mesmo pega o celular com brutalidade e atende. -Finalmente, achei que não se importava com ela o suficiente para começar a procurá-la.- Um sorriso de deboche surge na boca do homem a minha frente, ele me olha de cima a abaixo e lambe os lábios, dou um passo calculado para trás. -Você não está em posições de fazer ameaças! Agora você vai me escutar. Quero quinze milhões de dólares na conta que irei te mandar, e você vai abdicar da presidência da empresa. Se essas coisas não acontecerem em vinte e quatro horas, você pode dar adeus a sua noivinha.- Terry fica em silêncio e revira os olhos. -É para você.- Me estende o aparelho. 

A.S.P: True Love (Amor Verdadeiro)Where stories live. Discover now